Eu não sou Charlie, je ne suis pas Charlie

Há muita confusão acerca do atentado terrorista em Paris, matando vários cartunistas. Quase só se ouve um lado e não se buscam as raízes mais profundas deste fato condenável mas que exige uma interpretação que englobe seus vários aspectos ocultados pela midia internacional e pela comoção legítima face a um ato criminoso. Mas ele é uma resposta a algo que ofendia milhares de fiéis muçulmanos. Evidentemente não se responde com o assassianto. Mas também não se devem criar as condições psicológicas e políticas que levem a alguns radicais a lançarem mão de meios reprováveis sobre todos os aspectos. Publico aqui um texto de um padre que é teóloogo e historiador e conhece bem a situação da França atual. Ele nos fornece dados que muitos talvez não os conheçam. Suas reflexões nos ajudam a ver a complexidade deste anti-fenômeno com suas aplicações também à situação no Brasil: Lboff

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Eu condeno os atentados em Paris, condeno todos os atentados e toda a violência, apesar de muitas vezes xingar e esbravejar no meio de discussões, sou da paz e me esforço para ter auto controle sobre minhas emoções…

Lembro da frase de John Donne: “A morte de cada homem diminui-me, pois faço parte da humanidade; eis porque nunca me pergunto por quem dobram os sinos: é por mim”. Não acho que nenhum dos cartunistas “mereceu” levar um tiro, ninguém o merece, acredito na mudança, na evolução, na conversão. Em momento nenhum, eu quis que os cartunistas da Charlie Hebdo morressem. Mas eu queria que eles evoluíssem, que mudassem… Ainda estou constrangido pelos atentados à verdade, à boa imprensa, à honestidade, que a revista Veja, a Globo e outros veículos da imprensa brasileira promoveram nesta última eleição.

A Charlie Hebdo é uma revista importante na França, fundada em 1970, é mais ou menos o que foi o Pasquim. Isso lá na França. 90% do mundo (eu inclusive) só foi conhecer a Charlie Hebdo em 2006, e já de uma forma bastante negativa: a revista republicou as charges do jornal dinamarquês Jyllands-Posten (identificado como “Liberal-Conservador”, ou seja, a direita europeia). E porque fez isso? Oficialmente, em nome da “Liberdade de Expressão”, mas tem mais…

O editor da revista na época era Philippe Val. O mesmo que escreveu um texto em 2000 chamando os palestinos (sim! O povo todo) de “não-civilizados” (o que gerou críticas da colega de revista Mona Chollet (críticas que foram resolvidas com a demissão sumaria dela). Ele ficou no comando até 2009, quando foi substituído por Stéphane Charbonnier, conhecido só como Charb. Foi sob o comando dele que a revista intensificou suas charges relacionadas ao Islã, ainda mais após o atentado que a revista sofreu em 2011…

A França tem 6,2 milhões de muçulmanos. São, na maioria, imigrantes das ex-colônias francesas. Esses muçulmanos não estão inseridos igualmente na sociedade francesa. A grande maioria é pobre, legada à condição de “cidadão de segunda classe”, vítimas de preconceitos e exclusões. Após os atentados do World Trade Center, a situação piorou.

Alguns chamam os cartunistas mortos de “heróis” ou de os “gigantes do humor politicamente incorreto”, outros muitos os chamam de “mártires da liberdade de expressão”. Vou colocar na conta do momento, da emoção. As charges polêmicas do Charlie Hebdo, como os comentários políticos de colunistas da Veja, são de péssimo gosto, mas isso não está em questão. O fato é que elas são perigosas, criminosas até, por dois motivos.

O primeiro é a intolerância. Na religião muçulmana, há um princípio que diz que o Profeta Maomé não pode ser retratado, de forma alguma. Esse é um preceito central da crença Islâmica, e desrespeitar isso desrespeita todos os muçulmanos. Fazendo um paralelo, é como se um pastor evangélico chutasse a imagem de Nossa Senhora para atacar os católicos…
Qual é o objetivo disso? O próprio Charb falou: “É preciso que o Islã esteja tão banalizado quanto o catolicismo”. “É preciso” porque? Para que?

Note que ele não está falando em atacar alguns indivíduos radicais, alguns pontos específicos da doutrina islâmica, ou o fanatismo religioso. O alvo é o Islã, por si só. Há décadas os culturalistas já falavam da tentativa de impor os valores ocidentais ao mundo todo. Atacar a cultura alheia sempre é um ato imperialista. Na época das primeiras publicações, diversas associações islâmicas se sentiram ofendidas e decidiram processar a revista. Os tribunais franceses, famosos há mais de um século pela xenofobia e intolerância (ver Caso Dreyfus), como o STF no Brasil, que foi parcial nas decisões nas últimas eleições e no julgar com dois pessoas e duas medidas caos de corrupção de políticos do PSDB ou do PT, deram ganho de causa para a revista.

Foi como um incentivo. E a Charlie Hebdo abraçou esse incentivo e intensificou as charges e textos contra o Islã e contra o cristianismo, se tem dúvidas, procure no Google e veja as publicações que eles fazem, não tenho coragem de publicá-las aqui…

Mas existe outro problema, ainda mais grave. A maneira como o jornal retratava os muçulmanos era sempre ofensiva. Os adeptos do Islã sempre estavam caracterizados por suas roupas típicas, e sempre portando armas ou fazendo alusões à violência, com trocadilhos infames com “matar” e “explodir”…). Alguns argumentam que o alvo era somente “os indivíduos radicais”, mas a partir do momento que somente esses indivíduos são mostrados, cria-se uma generalização. Nem sempre existe um signo claro que indique que aquele muçulmano é um desviante, já que na maioria dos casos é só o desviante que aparece. É como se fizéssemos no Brasil uma charge de um negro assaltante e disséssemos que ela não critica/estereotipa os negros, somente aqueles negros que assaltam…

E aí colocamos esse tipo de mensagem na sociedade francesa, com seus 10% de muçulmanos já marginalizados. O poeta satírico francês Jean de Santeul cunhou a frase: “Castigat ridendo mores” (costumes são corrigidos rindo-se deles). A piada tem esse poder. Mas piada são sempre preconceituosas, ela transmite e alimenta o preconceito. Se ela sempre retrata o árabe como terrorista, as pessoas começam a acreditar que todo árabe é terrorista. Se esse árabe terrorista dos quadrinhos se veste exatamente da mesma forma que seu vizinho muçulmano, a relação de identificação-projeção é criada mesmo que inconscientemente. Os quadrinhos, capas e textos da Charlie Hebdo promoviam a Islamofobia. Como toda população marginalizada, os muçulmanos franceses são alvo de ataques de grupos de extrema-direita. Esses ataques matam pessoas. Falar que “Com uma caneta eu não degolo ninguém”, como disse Charb, é hipócrita. Com uma caneta se prega o ódio que mata pessoas…

Uma das defesas comuns ao estilo do Charlie Hebdo é dizer que eles também criticavam católicos e judeus…
Se as outras religiões não reagiram a ofensa, isso é um problema delas. Ninguém é obrigado a ser ofendido calado.
“Mas isso é motivo para matarem os caras!?”. Não. Claro que não. Ninguém em sã consciência apoia os atentados. Os três atiradores representam o que há de pior na humanidade: gente incapaz de dialogar. Mas é fato que o atentado poderia ter sido evitado. Bastava que a justiça tivesse punido a Charlie Hebdo no primeiro excesso, assim como deveria/deve punir a Veja por suas mentiras. Traçasse uma linha dizendo: “Desse ponto vocês não devem passar”.

“Mas isso é censura”, alguém argumentará. E eu direi, sim, é censura. Um dos significados da palavra “Censura” é repreender. A censura já existe. Quando se decide que você não pode sair simplesmente inventando histórias caluniosas sobre outra pessoa, isso é censura. Quando se diz que determinados discursos fomentam o ódio e por isso devem ser evitados, como o racismo ou a homofobia, isso é censura. Ou mesmo situações mais banais: quando dizem que você não pode usar determinado personagem porque ele é propriedade de outra pessoa, isso também é censura. Nem toda censura é ruim…

Deixo claro que não estou defendendo a censura prévia, sempre burra. Não estou dizendo que deveria ter uma lista de palavras/situações que deveriam ser banidas do humor. Estou dizendo que cada caso deveria ser julgado. Excessos devem ser punidos. Não é “Não fale”. É “Fale, mas aguente as consequências”. E é melhor que as consequências venham na forma de processos judiciais do que de balas de fuzis ou bombas.

Voltando à França, hoje temos um país de luto. Porém, alguns urubus são mais espertos do que outros, e já começamos a ver no que o atentado vai dar. Em discurso, Marine Le Pen declarou: “a nação foi atacada, a nossa cultura, o nosso modo de vida. Foi a eles que a guerra foi declarada”. Essa fala mostra exatamente as raízes da islamofobia. Para os setores nacionalistas franceses (de direita, centro ou esquerda), é inadmissível que 10% da população do país não tenha interesse em seguir “o modo de vida francês”. Essa colônia, que não se mistura, que não abandona sua identidade, é extremamente incômoda. Contra isso, todo tipo de medida é tomada. Desde leis que proíbem imigrantes de expressar sua religião até… charges ridicularizando o estilo de vida dos muçulmanos! Muitos chargistas do mundo todo desenharam armas feitas com canetas para homenagear as vítimas. De longe, a homenagem parece válida. Quando chegam as notícias de que locais de culto islâmico na França foram atacados, um deles com granadas!, nessa madrugada, a coisa perde um pouco a beleza. É a resposta ao discurso de Le Pen, que pedia para a França declarar “guerra ao fundamentalismo” (mas que nos ouvidos dos xenófobos ecoa como “guerra aos muçulmanos”, e ela sabe disso).

Por isso tudo, apesar de lamentar e repudiar o ato bárbaro do atentado, eu não sou Charlie. Je ne suis pas Charlie.

413 comentários sobre “Eu não sou Charlie, je ne suis pas Charlie

  1. Concordo em tudo! Só quero fazer uma correção: São dois Pesos e não dois pessoas como foi colocado ali em cima.

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  2. O autor desse texto é um padre? Está correta a informação? Li o artigo no blog do autor, passei os olhos na discussão entre os leitores (uma loucura a quantidade de gente destemperada e grosseira), em alguns momentos o autor responde. Em uma das suas respostas diz que não é religioso.
    Fiquei confusa em relação à autoria do texto. Segue o endereço do blog abaixo. Abçs

    http://emtomdemimimi.blogspot.com.br/2015/01/je-ne-suis-pas-charlie.html

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  3. Olá, bom dia.
    Interessante, o seu texto. O problema da censura é que ela é subjetiva. Mesmo julgando-se cada caso, pode-se considerar ou não as palavras como ofensas. Pode ocorrer o seguinte: Não haver calúnia ou difamação direcionadas a uma pessoa ou religião mas, mesmo assim, alguem se sentir ofendido. E agora? Eu discordo ofendendo, e alguem censura a minha discordância. Eu tolero uma ideia e a minha ideia contrária é censurada por “intolerância”. Isso é fato, presente em varias “fobias” por ai… Um livro esclarecedor é: A Intolerância da tolerância, do Donald A. Carson.

    Que Deus tenha misericórdia de nós.

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  4. Concordo plenamente com o pensador acima. A midía ela tem o poder suave de uma folha caída como também de uma navalha que provoque cortes profundos…Eh!!! assustador

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  5. É difícil opinar com sensatez, principalmente quando a corrente está indo em outra direção. Contudo, a verdade não está de um lado, aliás, a verdade não tem lado. Aí entra a visão esclarecedora de Leonardo Boff no texto abaixo. Concordando com o mesmo, também dizemos: EU TAMBÉM NÃO SOU CHARLIE, JE NE SUIS PAS CHARLIE.

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  6. Que pena que o senhor so conheceu a Charlie em 2006. Perdeu muito em nao ter conhecido a Charlie e seus chargistas bem antes. Uma critica a liderancas religiosas (islamicas , cristas, satanistas..) ou politicas nao é um ataque aos seguidores destas crenças. E comigo concordam grande parte dos que conhecem a revista la na França. Se formos procurar nos arquivos do Charlie voce vai ver que a ultima coisa que eles fazem é este tipo de ataque. Quanto ao caso de 2006, a publicacao foi em apoio a um jornal frances que havia sido ameacado por fazer uma materia sobre o jornal dinamarques. E pouco importa se a publicacao original é de direita ou esquerda, de cima ou de baixo. Quanto a nao dar motivo para os atentados , eu realmente acredito que se nao fosse este motivo, seria outro. ( o fato de comerem carne, escreverem da esquerda para a direita, ou fazerem biquinho… e isso seria insuportavel!!!) Dentro desta logica ir contra os militares durante o periodo do Golpe (e mesmo depois ) seria uma agressao aos milhares da Marcha das Senhoras Catolicas, ou aqueles que sonhavam com uma carreira militar para seus filhos… Decepcionante perceber o senhor com uma opiniao ainda mais retrograda que a dos «colunistas da Veja» Alias, nao seria isso também um ataque aos leitores da evista, ou pior, um incentivo para manifestacopes violentas na sede da revista (Ops, este ja foi, né?)

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    • Excelente! No caso das revistas brasileiras, não vi comprovação nenhuma de excessos e sim, excessos nos abusos dos políticos, candidatos e outros bandidos que sugam esta belíssima nação. Críticas, para quem tem um pouco de massa encefálica com bom funcionamento, servem para aguçar o raciocínio e a busca por mais informações.
      Bom dia a todos.

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    • Excelente observação Álvaro Almgren. As incoerências do “outroladismo”… A Europa, também na questão dos refugiados, insiste em apegar-se à praga do multiculturalismo, para negar os crimes do Islã, que sequer admite o multiculturalismo… Vai entender.

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  7. Só para ter um parâmetro isento eu gostaria de saber se o que publicaram a imprensa que não tem ligações econômicas com o Governo Central, ou que publicaram independente dessa relação, era realmente mentira, como o senhor coloca em seu texto. Quem está mentindo? A mentira, assim como a permissividade ao crime faz parte dos argumentos para sustentar uma ideologia ultrapassada, perversa e prejudicial?

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  8. Quanto a dois pesos e duas medidas nas decisões do Tribunal eu também tenho as minhas discordâncias, e analisando somente superficialmente os casos, pois se percebe que a Justiça acata provas, e denunciação caluniosa, apesar dos interesses de quem acusa, é crime também. E não se condena apenas pelas denúncias carregadas de interesses escusos, ideológicos, mas não comprovados, o que não foi o caso do PT.

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  9. A beleza desse pensamento está na lucidez. Não é a violência vindo do mundo Islã, é voltando da islamofobia. O mundo precisa de pensamentos e não de críticas, de alegria e não de deboches, de inteligência e não de intolerância.

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  10. Belíssimo texto. Concordo com tudo. Fez uma reflexão ponderada . Oxalá os integrantes do Charlie Hebdo lessem isto porque vão continuar a insultar as religiões – foi o que determinaram em reunião dois dias depois da chacina. Vão continuar provocando a ira dos fundamentalistas. Parabéns Leonardo Boff! Sou sua fã incondicional.

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  11. Caro Leonardo Boff
    Mais uma vez sobrou vontade em seu artigo de mostrar um fator importante para a motivação desses ataques terroristas (miséria e discriminação), mas mais uma vez faltou você dar a religião o peso dela nesse ataque.
    Se miséria e discriminação justificam o ataque na França, não o justificam quando o Estado Islâmico o faz no Iraque ou Síria.
    Mas mesmo assim os fazem. Haveria também a vitimização do terrorista por lá?
    Ou haveria gente manipulando doutrinas e dogmas unicamente para que seus interesses?

    Acho engraçado uma doutrina que obriga as mulheres a usarem burcas, chicoteia e apedreja seres humanos, matam homossexuais a espadadas (é a sharia!) e empurram a doutrina guela abaixo da população no exato momento em que se fundem na organização política do estado, exigir respeito por uma charge.
    Certamente discriminação e miséria justificam parcialmente o ataque da França.
    Mas a existência dos dogmas religiosos, é a condição sine qua non para que o ataque ocorresse.
    Existe miséria e discriminação no mundo inteiro, mas só a fé cega justifica o ataque suicida…
    É ela (e não a miséria) a grande vetorial nas causas desses ataques…
    É isso, acho que estava passando batido nos seus dois últimos artigos. Grande abraço!
    Obs: não tenho desgosto só pelo islamismo. Acho religião (institucionalizada e dogmática) o câncer da humanidade.

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    • É… tu tens direito de pensar o que queres. Mas não é só religião que mata, e mesmo que um dia a população mundial for ateia ou agnóstica pode apostar que existirá ignorância e fé cega. O câncer da humanidade sempre existirá. E veja bem, tu podes explicar isso de várias maneiras, religiosas ou não religiosas. Não eliminando a religião que esses problemas acabarão. As coisas não são tão simples. Existem antropólogos e sociólogos que discutem o islamismo visto por nós ocidentais.

      Abaixo um trecho que peguei deste blog

      http://lrsr1.blogspot.com.br/2011/04/karl-marx-religiao-e-o-opio-do-povo.html

      Publicada por LUIS RODRIGUES à(s) 09:02 – quarta-feira, 13 de abril de 2011:

      “O fundamento da crítica irreligiosa é: o homem cria a religião; não é a religião que cria o homem. E a religião é, bem entendido, a autoconsciência e o auto-sentimento do homem que ainda não é senhor de si mesmo ou que já voltou aperder-se (. ..) A religião é o soluço (o suspiro) da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração, o espírito de um estado de coisas carente de espírito. A religião é o ópio do povo. A abolição da religião enquanto felicidade ilusória do povo é uma exigência que a felicidade real formula. Exigir que renuncie às ilusões acerca da sua situação é exigir que renuncie a uma situação que precisa de ilusões.A crítica da religião é pois, em germe, a crítica deste vale de lágrimas de que areligião é a auréola.” (Introdução a Critica da filosofia do direito de Hegel – Karl Marx)

      Marx considera que a religião é uma forma de alienação. Nela verifica-se a fractura entre o mundo concreto e um mundo ideal, entre o mundo em que o homem vive e o mundo em que ele desejaria viver. Por que razão surge esse mundo ideal? Marx diz que o mundo celeste é o resultado de um protesto da criatura oprimida contra o mundo em que vive e sofre. Ou seja, procura-se um refúgio no mundo divino porque o mundo em que o homem vive é desumano. Num mundo em que “o homem é o lobo do homem”, não há “família humana”, o homem não se sente neste mundo como em sua casa.



      …A ilusão de um mundo transcendente e justo serve para que as injustiças se perpetuem na sociedade humana. Por isso, segundo Marx, não basta criticar a religião: é preciso não só criticar a raiz material (a alienação do trabalho, a exploração económica) da alienação religiosa, como também eliminar revolucionariamente as condições de miséria terrestre das quais deriva a necessidade do “mundo celeste”.
      Atacar directamente a miséria terrestre (a alienação económica) é destruir indirectamente a necessidade do mundo celeste.

      http://lrsr1.blogspot.com.br/2011/04/karl-marx-religiao-e-o-opio-do-povo.html

      Publicada por LUIS RODRIGUES à(s) 09:02 – quarta-feira, 13 de abril de 2011

      Veja bem, isso é uma opinião embasada nos escritos de Marx, não precisas concordar com tudo, mas o motivo de eu ter selecionado isso foi: não tens como enxergares somente um aspecto do todo.

