“Estamos indo direto para o matadouro”, diz Antonio Nobre

Antonio Donato Nobre é um dos nossos melhores cientistas, pertence ao grupo do IPCC que mede o aquecimento da Terra e um especilista em questões amazônicas. É  mundialmente conhecido como  pesquisador do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Sustenta que o desmatamento para já, inclusive o permitido por lei sem prejuizo do agronegócio que de ve incorpar fatores novos da falta de água e das secas prolongadas. Enfatiza:”A agricultura consciente, se soubesse o que a comunidade científica sabe, estaria na rua, com cartazes, exigindo do governo proteção das florestas e plantando árvores em sua propriedade”. Publicamos aqui sua entrevista aparecida no IHU de 31 de outubro de 2014, dada a urgência do tema e seus efeitos maléficos notados no Sudeste, especialmente na metrópole de São Paulo. Temos que divulgar conhecimentos para assumirmos atitudes corretas e organizarmos nosso desenvolvimento a partir destes dados inegáveis:Lboff

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Eis a entrevista.

Quanto já desmatamos da Amazônia brasileira?

Só de corte raso, nos últimos 40 anos, foram três Estados de São Paulo, duas Alemanhas ou dois Japões. São 184 milhões de campos de futebol, quase um campo por brasileiro. A velocidade do desmatamento na Amazônia, em 40 anos, é de um trator com uma lâmina de três metros se deslocando a 726 km/hora – uma espécie de trator do fim do mundo. A área que foi destruída corresponde a uma estrada de 2 km de largura, da Terra até a Lua. E não estou falando de degradação florestal.

Essa é a “guilhotina de árvores” que o senhor menciona?

Foram destruídas 42 bilhões de árvores em 40 anos, cerca de 3 milhões de árvores por dia, 2.000 árvores por minuto. É o clima que sente cada árvore que é retirada da Amazônia. O desmatamento sem limite encontrou no clima um juiz que conta árvores, não esquece e não perdoa.

O sr. pode explicar?

Os cientistas que estudam a Amazônia estão preocupados com a percepção de que a floresta é potente e realmente condiciona o clima. É uma usina de serviços ambientais. Ela está sendo desmatada e o clima vai mudar.

A mudança climática…

A mudança climática já chegou. Não é mais previsão de modelo, é observação de noticiário. Os céticos do clima conseguiram uma vitória acachapante, fizeram com que governos não acreditassem mais no aquecimento global. As emissões aumentaram muito e o sistema climático planetário está entrando em falência como previsto, só que mais rápido.

No estudo o sr. relaciona destruição da floresta e clima?

A literatura é abundante, há milhares de artigos escritos, mais de duas dúzias de projetos grandes sendo feitos na Amazônia, com dezenas de cientistas. Li mais de 200 artigos em quatro meses. Nesse estudo quis esclarecer conexões, porque esta discussão é fragmentada. “Temos que desenvolver o agronegócio. Mas e a floresta? Ah, floresta não é assunto meu”. Cada um está envolvido naquilo que faz e a fragmentação tem sido mortal para os interesses da humanidade. Quando fiz a síntese destes estudos, eu me assombrei com a gravidade da situação.

Qual é a situação?

A situação é de realidade, não mais de previsões. No arco do desmatamento, por exemplo, o clima já mudou. Lá está aumentando a duração da estação seca e diminuindo a duração e volume de chuva. Agricultores do Mato Grosso tiveram que adiar o plantio da soja porque a chuva não chegou. Ano após ano, na região leste e sul da Amazônia, isso está ocorrendo. A seca de 2005 foi a mais forte em cem anos. Cinco anos depois teve a de 2010, mais forte que a de 2005. O efeito externo sobre a Amazônia já é realidade. O sistema está ficando em desarranjo.

A seca em São Paulo se relaciona com mudança do clima?

