Que tipo de Papa? As tensões internas da Igreja atual

 

Não me proponho apresentar um balanço do pontificado de Bento XVI que acaba de renunciar, coisa que foi feito com competência por outros. Para os leitores talvez seja mais interessante conhecer melhor uma tensão sempre viva dentro da Igreja e que marca o perfil de cada Papa. A questão central é esta: qual a posição e a missão da Igreja no mundo?

Antecipando dizemos que uma concepção equilibrada deve assentar-se sobre duas pilastras fundamentais: o Reino e o mundo. O Reino é a mensagem central de Jesus, sua utopia de uma revolução absoluta que reconcilia a criação consigo mesma e com Deus. O mundo é o lugar onde a Igreja realiza seu serviço ao Reino e onde ela mesma se constrói. Se pensarmos  a Igreja demasiadamente ligada ao Reino, corre-se o risco da espiritualização e do idealismo. Se demasiadamente próxima do mudo, incorre-se na tentação da mundanização e  da politização. Importa saber articular Reino-Mundo-Igreja. Ela pertence ao Reino e também ao mundo. Possui uma dimensão histórica com suas contradições e outra transcendente.

Como viver esta tensão dentro do mundo e da história? Apresentam-se dois modelos diferentes e, por vezes, conflitantes: o do testemunho e o do diálogo.

O modelo do testemunho afirma com convicção: temos o depósito da fé, dentro do qual estão todas as verdades necessárias para a salvação; temos o sacramentos que comunicam graça; temos uma moral bem definida; temos a certeza de que a Igreja Católica é a Igreja de Cristo, a única verdadeira; temos o Papa que goza de infalibilidade em questões de fé e moral; temos uma hierarquia que governa o povo fiel; e temos a promessa de assistência permanente do Espírito Santo. Isto tem que ser testemunhado face a um mundo que não sabe para onde vai e que por si mesmo jamais alcançará a salvação. Ele terá que passar pela mediação da Igreja, sem a qual não há salvação.

Os cristãos deste modelo, desde Papas até simples fiéis, se sentem imbuídos de uma missão salvadora única. Nisso são fundamentalistas e pouco dados ao diálogo. Para que dialogar? Já temos tudo. O diálogo é para facilitar a conversão.

O modelo do diálogo parte de outros pressupostos: O Reino é maior que a Igreja e conhece também uma realização secular, sempre onde há verdade, amor e justiça; o Cristo ressuscitado possui dimensões cósmicas e empurra a evolução para um fim bom; o Espírito está sempre presente na história e nas pessoas de bem; Ele chega  antes do missionário, pois estava nos povos na forma de solidariedade, amor e compaixão. Deus nunca abandonou os seus e a todos oferece chance de salvação, pois os tirou de seu coração para um dia viverem felizes no Reino dos libertos. A missão da Igreja é ser sinal desta história de Deus dentro da história humana e também um instrumento de sua implementação junto com outros caminhos espirituais. Se a realidade tanto religiosa quanto secular está empapada de Deus devemos todos dialogar: trocar, aprender uns dos outros e tornar a caminhada humana rumo à promessa feliz, mais fácil e mais segura.

O primeiro modelo do testemunho é da Igreja da tradição, que promoveu as missões na África, Ásia e América latina, sendo até cúmplice em nome do testemunho da dizimação e dominação de milhares de povos originários, africanos e asiáticos. Era o modelo do Papa João Paulo II que corria o mundo, empunhando a cruz como testemunho de que ai vinha a salvação. Era o modelo, mais radicalizado ainda, de Bento XVI que negou o título de “Igreja” às igrejas evangélicas, ofendendo-as duramente; atacou diretamente a modernidade pois a via negativamente como relativista e secularista. Logicamente não lhe negou todos os valores mas via neles como fonte a fé cristã. Reduziu a Igreja a uma ilha isolada ou a uma fortaleza, cercada de inimigos por todos os lados  dos quais temos que nos defender.

O modelo do diálogo é do Concílio Vaticano II e  de Medellin e de Puebla na América Latina. Viam o cristianismo não um depósito, sistema fechado com o risco de ficar fossilizado, mas como uma fonte de águas vivas e cristalinas que podem ser canalizadas por muitos condutos culturais, um lugar de  aprendizado mútuo porque todos são portadores do Espírito Criador e  da essência do  sonho de Jesus.

O primeiro modelo, do testemunho, assustou a muitos cristãos que se sentiam infantilizados e desvalorizados em seus saberes profissionais; não sentiam mais a Igreja como um lar espiritual e, desconsolados, se afastavam da instituição mas não do Cristianismo como valor e utopia generosa de Jesus.

O segundo modelo, do diálogo, aproximou a muitos pois se sentiam em casa, ajudando a construir uma Igreja-aprendiz e aberta ao diálogo com todos. O efeito era o sentimento de liberdade e de criatividade. Assim vale a pena ser cristão.

Esse modelo do diálogo se faz urgente caso a instituição-Igreja quiser sair da crise em que se meteu e que atingiu seu ponto de honra: a moralidade (os pedófilos) e a espiritualidade (roubo de documentos secretos e problemas graves de transparência no Banco do Vaticano).

Devemos discernir com inteligência o que atualmente melhor serve a mensagem cristã  no contexto de uma crise social e ecológica de gravíssimas consequências. O problema central não é a Igreja mas o  futuro da Mãe Terra, da vida e da nossa civilização. Como a Igreja ajuda nessa travessia? Só  dialogando e somando forças com todos.

 

Leonardo Boff é autor de Igreja: carisma e poder, livro ajuizado pelo então Cardeal Joseph Ratzinger.