      Vemos o oriente sempre com nossa ótica ocidental, e já faz um bom tempo isso. Olhamos “o oriente” como se fosse um, como se somente nós pudéssemos explicá-los. Te recomendo o livro ORIENTALISMO de Edward W. Said.

      Tem como comprar aqui:

      http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=80034

      E tem como baixar um pdf escaneado tosco aqui:

      Clique para acessar o said*2c+edward.+orientalismo+-+o+oriente+como+inven*c3*a7*c3*a3o+do+ocidente,87655875.pdf

      Ninguém aqui (eu espero) apoia gente se explodindo, matando, degolando, metralhando e explodindo os outros. Só tente ver as coisas em seu devido contexto.

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      • Correção “Não é eliminando a religião que esses problemas acabarão”

        Sem o “é” a frase pode mudar o sentido

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  12. Concordo demais com o que diz nesse artigo. Desde o primeiromomento em que soube do atentado, não concordei com a França e disse: “Eu não sou Charlie!” Nunca entendi, nem vou entender, que liberdade é essa que me faz criticar ou ridicularizar o Outro, a vida ou o modo de viver do Outro. Claro que um erro não justifica outro erro. Mas há que se respeitar a liberdade desse Outro. Fico pasma em ver que “o mundo”, ainda hoje, não enxerga tamanho desrespeito com a Cultura que seja diferente.

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  13. Estava gostando da leitura,PAREI pasma quando dissesse que a revista Veja e a Globo tem compromisso com a verdade!

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    • Então pode voltar a ler o artigo, pois sua interpretação foi equivocada. O que ele diz é justamente o contrário… “Ainda estou constrangido pelos atentados à verdade, à boa imprensa, à honestidade, que a revista Veja, a Globo e outros veículos da imprensa brasileira promoveram nesta última eleição.”

      Para facilitar a interpretação: Atentados à verdade…que a revista Veja, Globo promoveram…

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  14. TERROR DE HAMURABI. DENTE POR DENTE E OLHO POR OLHO. Códigos acima da Carta Maior. Lei acima do Evangelho. A LEI mata o Espírito vivifica. Fosse João Paulo II atirar em seu agressor quando o visitou na cela e o criminoso árabe não sentiria até hoje as brasas de seu ato insensato. No Brasil a Constituição é IGNORADA pela prática e visões mesquinhas de justiças injustas e julgamentos parciais quando o SISTEMA CORROMPE pela representatividade e limitação de PODERES. A República precisa ampliar os PODERES com um PENTÁGONO DEFENSIVO E PODERES EDUCATIVOS, CURATIVOS
    E SOCIAIS. Representativos e participativos.

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  15. não são os muçulmanos que são retratados com armas e roupas típicas, mas os fundamentalistas. Você sabe que são duas coisas diferentes? Felizmente, na França, as pessoas sabem fazer a distinção (com tudo respeito, pois adoro você mesmo, por isso fiquei assustado ler isso…)

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  16. concordo!penso igual.O atentado é péssimo,de nenhuma forma justificável.Mas o jornal também era desrespeitoso,uma coisa não justifica a outra e vice verça.Eram sarjes de muito mal gosto, que não considero inteligentes.

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  17. Antes de “batermos duro” nos terroristas e condenarmos as ações espetaculares de ataques a inocentes, feita pelos extremistas do I.S. e por uma minoria de fundamentalistas religiosos do Oriente Médio, que tal retroagirmos ao que ocasionou este estado de guerra, que ocorre, entre os radicais políticos e religiosos orientais,e os defensores das intervenções dos países ditos “polícias do mundo” contra pequenas nações daquela área ?
    Por isso, eu tambem não sou Charlie.

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  18. sei que você matizou depois, mas começar o parágrafo assim é desonestidade intelectual, mesmo. E tem q entender que na França tudo mundo sabe que essa representação não tem nada a ver com os muçulmanos “comuns” (mas entendo que visto do Brasil pode criar mal-entendidos).

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  19. Concordo com quase tudo, exceto quando diz que o STF foi parcial. Os ministros do STF evidentemente são manipuláveis e pouco sabem de leis (são indicados e apenas alguns são juízes de carreira), pois se entendessem de leis não ficariam em dúvida sobre o que é lavagem de dinheiro (6 a 5 é uma ignorância que salta aos olhos, como podem divergir tanto num simples conceito? Simplesmente porque não tem conhecimento). Enfim, se eles soubessem de leis, mensaleiros PTistas e do PSDB estariam presos. Bom, mas em relação aos racistas xenofóbicos do Charlie Hebdo, faço coro: Eu não sou Charlie!

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  20. Não querendo generalizar; mas, uma religião que tem como pregação central a morte dos “infiéis”; que matam os que professam a mesma fé por (xiitas versus sunitas); que adotam a pedofilia, não pode ser classificada como comprometida com os valores da vida.

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  21. Importante as considerações do artigo. É preciso lucidez para se avaliar uma situação complexa como esta. Também sou totalmente contrário à violência e a favor da liberdade de expressão. Contudo, como qualquer outra coisa na vida, esta liberdade não pode ser absoluta: ela precisa de limites. Estes não podem ser impostos apenas pelo Estado ou por alguns setores da sociedade, mas precisam existir. Afinal, liberdade é algo indissociável da Ética.

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  22. A revista Charlie Hebdo não é, e nunca foi, alinhada à direita européia, muito pelo contrário: esquerdistas franceses lamentam a tragédia, pois a publicação sempre foi vista como uma plataforma de propagação dos ideais socialistas e progressistas. Inclusive, por vezes, sendo linha auxiliar direta do Partido Comunista Francês.

    O autor aponta a suposta intolerância religiosa da revista, mas esquece que nenhum princípio, religioso ou político, deve ser compulsoriamente obedecido, seja por fiéis ou infiéis, partidários ou apartidários. E sim, a liberdade de expressão, nos permite questionar ou chacotear qualquer princípio desta natureza, no caso o respeito absoluto à imagem de Maomé

    Apesar dos floreios, a mensagem que o texto passa é de “bem qu’eu avisei”, “não mexe com quem tá quieto”, “procurou sarna pra se coçar” e por fim “bem feito”.

    A liberdade de expressão está acima de tudo, inclusive das religiões, e a ausência desta levou Cristo à cruz!

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    • É! Mas é importantíssimo lembrar, não existe direito absoluto! Nem o da liberdade de expressão! O atentado ao Charlie Hebdo é injustificável, mas por outro lado é claramente explicável!

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  23. Esclarecedor texto de Leonardo Boff sobre a questão. Porém “não ser Charlie” é não entender que neste momento milhões de pessoas no mundo estão contra o ataque e morte das pessoas e não sobre o que eles fizeram no passado! Ninguém está discutindo a linha editorial do jornal e sim a morte de 12 pessoas em um ataque bárbaro! Por isso, nós somos Charlie. Pena que o Senhor não entendeu o que milhões de pessoas estão sentindo e vão demonstrar domingo (10 janeiro) em Paris. ‪#‎jesuischarlie‬

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    • Minha posiçao está quase em antagonismo “geométrico” em relaçao à sua. Você deixa de considerar os argumentos desse tópico, meio que supondo uma concordância com eles; mas defende participar do movimento “Je suis Charlie”, por indignaçao com o ocorrido. Eu considero que os arguentos do tópico sao uma defesa da colocaçao das religioes acima de qualquer crítica, uma censura inadmissível a possibilidade de “heresias”. Mas teria dúvidas sobre participar do movimento, nao porque nao partilhe da indignaçao diante do ocorrido, mas porque acho que o movimento corre sim um risco de ser explorado pela direita xenófoba.

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  24. Todo país tem suas caricaturas, felizmente ou infelizmente, o que pesa, é que as caricaturas sa0 sempre jocosas… Na Europa ou EUA, pergunte o que é o Brasil… Pais de mulheres da bunda grande, negras analfabetas e muito dadas a prostituicao, onde as criancas andam armadas, temos no quintal uma colecao de macacos e jacares…Vendemos jogadores de futebol… Competencia nenhuma, e é justamente ai que é preciso mostrar o que somos, o resto é cliche.

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  25. Concordo plenamente com suas palavras, prezado Leonardo Boff! A verdade é que pimenta no olho alheio tem sido considerado como se fosse refresco! O pessoal quer defender a liberdade de expressão mas sem que a liberdade de reação seja também defendida! E cada um se defende como pode! Alguns sabem argumentar! Já outros não! Fazer o que? Quem procura acha! Não que se deva justificar a violência! Penso que toda e qualquer forma de violência seja totalmente injustificável! Mas atacar a fé alheia com canetas e publicações também violência é! Lei da Causalidade?

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  26. Também compactuo do seu pensamento, entendendo que o lema de “liberdade de imprensa”, não pode suprimir os direitos constitucionais contra a infâmia e a ofensa. O limite é tênue, mas no caso particular francês mas parece uma roupagem para o “culto” institucional a Islamofobia. As minorias religiosas e étnicas tem sido provocadamente atacadas, com o retorno de um falso nacionalismo com apoio da mídia, de políticos e do Estado que passam a cultuar perigosamente sentimentos que conduziram a inúmeras guerras que tem manchado a história da humanidade.

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    • Só que Charlie Hebdo NAO FAZIA ISSO. A revista criticava o fundamentalismo e o obscurantismo das religioes — todas! — nao era racista nem xenófoba, ao contrário, combatia a Frente Nacional

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  27. Interessante e esclarecedor, em poucas palavras o texto demonstra uma realidade difícil de se resolver.
    A sociedade ainda está em processo de civilização.

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  28. Condenamos o Nazismo porque eles desconsideraram raças. Podemos muito bem condenar da mesma maneira estes muçulmanos, igual fizemos com o Nazismo, pois eles desconsideram mulheres. Mulheres para eles é somente um meio de reprodução e nada mais. Elas são violentadas, apedrejadas, enforcadas etc. Isto é inadmissível. Sugiro tratar esse assunto com o mesmo grau que é tratado o Nazismo.

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  29. Primeira postagem que vejo vendo o outro lado. Como o texto disse, nada justifica o assassinato das 12 pessoas. Mas o jornal chacoteou várias vezes a religião muçulmana e, independente da religião, é muita falta de respeito sim.

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  30. Eu não sou Charlie.
    A questão religiosa sempre vai provocar este tipo de violência, é uma questão delicada, tem valores que estão além da razão, o achincalhe a estes valores provocam fortes reações, na maioria as vezes irracionais, queiramos ou não, eles sabiam disto há anos e continuaram as provocações. Pessoalmente sou contra qualquer fanatismo e me sinto horrorizado com este tipo de atitude por parte de radicais do islamismo e de outras religiões. Há uns tempos atrás um Bispo da Igreja Universal quebrou uma imagem de um ícone da Igreja Católica e quase começou uma guerra religiosa no Brasil: durante dias Templos da Universal foram apedrejados e vandalizados em diversas regiões do Brasil, foi preciso muito trabalho para abafar o caso. Este tipo de ação todo muno sabe como começa, mas não como e quando termina, convém lembrar que o artigo 208 do Código Penal prevê com crime vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso, em tese, o mero compartilhamento de charge com este tipo de teor, é crime previsto no código penal brasileiro, outra coisa interessante é que por muito menos milhares de pessoas foram torturadas, queimadas vivas, mortas pelas mais diversas e cruéis formas, pelas nossas Pias Igrejas cristãs (católica e protestante). Infelizmente como sociedade ainda estamos na idade da pedra, onde a Paz só é possível quando se submete à coação e à violência, enganam-se aqueles que pensam que estamos salvos deste tipo de atitude, temos aqui Brasil diversos tipos prontos e atuantes neste tipo de ação, a intolerância religiosa, política, de gênero, de cor, xenofóbica, social, sob o manto da arbitrariedade e outros tipos, matam milhares de pessoas no Brasil todos os anos e não são mortes veladas, são escancaradas. Voltando à vaca fria, este tipo de ato que aconteceu na França é emblemático e acredito que deve servir de paradigma para repensarmos a convivência humana, não por medo, mas pela necessidade racional de convivência e busca pelo bem comum. Os limites da moral quando não observados no que tange às liberdades individuais e coletivas devem ser regulamentadas de tal maneira que evitem este tipo de violência, a xenofobia e o desprezo por valores alheios produziu este resultado, que era anunciado e esperado, o Estado Francês e grande parte da sociedade francesa tem culpa no cartório e ela não está restrita a cartoons, esta ligada a ações que não comovem a sociedade mundial, dando espaço e estimulando o crescimento do fascismo e abjurando os princípios dos Direitos Humanos e do conviver com as diferenças. Espero ter deixado claro que sou radicalmente contrário aos atos praticados pelos assassinos e não compactuo ou comungo com os da Revista Hebdo, mesmo porque tem muito a se estudar e a observar sobre causa e efeito, onde o que não foi dito e as razões politicas ainda não estão totalmente claras, meu pesar sobre os mortos e sobre esta tragédia situa-se exclusivamente neste pequeno pedaço de chão chamado Terra e é hora de repensar.
    Mas sei de uma coisa, realmente eu não sou Charlie, estou mais para o brasileiro Jean Charles de Menezes, cujos assassinos estão livres.
    PS: Em tempo quando acabei de escrever sobre isto, soube que os assassinos do atentado tinham sido mortos pela polícia francesa, nesta conta todos perdem, não há ganhadores.

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  31. Penso que o texto tem um que de reacionário e ao mesmo tempo carrega a marca do index moderno como tentativa de firmar novamente uma perspectiva rigorosa para o papel da moral, dos bons costumes e do politicamente correto. Parece despeito pelo não controle sobre o que se pode dizer ou publicar, mas por outro lado, há que se entender também que exageros são comuns ao gênero humano e que as tentativas de se refrear os impulsos nem sempre são consideradas válidas por todos.

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  32. Frei Leonardo Boff teria, ele próprio, um trabalho de melhor qualidade para publicar que reproduzir esse que não nada passou que me conferisse alguma ilustração.

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  33. Está faltando a referência ao autor do texto divulgado… E, se possível, o link para a publicação original.

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  34. O texto é bem interessante e esclarecedor. É uma pena que apesar de todo o progresso científico e tecnológico que a humanidade alcançou, haja dificuldades de diálogo e discussão em bom nível, e em vários contextos sociais.

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  35. Não vou acrescentar outros comentários ao fato. O que tinha para dizer já o fiz no seu outro post sobre o assunto publicado ontem. Achei um artigo bem interessante sobre o acontecimento e peço a licença de postar o link. Acho que o articulista sintetiza de forma precisa o que pensam as pessoas que acompanham o esquema criminoso de auto-atentados do terrorismo oficial internacional financiado pelos criminosos anglo-sionistas, fascistas e neonazistas ao longo de décadas pelo mundo afora mas que a partir do 11 de setembro tornou-se política oficial de dominação em todos os sentidos. Eu também não sou Charlie, mas sou artista e defendo a liberdade de expressão. De forma democrática, inteligente e artística. Não chula ou a serviço de sociedades secretas que só querem acabar com toda e qualquer liberdade.
    http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2015/01/nao-sou-charlie.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+redecastorphoto+%28redecastorphoto%29

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  36. Penso exatamente como você..O bom senso tem que prevalecer sempre..Sempre,tanto com a caneta ,como com as armas…

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  37. E o direito de se expressar dos ateus ? Como fica ?
    Por favor, venham logo para o século 21. O mundo como vocês escrevem…não existe mais…!

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  38. Não concordo absolutamente com a análise de Leonardo Boff. Moro na França há quase 40 anos e considero errôneo dizer que que o semanário Charlie-Hebdo fazia charges exclusivamente criticando o Islã. As críticas eram igualmente duras em relação à Igreja Católica e à Comunidade Judaica e não só a estes. Quanta vezes o Papa, Jesus, e os judeus retratados como um Loubavitch, não foram caricaturados, sem que os seu próprios fundamentalistas fossem “lavar a honra” com as próprias mãos ou com suas kalashnikovs.

    Então, a “ofensa religiosa” poderia explicar ou justificar os crimes hediondos cometidos ? As vítimas “mereceram” o castigo ?

    Outra bobagem que li na imprensa brasileira, foi Que o Charb, que se chamava Stéphane Charbonnier era judeu … Não era. Saibam que este vivia maritalmente com uma muçulmana, que ironia, não é ?

    Que tristeza, ler isto pela pluma de Leonardo Boff. Devo entender que a sua compaixão vai mais aos algozes do que aos supliciados ?

    Na minha opinião, o fanatismo religioso é uma expressão do fascismo. Sou católica feliz, praticante e catequista na minha paróquia.

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    • Vcky, vc esquece a verdadeira cruzada que o Ocidente, a França incluida fez contra o Iraque, matando mais de um milhão de pessoas e fazendo emigrar 3 milhões? E as pretensas armas químicas alegadas por Bush e cridas pelo governo da França foram invenções e mentiras, hoje reconhecidas pelos proprios americanos, para justificar a guerra. Essa guerra e a outras que já ha seculos o Ocidente leva contra o Oriente Medio deu origem a muita raiva, humilhação e desejo de vingança. Sem este transfundo vc não vi entender muito dos atos terroristas. Vc acha que eles lá para se divertir, matando os chargistas?Há coisas por trás que importa considerar. Tudo tem dois lados. Este lado sempre é escondido farisaicamente pela midia e pelos proprios governos. E continuam lá no Oriente Medio con seus drones matando gente inocente. Há dias havia um casamento no Afeganistão: muita gente reunida. Um drone veio e lançou bombas e matou todo mundo. Justificação dos organismos militares ocidentais: seguramente no grupo havia terroristas…Vale argumentar assim e matar gente?Pense um pouco nisso, já que é catequista e ensina a não matar e invadir e massacrar inocentes…

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      • Nada. Nada pode justificar que se mate, que se assassine, pois assassinar é matar com premeditação, em nome do que quer que seja. Tenho horror à guerras.

        Digo também que as maiores vítimas do extremismo muçulmano são os próprios muçulmanos. Ao matar dizendo que estão vingando o Profeta, prejudicam uma comunidade que em sua maioria quer viver em paz e, pior, prejudicam a Causa que tem a pretensão de defender.

        Vejo os terroristas desta semana como crianças perdidas, dentro de uma seita. Tinham o comportamento de sectários, obedeciam a um guru, entravam numa lógica em que o mundo estava contra eles, complô do ocidente contra os povos muçulmanos e etc.

        Quanto à guerra no Iraque, a França não esteve na coalizão, contrariamente a outros países europeus.

        Os argumento que o senhor apresenta, são próximos das teses da Marine Le Pen e de seu partido. Parecem-se também com os argumentos dos abomináveis Dieudonné e Alain Soral, negacionistas e anti-semitas notórios.

        A sua última frase vale para todos, seja em que lado estivermos. Amém.

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      • Vicki, vá dizer isso aos amemricanos que estão levando uma guerra de alta destruição no Oriente Médio. Por que condena os muçulmanos e exime os americanos os que primeiramente geram violência ,seja no Norte da Africa, no Afeganistão e no Iraque, destruindo uma das civilizações mais antigas da humanidade, matando um milhão de pessoas e fazendo exilar 3 milhões….Faça seu discurso pacifista a eles….e depois fale aos muçulmanos..

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      • Fato histórico não é sujeito a revisão. A França foi contra os Estados Unidos na Segunda Guerra do Golfo. Não fazem sentido seus argumentos na resposta. Não confunda seu ódio pelos Estados Unidos com a França.

