Jornada Internacional da juventude: celebração e compromisso

 

 No pensamento social e filosófico a questão da  fé não está em alta. Antes pelo contrário, a maioria dos pensadores tributários dos mestres da suspeita e filhos da modernidade, colocam a fé sob suspeita, considerada como pensamento arcaico e mítico ou como cosmovisão do povo supersticioso e falto de conhecimento, na contramão do saber científico.

 

         Como quer que interpretemos a fé, o fato é que ela está ai e mobiliza milhões de jovens vindos de todo mundo para a Jornada Mundial da Juventude, além de outros milhares que acorreram para ver o novo Papa Francisco. Suspeito que nenhuma ideologia, causa ou outro tipo de lúder que não religioso consiga trazer para as ruas tão numerosa multidão. Pode-se dizer responsavelmente que ai vigora alienação e arcaismo?

 

         Tal fato nos leva a refletir sobre a relevância da fé na vida das pessoas. O conhecdido sociólogo Peter Berger mostrou em seu Rumor de anjos: a sociedade moderna e a redescoberta do sobrenatural (1969) a falácia da secularização que pretendeu ter banido do espaço social a religião e o sagrado. Ambos ganharam novas formas mas estiveram sempre ai presentes, porque estão enraizados profundamente nas damandas fundamentais da vida humana.

 

         Imaginar que um dia o ser humano abandone totalmente a fé é tão inverossímil quanto esperar que nós para não ingerirmos alimentos quimicalizados ou transgênicos deixemos uma vez por todas de comer. Quero abordar a fé em seu sentido mais comezinho, para aquém das doutrinas, dogmas e religiões, pois ai aparece em sua densidade humana.

 

         Há um dado pre-reflexo que subjaz à existência de fé: a confiança na bondade fundamental da vida. Por mais absurdos que haja e os há quase em demasia, o ser humano crê que vale mais a pena viver do que morrer. Dou um simples exemplo: a criança acorda sobressaltada em plena noite; grita pela mãe  porque o pesadelo e a escuridão a encheram de medo. A mãe toma-a no colo, no gesto da magna mater, enche-a de carinho e lhe diz: “querida, não tenhas medo; está tudo bem, está tudo em ordem”. A criança, entre soluços, reconquista a confiança e dentro de pouco, adormece tranquila. Estará a mãe enganando a criança? Pois nem tudo está bem. E contudo sentimos que a mãe não mente à criança. Apesar das contradições, há uma confiança de que uma ordem básica perpassa a realidade. Esta  impede que o absurdo tenha a primazia.

 

         Crer é dizer:”sim e amém” à realidade. O filósofo L. Wittgenstein podia dizer em seu Tractatus logico-philosophicus: “Crer é afirmar que a vida tem sentido”. Este é o significado bíblico para fé –he’emin ou amam – que quer dizer: estar seguro e confiante. Daí vem o “amém” que significa:“é isso mesmo”. Ter fé é estar seguro no sentido da vida.

 

         Essa fé é um dado antropológico de base. Nem pensamos nele, porque vivemos dentro dele: vale a pena viver e sacrificar-se para realizar um sentido que valha a pena.

 

         Dizer que este sentido da vida é Deus é o discurso das religiões. Esse sentido pervade a pessoa, a sociedade e o universo, não obstante nossas infindáveis interrogações. Escreveu  o Papa Francisco na encíclica Lumen Fidei:”A fé não é luz que dissipa todas as nossas trevas mas é uma lâmpada que guia nossos passos na noite e isto basta para o caminho”.

 

         Dizer que esse sentido, Deus, se acercou de nós e que assumiu nossa carne quente e mortal em Jesus de Nazaré é a leitura da fé cristã. Em nome desta fé em Jesus morto e ressuscitado, se reuniram esses milhares de jovens e acorreram mais de dois milhões de pessoas em Copacabana.