84 comentários sobre “Que tipo de Papa? As tensões internas da Igreja atual

  1. Eu concordo com tudo que o senhor diz ou quase tudo. Me dói fundo na alma ouvir o que o senhor pensa do Papa João Paulo II. Para mim ele é um ‘Santo’. Que Deus nos abençoe.

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  2. Já li muitos dos seus textos e livros Boff, mas esse é o mais maravilhoso de todos…obrigada por compartilhar tamanha sabedoria…eu que não sou nada crente senti aqui o espirito santo

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  3. Leonardo Boff, o senhor está coberto de razão nesse artigo. Dos dois modelos que o senhor explicita tenho pela certeza que as pessoas preferem o modelo do diálogo, pois através dele podemos nos fazer igreja e verdadeiros cristãos.

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  4. Admiro muito os escritos de Leonardo Boff, pelo seu grande cabedal de conhecimento, um grande e indiscutível filósofo, mas algumas colocações, me parecem, um tanto radical, especialmente, quando coloca que a Igreja Católica é a de Cristo, a única. Quer com isso dizer, que todas as demais igrejas, que seguem a doutrina Cristã, e não de uma igreja conservadora, perseguidora, que em nome deste mesmo Cristo que só pregava amor ao próximo, matou, mutilou, excomungou, a todos aqueles que não aceitavam a maneira desumana que a igreja católica usava, mas que acreditam, em Cristo Jesus, como um ser de amor e Salvador. Ficam nas palavras do filósofo, como seres inferiores, ou descrentes,
    por não aceitar a igreja católica, como a única igreja de Jesus Cristo! Não sou católico,mas tenho a convicção, que sou muito mais cristão, do que muitos que vivem dentro da igreja católica se dizendo-se tementes a Deus, e seguidores de Jesus o Cristo.

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    • Wilson
      Acho que vc se enganou. Eu não disse que a Igreja Catolica é a unica verdadeira. Disse que a tendencia do testemunho, com a qual não me didentifico, afirma isso.
      lboff

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      • Professor Leonardo Boff, quero pedir-lhe desculpas, por minha interpretação equivocada, quanto a sua colocação na questão em tela.
        Muito obrigado por seu esclarecimento.

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    • Achei muito boa a reflexão. No entanto, hoje, apesar de minha formação batista, continuo a acreditar por conta de estudos teológicos, que esse modelo de igreja sempre esteve errado devido a institucionalização da mesma. Há falhas e corrupção na igreja Católica, assim como em todas as outras igrejas, em maior ou menor grau, mas é necessário mudar para melhor, isto é, adequar-se cada vez mais ao que a Bíblia diz, sempre com vistas ao amor ao próximo como a si mesmo e a Deus sobre todas as coisas. Minha formação teológica é Batista e de acordo com a forma que aprendi a crer e a filosofar não há razão para se desprezar as pessoas pela fé ou falta dela, ou pela diferença de visão sobre o mesmo assunto. Portanto digo aqui que admirei muito suas colocações mas enquanto a Igreja Católica ou qualquer outra não deixar o paganismo de lado… nunca vai vencer o mundo ou ganhá-lo para Cristo.

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  5. sim professor novamente estamos diante da análise do periférico em vez de analisar o fundamento…..o que esperar das religiões? Re ligar o mundo físico ao mundo espiritual? De onde viemos e para onde iremos? Qual seria função das igrejas, nos aproximar destas questões?

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  6. SI,ELMENSAJE EN ESTOS MOMENTOS DE LA IGLESIA CRISTIANA , EVANGELICA, CATOLICA TIENE QUE SER ,SUSCRITO ALA CRISIS SOCIAL Y ECOLOGICA,, ABRIENDO VENTANAS ,AL DIALOGO, TRABAJO EN EQUIPO CON TODOS .

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  7. Será que os Cristãos Católicos conseguirão construir essa igreja do diálogo meu caro Leonardo Boff?? Tenho lá minhas dúvidas pois o sucessor de Ratzinger dificilmente será alguém aberto ao avanço da igreja popular, pautada nos menos favorecidos, nas comunidades de base e na comunhão eterna com o povo simples de Deus. O que me deixa triste é saber a importância da Igreja de Roma e no que ela tornou quando decidiu fechar dentro de si mesma e abandonar sua face humana e progressista, preferindo negar os avanços pelos quais hoje passa a humanidade. A igreja de Roma é maior e mais importante do que apresenta atualmente.

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  8. Palavras super oportunas em um momento de perplexidade geral graças à renúncia de Bento XVI. E agora? É o que todos pensam! Espero que as palavras de Leonardo Boff sejam consideradas e valorizadas nas próximas etapas da Igreja Católica.

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  9. Boff continua achando que ele acertou,
    e que muitos outros, inclusive João Paulo II e Bento XVI, estão equivocados (?)
    Não é tão simples assim.
    Claro, muitos gostam!