Pegue o noticiário: o que está acontecendo na Califórnia, na América Central, em partes da Colômbia? É mundial. Alguém pode dizer – é mundial, então não tem nada a ver com a Amazônia. É aí que está a incompreensão em relação à mudança climática: tem tudo a ver com o que temos feito no planeta, principalmente a destruição de florestas. A consequência não é só em relação ao CO2 que sai, mas a destruição de floresta destrói o sistema de condicionamento climático local. E isso, com as flutuações planetárias da mudança do clima, faz com que não tenhamos nenhuma almofada.

Almofada?

A floresta é um seguro, um sistema de proteção, uma poupança. Se aparece uma coisa imprevista e você tem algum dinheiro guardado, você se vira. É o que está acontecendo agora, não sentimos antes os efeitos da destruição de 500 anos da Mata Atlântica, porque tínhamos a “costa quente” da Amazônia. A sombra úmida da floresta amazônica não permitia que sentíssemos os efeitos da destruição das florestas locais.

O sr. fala em tapete tecnológico da Amazônia. O que é?

Eu queria mostrar o que significa aquela floresta. Até eucalipto tem mais valor que floresta nativa. Se olharmos no microscópio, a floresta é a hiper abundância de seres vivos e qualquer ser vivo supera toda a tecnologia humana somada. O tapete tecnológico da Amazônia é essa assembleia fantástica de seres vivos que operam no nível de átomos e moléculas, regulando o fluxo de substâncias e de energia e controlando o clima.

O sr. fala em cinco segredos da Amazônia. Quais são?

O primeiro é o transporte de umidade continente adentro. O oceano é a fonte primordial de toda a água. Evapora, o sal fica no oceano, o vento empurra o vapor que sobe e entra nos continentes. Na América do Sul, entra 3.000 km na direção dos Andes com umidade total. O segredo? Os gêiseres da floresta.

Gêiseres da floresta?

É uma metáfora. Uma árvore grande da Amazônia, com dez metros de raio de copa, coloca mais de mil litros de água em um dia, pela transpiração. Fizemos a conta para a bacia Amazônica toda, que tem 5,5 milhões de km2: saem desses gêiseres de madeira 20 bilhões de toneladas de água diárias. O rio Amazonas, o maior rio da Terra, que joga 20% de toda a água doce nos oceanos, despeja 17 bilhões de toneladas de água por dia. Esse fluxo de vapor que sai das árvores da floresta é maior que o Amazonas. Esse ar que vai progredindo para dentro do continente vai recebendo o fluxo de vapor da transpiração das árvores e se mantém úmido, e, portanto, com capacidade de fazer chover. Essa é uma característica das florestas.

É o que faz falta em São Paulo?

Sim, porque aqui acabamos com a Mata Atlântica, não temos mais floresta.

Qual o segundo segredo?

Chove muito na Amazônia e o ar é muito limpo, como nos oceanos, onde chove pouco. Como, se as atmosferas são muito semelhantes? A resposta veio do estudo de aromas e odores das árvores. Esses odores vão para atmosfera e quando têm radiação solar e vapor de água, reagem com o oxigênio e precipitam uma poeira finíssima, que atrai o vapor de água. É um nucleador de nuvens. Quando chove, lava a poeira, mas tem mais gás e o sistema se mantém.

E o terceiro segredo?

A floresta é um ar-condicionado e produz um rio amazônico de vapor. Essa formação maciça de nuvens abaixa a pressão da região e puxa o ar que está sobre os oceanos para dentro da floresta. É um cabo de guerra, uma bomba biótica de umidade, uma correia transportadora. E na Amazônia, as árvores são antigas e têm raízes que buscam água a mais de 20 metros de profundidade, no lençol freático. A floresta está ligada a um oceano de água doce embaixo dela. Quando cai a chuva, a água se infiltra e alimenta esses aquíferos.

Como tudo isso se relaciona à seca de São Paulo?

No quarto segredo. Estamos em um quadrilátero da sorte – uma região que vai de Cuiabá a Buenos Aires no Sul, São Paulo aos Andes e produz 70% do PIB da América do Sul. Se olharmos o mapa múndi, na mesma latitude estão o deserto do Atacama, o Kalahari, o deserto da Namíbia e o da Austrália. Mas aqui, não, essa região era para ser um deserto. E no entanto não é, é irrigada, tem umidade. De onde vem a chuva? A Amazônia exporta umidade. Durante vários meses do ano chega por aqui, através de “rios aéreos”, o vapor que é a fonte da chuva desse quadrilátero.