 

         Entre outros traços do carisma do Papa Francisco é sua fé cristalina que o torna tão despojado, sem medo (o que se opõe à fé não é o ateismo mas o medo) que busca proximidade com as pessoas especialmente com os pobres. Ele inspira o que é próprio da fé: a confiança e o sentimento de segurança. É o arquétipo do pai bom que  mostra direção e confiança.

 

         Fez uma conclamação importante, verdadeira lição para muitos movimentos no Brasil: a fé tem que ter os olhos abertos para as chagas dos pobres, estar perto deles e as mãos operosas para erradicar as causas que produzem esta pobreza.

 

         Na Jornada houve belíssimas celebrações e canções cujo tom era de piedade. Entretanto, não se escutaram as belas canções engajadas das milhares comunidades de base. Não se ouviram também  suas belas canções que falam do clamor das vítimas, dos indígenas e camponeses assassinados e do martírio da  Irmã Dorothy Stang e do Padre Josimo. O Papa Francisco enfatizou uma evangelização que se acerca do povo, na simplicidade e na pobreza. Repetiu muito:”não tenham medo”. O empenho pela justiça social cria conflitos, vítimas e suscita medo, que deve ser vencido pela fé.

 

         Voltemos ao tema da fé humana. Quantos são aqueles que se apresentam como ateus e agnósticos e no entanto possuem essa fé como afirmação do sentido da vida e se empenham para que seja justa e solidária. Talvez não a confessam em termos de Deus e de Jesus Cristo. Não importa. Pois a base subjacente a esta fé em Deus e Cristo está lá presente sem ser dita.

 

Esta fé básica impõe limites à pós-modernidade vulgar que se desinteressa por uma humanidade melhor e que não tem compromisso com a solidariedade pelo destino trágico dos sofredores. Outros, vendo o fervor da fé dos jovens e a comoção até às lágrimas sentem talvez saudades da fé da infância. E ai podem surgir impulsos que os animam a viver a fé humana fundamental e quem sabe se abrem até à fé num Deus e em Jesus Cristo. É um dom. Mas o dom de uma  conquista. E então um sentido maior se abre para uma vida mais feliz.

 

41 comentários sobre “Jornada Internacional da juventude: celebração e compromisso

  1. OLá, Sr. Leonardo, muito lhe admiro e sigo esse blog, naõ entendi a colocação:” Voltemos ao tema da fé humana. Quantos são aqueles que se apresentam como ateus e agnósticos e no entanto possuem essa fé como afirmação do sentido da vida e se empenham para que seja justa e solidária. Talvez não a confessam em termos de Deus e de Jesus Cristo. Não importa. Pois a base subjacente a esta fé em Deus e Cristo está lá presente sem ser dita.”
    Seria a fé em Deus (católico) e Jesus cristo a única manifestação de fé? Inclusive nos ateus?
    Mesmo esses tendo lugar cativo no inferno e dispensados das bençãos do papa?
    Não entendi mesmo.
    Por que cada vez mais, ser ateu é uma doença, uma praga? Acaso, algum ateu professa a discórdia, o ódio, o desrespeito as religiões? Falo de ateus, naõ de rebeldes, ou levianos.
    E quanto aos jovens, nada mais adequado, frente a essa febre religiosa, bom vermos as atuais “lavagens cerebrais” baseadas nma moral exageadamente rigorosa.Há algo muito estranho nessa nova cruzada católica.

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    • Lorena,
      Meu texto distingue tres tipos de fé: a humana que é a confiança na bondade fundamental da vida, que a vida tem sentido; a fé religiosa que traduz esse sentido da vida como presença de Deus e fé cristã que afirma que esse Deus um dia se acercou de nós e se chamou Jesus Cristo. Essa fé humana, como crer que a vida tem sentido e que é melhor viver do que morrer, tambem os assim chamados ateus e agnósticos possuem. Não vejo onde está a sua dificuldade. Numa sociedade aberta e pluralista há lugar para crentese e não crentes, para ateus e teistas.
      lboff

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  2. Estamos no Ano da Fé, o que me fez lembrar da letra da canção de um de nossos maiores poetas:
    “Andá com fé eu vou
    Que a fé não costuma faiá
    Olêlê!
    Andá com fé eu vou
    Que a fé não costuma faiá
    Olálá!…
    Mesmo a quem não tem fé
    A fé costuma acompanhar
    Oh! Oh!
    Pelo sim, pelo não…”
    Agradeço a Deus pela fé que este nosso povo não tem vergonha de ter!!!!