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  10. Caro L.B.
    Sou Cristão Católico praticante formado na Teologia da Libertação (graças as Irr. Júlia e Conceição/ anos 80), formação da qual muito me orgulho e que também ao longo dos anos me levou a bater de frente com alguns padres da minha paróquia, uma vez que, sou um crítico ferrenho da mudança de curso da Igreja Católica Romana no Brasil, que trocou a opção pelos pobres pela opção pelos ricos, que se tornou midiática e conceitualmente muito próxima das igrejas neopentecostais, inclusive, adotando a mesma retórica alienante – os padres e bispos carismáticos popstars – estão aí para provar isso. Não tenho nada contra as igrejas evangélicas e seus adeptos, uma vez que, confissão religiosa é questão de foro íntimo. Entretanto, não posso concordar que a igreja católica tenha que seguir o mesmo conceito destas para atrair ou cativar fiéis. È só ver os programas da Rede Vida, Século 21, Canção Nova, Rede Aparecida. A igreja crítica dos anos 60/70 e início dos anos 80, simplesmente, evaporou. Sacerdotes da envergadura de Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Luciano Mendes, Dom Mauro Morelli, Dom Ivo e Dom Aloísio Lorscheider, Dom Pedro Casaldáliga, Dom Helder Câmara, Você L. Boff, seu Ir. Clódovis Boff, Frei Beto, P. José Comblin e inúmeros outros sacerdotes e Freiras que compreendendo verdadeiramente a proposta do Reino mostraram a verdadeira face de Jesus, o Cristo comprometido com a dor e a miséria de uma legião de filhos e filhas desta terra que por muito tempo viveram e ainda vivem à margem da sociedade. Hoje só sobrou a mediocridade e a pseudoespiritualidade de P. Marcelo Rossi, P. Reginaldo Manzotti, P. Fábio de Melo, etc, etc, etc, ou se preferirem padres auto-ajuda. Até mesmo um ídolo da minha juventude, dos Tempos saudoso Grupo de Jovens GRSC, Padre Zezinho, tem se mostrado (programa da Rede Aparecida) de um conservadorismo sem igual, se é que algum dia foi de fato progressista. A meu ver a culpa por essa tragédia cabe a João Paulo II e seu alinhamento com a direita reacionária (opus dei) e com o pensamento Político/Econômico dos EUA e países ricos da Europa. Some-se a ele a influência de sua eminência parda, inquisidor mor e atual (ora renunciado) Joseph Ratzinger, Papa Bento XVI, cujo conservadorismo ultrapassou todas as barreiras. Não vou sentir saudades dele, como não sinto de João Paulo II. Não sabemos a verdadeira razão de sua renúncia. Muitas serão as teses apresentadas. Particularmente, vejo como uma jogada política muito hábil de sua parte. (deve ter aprendido alguma coisa do feeling político do Lula) A sua sucessão se dará com ele vivo e ainda gozando de muita influência nos meios cardinalícios. Como na política, certamente, fará seu sucessor. Assim sendo, muda muito pouca coisa ou nada. A igreja Católica sem renovação caminha inexoravelmente para seu ocaso.

    Fraternal Abraço Gilson A. Barbosa

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    • Corrigindo erro material:
      “Sacerdotes da envergadura de Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Luciano Mendes, Dom Mauro Morelli, Dom Ivo e Dom Aloísio Lorscheider, Dom Pedro Casaldáliga, Dom Helder Câmara, Você L. Boff, seu Ir. Clóvis Boff, Frei Beto, e inúmeros outros sacerdotes e Freiras que compreendendo verdadeiramente a proposta do Reino mostraram a verdadeira face de Jesus, o Cristo comprometido com a dor e a miséria de uma legião de filhos e filhas desta terra que por muito tempo viveram e ainda vivem à margem da sociedade, foram calados e alguns já não fazem parte dessa dimensão”.

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      • Parabéns Gilson pela sua análise dos caminhos da Igreja Católica Romana.
        Como vc, não terei saudades de Ratzinger como não tenho de João Paulo II. Mas creio que além da possibilidade de continuísmo com um ex-Papa atuando sem holofotes (como foi ele com J.Paulo II) outros podres poderes podem ter caído nas mãos de pessoas da igreja que agora o forçam a se retirar.

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  11. Querido amigo-irmão em Cristo, saudações!

    Você certamente não me conhece, mas lhe devo muito. Como? Simples. Alguns dos livros que você escreveu imensamente contribuíram para minha formação espiritual,consciência moral e a percepção da grandeza inexaurível do Reino de Deus. Cito os três livros que mais me marcaram: “O destino do homem e do mundo”, “São Francisco: ternura e vigor” e “Igreja: carisma e poder”.
    O destino do mundo se entrelaça ao do homem, sem dúvida, e ainda mais hoje como nunca quando estamos colhendo os amargos frutos de nossa insanidade. É o que você sempre diz: não somos somente homo sapiens, mas também homo demens…e como você gosta de repetir: demens, demens e demens! Porém, tal destino não é fatalidade, mas fatalismo em função de nossas más escolhas e ausência de cuidado. Portanto, ainda abusando de sua fala, temos a resposta que está estampada no Primeiro depois do Único: Francisco de Assis! Com o vigor do logos e a ternura do pathos aliados ao cuidado da mather,podemos gerar,sim,outra realidade diferente do que aí se encontra e fazer a conversão para caminhos melhores e salutares em que podemos nos encontrar como fratellos e sorellas (perdoe-me, se digitei errado) a comungar de uma única e mesma vida que se ostenta ricamente por todos os lados e nas mais infinitas formas e modos. Sendo assim, o poder pode servir ao carisma e nova era poderá abrir-se na qual o Espírito Santo seja o único “Potestá” e “Pather” fecundante que gere o Ressuscitado lá onde havia o império da morte trazido pela subserviência do carisma ao poder.
    Efetivamente, a Igreja dos carismas e do diálogo é a real manifestação do Reino de Deus que perpassa qualquer realidade em que se fazem presente a justiça que gera a ordem e consolida o amor. Na verdade, é critério de salvação não necessariamente a fé que professamos, mas a fé que expressamos quando servimos ao Cristo no rosto de nossos irmãos e irmãs despojados, humilhados e roubados em sua humanidade por um sistema tanatofílico constituinte de homo demens, demens e demens…!
    Esta Igreja do diálogo sofre as terríveis dores do parto, mas é possível vê-la nascendo lá onde a desolação não deveria estar: na própria Igreja do poder e do testemunho. Por exemplo, a Igreja simbolizada pelo cardeal Arns, Hélder Câmara e os muitos e muitos que, como você querido amigo Leonardo, precisaram – como você afirma sempre – mudar de trincheira, mas não de batalha.
    A Igreja do carisma dialógico, ou do diálogo carismático, é a franciscana, porque cristiana e cristificante. O carisma franciscano é a assunção do Antropos em sua mais extensa verdade: o do ser que se distende como nó em várias dimensões: para o Alto, rumo a Deus; para o lado, junto à convivência com o Outro e o mundo; e para o mais profundo baixo, rumo à própria interioridade e subjetividade de onde brotam aqueles valores e anti-valores pelos quais podemos nos salvar ou condenar.Eis a seriedade da mensagem do Cristo: está em nossas mãos a nossa liberdade ou o nosso cativeiro. Infelizmente, há fortes indícios de que não queremos sair do cativeiro em função do longo tempo em que nele estamos.
    Não sou pessimista como dá a entender a última afirmação, mas constato a mensagem do Ressuscitado de que a maior batalha que se trava é precisamente no coração humana de onde a Fonte de graça perene do grande Oceano Divino pode ser maculada pelos nossos ínfimos arroios! Contraditório? Não! Penso que é o preço da liberdade que Javé nos oferta:a vida ou a morte, portanto, nós temos o imenso poder de envenenar a pura e límpida água cristalina da Graça Divina que a todos abastece indiscriminadamente. Se não tivéssemos tal poder,então o mundo seria muito melhor, mais bonito, isento de algum perigo, porém, repleto de robôs ou zumbis no eterno sonho da infantilidade.
    Assim como no mais puro santo há um assassino adormecido, então, no íntimo de algum assassino está adormecido um autêntico santo a acordar. E a Igreja do diálogo e do carisma que se serve do poder do pathos para fecundar o logos pode fazer a diferença para o despertar de um novo homem possível que seja a imago-Dei porque imagem do Antropos.