E o quinto segredo?

Onde tem floresta não tem furacão nem tornado. Ela tem um papel de regularização do clima, atenua os excessos, não deixa que se organizem esses eventos destrutivos. É um seguro.

Qual o impacto do desmatamento então?

O desmatamento leva ao clima inóspito, arrebenta com o sistema de condicionamento climático da floresta. É o mesmo que ter uma bomba que manda água para um prédio, mas eu a destruo, aí não tem mais água na minha torneira. É o que estamos fazendo. Ao desmatar, destruímos os mecanismos que produzem esses benefícios e ficamos expostos à violência geofísica. O clima inóspito é uma realidade, não é mais previsão. Tinha que ter parado com o desmatamento há dez anos. E parar agora não resolve mais.

Como não resolve mais?

Parar de desmatar é fundamental, mas não resolve mais. Temos que conter os danos ao máximo. Parar de desmatar é para ontem. A única reação adequada neste momento é fazer um esforço de guerra. A evidência científica diz que a única chance de recuperarmos o estrago que fizemos é zerar o desmatamento. Mas isso será insuficiente, temos que replantar florestas, refazer ecossistemas. É a nossa grande oportunidade.

E se não fizermos isso?

Veja pela janela o céu que tem em São Paulo – é de deserto. A destruição da Mata Atlântica nos deu a ilusão de que estava tudo bem, e o mesmo com a destruição da Amazônia. Mas isso é até o dia em que se rompe a capacidade de compensação, e é esse nível que estamos atingindo hoje em relação aos serviços ambientais. É muito sério, muito grave. Estamos indo direto para o matadouro.

O que o sr. está dizendo?

Agora temos que nos confrontar com o desmatamento acumulado. Não adianta mais dizer “vamos reduzir a taxa de desmatamento anual.” Temos que fazer frente ao passivo, é ele que determina o clima.

Tem quem diga que parte desses campos de futebol viraram campos de soja.

O clima não dá a mínima para a soja, para o clima importa a árvore. Soja tem raiz de pouca profundidade, não tem dossel, tem raiz curta, não é capaz de bombear água. Os sistemas agrícolas são extremamente dependentes da floresta. Se não chegar chuva ali, a plantação morre.

O que significa tudo isso? Que vai chover cada vez menos?

Significa que todos aqueles serviços ambientais estão sendo dilapidados. É a mesma coisa que arrebentar turbinas na usina de Itaipu – aí não tem mais eletricidade. É de clima que estamos falando, da umidade que vem da Amazônia. É essa a dimensão dos serviços que estamos perdendo. Estamos perdendo um serviço que era gratuito que trazia conforto, que fornecia água doce e estabilidade climática. Um estudo feito na Geórgia por uma associação do agronegócio com ONGs ambientalistas mediu os serviços de florestas privadas para áreas urbanas. Encontraram um valor de US$ 37 bilhões. É disso que estamos falando, de uma usina de serviços.

As pessoas em São Paulo estão preocupadas com a seca.

Sim, mas quantos paulistas compraram móveis e construíram casas com madeira da Amazônia e nem perguntaram sobre a procedência? Não estou responsabilizando os paulistas porque existe muita inconsciência sobre a questão. Mas o papel da ciência é trazer o conhecimento. Estamos chegando a um ponto crítico e temos que avisar.

Esse ponto crítico é ficar sem água?

Entre outras coisas. Estamos fazendo a transposição do São Francisco para resolver o problema de uma área onde não chove há três anos. Mas e se não tiver água em outros lugares? E se ocorrer de a gente destruir e desmatar de tal forma que a região que produz 70% do PIB cumpra o seu destino geográfico e vire deserto? Vamos buscar água no aquífero?

Não é uma opção?