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  3. Ótimo….fé e compromisso….que Roma não use o carisma de Francisco para o engano…mas que venham as reformas e a justiça! lindo texto Boff….te amando sempre no amor e coração de Jesus…

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  4. O enorme interesse que se viu em torno do Papa Francisco mostra apenas uma coisa: há um desejo, uma fome pelo sagrado, esperando ser satisfeita. Que as portas se abram e todos aqueles que têm responsabilidade pastoral, em todas as Confissões Religiosas, ganhem as ruas. Como você mesmo gosta de dizer, caro Boff: precisamos de mais cuidado.

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  5. O Papa Francisco, confesso me surpreendeu muito positivamente aqui no Brasil, como um líder natural, sincero, carismático, simples, direto e contudente nas suas mensagens muito positivas e avançadas para o meio de onde próvem!

    Gente deste tipo, como Boff e Francisco por exemplo, é que mantém a esperança ainda em um ser humano cada vez mais solidário e altruísta, para o bem do futuro da humanidade!

    Enfim, independente de religião, no humanismo como foco central da civilização!

    Para o bem de todos, hoje e sempre!

    Vencer o egoísmo presente ainda na nossa genética, e no modo de vida consumista e fútil da nossa civilização, e que domina o mundo há décadas!

    Uma combinação perversa e suicida a longo prazo!

    Eis a questão fundamental e crucial!

    Márcio Costa

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  6. “Nós somos o campo da fé”. (Papa Francisco) Que estas palavras ecoem verdadeiramente dentro de nós e tenhamos a coragem de ser “discípulos entre todas as nações”.Que sejamos irmãos, que sejamos verdadeiros e que , com coragem, nas palavras de Francisco, mergulhemos nas “periferias existenciais”. Deus nos ilumine e guie. .

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  7. Senhor Leonardo, um dia, breve, espero conhecê-lo pessoalmente. Apertar as mãos , aquelas que são as portadoras dos vossos pensamentos a nós. Obrigado ! Fique com Deus!

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  8. O Papa Francisco transmite paz e confiança . Esperança também . Tocado pela graça da humildade , é um líder , aliás o único , que pode arrastar multidões .

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  9. Basta ler ” God is Back” para ver que o Mercado não venceu. A fé é inerente ao ser humano. O problema da fé são os que a instrumentalizam!

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    • Waldemir nada mais verdadeiro. A fé é infusa no ser humano; nascemos com e na fé, TODOS. Não há prerrogativas… o grande problema é a sua “instrumentalização”!!! E quanto mais na boca de filósos e teólogos pior a sua compreensão e imaginem a sua prática. A fé é de cada um, inclusive a dos ateus!!! A HUMANIDADE É ABSURDAMENTE MERGULHADA NA FÉ E DELA AURE A CEIVA DA VIDA. A VIDA DE HOJE E A DA AMANHÃ!!! O Papa Francisco foi sereno, tranquilo; espargiu bondade e doçura, prazer de viver e ser em Deus/Jesus Cristo, maturidade que todo o humano anseia e busca. É de todo importante que a humanidade evolua para o sentido do sede perfeitos assim como vosso pai celeste é perfeito. Essa é a caminhada…o resto é filigrana da discórdia…

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  10. O Papa é uma emoção…pensa atualizadamente.Falar em diálogo, em não ter medo é.. apresentar um caminho novo, é acenar para o possível.
    O psicanalisata,Eduardo Mascarenhas, carioca, disse certa vez quando perguntado qual seriam os pais que uma criança necessitaria? Ele respondeu:” não são os que erram menos na educação, são os que se emocionam mais.Pais emocionados , filhos mais saudáveis”.
    Rezemos pelo Papa!
    Um abraço, Isabel