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  12. Como é didícil ter essa fé e essa esperança!… Estaremos de fato evoluindo do obscurantismo da Igreja testemunhal para a transparência de uma Igreja aberta ao diálogo? Até quando ela se esconderá por trás dos seus dogmas para se defender da inquisição que agora bate à sua porta ? Queremos um lider possível porque humano, infalível porque amoroso. Um lider com braços abertos tanto para a carne, como para o espírito que constitue todos e cada um de nós. Essa é a cruz. Quem a conduzirá?

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  13. Leonardo Boff, como sempre, traz à luz o tema central que está colocado na renúncia do papa Bento XVI. Para onde vai a Igreja? Concordo que está em jogo estas duas visões: a tradicionalista, conservadora, a qual ele denomina de modelo do testemunho e a libertadora, criativa, solidária, a qual chama de do diálogo. A renúncia de Bento XVI parece-me ser mais uma tentativa de prevalecer o modelo do testemunho em detrimento a do diálogo, infelizmente.

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  14. Ainda hoje estávamos comentando sobre um certo Leonardo Boff que revolucionou com a teoria da libertação e encantou a todos nós na década de 80 quando a abertura da mente se fez maravilhosamente marcante e sobre o silencar de muitas vozes. Vejo com alegira que as mesmas vozes continuam a se espalhar, já marcadas pelo tempo, mas não menos sábias. Não est´s só caro amigo. Abraço, Véra Lucia Gonçalves do Rosário.

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  15. Gostei muito desta reflexão caro irmão Frei Boff. Isto sim vale a pena ler e meditar neste dia para nós Católicos começa o Tempo de Conversão… Conversão ao irmão e irmã unindo as nossas forças e energias positivas para uma ecologia de amor e do bem para todos… Paz e Bem!

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  16. O Papa Bento XVI é um conservador, Leonardo Boff foi uma de suas vítimas ainda quando ele era o todo poderoso Cardeal Ratzinger, muito próximo a João Paulo II que também era um conservador. Ouso dizer que gostaria de ver na cadeira de Pedro alguém com um pensamento mais liberal, próximo do que foi João XXIII.

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  17. Espetacular….. Como me sinto tranquila percebendo a diferenca entre a instituição e o cristianismo. Obrigada Sr. Boff….

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  18. Por isso, a propósito, seria de bom tom dialogar c outras religiões e doutrinas, assim como o espiritismo. Não e a toa q muitos cristãos, católicos, evangélicos ou de outras denominações agregam-no como fonte secundaria de consultas nos quais os seus dogmas não conseguem ou não querem responder.

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  19. A igreja sempre me fez sofrer muito pela sua ideia de “exclusividade na salvação) também sempre me inspirou mais mêdo do que Amor. E agora esta crise de governos, corrupção,, enfim, não sabemos para onde caminhar! Pessoalmente tento ficar erguida, apoiando-me em oração pedindo fortaleza e discernimento para todos nós. Obrigado pelo seu texto Frei
    Leonardo.
    Rosa/Braga-Norte de Portugal

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  20. Excelente texto! Eu mesma me considero afastada da Igreja, mas não do Cristianismo. Seria importante haver diálogo, humildade, exemplo e aceitação dentro da instituiçao.

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  21. Muito bem Loenardo Boff, excelente artigo. Mas infelizmente acredito que dentro dessa reflexão de diálogo, a Igreja ainda está longe de atingir as necessidades da pós modernidade. Tal embate entre Igreja e modernidade apresentam um relacionamento distante entre ambos que por muitas vezes confundem o povo em relação às questões éticas, morais e doutrinárias. Tenho fé de que a solução deste distanciamento será ou não apresentada na eleição do novo Papa. Ficaremos no tradicionalismo Europeu que acarreta numa moral não dialogável e como consequência o afastamento dos fiéis, ou nos será apresentado um novo modelo de Igreja frente a modernidade visando a Evangelização e não somente a afirmação de dogmas.