No norte de Pequim, os poços estão já a dois quilômetros de profundidade. Não tem uso indefinido de uma água fóssil, ela tem que ter algum tipo de recarga. É um estoque, como petróleo. Usa e acaba. Só tem um lugar que não acaba, o oceano, mas é salgado.

O esforço de guerra é para acabar com o desmatamento?

Tinha que ter acabado ontem, tem que acabar hoje e temos que começar a replantar florestas. Esse é o esforço de guerra. Temos nas florestas nosso maior aliado. São uma tecnologia natural que está ao nosso alcance. Não proponho tirar as plantações de soja ou a criação de gado para plantar floresta, mas fazer o uso inteligente da paisagem, recompor as Áreas de Proteção Permanente (APPs) e replantar florestas em grande escala. Não só na Amazônia. Aqui em São Paulo, se tivesse floresta, o que eu chamo de paquiderme atmosférico…

Como é?

É a massa de ar quente que “sentou” no Sudeste e não deixa entrar nem a frente fria pelo Sul nem os rios voadores da Amazônia.

O que o governo do Estado deveria fazer?

Programas massivos de replantio de reflorestas. Já. São Paulo tem que erradicar totalmente a tolerância com relação a desmatamento. Segunda coisa: ter um esforço de guerra no replantio de florestas. Não é replantar eucalipto. Monocultura de eucalipto não tem este papel em relação a ciclo hidrológico, tem que replantar floresta e acabar com o fogo. Poderia começar reconstruindo ecossistemas em áreas degradadas para não competir com a agricultura.

Onde?

Nos morros pelados onde tem capim, nos vales, em áreas íngremes. Em vales onde só tem capim, tem que plantar árvores da Mata Atlântica. O esforço de guerra para replantar tem que juntar toda a sociedade. Precisamos reconstruir as florestas, da melhor e mais rápida forma possível.

E o desmatamento legal?

Nem pode entrar em cogitação. Uma lei que não levou em consideração a ciência e prejudica a sociedade, que tira água das torneiras, precisa ser mudada.

O que achou de Dilma não ter assinado o compromisso de desmatamento zero em 2030, na reunião da ONU, em Nova York?

Um absurdo sem paralelo. A realidade é que estamos indo para o caos. Já temos carros-pipa na zona metropolitana de São Paulo. Estamos perdendo bilhões de dólares em valores que foram destruídos. Quem é o responsável por isso? Um dia, quando a sociedade se der conta, a Justiça vai receber acusações. Imagine se as grandes áreas urbanas, que ficarem em penúria hídrica, responsabilizarem os grandes lordes do agronegócio pelo desmatamento da Amazônia. Espero que não se chegue a essa situação. Mas a realidade é que a torneira da sua casa está secando.

Quanto a floresta consegue suportar?

Temos uma floresta de mais de 50 milhões de anos. Nesse período é improvável que não tenham acontecido cataclismas, glaciação e aquecimento, e no entanto a Amazônia e a Mata Atlântica ficaram aí. Quando a floresta está intacta, tem capacidade de suportar. É a mesma capacidade do fígado do alcoólatra que, mesmo tomando vários porres, não acontece nada se está intacto. Mas o desmatamento faz com que a capacidade de resiliência que tínhamos, com a floresta, fique perdida.

Aí vem uma flutuação forte ligado à mudança climática global e nós ficamos muito expostos, como é o caso do “paquiderme atmosférico” que sentou no Sudeste. Se tivesse floresta aqui, não aconteceria, porque a floresta resfria a superfície e evapora quantidade de água que ajuda a formar chuva.

O esforço terá resultado?

Isso não é garantido, porque existem as mudanças climáticas globais, mas reconstruir ecossistemas é a melhor opção que temos. Quem sabe a gente desenvolva outra agricultura, mais harmônica, de serviços agroecossistêmicos. Não tem nenhuma razão para o antagonismo entre agricultura e conservação ambiental. Ao contrário. A agricultura consciente, que soubesse o que a comunidade científica sabe, estaria na rua, com cartazes, exigindo do governo proteção das florestas. E, por iniciativa própria, replantaria a floresta nas suas propriedades.