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      • Interessante o senhor falar do terrorismo praticado deliberadamente pelo ocidente contra nações do oriente médio. Sou absulutamente contra o modo operatório dos EUA em relação a esses paises, que classifico, sim, como terrorista. E digo interessante por um motivo bem especifico: o alvo clássico de terroristas são civis. Pessoas como nós, gente como a gente. A caminho da escola, do trabalho, comendo um sanduiche ou correndo pra não perder o trem. E nunca os poderosos, os caras que mentem, que mandam tropas, que dão ordens de matar. É o terrorismo, ele mesmo quem plorifera o ódio e o medo. O presidente da França só fala em coesão e união nacional e reafirma que a pluralidade cultural faz parte da identidade e é uma das forças da França. Os terroristas praticam o terror contra a própria identidade religiosa e cultural. Eles fazem com que pessoas abertas ao mundo vejam os seus irmãos mulçulmanos como uma ameaća potencial e cria tensões de todo o tipo. Venho lembrar, também, qie terroristas não agem só no ocidente. Eles matam mulçulmanos moderados que não querem a guerra. Eles seqüestram crianças nas escolas. Motivação religiosa? Eu nem estou bem certa disto. Afinal de contas, eles terrorisam todos os que não fazem o jihad. Compreendo, que como teologo, o senhor considere errada a critica de religiões. A esse respeito eu só digo uma coisa: a civilização ocidental já viveu tempo demais sob o terror católico. Na idade média, quem perseguia, torturava e matava por crime de heresia, bruxaria e blasfêmia era bem a igreja catolica, e é o por isso que eu dou razao ao Charb, quando ele diz que o islam deve tornar-se tão banal quanto o catolicismo! E viva o estado laico! Viva à liberdade de expressão. Não ao crime de blasfêmia!

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      • Conhecimento é restrito. Arábe, islã e muçulmanos expressados como sinônimos. E não são. Nem todos são Charlie. Uns são Maome. Outros são Sião.

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    • Cara Vicky Bertrand: pessoas voltadas ao poder, seja ele qual for, movidas por vaidade e posicionadas com discursos pseudo sociais, unilaterais, produzem lixo como sendo tesouros espirituais e, e dentro de suas analises tendenciosas que servem mais para agradar a seguidores desprovidos de uma visão mais ampla, seguem com o dedo no gatilho das palavras induzidas, da mesma forma que o chumbo nas armas físicas do radicalismo. Aqui no bRasil a nova escola, na tentativa de submeter a massa é chamar a vitima de culpada. Um descalabro.

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    • Vicky, parabéns por um pensamento tão real e cirúrgico. Eu também tenho parentes que moram em Paris e ,conversando sobre os acontecimentos, começei a entender que os muçulmanos radicais cometem os atos terroristas ,mas são apoiados pelos chamados”moderados”.Isso não quer dizer a sua totalidade,mas também não é tão minoria como algumas pessoas querem parecer ser.Não houve uma passeata de muçulmanos repudiando estes atos hediondos. O islamismo é religião mas também é política. O proselitismo faz parte desta instituição, é uma lei. Desta forma ,eu não entendo porque depois de um ato insano e psicopático desses terroristas que mataram estes cartunistas ,tem algumas pessoas que ficam mais preocupados com a Islamofobia do que com as vítimas (as que morreram e o resto da população que desde a Revolução Francesa adotou a liberdade como modo de vida).

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      • Porque foi exatamente o mecanismo da Islamofobia que as mataram. Meu argumento está no final do texto seguinte:

        http://dpautret.blogspot.ca/2015/01/nao-sou-charlie.html

        Me perdoa, mas você não entende do assunto muçulmano e está fazendo um amalgama super perigoso.

        Conheço o assunto, fui criado com “muçulmanos”, pouquíssimo praticantes fora o Ramadam e não comer porco, mas sem dúvida MUITOS valores “muçulmanos”. Acredite ou não, aprendi o que era compaixão com eles. Isso, não pode ser misturado com criminosos psicopatas.

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    • Também não concordo com o autor, não adianta trazer a tona tragédias anteriores para justificar estas mortes.

      Pois desta forma entramos num ciclo que é matar, morrer… Matar e morrer… E quando isto termina?

      Islamofobia? Que raio de termo é este que tanto tenho escutado em blogs de esquerda ?

      Fanáticos religiosos, e de todas as religiões, seguem espalhando sangue mundo a fora para idolatrar e proteger seus dogmas e Deuses Únicos desde que a sociedade se formou, a verdade é que seguimos ainda na idade média, percebo isto, de forma ainda mais evidente, quando acontecimentos assim recebem argumentos acolhedores.

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    • Vicky Bertrand, respeito e entendo sua reação. Escrevi um texto inspirado neste, que segue bastante o argumento da reposta de Leonardo Boff. Porém, argumento sobre os limites que têm que ter a liberdade de expressão em alguns casos. Morei na França até 1993, também conheço um pouco do assunto, e queria muito a sua opinião. Grato

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    • “considero errôneo dizer que que o semanário Charlie-Hebdo fazia charges **exclusivamente** criticando o Islã”

      eu parei de ler depois disso…não só o autor deixou mencionou que sabe que o charlie-hebdo critica outras religiões, mas também não muda nada para o argumento do autor. Matar é errado. Pregar o ódio e ignorância também é.

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  39. Quem cria mais problemas com os muçulmanos são os islamitas radicais. Ele têm que ser condenados por isto e também porque ninguem tem o direito de tirar a vida de alguem só porque esse alguem fez coisas erradas (na opinião dele) ou contrárias às suas convicções. A liberdade ampla de expressão tem que ser preservada a qualquer custo. A ‘compreensão’ diante de ocorrências como a de Paris apenas estimula outros grupos radicais a fazerem o mesmo. É como ‘compreender’ também a ação de nazi-fascistas e outros grupos terroristas.

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  40. Caríssimo frei Leonardo e o padre que publicou o artigo, concordo com vocês que a Charlie Hebdo publicou constantemente charges ofensivas a todas as religiões. No entanto, também não podemos aceitar que fanáticos que levam ao pé da letra o dogma de que é proibido retratar o profeta Maomé saiam por aí matando. Penso que a comunidade islâmica da França, para se defender da maioria francesa num país no qual eles são estrangeiros, deveria ter usado as mesmas armas. Ou seja, fundar um jornal próprio e publicar suas próprias charges e discursos a favor do islamismo. Nunca, utilizar armas. A “guerra” deveria ter sido travada no campo das ideias, das palavras, do discurso e não das armas. Em todos os lugares, as minorias devem conquistar seu espaço pela simpatia e pela luta no campo das ideias. Agora, pensem bem, se eu vou para um país que não é o meu, minha obrigação é me moldar à cultura da maioria e não o contrário. Concordam comigo?

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    • Concordo com quase tudo menos com o final. Se vou para uma país que não é meu tenho que intender os costumes e a cultura local e tenho que de certa forma explicar e demonstrar a minha cultura e costumes para os “nativos”. Oa dois lados têm que coperar e com certeza nenhu dos dois deve entrar em conflito físico por conta de diferenças e falta de compreensão.

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  41. esse texto é uma leitura muuuuuuito simplificada do charlie hebdo. Havia muito mais de inteligência no jornal do q simples ataques e ofensas. Várias reportagens super interessantes e as charges não eram a parte mais importante, apenas a mais visível. E cada charge tinha profundamente relação com o momento em q elas foram publicadas. Discordo q sejam heróis, eram homens profundamente críticos com relação às religiões e governos em geral e isso não costuma passar impune. Concordo 100% sobre a situação do imigrante árabe mas também discordo q o Islã seja uma religião de paz e q se pudesse não estaria convertendo toda a sociedade a seus costumes.. O principal deles sendo a pena de morte pra quem não se abaixa frente ao profeta…

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  42. Com terrorismo ou sem terrorismo, com massacre ou sem massacre, não concordo que a liberdade de expressão seja ilimitada. Quando a manifestação de expressão é desrespeitosa a um determinado grupo de pessoas, ou a sentimentos, o sentimento religioso entre eles, ela é demonstrativa de falta de educação, falta do devido policiamento pessoal, íntimo, que todos devem ter para não agredir seu próximo. Quanto um grupo de cartunistas afirma que para ser bom profissional o indivíduo tem que ser ateu, como li ontem ou anteontem com relação à revista francesa, aí já temos um grupo de pessoas, não importa que tenham morrido ou não, que se concederam o direito à tirania de querer banir o sentimento religioso, que aliás existe desde a pré-história em todos nós, só por serem eles ateus. Vi algumas capas da revista Charlie Hebdo publicadas na internet agredindo o princípio da Santíssima Trindade, ridicularizando o nascimento do Menino Jesus e não gostei. Achei de péssimo gosto. Quando Joãozinho Trinta pretendeu colocar em seu desfile de escola de samba a imagem de Jesus Cristo, cercada de vagabundas com tapa sexo sambando e rebolando em simulacro de ato sexual, Joãozinho Trinta caiu no meu conceito. Isso é falta de ética, a filtragem da alma que vem dos gregos e que mantém um grupo social equilibrado. Joãozinho Trinta não tinha o direito de praticar aquele ato de agressão, assim como a revista Charlie Hebdo não tem o direito de agredir as religiões. Se deu no que deu é outro assunto.

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  43. Olá profº Leonardo Boff adorei o texto, acho que ele amplia o debate nos possibilitando uma análise para além do maniqueísmo bem versus mal. Vou imprimir-lo para mostrar aos meus alunos. Professor, eu acabo de participar da realização de um trabalho sobre a história do acesso e do uso da água na cidade do Rio de janeiro e gostaria de saber se o senhor gostaria de assisti-lo?

    Grande Abraço

    Gilmar Machado

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  44. Outro detalhe: Ver a Marine Le Pen, uma fundamentalista, declarando combate aos outros fundamentalistas é no mínimo ridículo!

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    • Desculpe Ana Maria, a Marine Le Pen não é fundamentalista católica. É de extrema-direita. O seu partido, o Front National, tem membros ou indivíduos próximos do partido que são notoriamente anti-semitas e negacionistas, que dizem que as câmaras de gás não existiram e que os campos de concentração eram só campos de prisioneiros.

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  45. Em nenhum momento é citado o maior de todos os problemas: as armas, sem todo este armamento ninguém iria se colocar nesta situação de morte!

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  46. Je suis moi!!! Je ne suis pas Charlie. Matéria bem objetiva. O pasquim francês abusou de sua liberdade, sim e isso tem um custo; mesmo na França. Causa e efeito é uma lei cósmica que não se viola impunemente e isso foi provado mais uma vez. Quanto aos muçulmanos ou ao Islâ, nada a ver. Terroristas oficiais agem querendo parecer muçulmanos, para demonizar essa religião, mas esse recurso já se esgotou há muito tempo. Isso não é o Islã. A cabal nazi-onista, usando o nefasto Mossad, cometeu um gesto de puro desespero e não conseguirá o seu objetivo: uma guerra diver-sionista. O atentado – com roteiro de cinema, produzido, dirigido pelos governos JUDEO-ANGLO-AMERO-FRANCESES e executado por atores contratados – é uma cortina de fumaça para desviar a opinião pública do problema real localizado na nação amerikkkana, CONTADA, PESADA E DIVIDIDA como na noite fatídica de Nabucodonosor. Para eles, quanto pior, melhor. Sabem que perderam essa guerra e tem que entregar o poder, mas não querem ir sozinhos. Os sulamericanos deram uma banana para eles; foram para a Europa. Melhor assim; é lá que fica Waterloo.

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  47. “O primeiro é a intolerância. Na religião muçulmana, há um princípio que diz que o Profeta Maomé não pode ser retratado, de forma alguma. Esse é um preceito central da crença Islâmica, e desrespeitar isso desrespeita todos os muçulmanos.”

    Na religião cristã há um princípio que diz que um homem não pode se deitar com outro homem de forma alguma, é abominação. Esse é um preceito da crença cristã.

    Segundo você, um casal gay andando de mãos dadas ou se casando desespeitaria todos os cristãos certo?

    Então se os cristãos pegassem armas e começassem a matar
    ..eles estariam corretos? A culpa é dos gays?

    Se desrespeitar os princípios de outra religião é ser intolerantes, gays merecem morrer?

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  48. A segunda revista que eu vi assim. Nossa absurda. Voces estao falando das coisas que nao conheçam. A França é um pais aberto com leis que ajudam os probes, os imigrantes com assistências financeiras, aulas de língua para ajudar pra a integração… pra que todos os franceses imigrantes ou nao sejam iguais. Tem uma recusa pra se integrar duma parte deles.
    A França é um pais laico e nao deve obedecer as reglas das religoes. Si as varias comunidades quiserem se integrar, elas tem que respeitar a lei deste Pais. Aqui na França, todos podem particar sua religiao e ninguem é perseguido por seus crenças. A França paga pra a construçao mesquitas ou sinagogas. É os extremistas que impediu esta liberdade de pensar e de expressar-se (ataque contra os judeus em Toulouse em 2011 et ataque contra um jornal esta semana). Nois lutamos contra estes extremistas.
    Claro que tem um problema da idendidade nacional aqui. Mas a maiora parte de nos, franceses, sabemos fazer a diferança entre muçulmanos e extremistas. Tomar como exemplo um partido político extremista ( Marine Lepen, Front national) para apoiar seus argumentos não representa a realidade do que está acontecendo na França.

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    • Concordo, Florian. Estive na França e tive essa impressão. Senti que todos são acolhidos e respeitados. Sou a favor da liberdade de expressão. Gostei dos seus comentários e estou solidário ao povo francês, incluindo os muçulmanos e demais povos que vivem na França com liberdade.

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  49. Muito bom o artigo, esclarecedor. Concordo com o autor e com todos que “ne sont pas Charlie” pelas mesmas razões. Caro Leonardo Boff, quem é o teólogo que escreveu esse texto? Não consta o nome dele… Muito obrigada! Saudações. Mariangela

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  50. Ao publicar um texto de outro autor, penso ser conveniente (e ético) revelar, minimamente, o seu nome. Aliás, o Brasil inteiro está replicando esse texto como sendo “de Leonardo Boff”. Seria isso um plágio dissimulado?

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  51. Acho o texto reproduzido totalmente equivocado e inoportuno. A sociedade que eu quero é laica, e é uma sociedade em que um humorista tão desprezível quanto se possa imaginar, o mais covarde e sem graça deles, possa fazer suas piadas de mau gosto sem ter represálias além do próprio humor, a queda natural de seu publico (idealmente capaz de reconhecer mau gosto), e demais manifestações contrárias no âmbito das expressões. Qualquer sociedade em que uma investida malcriada contra uma ideologia gere uma reação que aniquila mais de uma dezena de pessoas e alguns humanos confusos soltos matando policiais e civis anônimos é uma sociedade doente. Entender o ocorrido a partir de “princípio(s) básico(s)” de alguma religião que, se for desrespeitado por quem não a reconhece, levará à ofensa de seus seguidores, é irrelevante, não pode ser forçado garganta abaixo de quem escolhe não querer nem mesmo ouvir falar da tal religião ou ideologia. Eu quero poder dizer ” f****-se todas as religiões e seus princípios básicos”. E quero que você possa responder “f***-se você e todos os outros bodes”. Simples assim. E se ficarmos ofendidos, lidemos com isso, oras! Vamos ficar resfriados, vamos passar muitos ridículos e constrangimentos, porque não podemos ser ofendidos às vezes? Evitar ofender gratuitamente é uma escolha boa, mas na ótica de quem faz investidas assim, nem sempre trata-se de ofensas gratuitas. Na verdade, trata-se de um embate entre ideologias, e apenas um lado sustentou a postura não violenta, o que gera uma assimetria intransponível a despeito das simpatias por um ou outro lado do embate.

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    • Perfeito, Zero. Este texto aqui está correto se a gente olhar uma sociedade na base das religiões. Entretanto, o que a gente quer é justamente uma sociedade laica.

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    • Eu também quero uma sociedade laica, mas você está esquecendo que tem de haver o respeito. Tirar sarro da crença dos outros é um preconceito, ainda mais quando se tira sarro de um povo(como esse jornal fazia) e não de uma ou outra questão. E olhando pra quantidade de muçulmanos na França e pela descriminação que eles já sofriam e o cenario politico atual em que partidos que são contra imigrantes estão ganahndo força na Europa, a ação do jornal foi totalmente irresponsavel.
      O lugar já era uma panela de pressão, e agora ele explodiu, só ver os atentados que estão acontecendo por e contra islamicos

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      • Nao é verdade que Charlie Hebdo tirasse sarro “de um povo”. Era uma revista anticlerical, que criticava o obscurantismo religioso — de várias religioes — mas nao era xenófoba nem racista, inclusive combatia a Frente Nacional.
        A charge que acho que já citei, feita logo após um ataque terrorista, mostra bem como nao é contra os muçulmanos nem contra o Islã em si que Charlie lutava. Mostrava Maomé sentado, cobrindo o rosto com as maos, em posiçao de desespero, e dizendo: “ai, como é duro ser amado por b*b*c*s”. Ou seja, o próprio Maomé estaria furioso com o ataque. A luta de Charlie Hebdo era contra o fundamentalismo.

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  52. Não importa o contexto histórico, o aspecto psíquico envolvido, a intolerância religiosa de qualquer pessoa…, os assassinatos no Charlie não se justificam, não devem ser tolerados, não podem ser aceito, não podem ser banalizados, não podem ser diminuído com pretexto de uma análise mais profunda dos fatos. A vida está acima de qualquer religião, a religião é uma produção antropológica, sociológica, humana…, já a vida, não. A vida está acima da religião! E para usar o exemplo do pastor que chutou a imagem, “não lembro que ele tenha sido morto por um radical católico”, mas se assim fosse, seria igualmente condenável. E por que não falar do grande número de cristãos mortos pelo mundo, será que vão querer justificar também! Não se vê um cristão massacrando outros grupos religiosos por aí, e somos o grupo religioso mais perseguido e assassinato no mundo todo, e qual é o nosso crime? Querer professar a nossa fé, acreditar na Bíblia, acreditar em Jesus! Mas se vamos justificar o assassinato dos cartunistas do Charlie pelos radicas islamíticos com esse argumento, acredito que os cristão deveriam acabar com o cristianismo para não contrariar esse assassinos ou não ser mortos e ter nossas mortes justificadas pelo que cremos. Seu comentário é lamentável, mas podemos tolera-lo, desculpe, mas não sou um radical religiosos. Fernando Fidelis

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    • Fernando,
      Desculpe-me, você afirma não ser um radical religioso, mas na minha opinião nem religioso você é. Porque acho impossível uma pessoa que se diz cristão e aceitar, até se divertir com a ridicularização das charges veiculadas na Charlie. E, mais, um católico jamais acha engraçado que alguém chute uma imagem que lhe é sagrada. Para quem acredita é o mesmo que ridicularizassem a sua mãe, que chutassem sua mãe. E não vejo isso como fanatismo, nem estou defendendo a violência. Só que o que os chargistas fazem é também uma espécie de atentado.

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    • Não vemos radicais católicos matarem nos tempos de hj, pq a igreja Católica é responsável por dezenas de massacres contra outras religiões.

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  53. je suis Charlie!!! p q? porque eh uma forma de mostrar pra os muculmanos radicais que eles nao mataram o Charlie , como saiu gritando os terroristas. Eles mataram apenas um , mas como eu ha dezenas de Charlie !!!!! a mencionada revista fazia parodia sobres os religioes tb, mas apenas os muculmanos que sentiram se discriminados e por que?? porque eles querem criar o Estado Islamico no Ocidente!! moro na Inglaterra e todos aqui somos testemunhas de como eles veem como esses discurso de ” pobres discriminados ” fazendo com que suas normas, leis e costumes sejam aceitados e seguidos , se vc manifesta-se contrar vc eh tido como racista, infiel e merecedor de morrer !!! portanto SOU E sempre serei CHARLIE!!!