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  11. Após várias manifestações (às vezes aguerrida) em junho, enveredamos julho com manifestações religiosas, de paz e de amor a Deus e a humanidade.
    A JMJ no Rio trouxe ao Brasil e ao mundo a reflexão. Manda um recado a todos, dirigentes ou não. Queremos viver de forma solidária, amigável, fraterna e principalmente respeitando os que necessitam do nosso olhar, do nosso apoio, do nosso auxílio… nos exorta a: “Vai, e também tu, faze o mesmo” do Cristo.
    Boff, mais uma vez, nos ensina a pensar o todo. Ver com clareza.
    Do amigo em Cristo,
    Antonio Carvalho

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  12. Como pensar em secularização com tamanha demonstração de fé? Obrigado mais uma vez Leonardo por suas sábias palavras

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  13. O papa Francisco chegou em boa hora!!
    Um país em desequilíbrio, uma sociedade perdida, sem escolhas, mesmo com os jovens indo às ruas! Tudo muito recente. Estávamos em sono profundo. A sacudida dos jovens,nos despertou e deixou o poder atordoado.
    Em, em meio a isso tudo, papa Francisco chega e diz a que veio. Os jovens, as crianças, os adultos estão de boca aberta, diante do seu carisma, do seu amor aberto, claro e sem justificativas para o mundo! Porque para amar, para ter boa vontade, humildade não precisa de justificativas! A vida em si mesma, já é a própria justificativa!
    Quando papa Francisco falou:
    “Os jovens precisam fazer uma revolução” Aqui reside o compromisso consigo mesmo, com o outro. Ir à luta sem medo! A fé está contida aí, nesse sem medo! Deus, Jesus se encontram em nós, a partir do momento, que cada coração se abre para o novo.
    O coração sabe das coisas.
    Acredito que a lâmpada acendeu e não vai apagar. As energias boas permanecem nessa juventude,ao mesmo tempo, em nós também, os mais velhos. As ações precisam acontecer e já. Ações sociais, atitudes humanas, urgentes, com confiança e fé..
    Exigir dos governantes o respeito, a valorização, a ética com a coisa pública. O que pertence ao povo deve ser dado. E dado a Deus o que é de Deus!

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  14. Leonardo, parabéns pelo texto. Brilhante! Como sempre, observador, reflexivo e coerente. Às vezes, fico em dúvida se o termo correto para designar aqueles que não acreditam em Deus, seja mesmo Ateu. Parto do princípio de que é impossível negar sem antes reconhecer a existência. Nesse sentido, gostei de uma das formas como descreve a fé (fé humana – no sentido de que é sempre válido e confortável acreditar na vida ao invés de desejar a morte). Novamente, parabéns!

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  15. Querido Sr.Boff, o Papa disse aos sacerdotes que amassem a pobreza, q eles estavam desmemoriados de seus votos iniciais, e q não tenham psicologia de príncipes… Pediu sempre mtas orações. CREIO QUE ELE MEXE EM VESPEIRO!! O Sr.pode falar um pouquinho about?!!Um forte abraço… Vida looongaaaa…..

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    • Adriana
      Mais que fazer o voto de pobreza é conviver com o pobres, coisa que poucos fazem. Eu aprendi mais convivendo com os catadores de lixo pupérrimos por 17 anos do que frequentando cursos de eminentes teologos e filosofos.É um saber de experienca feito e no meio de muito sofrimento e muita fé em Deus.
      lboff

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  16. Me lembro de uma frase do Raul Seixas que diz ” Eu já fui Católico , Budista, Protestante, tenho os livros na estante,todos tem a explicação. Mas não achei…”. Sinto nossa geração vinda de um movimento das diretas e da igreja progressista,totalmente abandonados pela falta de sequência e norte político,religioso e ético. Não há mal nenhum em não se ter religião,a solidariedade e busca pela justiça social se mantém, só não encontra eco e nos enclausura na própria solidão e sentimento de inutilidade social por mais que trabalhemos. Nesse sentido, a possibilidade de acolhimento, de pertença,de retomada de um caminho social nos acalenta.Voltamos a ser família, a acreditar no sentido do caminho da vida,ou da morte.Isso me parece ser esperança e me parece ser o que perdemos e precisamos recuperar.Assim entendi a passagem do Papa pelo Brasil.