26 comentários sobre ““Estamos indo direto para o matadouro”, diz Antonio Nobre

  1. Os sais em excesso nos oceanos são transportados pelo vento na Baía de Todos os Santos chegam a atingir 100 KM interior a dentro entre Salvador e Feira de Santana…A crescente declividade planetária, inclinação do eixo geográfico em relação ao eixo magnético e seu crescimento é anual está mudando todo o clima do planeta – independente – de toda a ação antrópica nefasta…Tem um cientista brasileiro, que já explicou isso de forma explícita e aterradora …Prestem mais atenção a certos cientistas brasileiros… No mais,”tudo bem”!

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    • Renato, a mudança climática relacionada a declividade planetária que você mencionou, inviabiliza qualquer ação em prol da conscientização e processos de recuperação e enriquecimento de áreas degradadas?

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  2. Estado critico. Sugestão: formacão de ongs para replantio , começando pela região amazônica. Governo consciente e responsável ao invés de financiar guerrilhas, revolucionários , visando poder pelo poder a qualquer custo, invista o dinheiro do BNDES através de ongs cadastradas, conscientizadas, com formação continua para esse serviço.

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  3. O que fazer? Se a nossa própria presidenta não assumiu o compromisso em Nova York referente à questão do desmatamento, não é?

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  4. Sempre falo , plantem árvores ! !!! Mas, infelizmente as pessoas só pensam em dinheiro. Desmatam, plantam eucalipto,acham que para viver precisam de muito dinheiro. Aqui fica o meu recado, vamos reflorestar nossas terras! Heloísa

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  5. Alertas deste tipo são ótimos. Mas há que dar nome aos bois.. quais são os grupos econômicos que fazem loobies pela expansão do agronegócio de monocultura rumo à floresta? E os desmatamentos induzidos e intrusão em terras indigenas por grandes projetos de mineração e hidrelétricas – quem os banca, quem os licencia, quem pressiona e constrange o licenciamento ambiental? E as grandes hidrovias previstas através do PAC no rio Madeira, Tapajós, servirão à manutenção da floresta em pé ou serão um estímulo para a ocupação generalizada?

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  6. Republicou isso em Paulosisinno's Bloge comentado:
    Republicando post e coment. do Leonardo Boff: “Antonio Donato Nobre é um dos nossos melhores cientistas, pertence ao grupo do IPCC que mede o aquecimento da Terra e um especilista em questões amazônicas. É mundialmente conhecido como pesquisador do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Sustenta que o desmatamento para já, inclusive o permitido por lei sem prejuizo do agronegócio que de ve incorpar fatores novos da falta de água e das secas prolongadas. Enfatiza:”A agricultura consciente, se soubesse o que a comunidade científica sabe, estaria na rua, com cartazes, exigindo do governo proteção das florestas e plantando árvores em sua propriedade”. Publicamos aqui sua entrevista aparecida no IHU de 31 de outubro de 2014, dada a urgência do tema e seus efeitos maléficos notados no Sudeste, especialmente na metrópole de São Paulo. Temos que divulgar conhecimentos para assumirmos atitudes corretas e organizarmos nosso desenvolvimento a partir destes dados inegáveis.”

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  7. realmente impressiona a realidade do desmatamento. o Brasil esta em uma situacao muito angustiante. entretanto fico mais angustiado porque em meu pais estao se adotando dispositivos legais que nos levarao a situacao atual do Brasisl. quem me dera se os politicos ca em Mocambique lessem ao menos este artigo!

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  8. Aí está… em PRETO-E-BRANCO… os resultados de tudo aqui que os ambientalistas estão pregando desde a década de 70. Por mim… estou satisfeito… resta agora… esperar a ficha cair… e começarem as providências emergenciais.