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  54. Gostaria de saber por que chargistas franceses, estando na França, uma sociedade laica, teriam que obedecer princípios islâmicos como o de nao representar Maomé. Por que muçulmanos consideram ofensivos? Mas muitos deles tb consideram ofensivo mulheres de cabeça descoberta, deveriam as francesas ter que usar lenço?
    Lembro o contexto da publicaçao das charges do jornal nórdico. Foi logo depois que um aiatolá fez uma conclamaçao para que fiéis matassem aquele escritor dos “Versos Satânicos”. A publicaçao das charges tem um sentido claro: “nao nos deixaremos intimidar pelo obscurantismo”. Acho muito válido.
    As charges de Charlie nao eram contra muçulmanos, eram contra o fundamentalismo e o obscurantismo.
    Uma charge de que gosto particularmente foi criada logo após um ataque terrorista. O título era algo como Maomé levado ao desespero com o ataque (nao é bem isso, estou citando e traduzindo de memória, mas o sentido era esse). Mostrava Maomé sentado, cobrindo o rosto com as maos, em posiçao de desespero, e dizendo: “ai, como é duro ser amado por b*b*c*s”. Essa charge mostra bem que nao só nao é contra os muçulmanos, mas nem contra o Islã em si que Charlie lutava, o próprio Maomé estaria furioso com o ataque. Lutava contra o fundamentalismo, ou o nome que vc escolher para chamar isso.

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    • Perfeita a resposta Ana,ninguém em momento algum lembrou do desrespeito \às mulheres e nem do escritor de Versos Satânicos. Toca se propositalmete na ferida cruenta do preconceito de raças!Querendo nos enfiar goela abaixo em texto impecavelmente escrito princípios alheios à questão .Lamentável!

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  55. Eu sou brasileiro e moro na França desde 2005. Tudo o que eu posso dizer é que o cara que escreveu isso não conhece nada da sociedade francesa e quer se fazer de intelectual. Ou seja, é um escritor idiota. Na França tem 10% de muçulmanos, mas dizer que esses 10% são marginalizado é não conhecer nada sobre a integração desses muçulmanos na sociedade francesa.
    Existem contra-arguementos para cada um dos paragrafos escritos pelo escritor idiota. Se os cartunistas do Charlie Hebdo são islamofobicos, eles também são anti-semitas, anti-cristãos, anti-capitalistas, anti-comunistas… bem, vocês entenderam, as caricaturas deles são sobre os problemas da sociedade francesa, não contra os muçulmanos. Alias, o Charlie Hebdo publicou muito menos caricaturas sobre os muçulmanos que sobre os catolicos, ou os Estados-Unidos, ou os judeus, ou a extrema-direita francesa (e européia)…
    Eu aposto que o escritor idiota nunca leu as caricaturas do Charlie Hebdo. Por que mostrar os profeta Maomé beijando Jesus na boca com uma frase dizendo “Faça amor, não faça guerra” seria considerado como racista?
    Se eles eram tão islamofobicos, por que o imam de Paris, o imam de Marselha, o grande imam da França, o governo turco defenderam os cartunistas? Por que a gente vê jovens muçulmanos na Siria, no Iraque com cartazes escritos #JeSuisCharlie?
    No final das contas, o que o escritor idiota não entendeu é que os caricaturistas do Charlie Hebdo não atacavam o profeta Maomé, mas alguns fundamentos da religião muçulmana, como as leis da Charia. Para o escritor idiota é normal que as mulheres sejam consideradas como seres inferiores, é normal que as pessoas sejam lapidadas por terem dito o nome do profeta Maomé em vão, é normal que as mulheres estupradas sejam forçadas a casar com seus estupradores em nome da honra familiar. Isso é aceitavel no islamismo, mas para o escritor idiota criticar essas praticas é inaceitavel em nome do respeito à religião.
    Sem contar que o escritor idiota também é um porco racista, visto que cada vez que ele fala dos franceses, eles são todos xenofobos e islamofobicos. Em nenhuma parte do artigo o escritor idiota diz que os franceses xenofobos e islamofobicos são a grande minoria da sociedade francesa (menos de 10%, ou seja, menos que os muçulmanos “marginalizados”).
    Opinião de bosta e preconceituosa de um idiota mal informado que nunca acompanhou as atualidades francesas e hoje acha saber de tudo.

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    • JB O fatao de morar na Franca não o ajudou a ser civilizado. Diz tantas vezes “idiota” que acho que é o recalque que vc. carrega, pois, possivelmente seja um idiota mesmo. Veja o número de livros meus traduzidos para o frances. lboff

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      • O fato que o senhor tenha livros traduzidos para o francês não significa que o senhor conheça a sociedade francesa.
        O fato de eu ter vindo morar não na França não implica que eu me tornaria civilizado, afinal de contas ja o era bem antes de vir morar aqui.

        Talvez tenha exagerado em chama-lo de idiota, deveria ter me contido em chama-lo de mal informado.
        No entanto, eu não aceito que o senhor tolere atos terroristas em nome da religião. Por isso chamei-o de idiota.
        Não, não estou falando dos atos terroristas cometidos no Charlie Hebdo, ou os milhares de atentados cometidos no Oriente Médio por muçulmanos contra muçulamanos porque esse ultimos não seguem a “boa filosofia” do islã. Mas falo sim das leis da Charia que são atentados contra a humanidade: que religião permite cortar a mão de pessoas, dar chicotadas, estrupar? Pois bem, o islamismo permite. Para mim essas leis são terroristas, contra as pessoas, contra a humanidade. E contra isso que o os caricaturistas do Charlie Hebdo criticavam. Talvez como o senhor é um homem de religião aceite mais facilmente que esses atos sejam cometidos em nome da “vontade de Deus” (visto que estão escritos no Corão), mas eu não.

        O Charlie Hebdo criticava esse aspecto da religião. Eles não se importam com o profeta Maomé, nem com o islã, ou qualquer outra religião. Eles criticavam leis religiosas (muçulmanas, catolicas, judéias… pouco importam) que datam do milênio passado e as pessoas insistem em aplica-las no nome de Deus, sem ao menos pensar antes. Eles criticavam as pessoas (esses sim) idiotas que se escondem atras de interpretações completamente errôneas dos livros sagrados (qualquer que sejam) para endoutrinar os mais fracos e satisfazerem seus prazeres na Terra (como roubar, manipular (igreja universal no Brasil?), estuprar…). Eu aceito que o senhor não concorde com a maneira que eles faziam essas criticas, mas não posso aceitar em censurar essas criticas. Censurar o Charlie Hebdo é censurar o pensamento humano.

        Quanto aos muçulmanos que o senhor categoriza de “oprimidos e marginalizados”, sim, existem muçulmanos oprimidos e marginalizados na França, mas não, não é a totalidade dos muçulmanos que se encontra nesse estado, como o senhor deixa entender. Não é nem a maioria. Essa situação de marginalização de alguns muçulmanos (o termo imigrante ao invés de muçulmano seria melhor) deve-se ao fato que são pessoas de que vivem em comunidades segregadas da sociedade francesa, por vezes por vontade propria.
        A maioria desses muçulmanos são os imigrantes de primeira ou segunda geração, que vieram para França pobres e com quase nenhuma escolaridade. Sem trabalho e sem educação é mais confortavel, mais facil, viver em comunidades separadas, ao lado de pessoas com problemas idênticos. Então ao invés de se integrarem na sociedade francesa, acabam criando comunidades em que tentam viver como nos seus paises de origem, numa sociedade incompativel com a sociedade francesa, onde as leis são incompativeis com as liberdades acordadas pelas leis francesas.
        Existem também imigrantes de gerações posteriores que continuam marginalizados, em grande parte porque seus antecessores não tentaram se integrar ou educa-los*. Mas não são a maioria. E visto que mesmo depois de décadas na França eles continuam miseraveis, é mais facil culpar os franceses pelas suas misérias.
        O maior esforço para ocorrer a integração deve vir dos muçulmanos (eu sou imigrante, sei do que falo). Afinal de contas, se o francês tem que aceitar o muçulmano em nome do respeito da religião, por que o muçulmano não pode aceitar a sociedade francesa (entenda-se ocidental) como ela é? Com a liberdade de pensamento e de expressão que ela permite aos seus cidadãos (qualquer que seja sua origem ou religião)?
        *a escolaridade é obrigatoria na França até o final do ensino médio, e de responsabilidade dos pais para menores de 18 anos

        Em relação aos preconceitos, eles sempre existiram e sempre existirão. E rir deles (o que o Charlie Hebdo faz) é uma das melhores maneiras de diminui-los. A maioria dos franceses são preconceituosos? Com certeza não. Assim como existem muçulmanos (o termo imigrante ao invés de muçulmano seria melhor) sem escolaridade, isso também vale para os franceses. Não é à toa que a extrema-direita, maior fonte de preconceitos e estereotipos, é constituida por pessoas de menor educação, que não sabem analisar fatos e fazem o raciocinio rapido (se é que podemos chamar de raciocinio) que todo muçulmano é um terrorista potencial, sem pensar por um segundo sequer na politica exterior da França, essa sim maior culpada no crescimento do islamismo radical no pais. Os franceses de extrema-direita usam essa mesma “logica” pra dizer que a culpa da falta de empregos é a imigração e os tratados europeus de livre circulação, sem sequer analisar a economia francesa (isso seria muito complicado para eles). No entanto a Marine Le Pen é educada o suficiente para analisar as verdadeiras origens dos problemas, mas se ela não encontrar um culpado, como ela vai ganhar votos? Como o PT no Brasil: se a culpa dos problemas não é da “elite branca”, como eles vão conseguir os votos dos mais miseraveis (negros e sem educação, em grande maioria) que continuam vivendo na pobreza mesmo depois que o PT assumiu o governo?
        No final das contas, o francês ignorante de extrema-direita acabam fazendo atos repugnantes (incendiar comércios de muçulmanos) porque ele também foi endoutrinado a pensar que todo muçulmano é terrorista.
        A consequência dos atos é o nivel de endoutrinamento: enquanto o muçulmano foi treinado no Oriente Médio em meio a guerras (onde matar é normal em nome do profeta), o francês de extrema-direita foi endoutrinado numa sociedade livre (onde matar é errado, mesmo que seja um muçulmano). As publicações de satiras do profeta Maomé pelo Charlie Hebdo tiveram essas consequências: indignação dos muçulmanos seguido de atentados (inicialmente não mortais, depois os assassinatos), aumento do racismo contra eles, e o contra-atque dos franceses de extrema-direta. Mas a culpa é do Charlie Hebdo? Com certeza que não, a culpa é dos seus leitores ignorantes que não aceitam ou não sabem interpretar as caricaturas. Como os muçulmanos radicais e os franceses de extrema-direita são formatados a pensar de apenas uma maneira, eles são incapazes de interpretar tudo o que os leva a pensar de maneira diferente.

        Para finalisar, e como o senhor leu nos meus 2 paragrafos precedentes, o grande problema da integração dos muçulmanos marginalizados na França (o termo imigrante ao invés de muçulmano seria melhor) é que eles vivem no mesmo mundo que o franceses da extrema-direita, também marginalizados em sua grande maioria. Cada um diz que a culpa de seus problemas é por causa do outro. Quando o imigrante (muçulmano) marginalizado tenta se integrar, ele vai interagir com o francês de extrema-direita que não vai dar oportunidades para ele. Quando o francês de extrema-direita tenta ter um pouco de abertura de espirito, ele encontra um imigrante (muçulmano) que não aceita as regras da sociedade francesa. Se os dois são capazes de se adaptar, mudar um pouco a forma de pensar, a integração acontece. Se não, fica num circulo vicioso, cada um apontando o dedo para o outro pelas causas dos seus problemas, o que leva à ignorância, ao aumento do racismo, ao radicalismo religioso e assim vai…

        Em conclusão: Je suis Charlie

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      • JP, em nenhum momento do meu artigo, não do Piber que depois se verificou que é de Rafael Saldanha,um jornalista, afirmei que “tolero atos teroristas em nome da religião” Isso não está no meu ideario, nem no artigo. lb

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      • Sr Leonardo Boff, sou um leitor de seu blog, tirei os insultos e as palavras aparentemente ofensivas escritas pelo leitor identificado como JP (e certamente insistentes) mas, dado que achei completamente válida e razóavel a argumentação dele, gostaria deque o senhor esqueça disso e RESPONDA com ARGUMENTOS ao texto que o leitor JP, mesmo que visivelmente zangado, teve a gentileza de lhe enviar. Obrigado pela sua resposta dialética.

        “Eu sou brasileiro e moro na França desde 2005. Tudo o que eu posso dizer é que a pessoa que escreveu isso não conhece nada da sociedade francesa e quer se fazer de intelectual. Ou seja, é um escritor…. Na França tem 10% de muçulmanos, mas dizer que esses 10% são marginalizado é não conhecer nada sobre a integração desses muçulmanos na sociedade francesa.
        Existem contra-arguementos para cada um dos paragrafos escritos pelo escritor. Se os cartunistas do Charlie Hebdo são islamofobicos, eles também são anti-semitas, anti-cristãos, anti-capitalistas, anti-comunistas… bem, vocês entenderam, as caricaturas deles são sobre os problemas da sociedade francesa, não contra os muçulmanos. Alias, o Charlie Hebdo publicou muito menos caricaturas sobre os muçulmanos que sobre os catolicos, ou os Estados-Unidos, ou os judeus, ou a extrema-direita francesa (e européia)…
        Eu aposto que o escritor nunca leu as caricaturas do Charlie Hebdo. Por que mostrar os profeta Maomé beijando Jesus na boca com uma frase dizendo “Faça amor, não faça guerra” seria considerado como racista?
        Se eles eram tão islamofobicos, por que o imam de Paris, o imam de Marselha, o grande imam da França, o governo turco defenderam os cartunistas? Por que a gente vê jovens muçulmanos na Siria, no Iraque com cartazes escritos #JeSuisCharlie?
        No final das contas, o que o escritor não entendeu é que os caricaturistas do Charlie Hebdo não atacavam o profeta Maomé, mas alguns fundamentos da religião muçulmana, como as leis da Charia. Para o escritor é normal que as mulheres sejam consideradas como seres inferiores, é normal que as pessoas sejam lapidadas por terem dito o nome do profeta Maomé em vão, é normal que as mulheres estupradas sejam forçadas a casar com seus estupradores em nome da honra familiar. Isso é aceitavel no islamismo, mas para o escritor criticar essas praticas é inaceitavel em nome do respeito à religião.
        Sem contar que o escritor também é um porco racista, visto que cada vez que ele fala dos franceses, eles são todos xenofobos e islamofobicos. Em nenhuma parte do artigo o escritor diz que os franceses xenofobos e islamofobicos são a grande minoria da sociedade francesa (menos de 10%, ou seja, menos que os muçulmanos “marginalizados”).
        Opinião preconceituosa de um escritor mal informado que nunca acompanhou as atualidades francesas e hoje acha saber de tudo

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      • Miguel, respeito a opinião dele e não tenho nenhuma obrigação de responder, inclusive a coisas que não estão no meu texto e que ele me imputa como sendo racista, pior, sem qualquer respeito me chama de “porco racista” Como quer dialogar se previamente desqualifica, no estilo dos fundamentalistas, o seu interlocutor chamando-o de “porco racista”. Os nazisas costumavam chamar sempre de “Schweine” de porcos àqueles que se lhes opunham. Livre-me Deus ou Alah. lbof

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    • JP, sou católica e sempre me ofendi com as charges e caricaturas relacionadas ao catolicismo – a livre expressão da Charlie Habdo. Não acredito que estejam retratando os “problemas da sociedade francesa”, como você alegou. Estão ofendendo a mim e a todos que tem uma crença. Como são tolas as pessoas que se acham acima de tudo e de todos por serem vazias e acreditarem apenas no seu próprio “endeusamento”. Um conselho: vá ler um bom livro! Leonardo Boff é uma ótima sugestão.

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    • “não atacavam o profeta Maomé, mas alguns fundamentos da religião muçulmana,” ?????????? Gente de deus como assim? rarararara só rindo viu….

      E quem é que nos dá o direito de atacar as coisas pq não concordamos com elas…. cada qual com sua cultura com seus hábitos com o que é de seu…. se não concordamos … melhor manter distancia.. eu heim!

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      • Talvez a palavra atacar foi mal escolhida, deveria ter escrito criticar.
        E sim, eles não criticavam Maomé, eles utilisavam a sua imagem para criticar os fundamentos mais radicais do islã, como as punições corporais, pena de morte, o fundamentalismo radical…
        Eles fizeram igual para criticar a igreja catolica através de caricaturas com imagens de Jesus ou do Papa, eles não estão criticam a pessoa em si, mas o que ela representa.
        Se ficou mais claro, pode parar de risada… a não ser que ainda não tenhas entendido.
        E quem é que nos dá o direito de atacar (criticar) as coisas pq não concordamos com elas? A nossa liberdade de pensar e de nos expressar. Isso nos dá direito. Mas pelo que eu ando lendo nesse blog, a religião de vocês não vos permite, crime de blasfêmia…

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    • É porque este mundo esta perdido mesmo, as pessoas só apoiam o que é errado, por isso esse lixo de jornal foi publicado por tanto tempo. Filha se é tão favorável a revista manda publicar esses desenhos nas cartilhas das crianças da Sétima série, até a cartilha gay, fica muito aquém desses desenhos inocentes. .

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      • Gente tem que parar com tais aberrações. A revista Charlie Hebdo tem uma grande importância na historia politica francesa e quem não procura entender primeiro como funciona por là, não pode fazer esse tipo de comentario. Por favor, Leonardo Boff, não da para deixar esses blog se tornar um espaço de insulto !

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      • Flopz, tudo isso não teria acontecido se os USA e os europeus não estivessem ainda fazendo guerra no Iraque, no Afeganistão, na Siria, matando mais de 1 milhão de muçulmanos e obrigando ao exilio 3 milhões. É pensar pequeno sem analisar e tomar em conta esse contexto alem das discriminações que sofrem na França e na Alemanha.Você está insultando as vítimas em nome de uma falsa liberdade de expressão que como todas as coisas tm limites. Lboff

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  56. Li o texto do LBoff até ele se referir à revista veja. A matéria nada tem a ver com a revista Veja….trazer essa discussão para o ambito político interno brasileiro revela todo o ódio fanáticoradicalpetista do autor…. Quais foram as mentiras de Veja, cara pálida?…. vc mesmo desmereceu seu texto bem escrito.

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  57. Sobre o tema, ver o artigo abaixo:

    ATILIO BORON: A GÊNESE DO TERROR

    Do blog Evidentemente – http://www.blogdejadson.blogspot.com

    Resulta repugnante narrar tanta imoralidade e hipocrisia. Sobretudo se se recorda a cumplicidade dos que agora arrancam os cabelos e não fizeram absolutamente nada para deter o genocídio perpetrado há poucos meses em (Faixa de) Gaza.