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  22. A “graça comum” ou “revelação geral” pode ser vista derramada por toda a Terra. O Salmo 19:1 declara: “Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de suas mãos”. A natureza, a consciência humana (de certo e errado), a intervenção de Deus na história para mim são evidências da existência e manifestação da graça de Deus. Portanto, concordo que ao percebermos as manifestações divinas, até naquilo que consideramos secular, nos facilitará no diálogo com o mundo (natureza, pessoas, cultura) e nos transformará em uma igreja mais relevante e coerente com sua missão. Todavia entendo que a Igreja (na minha visão protestante – todos aqueles que confessam Jesus Cristo como Senhor e Salvador e não uma instituição religiosa) deve ser testemunha de Cristo e de sua mensagem. Precisamos DIALOGAR com o mundo, mas sem esquecer que temos uma mensagem (TESTEMUNHO) de boas novas que não se restringe a uma libertação ou salvação de agruras terrenas, mas, às vezes pelo contrário, a abdicação de prazeres momentâneos ou falsos prazeres para construirmos algo mais elevado. A mensagem de João Batista e também de Jesus: “Arrependei-vos, pois é chegado o Reino dos Céus” que fala de juízo, condenação, céu e inferno estão fora de moda, entretanto não podemos ser parciais no ensino das mesmas. Então proponho um equilíbrio entre TESTEMUNHO E DIÁLOGO, invés de ter que optar por um dos dois.

    Para mim o exemplo de Jesus com a mulher samaritana no evangelho de João capítulo 4 é perfeito. Ele inicia com um DIÁLOGO de natureza cotidiana e histórica (quando trata de necessidades humanas – sede por água – e rompe com preconceitos ao falar com uma mulher samaritana) e em seguida trata de questões mais importantes e eternas sobre a alma daquela mulher e a angustia existencial que havia em seu interior e que prazer nenhum nesta Terra podia suprir ao ponto dela já ter tido 5 maridos, mas ainda tinha “sede espiritual” e Jesus então TESTEMUNHA se apresentando como a fonte de águas vivas que preenchem as necessidades do coração.

    Paz e bem!

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  23. ótima texto para refletirmos sobre a última n ovidade da igreja católica e seus impactos na sociedade .

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  24. Amigo professor LEONARDO BOFF que linda e clara avaliaçao deste momento tao importante quanto dificil para nossa Igreja o equilibrio a ser buscado passa por umaa maior abertura trasendo o reino de DEUS ate nos e nos levando com nossa vocaçao maior ir para a casa do PAI…… Que o ESPIRITO SANTO guie a Igreja para um maior dialogo onde fatos e vozes da nossa realidade tenham vez e voz!!!!!! !!!!!!!!!!!!!! ASSIM SEJA ……….

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  25. Que sábio comentário! Concordo plenamente com seu pensamento,a igreja de Cristo deve ser, antes de mais nada, a igreja do povo de Deus.

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  26. Pai, não peço que os tire do mundo, mas que os livre do mal. João 17.15. Isso aí mestre, são as palavras de Cristo no seu belo texto.

    grande abraço e a graça de Deus para a sua vida.

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  27. Noel Ribeiro prof. de filosofia ensino médio escola publica.
    Meu caro mestre Leonardo é muito bom ler o seu comentário, a respeito do assunto em pauta, até porque a mídia não fala de outra coisa, e nem sempre a verdade é contada como é , conheço o seu trabalho e a seriedade com que trata esse o assunto.

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  28. Li com atenção o seu artigo e, como sempre, admirei as suas análises sobre a actualidade religiosa mas gostaria que comentasse o artigo 14 da constituição do concilio vaticano II Lumen Gentium, dado o seu apoio ás orientações e resultados desse concílio.
    Inês dórey

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  29. Carissimos irmaõs em cristo. roguemos a Deus, que na sua infinita bondade possa trazer, um final feliz, por este impasse que estamos vivendo. Lá está o templo, Igreja somos nós. Está nas maõs de Deus. Resta-nos treis coisas importantes. Rezar, rezar, e rezar.

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  30. Concordo com suas palavras, e acrescentaria o seguinte: A igreja Católica precisa urgentemente de ajustar a conduta dos seus ritos e rituais e os clérigos sejam mais pastores que ritualistas.

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  31. Graças ao Abba ainda temos críticos equilibrados como voce Leonardo.Acredito realmente que sómente através do dialogo conseguiremos chegar a algum lugar.Sou católica porém mais no sentido de ser cristã.Acho que a Igreja cat´lica perde muito com seu conservadorismo.Creio que se as mulheres pudessem exercer o sacerdocio o fariam muito bem( não é uma proposta feminista),assim como creio que o celibato deve ser uma questão pessoal.Espero que o Espirito Santo envie luz para esse momento de crise e como voce mesmo disse em um de seus livros a crise é um momento de crescimento se assim o quisermos.Pois que seja.Bela reflexão a sua ,lúcida como sempre.Paz e Bem,Maria de Fatima Leal Ismael.