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  9. A entrevista foi bastante esclarecedora e oportuna, principalmente, se considerarmos que foi dada ao Valor Econômico – mídia brasileira voltada para os grandes negócios. No entanto, gostaria de fazer as seguintes observações: Concordo que a presidenta Dilma errou ao não assinar o compromisso de desmatamento zero em 2030, mas nada a impede de zerar o desmatamento a partir de agora e iniciar um plano emergencial de reflorestamento e recomposição de ecossistemas aos moldes daquele que Sebastião Salgado está fazendo em sua fazenda (e isso vale para a Amazônia, para o Cerrado e para a Mata Atlântica). Principalmente, com um laudo do INPE em mãos (é lógico que isso vai contrariar fortes interesses do baronato da soja e da pecuária, mas, diante do quadro catastrófico que se anuncia, contrariar interesses privados para o bem da coletividade é essencial e faz parte das atribuições de um líder); precisamos, urgentemente, despertar a responsabilidade social do consumidor, seja de madeira, de drogas, de programas de televisão, de automóveis, etc. pois, infelizmente, os fornecedores não têm a menor vontade de mudar seus procedimentos – e ainda por cima culpam e se desculpam pela existência da “demanda”; e, por fim, a minha maior temeridade – nesses tempos de absurdos – que é a simples transferência do capital e o abandono das áreas degradadas – aqui, especificamente, toda a Paulicéia!

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  10. Precisamos de um sistema econômico que cause o menor impacto ambiental no nosso Planeta, temos que entrar na era Ecozoica rapidamente

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  11. “…A agricultura consciente, se soubesse o que a comunidade científica sabe, estaria na rua, com cartazes, exigindo do governo proteção das florestas e plantando árvores em sua propriedade”.
    Por que a comunidade científica não massifica o que sabe, não bota a boca no trombone de vez e deixa de ficar soltando informações a conta gotas através de revistas especializadas “para inglês ver”. Se a comunidade científica ficar nessa de saber muito e divulgar pouco, vai no futuro se acusada de omissa. A comunidade científica tem medo de quem?

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  12. Caro pensador, o Sr é uma referência para nosso governo e para a presidente. Como pode em apenas um ano o desmatamento da amazônia subir 114% ? Meu carma está pago, mantenho uma pequena floresta onde moro, mesmo sabendo que aqui na Cantareira as imobiliárias estão fazendo a festa da queimada durante as notes sem chuva.

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  13. Pois é, Boff… Ainda luto em compreender seu apoio a este governo que nos últimos 2 anos permitiu aumento de 290% do desmatamento na Amazônia, além de outros desastres ambientais, e sequer mencionou o problema ambiental em todos esses tempos de campanha! Nem uma palavra sobre isso!!!
    Kátia Abreu agora será nossa próxima ministra da agricultura daí vc pode imaginar o desastre que está ainda por vir.
    Dilma tem visão totalmente desenvolvimentista!! A pauta ambiental nunca será prioridade para ela, a não ser que o movimento ambientalista se una em uma força descomunal para mudar os rumos devastadores dos últimos tempos.
    Sem meio ambiente equilibrado, somos todos miseráveis!!!

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  14. Acreditem nisto. Nasci em um local que havia muita água (serra do mar em Paraty) e tem anos que sentimos a água secar nas nossas cachoeiras. Tenho mais de 50 anos e já a algu s anos vemos nossas cachoeiras secando, digo vemos pois eu e a nossa família moramos no mesmo local e vemos isso a cada ano, principalmente nos útimos ci con anos.

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  15. Aliás, toda a descrição que vocês fizeram é como se estivessem falando do Carlos Nobre, e não do Antônio. Vocês não erraram de “NOBRE”? Basta checcar o CV Lattes dos dois. O Carlos é um dos nosso cientistas mais reconhecidos, não o Antônio.

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  16. Colocar o problema do desmatamento e tudo dele decorrente nas costas de uma só pessoa é a mentalidade do mea culpa, do bode expiatório. Todos somos responsáveis pela situação atual. Mas é típico da ignorância se fixar nas consequências, esquecendo que as causas vêm de muito longe.Basta ver a história da humanidade e compreender pq. chegamos nesta situação. Aida

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