    Por Atilio A. Boron (*), cientista político argentino – no jornal Página/12, edição impressa de hoje, dia 8 (os parágrafos estão dispostos por conveniência de edição deste blog)

    O atentado terrorista perpetrado na redação do semanário francês Charlie Hebdo deve ser condenado sem atenuantes. É um ato brutal, criminoso, que não tem justificativa alguma. É a expressão contemporânea de um fanatismo religioso que – desde tempos imemoriais e em quase todas as religiões conhecidas – tem infestado a humanidade com mortes e sofrimentos indizíveis.

    Os políticos e governantes europeus e estadunidenses se apressaram a manifestar seu repúdio ante a barbárie perpetrada em Paris. Mas parafraseando um grande intelectual judeu do século 17, Baruch Spinoza, diante de tragédias como esta não temos que chorar e sim compreender. Como dar conta do acontecido? A resposta não é simples porque são múltiplos os fatores que a precipitaram.

    Não foi a obra de um grupo de fanáticos que, num inexplicável rompante de loucura religiosa, decidiram aplicar um castigo exemplar a um semanário que se permitia criticar certas manifestações do Islã. Esta conduta deve ser interpretada num contexto mais amplo: o impulso que a Casa Branca deu ao radicalismo islâmico desde o momento em que, produzida a invasão soviética no Afeganistão, a CIA determinou que a melhor maneira de rechaçá-la era estigmatizando os soviéticos por seu ateísmo e potencializando os valores religiosos do Islã. A Agência (de Inteligência dos EUA) era nesse momento dirigida por William Casey, um fundamentalista católico, e sob a administração (Ronald) Reagan teve a seu cargo a promoção, treinamento e financiamento da Al Qaida, sob a liderança de Osama bin Laden.

    Quando em 2011 se consumou o fracasso da ocupação norte-americana no Iraque, Washington intensificou seus esforços para estimular as guerras sectárias dentro do país, com o objetivo de debilitar os xiitas, aliados do Irã, e que controlavam o governo iraquiano. O resto é história conhecida: recrutados, armados e apoiados diplomática e financeiramente pelos Estados Unidos e seus aliados, os radicais sunitas terminaram se tornando independentes de seus promotores, como antes o havia feito Bin Laden, e deram nascimento ao Estado Islâmico e suas gangues de criminosos que degolam e assassinam infiéis a torto e a direito. Em seu afã por desarticular os países do Oriente Médio, o Ocidente aviva as chamas do sectarismo religioso.

    Por isso a gênese deste crime é evidente, e os que promoveram o radicalismo sectário não podem agora proclamar sua inocência diante da tragédia de Paris. Horrorizados pela monstruosidade do gênio que lhes escapou da garrafa o 11-S (11 de setembro de 2001 – atentado das Torres Gêmeas), em sua criminosa estupidez declararam uma guerra silenciosa contra o Islã em seu conjunto.

    E seus pupilos respondem com as armas e os argumentos que lhes foram dados desde os anos de Reagan. Aprenderam depois com os horrores perpetrados em Abu Ghraib (prisão estadunidense em Guantânamo) e os cárceres secretos da CIA; com as matanças perpetradas na Líbia e o linchamento de Khadafi, recebido com uma gargalhada por Hillary Clinton, e pagam com a mesma moeda. Resulta repugnante narrar tanta imoralidade e hipocrisia. Sobretudo se se recorda a cumplicidade dos que agora arrancam os cabelos e não fizeram absolutamente nada para deter o genocídio perpetrado há poucos meses em (Faixa de) Gaza. Claro, dois mil palestinos, várias centenas deles crianças, são nada em comparação com 12 franceses.

    * Centro Cultural da Cooperação Floreal Gorini.

    Tradução: Jadson Oliveira

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    • Jadson, lhe dou os parabens por esta brilhante colaboração. Gostaria que todos os que me criticam e até ofendem com palavrões lessem este seu texto. Ele mostra o outro lado da questão e a cumplicidade do Ocidente com os crimes e milhões de mortos pelos ataques da coligação que invadiu e destruiu o Iraque e o Afeganistão, sem contudo poder ganhar a guerra.

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    • Muito interessante o artigo transcrito. Elucidativo, e acredito que toda pessoa de bom senso antes de emitir qualquer opinião deveria buscar exaustivamente informações a fim de não se deixar envolver pela emoção que o horror provoca, principalmente quando as vítimas possuem alguma fama ou projeção. Buscar a verdade normalmente dá trabalho e muitos estão dispostos a comprar apenas o que está mais fácil, ou “à mão”..

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  58. Charlie Hebdo não atacava religiões pelo simples prazer de provocar, quem fazia isso era o Jornal Hara-Kiri de Cavanna e do professor Choron que hoje não existe mais. Charlie não era um jornal das “massas”, e com certeza pouquissimos muçulmanos liam. Charlie nunca atacava os mais fracos, os preferidos dele eram os politicos, as 3 religiões monoteistas principalmente o Islã devido a incompatibilidade que os praticantes dessa religião teem em se adaptar aos valores da Républica francesa, sobretudo a laicidade. Penso que quem quer matar sempre acha uma razão. Na Holanda um muçulmano matou um realizador de filmes pela simples razão que ele ousou criticar o tratamento feito à mulher nessa religião. Charlie criticava o comunitarismo e a radicalização, a instrumentalização em todas as religiões e dava uma resposta, certo sulfurosa, à la Voltaire, no puro estilo anti-clarical mas Charlie era acima de tudo libertario, uma escapada salvadora do pensamento unico.

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  59. Eu definitivamente não sou Charlie!!! Finalmente alguém falou de uma forma sensata e foi fe fato às raízes da questão. Parabéns pelo texto.

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  60. Olá.

    O texto que o senhor publicou como sendo de um padre chamado Antonio Piber na verdade foi escrito por mim. Não tenho granbdes vaidades, mas gostaria que esse equívoco fosse corrigido. Sou brasileiro e não sou padre, sou um professor (formado em jornalismo) de 33 anos.

    Um grande abraço

    Rafael Saldanha

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  61. Claro que ele não é Charles, é um padre. Defende que a blasfémia e a heresia não devem ser admitidas na “liberdade de expressão” (transformando-a em “censura”). A diferença é que com esses, já a gente correu há muito tempo. A Inquisição está morta, graças a Deus (piadinha xD). No Islão, tem a sharia. A grande diferença está no tempo, porque no conteúdo, tem muitas parecenças.

    Eu sou Charlie.

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  62. Gostaria de ver aqueles que pregam o repeito à religião alheia pegarem uma Bíblia e irem pregar no território do Estado Islâmico na Síria. Daí sim sentiriam na carne literalmente o ódio desta pequena parcela do Islã. Sou ateu.

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  63. Liberdade de expressão não é negociável, é um direito de todos…Ir contra a midia é nocivo e anti-democrático. Abaixo o fundamentalismo religioso, político, racial, filosófico, social e moral.

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    • Valdir, foi bom vc trazer estes numeros para mostar a tantos criticos que se julgam iluminados por viverem na França que essa matança perpretada pelo Ocidente está na base da amargura, humilhação e desejo de vingança dos muçulmanos, cujos atos terrorista não aprovo, mas procuro entender. Quem se coloca do lado destas milhões de vítimas? São simplesmente esquecidos pela midia e pelos governos.

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  64. O que observo na maioria das mensagens deixadas pelos eleitores é que os estrangeiros que vivem se isolando na França são culpados por isso e que tem que mudar seus hábitos por que não estão em seus países de origem. Eu concordo em partes, mas você como cidadão imigrante não pode simplesmente negar suas origens ou esquecê-las. O pior não é isso, a maioria desses imigrantes são de “colônias francesas” me pergunto qual foi até agora a colônia francesa, inglesa, portuguesa, espanhola, alemã que deu certo? Moramos no Brasil um país corrupto, injusto, violento, sujo, desigual tudo conduzido pela coroa portuguesa a qual não tem fim nem solução. Sou cartunista, senti muito pelos profissionais, realmente é um ato bárbaro e não se justifica. Porém o que os franceses passam hoje ainda é o efeito colateral de suas aventuras colonizadoras mundo afora. E nós brazucas conhecemos muito mau o que se passa com nosso vizinhos da Venezuela, Colombia, Peru, Chile, Paraguai, Uruguai e Argentina mas e a guiana francesa? Ninguém sabe de nada… O que é feito, se existe gente… Este lugar é um mistério!

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  65. Como é possível que Leonardo Boff , a quem tanto aprecio as opiniões de modo geral, dar publicidade à opinião de um padre que não conhece nem sabe do que esta falando ?
    que “autoridade” tem esse padre para falar sobre o assunto ? qual é o ministério dele em relação aos problemas franceses ? qual é o percurso dele ? qual é a verdadeiro “conhecimento” que ele tem do islã, da situação dos imigrantes na França, dos franceses que são originários do Maghreb, dos lugares onde moram, das vidas que levam, dos direitos que beneficiam, … etc..
    Qual é o conhecimento dele sobre a religião muçulmana, não unicamente dos escritos teológicos mas da vida quotidiana dos muçulmanos dentre os diferentes países árabes e também na Europa?
    Qual é o conhecimento dele da historia da França, da historia dos países árabes, da situação geopolítica?
    Qual é o conhecimento que ele tem do papel politico-religioso de algumas ditaturas e teocracias que se pretendem muçulmanas ?

    O texto citado mostra o desconhecimento da situação. Mais tarde escreverei um comentário mais elaborado para responder a tudo o que ele levanta, e dar argumentos e não opiniões ou ideologias.
    Porque eu faria isso ?
    Eu sou um francês de 69 anos , nasci , estudei , trabalhei, vivo majoritariamente na França durante toda minha vida; eu viajei em muitos países do mundo, tenho amigos de diferentes nacionalidades e culturas, bem como diferentes religiões, sou casado com uma brasileira que tem também um profundo conhecimento da sociedade francesa, que viajou também por muitos países do mundo , que tem também amigos de diferentes culturas e religiões.
    Temos a modéstia de pensar que nosso conhecimento sobre o assunto permite dar uma versão mais realista da situação e corrigir a posição ideológica desse padre que considera a censura como uma virtude ….

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  66. O texto publicado pelo senhor provavelmente é falso. Basta comparar com outro texto publicado na internet, que tudo indica ser o texto original: http://emtomdemimimi.blogspot.com.br/2015/01/je-ne-suis-pas-charlie.html#comment-form. Nele, o autor não faz referência alguma ao Mensalão e ao STF, concentrando-se apenas em analisar a tragédia ocorrida na França. Comparando-se os dois textos, percebe-se que as referências ao Mensalão, à Revista Veja e ao STF, que constam do texto publicado pelo senhor, soam completamente dissonantes com a questão abordada no texto.

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  67. Independente de credos e política, é uma insensatez sem tamanho que no meio dessa disputa sem fim, milhares de inocentes, dois dois lados lógico, sejam condenados a morte!

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  68. Os cristãos que vão morar nos países islâmicos não são tratados da mesma forma, ou até pior, que os islâmicos que vão morar na Europa?

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  69. Fico feliz que com essa história vocês todos estejam se desmascarando e reconhecendo que defendem a censura daquele com os quais vocês não concordam. Agradeço pela sinceridade.

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  70. Bom mesmo é ler os comentários. Para quem, como eu, não tinha opinião bem sedimentada sobre o fato, muito menos agora o teríamos. Enfim, eles que são brancos que se entendam.

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  71. Querido irmão, Boff. Tuas palavras estão cheias de sabedoria. Infelizmente, o darwinismo não nos ensina amar o outro como ele é… Onde não há amor sobra atitudes como as praticadas por todos que citaste.

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  72. Sinto muito analise fraca e completamente fora do contexto.. Chqrlie hebdo e um jornql qnticlericql e debochqdo::: Denunciar os dogmas engeissados era a missao primaria da revista sempre foi,,,, Analisando desse jeito e justificar a mulher colocou roupas provocantes e se lascou,,, lamentavel lo siento,,,

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  73. Leonardo Boff sou sua fã,te admiro muito mesmo e agora estou tendo a oportunidade de dizer isso,te acho de estrema sabedoria,o Senhor mostra um modo de viver, que para mim é um modelo de vida,desejo que seus ideais religiosos seja reconhecido pelo nosso Papa e toda a Igreja,abraços sinceros mesmo.

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  74. Leonardo
    Vc se esquece que a França talvez tenha sido o país aliado que mais se opôs a invasão do Iraque pelo Bush filho. Na época o ministro do exterior era o Villepin que fez discursos na ONU bem contundentes. E olha que o governo nem era de esquerda. Os americanos passarem a boicotar os produtos franceses por conta disso, afetando as exportações francesas. Vc se lembra ?

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    • Acrescento que os americanos sabiam do percurso terrorista destes assassinos e não avisaram, devidamente, os franceses talvez querendo que eles passassem pelo que eles, americanos, passaram no 11 de setembro…

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  75. Creio que seja importantíssimo que este debate continue. Assim poderemos aprender que a comunidade humana é constituída por seres diferentes, que pensam e sentem de formas diferentes e que com boa vontade e tolerância talvez possamos partilhar as coisas boas que existem no planeta.

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  76. Talvez caríssimo Leonardo Boff o terceiro milênio esteja a desafiar novos conceitos de mídia. Quiçá o mercantilismo implantado nos meios ao longo dos séculos XIX e XX esteja começando a ruir com o advento dos blogs, da web, das redes sociais … Não sei, é provável que uma “seleção natural” suplante os mecanismos de manipulação das massas. Mas é complicado …..

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  77. Este Senhor , que respeito naturalmente , e não pondo em causa sequer os seus conhecimentos , aqui errou e demonstra o pouco conhecimento que tem da França e da sua História contemporrânea, quero apenas dizer que a grande maioria dos muçulmanos residentes em França são de nacionalidade Francesa , concordo que sejam oriundos as gerações anteriores de Países africanos , principalmente Norte de África , Argélia ( ex colónia francesa) sobretudo, mas mesmo os primeiros destes a chegar a França já tinham uma ” CARTE DE SÉJOUR ” previlegiada, assim mesmo, enquanto outros ,como sejam Italianos, Polacos, Espanhois….Portugueses , tinham uma carte de séjour normal , quanto ao Charlie Hebdo , é ou foi (?) um jornal sempre Caricaturista , Jocoso, Sátiro… Humorista ….a sua linha editorial foi sempre a mesma , e lembro aqui que o Islão não foi a única religião satirizada , o Papa e o catolicismo foram-no imensas vezes, o Judaísmo, a Ortodoxa idem etc…etc…Existem muitas causas mas por certo não se pode vir agora quase justificar tal acto porque o Charlie Hebdo satirizou o Islão muitas vezes, e as outras religiões não o foram também (?) Como disse há dias Michel Houllebeck qualquer dia nem se pode pronunciar a palavra Islão sob pena de ficarmos todos em risco de cometermos um crime ou sermos acusados de xenófobos…

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    • Caro Luis Fernando, o fato dos muçulmanos serem de nacionalidade francesa não retira deles suas crenças, dogmas e valores culturais assentados, sobretudo, na sua religião e suas ligações com seus países de origem. A desculpa utilizada pela revista de que não eram só os muçulmanos, mas também cristão e judeus acaba ampliando o reio de ofensas. A diferença é que judeus e cristãos não possuem, creio, uma cultura religiosa tão radical (não falo do Islã, mas dos radicais). A Revista foi irresponsável, o terrorismo existe, é fato, eles sabiam disso. A frase de Charb, reverberada à exaustão pela mídia “prefiro morrer de pés a viver como um rato” não passa de clichê barato, que só tem validade e virtude em Hollywood. Tudo poderia ser evitado, pela censura? Absolutamente, não! Mas pelo bom senso. O Heroi está morto…

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  78. O Leonardo Boff decidiu que devia dar palpite sobre o atentado também — e anunciou isto com os ares, é claro, de quem teria condições mínimas de analisar conflitos entre diferentes paradigmas civilizacionais formados durante dezenas de séculos.

    Como é comum entre palpiteiros como ele, sem abordar nenhum dado histórico realmente relevante — nenhum detalhe a respeito da carreira militar ofensiva de Maomé, por exemplo — só disparou meia dúzia de chavões (islamofobia, intolerância, extrema-direita) pra, em síntese, dizer que o mundo ocidental querer que muçulmanos integrem-se e reconheçam coisas como a separação entre religião e Estado, a democracia e a liberdade de expressão, é extremamente autoritário, e que, ao contrário, o mundo ocidental é que tem o dever de submeter-se aos limites de tolerância de radicais islâmicos.

    Logo no início do artigo ele diz que “não se devem criar as condições psicológicas e políticas que levem alguns radicais a lançarem mão de meios reprováveis sobre todos os aspectos”, sugerindo precisamente que nós temos que pautar nosso comportamento de modo a não ofender os limites de tolerância de terroristas.

    Estou realmente com o saco cheio de gente que nem o sr. Boff, sempre disposta a macaquear um discursinho politicamente correto em detrimento de qualquer traço de honestidade intelectual.

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    • João,se não tiver tanta preguiça, entre no Google e veja na Wikipedia, algo de minha vida intelectual que já levo há mais de 50 anos com pelo menos 5 titulos honoris causa de grandes universidades estrangeirase 92 livros publicados em várias áreas do saber. Parece vaidade, mas a verdade tem o seu lugar. O meu ultimo prêmio foi a medalha de ouro nos USA em Nova Ciêncca e Cosmologia com um livro escrito com um astrofísico norteamericano, premio dado em 2010.E mais não digo.
      lboff

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    • Quem é o padre historiador que escreveu o texto, aí, linkado por Leo? Não está constando no nome dele. Teria sido fundamental. Se não foi Leo quem escreveu, quem o teria feito?

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  79. Discordo com este artigo, é fora de contexto, perigoso, insidioso, e é legítimo quase esse ato bárbaro que teve lugar em Paris. A liberdade de expressão, sátira e blasfêmia são a fundação da república francesa desde 1789. Os bárbaros que acomplis este ato esta semana são falsos muçulmanos, eles são os piores inimigos dos muçulmanos. Isto é o que denuncia Charlie Hebdo por 40 anos !! vive Charlie Hebdo!! vive le blasphême!! vive la France!!

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  80. Esse texto esta recheado de incoherencias ! mas como dizia” Voltaire” Eu desaprovo o que dizes,mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo.”
    A França é um PAIS que defende a liberdade de expressão , o direito de religião de cada um, tanto é, que ha mesquitas em todos os cantos da França, e todos os outros tipos de igrejas etemplos para cultos.
    Os “Terroristas ” em nenhum momento representam o povo muçulmano pacifico, tatra-se de fanaticos religiosos, radicais , loucos ! Como da mesma forma a Marine le Pen , não representa a maioria do povo francês, com seus ideias xenofobos e islamofobos ! Os muçulmanos tem tantos direitos na França como qualquer cidadão fracês, pois são na sua maioria legalizados e possuem a nacionalidade francesa, então falar que são marginalizados é um tanto quanto infundado este argumento, e tem mais ! Não se vem viver,ser hospedado na casa do vizinho que acolhe, aquele que pediu guarita e ao memso tempo impor suas leis ,seus constumes, sua religião ! Se deve respeitar a Nação acolhedora ! no minimo para se mostrar gratidão ! E não é isso que vemos na França ! O povo francês ta quase sendo escurraçado de sua propria casa, para mudar leis , costumes ,para que todos os povos que ele recebe sintam-se a vontade, diga-se de passagem “Muito a vontade “!
    Qualquer que tenha sido a maneira como estes jornalistas manifestaram seu humor , Suas satiras, seus abusos talvez !? Não justifica essa violência !
    E Charlie tinha como companheira a ex ministra do Governo Sarkozi ,Sra .Jeannette Bougrab de origem Arabe. Então sera que eles eram racistas ? as Satiras eram voltadas para todas as religiões, para o governo, para politicos etc…
    Não gostei dos argumentos desse teXto, pois sei que a situação é bem diferente…Mas respeito o que foi escrito, pois a liberdade de expressão consiste no respeito mutuo, mas não ha nada que justifique tamanha violência !
    E eu sou CHARLIE ,porque eu quero ter o direito de me manifestar , em solidariedade aos policiais,as vitimas ,aos jornalistas, aos reféns a todos que perderam suas vidas nesse atentado terroristas e que não querem CALAR !
    Em um texto que didide opiniões, seria coherente ,citar o nome do autor , enão somente tentar nos fazer engolir goel abaixo o que não tem fundamentos concretos !