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  17. Estudando filosofia a algum tempo e me foi posto que a fé é um sentimento inquestionável, e a mesma não a questiona apenas a afirma.
    Em seu texto essa fé questionável seria uma crença? Ou você coloca que podemos questionar a fé?

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  18. Caro Leonardo Boff, quando cita a pobreza, entendo a falta de proximidade de certos grupos em relação aos pobres. Porém, o senhor sempre cita ” pobres”, estaria somente falando da pobreza material ou também da espiritual? E mais, em relação aos ateus e agnósticos, o senhor acredita no cristão anônimo?

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    • Alessandra
      O mais pobre dos pobres é o pobre de espírito, quer dizer, que não tem solidariedade e amor aos demais. E há os pobres que passam fome, sofrem de mil doenças e morrem antes do tempo. Neles Cristo está gritando esperando que nós corramos e os baixemos da cruz.
      Deus está em todos, tambem naqueles que se dizem ateus. Devemos respeitá-los, mas para quem tem fé ninguem se subtrai a Deus. Se eu não vejo uma estrela no céu a culpa não é da estrela mas de mim mesmo que fechei os olhos. Mas a estrela está lá mesmo que a negue.
      um abraço
      lboff

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  19. Boff, não consegui ficar à frente da Tv vendo a noite de vigília com o Papa. Achei-a (quase) ridícula. Num país e num continente com tantas experiências religiosas, onde centenas de cristãos sofreram as consequências de seu comprometimento com a fé, refletiram somente a partir de “fé” pessoal de alguns convertidos. Poderiam ter levado testemunhos a partir das CEB´s, Pastoral da Terra, CEBI, CIMI e tantos outros… Mas prevaleceu a espiritualidade desencarnada de movimentos piedosos, como você bem o disse, no antepenúltimo parágrafo do seu belo texto.
    Uma pergunta: você acredita que bispos, padres e movimentos como os que temos por aqui acolherão as palavras do Papa para se afastarem do clericalismo?
    Um abraço . Seu ex-aluno em Petrópolis, mas ainda aluno, agora, pois sempre estou aprendendo, quando leio seus textos.

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    • Joaquim
      Havia uma vazio na celebração final de uma parte da Igreja, talvez a mais corajosa e dinâmica, aquela das bases, junto aos pobres, onde há mártires e testemunhos do puro evangelho.Só a Canção Nova trouxe cem mil adeptos.
      Creio que estes entrarão em crise porque o Papa fez severas advertências aos carreristas, aos que não vão às “periferias existenciais” e apresentam um cristianimo festivo e parco em mensagem evangélica. Eles devem se ajustar ao estilo franciscano do Papa Francisco. O povo vai cobrar isso deles, de nós e especialmente dos bispos.
      um abraço
      lboff

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      • Joaquim
        Havia uma vazio na celebração final de uma parte da Igreja, talvez a mais corajosa e dinâmica, aquela das bases, junto aos pobres, onde há mártires e testemunhos do puro evangelho.Só a Canção Nova trouxe cem mil adeptos.
        Creio que estes entrarão em crise porque o Papa fez severas advertências aos carreristas, aos que não vão às “periferias existenciais” e apresentam um cristianimo festivo e parco em mensagem evangélica. Eles devem se ajustar ao estilo franciscano do Papa Francisco. O povo vai cobrar isso deles, de nós e especialmente dos bispos.
        um abraço
        lboff