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  32. Ser Cristão hoje não é mais fácil do que ontem…Em um mundo que confia mais no que é imutável, se vê perplexo com a atitude do PAPA Bento XVI, seja da ala tradicionalista, seja daquela que reclama o diálogo. O PAPA Bento XVI deflagrou uma crise quando decidiu mudar, fazer diferente sobre sua própria responsabilidade, pensar e realizar ao contrário de só “obedecer”. Coragem! ? Coragem! Mas será que a necessária coragem para fazê-lo não é alimentada pela inquestionável tendência a não suportar mudanças? As características da personalidade do Bispo Ratzinger, por mais fragéis que sejam suas condições de saúde, não permitiriam uma existência banal?!! Tanto que deixa novamente perplexos a nós cristãos quando ao se pronunciar ainda como PAPA fala de hipocrisia religiosa, em divisão interna na Igreja de Pedro. Qualquer um escolhido pelo Conclave para substituir o PAPA renunciante será ofuscado pelo brilho solar do Bento XVI. Ao ouvir a manifestação de professor Leonardo Boff sobre a renúncia do PAPA na TV BRASIL, fiquei convicta disso…a palavra admiração saiu guase corrigida pela palavra gratidão… Afinal o bispo Ratzinger outrora reconheceu sua capacidade ao publicar seus escritos, deu-lhe muito da força que Ele detém até hoje como teólogo. Leonardo Boff e seu guase constrangimento em falar do seu “algoz” que nos parece reagir aos ataques covardes dos seus pares as suas imutáveis verdades. Ao reconhecer a existência de hipocrisia Religiosa, é como se Ele dissesse entre linhas – Tem coisas, meu respeitável escomugado (Leonardo Boff) que vc sempre teve razão. Tempos de crise, tempos de mudanças, possibilidades de injustiças serem rechaçadas, de verdades serem reconhecidas. Neste momento que pedras são lançadas contra a casa de Pedro, penso como nossa igreja cresce e ganha com isso!!!Nas nossas reuniões no refletindo certamente tais assuntos serão abordados (mesmo que não conste no livreto), quebrando o “silêncio obséquioso” que todos nós cristãos somos submetidos veladamente. Leonardo Boff e Joseph Ratzinger contribuiram tanto para este momento da caminhada da igreja com suas manifestações para os reais valores espirituais que devemos cultivar. O que me parece é que suas posições tão antagônicas convergiram a um ponto comum por amor a igreja e se derão aos mãos simbolicamente. Vida longa aos irmãos Joseph Ratzinger e Leonardo Boff.
    Abraço fraterno
    Carmen Leonardo do Vale Poubel

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  33. Amigo FREI LEONARDO,tive a alegria de ler e meditar os seus primeiros escritos na década de sessenta.Era, sim uma novidade, mas uma novidade alegre, esperançosa.Na época vivíamos a dura realidade da revolução do golpe de 1964. Foram os anos obscuros da ditadura militar.Em nossos estudos de teologia iniciamos os primeiros contatos com os seus artigos e pequenos livros: VIDA ALEM DA MORTE e outros.O concílio vat II há pouco concluído,e por sinal, CARACTERIZADO COMO ALVISSAREIRA ESPERANÇA DE RENOVAÇÃO.oferecia grandes oportunidades para um novo caminhar, não só para os católicos, mas para toda a humanidade.A Igreja devia ser de todos os cristãos e não somente dos católicos.No curso de teologia, algumas iniciativas foram tomadas com esperança.Tínhamos a nítida impressão que o Espírito Santo desencadeava um ” forte vendaval” no mundo e a Igreja como o instrumento precioso para tal. Posteriormente,ficamos sabendo que paralelamente aos DOCUMENTOS DO CONCÍLIO VAT.II,FORMOU-SE UM MOVIMENTO em que não se daria muita importância aos documentos conciliares.Tácitamente, as forças retrógradas foram tomando força e acabaram se firmando em postos chaves da hierarquia.Evidentemente, o DIÁLOGO FOI ENFRAQUECENDO,firmando-se a força do testemunho.
    Frei leonardo,o seu artigo é mais um na minha coleção de obras de grandíssimo valor. Tomara que os tais candidatos ao papado acessem essa mensagem gigantesca.
    Deus conserve você na imensidão da paz e alegria. Abraços.
    ,

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  34. A “renúncia” do papa abriu as portas para um diálogo muito interessante.

    “Quem sou eu?” “No que EU acredito?” “Eu sigo minha crença, religião, filosofia?” “Sou um bom cristão, budista, espírita?” “Eu crio um mundo melhor ou jogo lixo no chão, minto, traio, sacaneio?”

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  35. Leonardo, eu acho que você está distante das coisas… A ditadura do relativismo tornou os jovens completamente mortos espiritualmente, cheios de crença na inexorabilidade dos atos e da cultura moderna, jogando tudo aquilo que é digno de sua humanidade no lixo. A inexorabilidade da fornicação, da pornografia, da pobreza, da avareza, de tudo é colocado de maneira quase patente pelos meios de comunicação que ODEIA os cristãos e o cristianismo. O jovem procura o diálogo só depois de saber que ele é justo, no caminho de santidade cada vez maior, onde possa realmente viver a plenitude. Como é que você espera que tenhamos uma Igreja dialogante se não temos com quem dialogar?

    Veja, questão dos contraceptivos, camisinha, etc? A quem interessa? Quem não tem fé católica, não acredita na visão de matrimônio católica como imagem do amor da Igreja e Cristo, indissolúvel, para que sejam uma só carne. Onde está isso, por que assim dialogaria?

    Eu sou estudante do Largo São Francisco, e conheci alguns jovens que participam da paróquia ao lado. Metiam-se a fazer atos políticos em prol de Reforma Agrária, em prol da defesa dos pobres, MAS não se importava com seu corpo, com sua alma, poucos ou nenhum deles iam à missa, fornicavam naturalmente etc. O jovem olha para isso com um tédio mórbido, como uma mera repetição do que fazem os socialistas.