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  81. É fácil perceber que tanto a revista, quanto os defensores da honra do profeta Maomé envolvidos nesse contexto de liberdade de expressão, religião: cultura – não acertaram na maneira de expressarem suas ideologias. De um lado, vimos uma revista que usou a tal liberdade para ferir, denegrir uma cultura da qual não faz parte, mesmo que em seu país, por forças da emigração, há pessoas que cultuam costumes diferentes; do outro, ainda mais truculenta, selvagem, vimos homens defensores de sua cultura arrastar a sua racionalidade ao abismo terrestre: a violência. Por fim, não se vê em nenhum desses protagonistas a capacidade de fazer valer o que foi conquistado a nós seres humanos, expressos nas palavras: Liberdade, Igualdade, Fraternidade.

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  82. Muito bom o texto e tratei de ser fiel ao Pe.Antonio Piter e a Leonardo Boff.Se não tivesse levado o nome de Leonardo Boff não tinha me chamado a atenção,sou fã e se eu tivesse mais capacidade de compreender seus livros tinha lido vários.Sinto generosidade em sua alma,para mim é isso que importa,abraços.

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  83. Prezado Leonardo. Li com atenção o seu texto e acredito que ele revela a sua posição ideológica, que é conhecida de todos. Lembro-me de você, quando era novidade a Teologia da Libertação, no final da década de 70 e inicio da de 80, quando foi lhe imposto um odioso “silêncio obsequioso” pela autoridade eclesiástica, em virtude de suas posições contundentes ao catolicismo oficial. Embora não concordasse com as suas idéias, aquela imposição de uma censura forçada, na época que estava sendo abolida a censura previa no Brasil, decorrente do governo militar, pela Igreja a um de seus teólogos, me pareceu uma violência! Não compartilho do seu entendimento sobre a censura, esposado no seu texto, mesmo quando a liberdade de imprensa produz a informação torpe, “marrom” ou de gosto duvidoso, vez que esta liberdade não foi conseguida por concessões ou balizada por árbitros da elegância ou da ponderação, foi garantida na luta! Ela que controla os abusos totalitários dos governos de esquerda e de direita, ela que leva ao publico a corrupção, denuncia os crimes, forma a opinião republicana e promove a cidadania. O cartunismo do Charlie Hebbo poderia ser de péssimo gosto ou “politicamente incorreto” com religiões, religiosos em geral, mas expressava a criatividade, a opinião de um segmento da sociedade francesa,que lia e acompanhava o “pasquim” gaulês, escrito por cartunistas e jornalistas de nomeada no mundo da imprensa de humor, homens que foram calados pela forca do terror, por jovens alienados por grupos religiosos radicais, que poderiam ser fundamentalistas de qualquer religião atingida pelas charges “infâmes” dos homens assassinados! Foi um ato covarde! Não tem defesa! Em uma sociedade democrática, pluralista e livre como é a francesa, conhecida por dar tantos e tantos asilos a refugiados do mundo inteiro, inclusive para lideranças islâmicas, a imprensa não tem censura, pode ser objeto do controle jurisdicional quando ofende direitos fundamentais mas, é expressão do leque das liberdades publicas que garante a abertura do sistema republicano. A democracia não é apenas boa quando nos favorece, a liberdade democrática é real quando, inclusive, nos incomoda, quando o principio da igualdade nos remete a idéia que não somos melhores que os outros. Hoje, não obstante não esposar as idéias do cartunistas e jornalistas mortos, “je suis Charlie”!! Não a censura e a favor da liberdade de imprensa!!

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  84. Discordo desse artigo, fala quem não vive em França e não percebe que quem quer atacar a cultura do povo são esses radicais que vivem em França e não aceitam as regras do país. Revolta de colonizados?! O que foi citar, Europa colonizou o mundo e graças a Deus não vejo indianos ou norte americanos matarem ingleses, nem africanos aos portugueses ou chilenos aos espanhóis. O poder desses bandidos com dinheiro que vivem ainda na idade média, uns déspotas sanguinários que vem para outros países que lhe sustentam ( com culpas ou sem culpas) matar e jogar bombas. Não defenda nem tenha peninha de bandidos, não espere que eles matem um dos seus para entender o que se passa na casa dos outros. Também não gostava de algumas ironias que Charlie fazia, mas NADA justifica se calar um ser humano, oua liberdade de expressão com morte. E lhe digo que não são tão subjugados com você cita. Os franceses e outros trabalhadores deste país pagam os impostos altos para que parte deste, ir suportar estes senhores que chegam a ter subsídios de desemprego (tempo ilimitado!!), por ser imigrante e por terem filhos ou grande número de agregados estes subsídios chegam à milhares de euros. Tenha dó de quem sai para trabalhar e paga suas contas e não quer mal a ninguém e não quer levar com um protesto desses radicais em plena praça de Londres contra o natal!!!

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  85. Texto esclarecedor. Logicamente tem os que discordam, não se pode querer que todos estejam no mesmo nível de compreensão, afinal nem Maome, Jesus e Buda ou ainda Zoroastro foram Aceitos e compreendidos por todos… Limitações intelectuais ou intenções obscuras conduzem a enfrentamentos que vão do campo verbal ao físico. Nas civilizações primitivas as diferenças sempre foram resolvidas na base da espada, pois assim como era no tempo antigo é hoje, o dialogo entre ignorantes não existe. Hoje estamos a mercê de uma guerra com toda sua brutalidade. Os elementos para isso estão se ajuntando. Intolerancia, provocaçoes, odios, preconceitos, corrupçao, extremismos, imoralidade, violencia… O reino do mal nunca esteve tão bem…. Aqueles com visão sabem o que isso. Mas ninguém pode deter o curso desta onda que se aproxima… A humanidade mais uma vez sera posta de joelhos.

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  86. A separação entre fé e política é essencial. O Charlie Hebdo tem todo o direito de retratar a religião que quiser, segundo sua peculiar ótica, sem ser alvo de atentados. A lei francesa tem mecanismos punitivos eficientes para defender quem se sinta ofendido por publicações como as do Charlie Hebdo. O ocidente só não goza de mecanismos punitivos eficientes para abater o fundamentalismo religioso. Cuidado para não vilanizarmos as vítimas e protegermos os culpados.

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  87. Quer você ache ou não, o Charlie Hebdo era uma publicação legal. Se tiver algo a dizer contra ele, use o tribunal e não as armas.

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  88. não há defesa em favor do Islã, pois todos os que não acreditam em Alá e seu Profeta Maomé é infiel e digno de ser morto por não acreditar na f’é deles… Isso por si só já é intolerância e desrespeito para com os demais…
    5 ayahs do Alcorão que promovem a violência

    Sempre que recebem informação de que um grupo islâmico levou a cabo mais um acto de violência, os maometanos ocidentalizados dirão que esses actos não representam o verdadeiro islão, e que esses homens não são muçulmanos genuínos. Eles responderão que as raízes da sua fé são inteiramente pacíficas, e que a sua religião – o islão – é inteiramente pacífico.

    Obviamente que isto logicamente levanta a questão do porquê tantos maometanos estarem a matar pessoas, e a alegar que o Alcorão apoia os seus actos. Eu proponho que eles têm razão no que dizem, e que o Alcorão de facto prescreve o assassinato daqueles que eles consideram como “infiéis”. Eis aqui 5 ayahs que promovem a violência:
    1 – “E quando vos enfrentardes com os incrédulos, (em batalha), golpeai-lhes os pescoços, até que os tenhais dominado, e tomai (os sobreviventes) como prisioneiros.” – Alcorão 47:4
    Os estudiosos liberais frequentemente dirão aos seus estudantes que a palavra ” decapitam” não aparece nesta passagem, e eles têm razão. Em vez da palavra “decapitem” o Alcorão (isto é, Maomé) disse aos maometanos para golpear os pescoços dos incrédulos até que tenha infligido matança.
    2 – “Matai-os onde quer se os encontreis e expulsai-os de onde vos expulsaram, porque a perseguição é mais grave do que o homicídio. … E combatei-os até terminar a perseguição e prevalecer a religião de Deus. Porém, se desistirem, não haverá mais hostilidades, senão contra os iníquos.” – Alcorão 2:191,193
    O contexto histórico desta passagem não é uma guerra defensiva. Os maometanos tinham acabado de chegar a Medina e não estavam a ser atacados. Maomé não está a ordenar aos seus seguidores que tomam acções contra os inimigos que os estão a perseguir, mas sim a ordenar os seus fiéis a subjugar as povoações dos infiéis e matá-los.
    3 – “Também vos está vedado desposar as mulheres casadas, salvo as que tendes à mão. Tal é a lei que Deus vos impõe.” – Alcorão 2:24
    Quando o Alcorão fala sobre “as que tendes à mão”, ele refere-se àquelas que estão na sua posse – propriedade sua. No contexto da surah 4, o Alcorão fala das mulheres que eles capturaram em guerra. Aquelas mulheres que foram capturadas como reféns numa guerra são aquelas que “tendes à mão”. Maomé sancionou o abuso sexual destas mulheres capturadas em guerra.

    Alguns maometanos interpretam este verso como sendo um que dá permissão aos maometanos que tenham relações com múltiplas esposas, mas o versículo claramente faz distinção entre as esposas que aquelas que “tendes à mão”.
    4 – “Infundiremos terror nos corações dos incrédulos, por terem atribuído parceiros a Deus, sem que Ele lhes tivesse conferido autoridade alguma para isso.” – Alcorão 3:151
    Quando o versículo diz “por terem atribuído parceiros a Deus”, refere-se a idolatria; politeísmo. Uma vez que alguns maometanos acreditam que o conceito Cristão de Cristo é politeísmo, esta ayah também se refere a eles.
    5 – “Está-vos prescrita a luta (pela causa de Deus), embora o repudieis. É possível que repudieis algo que seja um bem para vós e, quiçá, gosteis de algo que vos seja prejudicial” – Alcorão 2:216
    Sabemos a partir da Tradição islâmica (Hadeeth) que o contexto desta passagem não é uma guerra defensiva. Maomé narra esta ayah como forma de motivar e encorajar os seus discípulos a atacar as caravanas dos mercadores de Meca. Ele diz-lhes que embora eles odeiam combater, qualificando isso de imoral, isso é uma ordem a qual eles, como maometanos, estão obrigados a seguir

    Fonte
    – See more at: http://perigoislamico.blogspot.com.br/2014/01/5-ayahs-do-alcorao-que-promovem.html#sthash.MGP0bIu3.dpuf

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    • Caro colega, cada versículo citado do Alcorão tem seu contexto histórico e podem ser tomados por ofensivos se deturpados como vc o fez…
      1- “E quando vos enfrentardes com os incrédulos, (em batalha), golpeai-lhes os pescoços, até que os tenhais dominado, e tomai (os sobreviventes) como prisioneiros.” – Alcorão 47:4.
      Este versículo está claramente dizendo para golpear os incrédulos nos pescoços quando estiverem EM BATALHA, ou seja, no campo de batalha de uma guerra e não em outro lugar como a casa ou trabalho da vítima. Apenas em GUERRA. E em uma guerra (seja de europeus, americanos, índios ou qualquer povo) a ordem de qualquer dos lado é a mesma que esta: MATAR. Então não vejo uma violência maior do que a esperada pra uma guerra.
      2- “Matai-os onde quer se os encontreis e expulsai-os de onde vos expulsaram, porque a perseguição é mais grave do que o homicídio. … E combatei-os até terminar a perseguição e prevalecer a religião de Deus. Porém, se desistirem, não haverá mais hostilidades, senão contra os iníquos.” – Alcorão 2:191,193.
      Estes versículos sofrem interpretações erradas há muito tempo, porém verão que também não é violência arbitrária que se prega aqui: Este versículo foi revelado para matarem um povo de judeus que tinha aliança com os muçulmanos em uma guerra, mas os traíram. Então se trata de uma pena de morte por um crime militar (tempo de guerra) de traição. Isso parece cruel pra vc? Pois então fique sabendo que o Código Penal Brasileiro prevê a mesma pena para tal crime. Pois é, em tempo de guerra se vc como militar trair seu país vai ser punido com a morte. Se trata da mesma regra na lei islâmica, porém como de costume deturpam e distorcem a imagem do Islam para mostrar uma religião intolerante.
      3- “Também vos está vedado desposar as mulheres casadas, salvo as que tendes à mão. Tal é a lei que Deus vos impõe.” – Alcorão 2:24.
      Não se trata de um versículo que incita a violência.
      4- “Infundiremos terror nos corações dos incrédulos, por terem atribuído parceiros a Deus, sem que Ele lhes tivesse conferido autoridade alguma para isso.” – Alcorão 3:151.
      Aqui se trata de Deus falando que vai infundir terror nos corações dos incrédulos, e não é um mandamento para os muçulmanos o fazerem (em algumas partes do Alcorão Deus se refere a Ele como “nós”, ou seja Ele e os anjos, por isso “infundiremos”). Mais uma interpretação equívoca de sua parte.
      5- “Está-vos prescrita a luta (pela causa de Deus), embora o repudieis. É possível que repudieis algo que seja um bem para vós e, quiçá, gosteis de algo que vos seja prejudicial” – Alcorão 2:216.
      Aqui Deus está dizendo aos muçulmanos que a luta é inevitável, embora não a queiram. Ou seja, não são nem os muçulmanos que começarão a luta, porém quando ela chegar: LUTEM.
      Vc sabe pq existem as pessoas que saem matando ou se explodem em nome de Deus? Pois elas não estudaram corretamente o Alcorão, apenas leram essas mensagens isoladas e a tomaram como um mandamento para matar. Assim, então, vc está interpretando tais versículos do mesmo jeito que os terroristas. São pessoas desatentas na leitura do Alcorão, não faz sentido apenas 5% +ou- dos muçulmanos serem violentos se o Alcorão prega a violência. Pq os outros 95% pregam a paz então? Vocês estão sendo manipulados pelo sionismo e estão tão cegos que nem percebem. Espero que alguém leia o comentário e decida ler o Alcorão e estudar o Islam antes de comentar sobre o que ele prega. Não fale sobre o que não conhece.
      Salam. Paz.

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      • Na mosca. Seu comentário põe o dedo na ferida: a completa ignorância dos ocidentais sobre o que é o Islã e a campanha difamatória sem escrúpulos engendrada pelos sionistas para demonizar não só a religião mas todos os povos orientais que a praticam. Conheci vários Islamitas Palestinos, Marroquinos, um Libanês e dois Sírios e todos, ABSOLUTAMENTE TODOS, se referem a Jesus com grande reverência por considerá-lo um dos grandes profetas e Maria, sua mãe, como A Abençoada que foi visitada pelo anjo Gabriel e que gerou o profeta Jesus. Aliás, referem-se a estas duas personagens da fé cristã – e também da Islamita – com respeito e reverência, muito mais do que a maioria dos cristãos que conheço. Se há fundamentalistas no Islamismo também os há no Cristianismo, dentro da Igreja Católica, nas seitas neopentecostais e outras denominações. A diferença é que não se explodem, preferem explodir a paciência e a reputação alheias com fofocas e maledicências e defender práticas ritualistas ultrapassadas em detrimento do exercício da caridade cristã.
        O sionismo é uma praga que está apodrecendo a humanidade. Esta ideologia satanista travestida de falso Judaísmo e que usa os Judeus como suas oferendas em sacrifícios em plena luz do dia sob o pretexto de atentados, está por trás de todos os grandes crimes dos últimos 120 anos, a começar pelas guerras mundiais, passando pelo holocausto judeu, o roubo das terras Palestinas e a limpeza étnica do povo original – realmente semita – daquelas paragens; a manipulação dos sistemas financeiro e midiático no mundo todo; a cooptação por dinheiro, chantagem ou filiação a sociedades secretas de juízes, políticos, policiais, intelectuais e quem mais lhe possa servir de idiota útil à causa imperialista – a exemplo do que foi Nisman na Argentina e do Charlie Hebdo numa França que ensaiava se distanciar da cangalha imposta por esta ideologia do mal ao reconhecer a Palestina como Estado livre e e independente – e que foram convenientemente descartados depois que sua função estava finda e uma nova utilidade lhes foi confiada: a de mártires em auto-atentados forjados para parecerem como sendo de cunho religioso e orquestrados e executados por Islamitas.
        A verdade é muito triste e difícil de aceitar mas torna-se um imperativo se quisermos salvar o mundo de uma destruição completa por vias da massificação e pasteurização de todo e qualquer pensamento onde esta ideologia dita as regras e normas do que é certo e errado subvertendo nossos valores ancestrais e acabando com nossos costumes, nossas crenças e nossa civilização.

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      • Por que 95% não são violentos? Podemos perguntar o mesmo sobre o cristianismo. E minha resposta é simples, em ambos os casos:

        As pessoas amam escolher o que querem acreditar e seguir. Amam usar “contexto” como desculpa para descartar aquilo que não querem de seus livros sagrados. Assim, podemos observar que os considerados fanaticos são muito mais honestos e coerentes em suas ações. Não que eu queira mais fanaticos, mas o problema é, claramente, na religião, e não no ser humano que foi levado a crer nela.

        Como um deus tão poderoso pode ser tão incompetente em passar a mais importante mensagem, a ponto de colocar uma mensagem completamente dubia, que pode justificar quase qualquer posicionamento?

        Não existe “estudar corretamente” pois isso depende de sua interpretação. E a sua interpretação não é correta por padrão. Um ser supremo decente não iria foder a humanidade com um livro tão estúpido.

        A proposito, não sei qual seu posicionamento sobre o jornal, mas alguns fatos:

        1 – Eles são contra a National Front da frança, partido anti islã, de extrema direita.

        2 – São pro gaza, defendendo em cartoons o povo de gaza contra a opressão de israel.

        3 – Eles SIM criticam o judaismo, e de forma constante.

        PAra finalizar, um video explicando como o islã matou o povo arabe, cientificamente. E como o islã, da mesma forma que a igreja catolica, destruiu o avanço da ciencia e da humanidade por alguns seculos.

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  89. Meus senhores, senhoras; Tudo o que se possa dizer sobre isso, razões de cá ou de lá, NADA, mesmo Nada, justifica a barbárie em nome de um Deus que não pode ser considerado o “mandante” dos crimes .
    A Liberdade de expressão é respeitada em todos os países democráticos e a França leva isso à séria.
    Sermos ou não CHARLIE, faz parte dessa liberdade que a democracia nos confere. Totalmente solidária, eu sou Charlie! E choro a democracia atacada, o fanatismo que grassa pelo mundo, a ignorância (com direito à lavagem de cérebros humanos que, a troco de ideais bárbaras que nem o antigo testamento contempla) a ignorância, dizia eu, cava fundo as raízes do obscurantismo.
    Se há excesso dos grafistas, o excesso do lápis, se, comparado com o excesso da metralhadora, do sequestro, do atentado à bomba, dos raptos de meninas obrigando-as a conversões forçadas e a violações sistemáticas, das decapitações e fuzilamentos em massa, com os midia filmando, este excesso de expor no papel uma ideia, ainda que possa ofender ou melindrar alguém, comparado com a VIDA ou a MORTE, não é NADA! NADA!