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  20. Me hace muy bien leer sus comentarios sobre estos tiempos de la Iglesia. Unifica mi corazón que se abrió a la Fe gracias a Francisco de Asís y como él quise encarnarla con los predilectos de Jesús
    Un abrazo desde Paraná, Argentina, junto a las hermanas Franciscanas de Gante…

    Julio Zampronio

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  21. O Papa e a Teologia da Libertação

    http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia/490657/papa-ve-uma-igreja-caduca-e-sem-perder-dogmas-quer-renovacao

    Nesse artigo publicado no Jornal Cruzeiro do Sul aqui de Sorocaba, coloca-se o seguinte:

    “Outra crítica foi dirigida à “ideologização da mensagem evangélica”. O argentino, porém, fez questão de atacar não apenas a Teologia da Libertação, mas tendências liberais. “A tentação engloba os campos mais variados, desde o liberalismo de mercado até à categorização marxista”, declarou.”

    Vc entende que o Papa fez mesmo esse ataque contra a Teologia da Libertação?

    abs e parabéns pelos artigos

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    • Eu Achei clara a mensagem do Papa- atacar os males do liberalismo econômico e abandonar a ARCAICA, ULTRAPASSADA e FRACASSADA ideologia Marxista, que olha para o passado!
      No entanto, aguardo a resposta do frei.

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  22. Irmão Leonardo, creio que devemos ser como disse, São José Marello, fundador da congregação Oblatos de São José, que devemos ser “extraordinário nas coisas ordinárias”, quer dizer nas coisas simples e com os simples, creio que ter fé, e pobreza, é ter estado de espírito, como deste Papa, mas com uma nuance, nosso Francisco, põe isto como você em prática. Somente quero elucidar, que eu preciso descer do meu próprio pedestal, e dizer sim ao compromisso, de um mundo melhor, vou começar este final de semana esta experiência, vou pela primeira vez fazer uma visita em uma comunidade carente, mas bem carente mesmo, onde não existem, casas, mas barracos, não sei o que me espera, somente sei que o humanos-divinos deixados, sim estes eu quero encontrar, está comunidade é a comunidade do Quati, em Londrina PR. OBRIGADO POR CADA DIA ALIMENTAR MEU ENCORAJAR, COM A TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO, obrigado paz e bem.

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    • Rodrigo
      Ya que eres Oblato de San José quiere comunicarte que escribi un libro con muchas paginas, un verdadero tratado sobre San Jose tras una investigacion de más de 20 años. Salió en español por Sal Terra de España. A Joseph, José Ratzinger le gustó.
      abrazo
      lboff

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      • Que honra ter um diálogo contigo, venho lendo a mais de 10 anos lendo seus livros e de vários outros autores da TL, você, libânio, frei Beto, Gutierrez, Sobrinho, Ruben Alves, entre tantos, pois conheci sentido em minha fé com a TL, sou formado em filosofia e amo também a filosofia da libertação, não sou muito metafísico, creio que a metafísica é consequência de Jesus de Nazaré, amém. Sou casado, tenho 2 filhos lindos, sou pequeno e de certo modo refém deste catolicismo caótico, que conforme você diz a ótica do momento são uns certos Franciscos, rsrsrsrsrsrs, mas digo que sou seu discípulo, seu irmão pela fé, e pelo seu humanismo-cósmico, que me cativa, como pai e pastor de minha família, li sim seu livro São José a personificação do Pai. Que me perdoe o Tarcisio Estramare, com a Redenptores Custus, desculpe não sou muito bom em latim, e somente estudei 6 meses de italiano, digo que hoje vou dormir muito feliz, vou mostrar seu comentário aos meus amigos filósofos, abraço e sua benção.
        Rodrigo Massi.

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  23. Meu Nobre Prof. e Mestre Leonardo Boff,
    é profundamente gratificante e edificante ler seus artigos. Concordo plenamente com a leitura que você faz da realidade, sobre a fé do ponto de vista humano e religioso. Que Deus continue abençoando sua vida para nos brindar sempre com seus pensamentos. Grande Abraço.
    Antonio França

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