    Ser conservador, uma coisa eu aprendi, não é ser pelos ricos. Você sabe que o conservadorismo, ao estilo de Russell Kirk, nunca foi livremercadista, nunca abriu as pernas para o livre mercado. Nós sabemos, contude, que sem o coração regenerado pela graça santificante, morremos, e somos mortos falando de justiça social… A teologia da libertação impede a graça santificante, impede o crescimento espiritual e impede a vida cristã honesta, total, sem reduções. Antes a TdL caminhasse um caminho que Clodóvis Boff falava….

    Feliz fiquei quando ouvi que certas CEBs, percebendo isso, estavam lendo obras tradicionais de devoção mariana, como o Tratado da Verdadeira Devoção à Virgem Maria, de S. Luís Maria de Montfort. Estavam lendo S. Francisco de Sales! Por que essa guinada? Cansaram-se da incompletude de vida cristã.

    Na ordem da conversão e das boas obras, antes o afetivo ao efetivo, já que os conselhos evangélicos podem levar a atos de soberba e de enganação àqueles que não se movem sobretudo pela Caridade.

    Um abraço,

    Pedro Barreto, 22 anos, estudante de Direito do Largo São Francisco

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  36. O texto é bom, profudamente teológico, porém devemos acentuar que a igreja católica é milenar e vive sob a luz da tradição. Portanto, aceitemos o fato de que ela não vai se encaixar dentro de nossas ideologias e não podemos atáca-la com pesamentos que são originários por vezes de nossas conclusões precipitadas. Você Boff é um grande teológo, o respeito, mas é muito suspeito para falar do Cardeal Joseph Alois Ratzinger, fica subtendido que há uma certa mágoa de sua parte, por ter sido impedido de continuar com suas teorias sobre a teologia da libertação. Mas, você tem todo o direito de fazer suas cosnsiderações sobre esse momento em que igreja passa. Tenho que certeza que ela sairá muito fortalecida e continuará a missão deixada por Jesus Cristo.
    um abraço.

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  37. Não sou a favor de um chefe central para a Igreja de Cristo. Mesmo o papa atual não usando a Tiara ele ainda se sente o Supremo-Poderoso Representante de Cristo na Terra. A Igreja de Cristo é Católica, ou seja, Universal. Quando falo de Igreja de Cristo, falo de todas as Igrejas Cristãs. A Igreja Católica Apostólica Romana considera os outros cristãos, que não são Católicos, como irmãos separados.

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  38. Bom ouvir suas considerações porque fruto de vivências em todos os sentidos , culturais, por ex., mas a mim me tocou sua colocação:” O problema central não é a igreja, mas o futuro da mãe Terra, da vida e da nossa civilização. Como a Igreja ajuda nessa travaessia? Só dialogando e somando forças com todos.”Respeitosamente, Isabel

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  39. SENHORES ,

    VIVEIS PARA QUE APRENDAIS AMAR,AMAIS PARA QUE APRENDAIS A VIVER.
    Nenhuma outra lição não é exigida do homem.

    O que seria o CRISTIANISMO INTERIOR ?

    AVANTE ESTIMADO GUERREIRO LEONARDO

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  40. Este artigo está muito interessante. Faz-me pensar em muitas coisas. Põe-me em crise. No entanto, não compreendo bem quando dizem que a Igreja não dialoga. Que Igreja conhecem? Qual é sua experiência de Igreja? Estejamos atentos para não absolutizar experiências e aplicar o particular ao universal. Noto que os momentos ecumênicos em minha região, os esforços ecumênicos em nível universal, iniciativas de oração comum com diferentes religiões são, na maioria das vezes, de iniciativa da Igreja Católica. Como dizer que a Igreja está longe dos outros? Como dizer que não dialoga, é fechada? Não tenho notícia de iniciativas mundiais como a de Assis, convocada pelo Papa. Na minha cidade, os evangélicos não chamam a gente para rezar juntos. Somos nós que os chamamos. E não vão. Ficamos as vezes sozinhos. E dizem que não dialogamos? Ações sociais em conjunto conosco, são raríssimos casos. Nós, católicos, chamamos eles para participarem e eles não vem. Precisamos, então, estarmos atentos quando dizemos que a Igreja não dialoga.

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    • Acho lindo e até coerente a frase que tem virado febre no facebook: “IR A IGREJA OU SER IGREJA?”.

      Considero relevante este aspecto, pois com o número de cristãos que existem é uma vergonha e incoerência termos um país e um mundo do jeito que está.

      Entretanto, às vezes me questiono sobre a real motivação que está por trás dessa pergunta.

      Realmente, como disse o Apóstolo Paulo, o mundo clama pela manifestação dos filhos de Deus. Isto é, esperamos que as instituições cristãs e, por conseguinte, seus membros sejam instrumentos de transformação e vida através do poder do Espírito Santo.

      Contudo, acredito que muitos querem uma mudança não nas estruturas da igreja, mas em seu próprio credo.

      Defendem um evangelho mais “light”, onde eu possa ir a igreja quando der na telha. Um evangelho que não me incomode, um evangelho sem cruz.

      Creio que o TESTEMUNHO e o DIÁLOGO são ambivalentes, mas todos necessários.

      Precisamos amar, ter empatia (se por no lugar do outro/ver com os olhos do outro) e ter compaixão (sofrer junto/sofrer com o outro), mas entendo também que o Amor é Firme. parafraseando as Escrituras Sagradas: Deus disciplina a quem ama e quem não está sendo disciplinado não é filho, mas bastardo.