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  90. Ninguém de bom senso pode defender o ataque, porem respeito ao outro e de bom tom e evita atitudes extremas. Vi varias charges do jornal todas atentatórias a dignidade dos mulçumanos!

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  91. Como sempre, o mais difícil é traçar a linha entre o certo e o errado, entre o censurável e o não cernsurável. Os padrões morais e éticos de cada sociedade são proprios dela mesmo, não podemos aplicá-los igualmente à todas as culturas e agir de acordo com a cultura de cada um. Podemos discordar sem recorrer a violência, a opinião da maioria pauta sempre o padrão moral de cada sociedade.

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  92. com respeito a que todos aqui escreveram suas opinioes ! o comentario de renaud pra quem entende de estopin para a guerra, começar na frança quando dizem que a al qaeda que por entendimento de muitos sabemos que quem fundou a al qaeda foram os eua . e de que os atentados que aconteceram nos eua em 2001 foram orquestradas por eua dando o motivo para eles (eua) invadirem os paises islamicos e fazerem o que bem entenderem ! e com esse atentado tambem organizado por celulas da al Qaeda foi tambem mandada para futricar o povo islamico e se começar a 3 guerra ! de algum lugar e motivo eles tinha que fazer valer o começo da guerra ! e isso nao vai ficar por isso mesmo podem ter certeza disso! os interessados com a guerra sao os da elite global que querem dizimar as massas e usar como bode espiatorio o isla! quem escreveu aquela charge sabia que ia dar nisso e muito mais! esssa e a minha opiniao ! com respeito a todos !

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  93. Quer dizer então que a Veja mente? Cadê as provas? Cara, se não fosse a imprensa os Brasileiros jamais saberiam dos esquemas de corrupção. Como saberíamos do Mensalão, do Cartel de Trens, do Petrolão, etc se não fosse a imprensa?

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    • Fernando, você nao entendeu, ou não sabe ler, ou os dois. A veja denigre figuras do PT, mas cala diante dos atos de corrupção da Sebesp em São Paulo, só pra citar um. Caso você não saiba, a Sabesp é uma das maiores pagadoras de dividendos do Brasil, chegando a pagar 15% ao ano sobre as ações. Porque não investiram essa montanha de dinheiro em água ? Vai lá e pergunta para o Alckmin, e aproveita pra perguntar para a Veja porque ela não fala dos escândalos em São Paulo e do PSDB em geral. O pior cego é aquele que não quer enxergar.

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      • Engraçado! Na sua cabeça se a Veja não fala do esquema do PSDB, não pode falar do esquema do PT? Faz assim, arranja uma revista de “esquerda”, investiga e denuncia o que você acha de errado! Agora querer que a Veja ou seja lá quem for, não denuncie o maior escândalo da história, que pode inclusive quebrar a Petrobrás, simplesmente porque esfacela o seu credo na competência e honestidade do PT, é esdruxulo. Mas a Veja é caridosa, vocês deveriam fazer uma estátua pra ela! Se fosse eu estaria comentando o problema da água e falando das usina hidrelétricas que estão em estado deplorável. Estaria também falando de como a Dilma quer melhorar a educação reduzindo R$ 7bi do orçamento, entre tantas outras falcatruas e mentiras de sua heroína!… Vergonha de ser brasileiro e ter votado um dia nessa m… chamada PT.

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      • Adorei o texto de Leonardo e de muitos comentários aqui…porém, em alguns, percebe-se dificuldades em respeitar a opinião do outro e apelos ofensivos, o que já nos leva a entender as razões de tanta intolerância pelo mundo à fora. As opiniões e concepções podem e até devem confrontar-se, o que é muito bom, pois é assim que se abre para a desconstrução das verdades absolutas, porém é maravilhoso apreciar interlocutores debatendo suas ideias com ética e crítica construtiva e penso ser assim que deve ser. O texto de Boff somado aos comentários prós e contras, enriquecem nossa reflexão sobre várias questões, para mim especificamente, sobre ética e segregação racial. Adorei!

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    • Nos governos anteriores ao de Lula já existia imprensa no Brasil, ou estou enganado? No entanto, porque não falavam nos atos bárbaros de corrupções desses desgovernos anteriores? Vamos raciocinar um pouco sobre o motivo?

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    • Esse Leonardo Boff é um animal irracional. Vem aqui esse pseudo-comunista, socilaista escrever que qualquer religião poderia ter reagido e que ninguém que é ofendido precisa ficar calado, ele vai em favor dos terroristas. Sem mais LBoff. Be Rational sir!

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    • Seu texto é um caos. Trata-se de uma construção desastrosa do tipo: “sou contra o estupro, mas se ela usasse uma roupa mais recatada…” sou contra a violência doméstica, mas se ele tivesse obedecido o marido não teria apanhado…” kkk, digno de pena o seu pensamento.

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    • Toda a violência tem que ser repudiada inclusive aquela em que não se respeita outras culturas, povos e religiões você pode até não gostar mas isto não lhe dá o direito de desrespeita-las.

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  94. A liberdade de expressão tratada como ‘sagrada’ ou ‘intouchable’ pelo judiciário (concordo que é xenófobo e parcial) acabou produzindo uma tragédia horrível. O fato de uma parcela da sociedade se sentir ofendida com a publicação lá em 2006 já deveria ser o suficiente pra justificar uma restrição por ponderação (dignidade x liberdade de expressão). Isso nos serve de alerta. A liberdade de expressão incondicional pode causar danos irreversíveis.

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  95. Meu caro Leonardo Boff. Esse autor que conhece bem a França deveria então se ater à França e não comparar a situação desse pasquim com o Brasil. Creio que não deveria colocar na mesma panela o que ocorre neste país com o que ocorre na França, pelo menos para ser coerente com sua opinião expressa “Je ne suis pas Charlie”. O autor e o senhor já tem idade e vivência para saber que são culturas diferentes e situações muito diversas. Cuidado com suas palavras porque está manifestando também sua posição e cultivando opinião igualmente hipócrita. Gostaria que o senhor fosse mais tolerante com as opiniões contrárias à sua e não misturasse política brasileira atual com fanatismo religioso.
    Ruy

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  96. Sr. Boff a sua avaliação é interessante, mas não leva em consideração que os islamitas, árabes em particular, discriminam adeptos de quaisquer outras religiões nos seus próprios países ao ponto de considerá-los criminosos com penas muito duras. Eles adoram a democracia ocidental quando estão no ocidente, pois lhes são dadas todas as garantias de liberdade de culto e expressão cultural. Conheço muitos islamitas árabes, persas e também javaneses. Convivi com eles em harmonia e respeito, mas posso assegurar-lhe que nenhum deles aceita pacificamente o crescimento de outra opção religiosa nos seus próprios países como aceitamos no ocidente. Essa corrida de muitos para dizer que os atentados praticados no mundo ocidental pelos muçulmanos não têm ligação com a fé islâmica pode ser verdade apenas nos manuais religiosos. Na pratica, os muçulmanos nos consideram todos infiéis e caso não se convertam devem morrer. Os cristãos também os consideram infiéis, porém usam a palavra e não a espada para convertê-los.

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  97. O RESPEITO E A CRISE DE VALORES
    Gilson Tavares
    Psicanalista Clínico, Desenvolvimento de Pessoas e Treinamento Comportamental.
    Email: gilsontavares_psi@yahoo.com.br
    Blog pessoal: http://www.gilsontavares.net
    Respeito, uma palavra tão usada nos últimos tempos, mas tão pouco praticada. Mas, o que o respeito tem a ver com a crise de valores que vemos tão presente no cotidiano do mundo dito moderno?
    Ouvimos com bastante frequência as frases, “eu exijo respeito”, “eu mereço respeito”, “eu tenho direito de ter a minha opinião respeitada”, entre tantas outras inúmeras reivindicações. Podemos observar claramente que em todas essas frases, como em todas as outras que são utilizadas com o mesmo objetivo, sempre a palavra “eu” aparece como o legítimo detentor do respeito ao qual tem direito, em detrimento do “outro”, que também como esse “eu”, tem os seus direitos que deveriam ser respeitados e em detrimento do pensamento coletivo, que é a verdadeira expressão da opinião da sociedade.
    É essa supervalorização do “eu”, em detrimento do “outro”, que me dá o direito de parar em fila dupla, para pegar o filho no portão do colégio ou para comprar algo rapidamente em uma farmácia ou quiosque, mesmo que se forme uma fila de “outros” que tentam seguir o seu caminho; me dá o direito de taxar o “outro” de ignorante, por não ter as mesmas opiniões políticas, religiosas ou ideológicas que “eu”; me dá o direito de rotular o “outro” de retrógrado, por não ter os mesmos costumes que “eu” ; me dá o direito de chamar o “outro” de alienado, por não ter as mesmas crenças que “eu”;
    Criamos tantas Leis, e tantas outras são criadas à cada dia, na tentativa de tornar mais tranquila e saudável a convivência entre as pessoas. Leis que fracassam já na sua criação, por serem a expressão da opinião de alguns “eus”, sem levar em consideração a opinião de tantos “outros”. Quando, e tomara que um dia isso aconteça, percebermos que nos construímos na relação com o “outro”, como já dizia Vigostky, grande pensador russo do início do século passado, iremos perceber também que o “RESPEITO” é a base de qualquer relacionamento saudável.
    E é por não termos o “RESPEITO” ao “outro” como o alicerce das nossas ações, que vemos tantas mazelas na sociedade: das brigas de vizinhos, por um incômodo causado por um som alto; uma briga de trânsito, pelo desrespeito ás Leis que tentam levar alguma segurança às ruas e estradas, passando pelas pequenas fraudes que burlam o direito das pessoas até chegar às altas esferas políticas e até ao desrespeito e desvalorização à vida.
    Muitas vezes, com o discurso de estarmos exigindo do OUTRO o RESPEITO à nossa opinião, crença ou estilo de vida, somos capazes de atos que agridem a opinião, a crença e o estilo de vida do OUTRO, esquecidos que o RESPEITO não é algo que se impõe e exige, mas que se conquista. Esquecemos também que, talvez, sejamos o mais errado quando queremos impor a nossa verdade ao OUTRO, em detrimento da verdade do OUTRO. Talvez, sejamos mais radicais e intransigentes do que o OUTRO, quando, em nome da nossa verdade, negamos a liberdade do OUTRO de ter a sua verdade.
    Por não termos o “RESPEITO” ao “outro” presente em nossas ações, também nos tornamos incapazes de praticar outra palavra de igual importância, a GENTILEZA. A falta de RESPEITO ao “outro” e a falta de GENTILEZA na relação com o outro, isso nas mais diversas circunstancias, faz com que seja uma prática normal o motorista que não respeita o pedestre na sua faixa, por sua vez, também o pedestre, que disputa com os veículos, fora da faixa apropriada ou não aguardando o sinal verde para travessia do pedestre; a prática de atitudes que degradam o meio ambiente e os recursos naturais e escassos; o total descaso com o “outro” em filas de atendimentos clínicos e hospitalares, quando as pessoas estão mais fragilizadas e precisando de atenção – e não estou falando do atendimento apenas no sistema público – nos sistemas privados e atendimentos em planos de saúde também é uma prática comum a falta de RESPEITO e de GENTILEZA para com o “outro” que precisa desses serviços.
    E quando alguma coisa pode mudar?
    Talvez, um dos caminhos para que isso aconteça, seja quando aprendermos a praticar outra palavra, a EMPATIA. A EMPATIA é a capacidade de se colocar no lugar do “outro”, de perceber a necessidade do “outro”, de perceber a dor do “outro”. Não é necessário sentir a dor do “outro” ou a necessidade do “outro”, basta perceber essa dor ou essa necessidade, e isso só acontece quando buscamos aprender outra palavra chamada COMPREENSÃO. A COMPREENSÃO do “outro”, das necessidades do “outro” e das opiniões e convicções do outro, talvez seja um dos melhores caminhos para a construção de relações mais saudáveis com esse “outro”.
    Temos falado tanto na importância do desenvolvimento e prática da Inteligência Emocional / Competência Emocional, traduzidos na busca de atitudes equilibradas e é preciso saber que a essência dessa busca é exatamente a capacidade de compreensão de si mesmo, do “outro” e a construção de relações interpessoais equilibradas.
    Você deve ter notado nesse texto que o “outro” foi colocado como o centro da atenção, inclusive sempre escrito entre aspas. Isso para que possamos começar a mudar o nosso olhar, tão acostumado e até incentivado de tantas formas, principalmente pelas mídias que invadem as nossas casas, a olhar apenas para o “MEU”, e possamos aprender a mudar o olhar para enxergar o “EU”, o ”‘OUTRO” e possamos buscar formas de enxergar o “NÓS”. Afinal, ao mesmo tempo que todos que não são “eu” é o meu “outro”, “eu” sou o “outro” do “outro”.
    http://gilsontavares.blogspot.com.br/2015/01/o-respeito-e-crise-de-valores.html

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    • Gilson, concordo com sua reflexão. Creio que o que nos falta é a com-paixão no sentido budista, a capacidade de colocarmo-nos no lugar do outro ou tentar ver a realidade a partir dos olhos do outro. É isso que mais nos faz falta, especialmente, no Ocidente que é identitário e sempre teve dificuldade de entender o outro: ou o destruiu, ou o submeteu, ou o deformou incorporando-o, mas raramente aceitou o outro como outro, como uma forma diferente de sermos humanos, como hindus, muçulmanos, coreanos, frances, afrodescendentes, guaranis e por ai vai. Eu chamo a tudo isso como falta do Cuidado essencial, o “care” tão fundamental na psicologia de Winnicott. lboff

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      • Olá Leonardo. Parabéns pela reflexão. Sou um apreciador dos seus livros e es um pensador brilhante e corajoso. Estas sendo um profeta em propor as pessoas uma reflexão que mostre o poder de uma caneta. Pois ela pode não somente matar uma pessoas como eliminar uma nação quando um documento é assinado autorizando o ataque. A liberdade de expressão também pode ser agressiva e desmerecer as outras nações e denominações. Para concluir, o cérebro do mundo não está na Europa. Nós nos equivocamos quando pensamos que somente lá surgiram e surgem os pensamentos e evolução. Obrigado Leonardo por me ajudar a pensar diferente. Um fraterno abraço. .

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  98. Eu sou um fã do nobre colunista, grande teólogo Lboff, porem neste texto, do meu ponto de vista legislou em causa própria, e foi parcial todo o tempo, mesmo quando tenta justificar sua parcialidade. Eu digo por mim que, religiões seja de qualquer profissão é uma nulidade, e são extremamente arrogantes, prepotentes, individualistas, personalistas, por crerem que a verdade é privilégio seu. Meu caro Boff, sou nordestino de 54 anos, obeso, e sem formação superior, durante toda minha existência sofri com o preconceito, por ser, nordestino pobre gordo e analfabeto funcional, e nem por isso reivindico para mim a condição de coitadinho, oprimido, desprotegido do estado, humilhado por essa sociedade preconceituosa, excludente, e elitista, burguesa reacionária, ainda assim meu caro, luto e desejo que tenhamos o direito ser livre pra falar o que, e duque quisermos, e para que essas castas intocáveis, quase sempre minorias, que em nome disso, e/ou daquilo, impõem suas ideologias, filosofias, dogmas a maioria, que deve respeitar sem questionar. Eu quero poder criticar qualquer seguimento social,(salve preconceitos, racismo, homofibias), sem o medo de receber um balaço no peito, só porque alguem acha que é senhor supremo da verdade, as religiões nunca na historia contribui em nada, ou quase nada para a evolução do homem/mulher, e sempre foi castradora, opressora, alienadora, portanto espero velo escrever imparcialmente sobre este tema Charlie Hebodo, terei imenso prazer em ler, como a muito tenho feito…

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    • Caro senhor Leonardo Boff, e senhores comentaristas quero dentro do poissivel desculpar-me com os nobres senhores, pois cometi um erro aqui no comentario acima, quando atribuo ao ilustre teólogo Lboff, a autoria do texto, só depois me apercebi do erro, um abraço fraterno…

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  99. Um texto do facebook:
    Augusto de Franco
    O ATENTADO AO CHARLIE HEBDO E O “MAS” AUTOCRÁTICO

    Temos agora uma boa maneira de identificar os autocratas multiculturalistas:

    Eles começam seus artigos sobre o atentado cometido por jihadistas islâmicos ao Charlie Hebdo sempre assim:

    “Em primeira lugar (ou antes de qualquer coisa) quero deixar claro que o ataque foi condenável, injustificável, uma atrocidade inaceitável, uma barbaridade imperdoável etc. etc.”

    Feito isso, logo vem um “MAS”. Aí eles vão explicar que, apesar de todo o malfeito cometido (com o qual eles absolutamente não concordam), há uma explicação: a colonização cultural que o ocidente impõe aos países islâmicos (que não é capaz de respeitar os valores alheios e quer violar e homogeneizar as culturas no plano global), a exclusão social dos imigrantes islâmicos nos países ocidentais, a perseguição política aos que não rezam pela cartilha do capitalismo ou do neoliberalismo e que não obedecem ao grande satã imperialista (os USA) e seus aliados. O restante é, via de regra, mais do mesmo lixo autocrático.

    Não, eles não podem – considerando a comoção da hora – simplesmente condenar o atentado e se solidarizar com as vítimas. Eles querem nos fazer “entender” o seu ponto de vista, segundo o qual o verdadeiro culpado por trás de tudo é o grande inimigo dos povos explorados e oprimidos do mundo. O ato violento seria apenas uma consequência da violência institucional que é praticada pelos países capitalistas centrais contra as populações do mundo inteiro.

    Os mais insanos vão então tentar mostrar que foi a falta de respeito pela cultura e pelos valores de outras sociedades (a serviço da dominação cultural e da exploração econômica capitalista) que gerou tamanha reação, com a qual eles não concordam, mas… explicam. Os mais insanos ainda vão fazer contabilidade de mortes, listando quantas pessoas morrem diariamente nas periferias dos países capitalistas (nas mãos de uma polícia assassina) e ninguém diz nada.

    Querendo nos enganar, eles dizem que o atentado foi cometido por elementos isolados, extremamente minoritários, para não condenar os Estados-nações teocráticos ou autocráticos que patrocinam esse tipo de ação. Como se não soubéssemos que a fatwa de 14 de fevereiro de 1989, que ordenou a execução de Salman Rushdie por ter cometido o supremo pecado de escrever um livro, foi proferida pelo Aiatolá Ruhollah Khomeini, líder do Irã (chefe do Estado e não apenas de uma seita qualquer). Como se não soubéssemos que a imensa maioria dos países ditos islâmicos são ditaduras, onde os governos perseguem e assassinam minorias (inclusive minorias islâmicas, como os Sufis).