      Não precisamos testemunhar como se fossemos “donos da verdade”, entretanto, conscientes que fomos alcançados por ela por intermédio de Jesus que afirmou ser O Caminho, a Verdade e a Vida e disse que ninguém viria ao Pai a não ser por intermédio Dele. Não dá para negar isso.

      Gosto do conceito de Evangelismo que uso aqui como sinônimo de Testemunho: “Evangelizar/Testemunhar é um mendigo mostrando para outro mendigo onde conseguir o pão”.

      Concluo com a frase de Agostinho de Hipona: Se você crê somente naquilo que gosta no evangelho e rejeita o que não gosta, não é no Evangelho que você crê,mas, sim, em si mesmo.

      Boff, o tema de seu texto é totalmente relevante para pensarmos sobre o papel da igreja e do próprio papel do cristão no mundo e, por isso gostaria de ampliar o conceito de TESTEMUNHO (não somente tradição, mas também retorno as Sagradas Escrituras), pois vendo desta forma proponho que tenhamos apenas uma busca de equilíbrio entre as duas e a exclusão de uma pela outra. Não podemos jogar o bebê fora junto com a água do banho.

      Paz e Bem!

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  41. Acho lindo e até coerente a frase que tem virado febre no facebook: “IR A IGREJA OU SER IGREJA?”.
    Considero relevante este aspecto, pois com o número de “cristãos” que existem é uma vergonha e incoerência termos um país e um mundo do jeito que está.
    Entretanto, às vezes me questiono sobre a real motivação que está por trás dessa pergunta.
    Realmente, como disse o Apóstolo Paulo, o mundo clama pela manifestação dos filhos de Deus. Isto é, esperamos que as instituições cristãs e, por conseguinte, seus membros sejam instrumentos de transformação e vida através do poder do Espírito Santo.
    Contudo, acredito que muitos querem uma mudança não nas estruturas da igreja, mas em seu próprio credo.
    Defendem um evangelho mais “light”, onde eu possa ir a igreja quando der na telha. Um evangelho que não me incomode, um evangelho sem cruz.
    Creio que o TESTEMUNHO e o DIÁLOGO são ambivalentes, mas todos necessários.
    Precisamos amar, ter empatia (se por no lugar do outro/ver com os olhos do outro) e ter compaixão (sofrer junto/sofrer com o outro), mas entendo também que o Amor é Firme. parafraseando as Escrituras Sagradas: Deus disciplina a quem ama e quem não está sendo disciplinado não é filho, mas bastardo.
    Não precisamos testemunhar como se fossemos “donos da verdade”, entretanto, conscientes que fomos alcançados por ela por intermédio de Jesus que afirmou ser O Caminho, a Verdade e a Vida e disse que ninguém viria ao Pai a não ser por intermédio Dele. Não dá para negar isso.
    Gosto do conceito de Evangelismo que uso aqui como sinônimo de Testemunho: “Evangelizar/Testemunhar é um mendigo mostrando para outro mendigo onde conseguir o pão”.
    Concluo com a frase de Agostinho de Hipona: Se você crê somente naquilo que gosta no evangelho e rejeita o que não gosta, não é no Evangelho que você crê,mas, sim, em si mesmo.
    Boff, o tema de seu texto é totalmente relevante para pensarmos sobre o papel da igreja e do próprio papel do cristão no mundo e, por isso gostaria de ampliar o conceito de TESTEMUNHO (não somente tradição, mas também retorno as Sagradas Escrituras), pois vendo desta forma proponho que tenhamos apenas uma busca de equilíbrio entre as duas e não a exclusão de uma pela outra. Não podemos jogar o bebê fora junto com a água do banho.
    Paz e Bem!

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  42. Jesus pregou apenas um mandamento

    AMAR

    Amar seu amigo, seu inimigo, dar a vida pelos outros, não julgar, amar

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    • No meu entender as pessoas tem confundido o conceito de amor. Amar não é concordar sempre com o outro e dizer sempre o que o outro quer ouvir. O Amor é Firme e a bíblia ensina que Deus disciplina a quem Ele ama. Fico imaginando o evangelho segundo o “AMOR” do presente século. No caso da mulher adúltera seria: “Eu te perdoo. Vai e continue em sua vida de pecado.

      Deus ama o pecador, mas não o pecado.

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    • Rafael
      Não faço propaganda de mim mesmo. Venha ao Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petropolis que existe há 34 anos e pergunte o que juntos fazemos pelas periferias pobres da cidade “imperial” que tem 103 favelas. Vc que não gosta da TL: o que vc faz pelos pobres não dando esmolas mas se solidarizando com eles, caminhando com eles e ate sofrendo cadeia por causa deles, como já me aconteceu.
      lboff

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  43. O sr. Leonardo disse: “Esse modelo do diálogo se faz urgente caso a instituição-Igreja quiser sair da crise em que se meteu e que atingiu seu ponto de honra: a moralidade (os pedófilos) e a espiritualidade (roubo de documentos secretos e problemas graves de transparência no Banco do Vaticano).”
    Pessoal, isso aqui não parece um trecho de noticiário da Rede Globo?

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  44. Leonardo Boff, grande teólogo, filósofo, poeta, místico e, sobretudo, grande profeta comprometido com a libertação dos pobres e oprimidos, com um pé na academia e outro na periferia, incomoda demais porque encarna a teoria na prática e fundamenta suas teorias na prática. Os covardes, medrosos e omissos sempre hão de descordar dele. Irmão “Frater Minor”, Deus esteja contigo te dando força e energia em teu compromisso com a encarnação do Evangelho de Jesus Cristo Libertador. Amém.

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  45. Sr. Leonardo, desejo saber quais são as perspectivas do MF&P. Preciso dessas informações para uma dissertação de Mestrado sobre fé e política.

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