    O objetivo dos autocratas multiculturalistas é confundir liberdade de crença com legitimação de autocracias. Assim como não deveríamos criticar a religião islâmica também não deveríamos criticar as ditaduras que subordinam as Constituições de seus países à sharia (a lei islâmica). Cada país tem a sua religião, a sua cultura e… a sua própria compreensão da política. Isso significa que as autocracias podem ser absolvidas, pois a visão ocidental de democracia não pode ser imposta a esses povos: cada povo deve encontrar seu próprio caminho. Vale para as ditaduras cujos governos se proclamam islâmicos mas, no limite, vale também para legitimar qualquer ditadura. Vale para a China, para a Coreia do Norte e para Cuba. As cerca de 60 ditaduras que ainda remanescem no mundo não podem ser violadas pela imposição exógena de um modelo (capitalista) de democracia (que não condiz com suas culturas): elas seriam apenas regimes diferentes que devem ser respeitados.

    A confusão é perversa (sim, o multiculturalismo é uma perversão). É um truque autocrático confundir respeito às pessoas (aos seres humanos) com o respeito (no sentido de aceitação acrítica) às suas ideologias (crenças, religião, valores). Como são contrários à democracia, eles não veem que devemos respeitar o direito do outro de ter e proferir suas opiniões, mas não respeitar necessariamente (no sentido de acatar sem críticas) o conteúdo dessas opiniões.

    São 1,5 bilhões de islâmicos no mundo, dentre os quais 200 a 300 mil que se declaram jihadistas. É uma minoria mesmo, mas a questão não é esta. A questão política é a seguinte: quem são os Estados que financiam e dão cobertura ao jihadismo? Quem financia (e apoia, ainda que por baixo do pano) Boko Haram (Nigéria), Al Shabab (Somália e redondezas), Lashkar-e-Taiba (Paquistão e Afeganistão), Al Qaeda (Oriente Médio, África, Ásia e alhures), Talibã (Afeganistão e Paquistão), Hezbollah (Líbano e Síria), Hamas (Irmandade Muçulmana na Palestina) e o Estado Islâmico (Iraque, Síria etc.)? Quem financia a Gama’at Islamiya (Egito), a Jamaat-e-Islami (Índia, Paquistão, Bangladesh, Sri Lanka, Caxemira), a Jemaah Islamiyah (Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura, Brunei) e várias outras menores. Quem, em nome de autodeterminação dos povos (um conceito autocrático, da realpolitik), aceita como normal a existência de uma retaguarda de apoio e financiamento em muitos Estados do Oriente Médio e adjacências, destacando-se a Irmandade Muçulmana (no Egito), o Wahhabismo (na Arábia Saudita) e a teocracia dos Aiatolás (no Irã)? Esses clusters resilientes, altamente hierarquizados e autocratizados, estão em expansão no momento. Não há qualquer evidência de que vão desaparecer, pelo contrário: poderemos ter em poucas décadas o dobro dos combatentes atuais (ou talvez mais).

    A religião chamada islamismo – terreno imaginário sobre o qual florescem essas seitas guerreiras – não é, em sua ampla maioria, nem fundamentalista, nem jihadista. Mas a questão – é bom repetir – não é esta. Não interessa à política democrática julgar os ensinamentos de Maomé ou o que se ensina e pratica nas mesquitas. Interessa, isto sim, o que fazem (às claras ou ocultamente) os Estados e as organizações políticas.

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  100. .
    A respeito do último massacre em Paris …
    Tudo depende do nível da Consciência Crítica !
    Há um limite entre o humor e a ofensa;
    há um limite entre informar e acusar;
    há um limite entre informar e ” torcer ” o fato;
    há uma diferença entre Deus,Religião, Igreja, Clero- profissionais da Religião -, Crença, Fé, Seguidores e Ritos/Rituais;
    há um limite entre ser partidário e ser obstinado/radical ao ponto de não aceitar a Realidade tal qual ela é … 07/01/2015

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  101. INADMISSÍVEL A DEFESA ,O RESPEITO É BILATERAL SEMPRE…….PRA EU TE RESPEITAR TU TENS DE RESPEITAR,SE EU TE DESENHO,CRITICO,OU APRESENTO MINHAS DESCONSIDERAÇÕES ,FAÇA O MESMO COM A MESMA PROPORÇÃO SE PREFERIR………AGORA QUERER ATENUAR TRAÇOS DE PSICOPATIA POR CONDIÇÃO SOCIAL,CULTURAL,RELIGIOSA,ÈTNICA,COMPAIXÃO OU SE VALER DE CONDIÇÃO PREGRESSA DE VIDA JUSTIFICANDO SUAS POBREZAS POR SEREM IMIGRANTES É PACTUAR COM A INSANIDADE.OU VOLTAR A IDADE MÉDIA POR ONDE OS ALGOZES SUBMETIAM A RAZÃO,………SE HÁ QUEM DEFENDA ESSA TÉCNICA QUE SE JUNTE A ELES ,TEM BASTANTE AREIA LÁ E DEIXEM A TECNOLOGIA E AVANÇOS NA MEDICINA QUE FORAM CONQUISTADOS PELO APRIMORAMENTO DO RACIOCÍNIO E RAZÃO AQUI PARA O OCIDENTE…………QUEM NÃO SE CONTENTA EM VIVER EM UM PAÍS COM EDUCAÇÃO E MEDICINA E POLÍTICAS PÚBLICAS DE ENVERGADURA DEVE SE DIRIGIR AO PORTÃO DE EMBARQUE PARA JUNTAR-SE AOS SEUS PARES. HÁ DE SE TER LIBERDADE SIM,QUE SE FAÇA DE CRÍTICA E DE DESENHOS E TEXTOS ,QUADROS E QUAIS MAIS FOREM CRIADAS PELO SER HUMANO ,QUERER LIMITAR A DESENVOLTURA INTELECTUAL A IMAGINAÇÃO SOB O FALSO ARGUMENTO DE INSTIGAR OUTREM É SUBMETER-SE AO INFERIOR IMEDIATO.

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  102. Eu acho que varios conceitos estão sendo mal interpretados, sem discernimento e gerando abuso e desrespeito. Deus é amor e se esforçarmos a aprender a amar como Ele, com certeza a vida de toda humanidade sera saudavel e havera respeito mutuo. Não sou a favor da violencia em hipotese alguma
    Fatima

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  103. Concordo, por isto eu escrevi um texto no meu Facebook nesta mesma linha “Je ne suis pas CHARLIE”.

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  104. Andei ouvindo as notícias da Globo News e agora estava no meu blog tentando passar a leitura do texto mais a minha experiência familiar sobre essa questão que me esclareceu e pôs ordem nas idéias.Fico um pouco preocupada com o meu posicionamento, sobre o que os americanos vão pensar os franceses pois tenho alguns leitores (pouquinhos). Gosto de ouvir as notícias para ajudar a minha família não ficar de um lado só. Ainda lerei o texto do Pe até firmar os conceitos. Muito obrigada

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  105. Eu acho que já houve muita matança por conta de ‘religiosos’, inclusive católicos e protestantes. Mas o que houve na França foi só mais um motivo para esses terroristas se manifestarem. Eles sentem prazer em matar. Qualquer coisa é motivo para matar. Por que eles deixaram as identidades pra trás. Eles querem ser reconhecidos. Eles não seguem nenhuma religião, pois, religião não manda matar. Se manda não é religião, só leva o nome. Religião é contato espiritual com Deus. Nem precisa fazer parte de nenhuma denominação religiosa para isso. E quem se ocupa com esse contato não pode desejar matar, nem que façam algo contra a sua pessoa ou ente querido, quanto mais por causa de um deboche de algo que eles nem seguem. Porque eu não acredito que Maomé mandasse matar. Eu abomino religiões que perseguem. Isso tem outro nome.

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  106. Gente, piadas sobre o cristianismo é feita a todo momento, feministas radicais vão ao vaticano e enfim um crucifixo no …., Não, amigo, não é a mesma coisa. Fico feliz que na Europa cada vez menos se crê no que o senhor diz.

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  107. O texto é um caos. Trata-se de uma construção desastrosa do tipo: “sou contra o estupro, mas se ela usasse uma roupa mais recatada…” sou contra a violência doméstica, mas se ele tivesse obedecido o marido não teria apanhado…” kkk, digno de pena o seu pensamento.

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  108. Parto do princípio que violência gera violência,seja de qual forma,porém vejo que respeitar qualquer religião ou ideal é de suma importância para todos,para que possamos viver com dignidade.Cada ser tem seu próprio pensamento,devemos ver o bem comum e pelo menos tentar viver bem em sociedade.

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  109. A liberdade não tem limites, se tivesse limites não seria liberdade mas quem planta vento corre um sério risco de colher tempestade. Somos livres para escolher entre o que traz a paz e o que faz a guerra.

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  110. Acho que temos que defender o estado de direito acima de tudo. O que o semanário publica, por mais moralmente questionável que seja, não é ilegal; já assassinato é. Não dá para relativizar isso. As leis que criminalizam a violência contra as mulheres e as que criminalizam o racismo não acabaram nem com o estupro nem com o racismo, mas tornaram possível a coexistência entre as intolerâncias e diferenças sem que a sociedade se transforme num campo de batalha. Perigoso esse “sou contra o atentado, mas eles pediram!”.

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  111. Acredito que tudo aconteceu e continuará a acontecer simplesmente pelo fato de não existir respeito a tudo e todos. Não existe liberdade de expressão e sim, falta de respeito com o próximo e suas escolhas.

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    • Terrorismo versus “liberdade de expressão”
      Sebastião Vieira da Silva

      Neste artigo pretendo refletir com você sobre vários aspectos referente ao recente atentado de extremistas islâmicos à revista francesa Charlie Hebdo, praticado pelos irmãos Kouachi, que causou o assassinato de 4 cartunistas, além de 13 outras vítimas.
      Tentarei responder questões como:
      Quem são os muçulmanos? O que prega o Islã? Qual a origem dos grupos ultra-conservadores e dos assim chamados homens-bomba? Qual o conceito de liberdade para os grupos islâmicos radicais? Qual o conceito de liberdade de expressão que moveu milhões de europeus para as ruas de várias capitais nos últimos dias? O que podemos esperar dos radicais daqui para frente?
      Tomo como referência, entre outras leituras, a obras de Ali Kamel, (filho de um sírio muçulmano e uma baiana católica, casada com uma judia), em sua obra “Sobre o Islã: a afinidade entre muçulmanos, judeus e cristãos e as origens do terrorismo”, Rio, Nova Fronteira, 2007, bem como a dissertação de mestrado em teologia, que realizei em 1995, na PUC-Rio, com o título: “Justiça Social: um diálogo entre o cristianismo e o Islã”.
      Antes, porém, de entrar no mérito da questão, pretendo traçar um perfil de como surgiram os grupos radicais e os homens-bomba na era contemporânea.
      O primeiro ponto que precisamos considerar é que existe no mundo hoje cerca de 1,5 bilhões de muçulmanos. Estima-se que cerca de 300 mil deles façam parte de dezenas de grupos ultra-ortodoxos e extremistas, muitos deles são financiados por governos ditatórias do mundo islâmico. É importante caracterizar que todos os mulçumanos, desde sua origem ( 622) ano da Hégira, quando Mohammad Ibn Abdul-lah emigrou-se de Meca para Medina com seus seguidores, até hoje, independentemente se são do ramo sunita ou xiita, ou de qualquer etnia: egípcios, sírios, iraquianos, argelinos, jordanianos, etc. se pertencem a grupos mais modernos, mais tradicionais ou mesmo a movimentos extremistas, como o Hamas, Al Qaeda, Hezbollah e outros, todos indiscutivelmente têm em comum o conceito de Deus único, o Alcorão como o Livro Sagrado e revelado pelo último e infalível profeta Maomé e creem no Juízo Final. Portanto, qualquer redicularização de um destes aspectos da doxologia islâmica torna-se abominável para todos, indiscutivelmente. Deduz-se deste fato o impacto que causam as constantes charges envolvendo o Islã, Maomé e os símbolos sagrados dos muçulmanos.
      Outra questão que precisa ser esclarecida é que os grupos extremistas não são aceitos nem pelo Alcorão, nem por pelo menos 95% dos muçulmanos. Aliás, o Alcorão reserva benevolências e respeito para com o Cristianismo e o judaísmo, uma vez que as raízes do Islã estão diretamente relacionadas com os patriarcas bíblicos, respeitados pelos muçulmanos. É bem verdade que o Alcorão, assim como a Bíblia, contém passagens que ordenam a guerra “santa” (jihad – em árabe), como por exemplo ( sura 2, 190.193;9,5 – e no pentateuco: Dt. 2,34-36; 13.13-17 e outros). Porém, a exegese bíblica, bem como a islâmica, atualmente interpreta estes textos como palavras historicamente contextualizadas nos conflitos inerentes ao processo de formação da religião. Além disso, as passagens corânicas mais ousadas sobre a violência só são justificadas como autodefesa e não como ataque fortuito. A maioria dos muçulmanos, bem como judeus e cristãos pregam a paz, o bem, a caridade e o amor a Deus e não a violência.
      Então você me pergunta, onde está a origem dos grupos islâmicos extremistas atual?
      Bem, movimentos extremistas estão, e geral, associados ao projeto de “purificação do Islã”. Já no séc. XIII houve um forte movimento neste sentido. No séc. XVIII, Al-Wahhab, da Arábia, propôs retorno radical às origens, sendo ele um sunita ultra-ortodoxo. Sua pregação visava o retorno ao Deus único, obediência à Sharia (Lei sagrada), pena de morte a mulheres adúlteras, cortar os braços de ladrões, etc.
      Esse radicalismo tornou-se expressivo no sec. XX, com Ibn Saud, que fundou a Arábia Saudita com base no Wahhabismo, tornando esta a religião do Estado. Os sunitas e xiitas foram por ele considerados inferiores. O dinheiro do petróleo saudita financiou inúmeras escolas espalhadas pelo mundo islâmico. O atual movimento Al Qaeda teve sua origem no wahhabismo.
      Outro grupo significativo surgiu no Egito, em 1928, com Hasan al-Banna, denominado de Irmandade Muçulmana. Pregava a formação de um único califato (governo), englobando todos os muçulmanos do mundo. Em 1945 já contava com mais de 500mil simpatizantes e aplica a violência e o terror para derrubar a monarquia egípcia. A jihad passa a atingir os próprios muçulmanos que não se enquadravam nas práticas tradicionais. al–Banna defendeu 5 objetivos para a irmandade: Deus como objetivo, o mensageiro como exemplo, o Alcorão como a Constituição, a jihad como método e o martírio como o desejo dos que pertencem ao movimento. Entra aqui o conceito do que se denomina hoje: “homem bomba”. Quando ele foi assassinado em 1948, já existiam milhares de seguidores no Egito. Após ser combatida pelo governo egípcio, a Irmandade Muçulmana espalhou8-se pela Síria, Arábia, Jordânia e Líbano.
      Mas foi em 1950 que emerge o principal mentor do atual terrorismo, com Sayyib Qutb (Kuh-tub). Se antes, a luta era para devolver ao Islã sua forma original, agora é para coverter o mundo todo para o Islã, sob o princípio do lema “la ilaha illa Allah”, “Nenhum deus, exceto Deus”. Assume a jihad, não como tática defensiva, mas como se fosse mandamento de Deus para espalhar o Islã pelo mundo através do terror. O objetivo era de abolir sistemas políticos opressivos que impedem as pessoas de fazerem opção livre, conforme Qutb justifica.
      Qutb define o conceito de liberdade para o mundo extremista islâmico, ,ao dizer que não significa transformar os próprios desejos em seus deuses, pois há um só Deus ao qual todos devem se submeter.
      Qual foi a origem da Al-Qaeda?
      Em 1982 o ditador sírio, Hafez Assad sufocou a Irmandade Muçulmana, matando cerca de 10 mil. Surgiram muitas dissidências deste movimento, donde emergem os Hamas e o Al-Qaeda. O primeiro grande parceiro de Bin Laden foi Abdullah Azzam, fundador da Irmandade Muçulmana na Palestina. Quando os soviéticos invadiram o Paquistão, ele foi para lá, assim como Bin Laden. Al-Qaeda (base de treinamento) foi fundada com o princípio de estabelecer a “verdade”, livrar o mundo de todo o mal e fundar a grande nação islâmica. Em 1998 foi formalmente criada a Al-Qaeda, da qual faziam parte do conselho diretor: egípcios, argelinos, líbios e sauditas.
      Quando os americanos derrubaram o regime de Saddam Hussein, em 2003, já se tinha no Iraque cerca de 10 il homens bomba, dispostos para o que chamaram de “martírio”.
      O método de colocar jovens idealistas para darem suas vidas explodindo bombas em atentados tornou-se cada vez mais frequente a partir dos anos 80, tanto no Al-Qaeda de Osama Bin Laden, quanto no grupo Hamas e no Jihad Islamin, apesar da proibição desta prática no Alcorão, na sura 4,29-30 ( o suicídio leva o infiel para o inferno). Tomaram como referência a sura 3, 169-170, que afirma que os que sucumbiram em nome de Deus estão na sua glória.
      O xeique saudita, Muhamad bin ‘Uthaimin abençoou os ataques suicidas do Hamas, contra Israel, em 1990.
      Também Bin Laden, principalmente após o ataque de Bush ao Iraque e ao Afeganistão, argumentou com o conceito de liberdade os ataques terroristas, como o que atingiu as Torres Gêmeas e o Pentágono em 1993. Dizia ele: “ Nós atacamos porque somos livres e queremos retomar a liberdade de nossa nação”, referindo-se às alianças dos USA com Israel, contra Palestinos e outras interferências políticas e militares do ocidente no Oriente. Evidente que o conceito de liberdade dos radicais islâmicos consiste no revanchismo irracional.
      Aí você me pergunta: como interpretar a hostilidade dos extremistas que cometem atentados suicidas?
      O problema, a meu ver,, não está na ordem divina via Alcorão, mas a maneira como os radicais interpretam o Alcorão, para justificar suas atrocidades. O problema não é o fato de pregarem o Deus único, mas o conceito que fazem de Deus. Também o cristianismo, mais especificamente, a igreja Católica tomou uma interpretação extremista da vontade divina, através dos tempos. As Cruzadas contra os muçulmanos, e antes, a Inquisição contra “hereges”, “bruxos”, e contra Protestantes, que dizimou milhares de “infiéis”, é exemplo disto. Conforme, Ali Kamel, (filho de um sírio muçulmano e uma baiana católica, casada com uma judia), em sua obra “Sobre o Islã: a afinidade entre muçulmanos, judeus e cristãos e as origens do terrorismo”, Rio, Nova Fronteira, 2007, não é o fundamentalismo que causa ataques terroristas, mas o totalitarismo, isto é, a interpretação equivocada sobre Deus e o Alcorão, e a imposição da mesma como verdade para todos os muçulmanos e para o mundo.
      Mas é preciso frisar mais uma vez, o extremismo islâmico não é aceito pela grande maioria dos muçulmanos, apenas toleráveis, como o que ocorre nas favelas brasileiras, onde os grupos do crime organizado são tolerados pela maioria dos moradores para manter a política da boa vizinhança, pois sentem-se impotentes diante do poder bélico que portam. Eu mesmo, durante meus tempos de clérigo franciscano em Petrópolis, fazia ação pastoral na favela do Cantagalo, nos anos 80, quando o então governador do Rio, Leonel Brizola liberou o morro do policiamento, era comum ver os “vigias” do tráfico fazendo “guarda” nas entradas da comunidade. Bem como, me causava espanto ver alguns deles ajudarem em nossos mutirões, carregando material de construção para o alto do morro, para construção de uma creche comunitária. Além de agradecer a “bondade deles”, reinava a lei do silêncio sobre outras atividades desviadas dos mesmos. Na verdade, cada grupo forja um conceito de liberdade e paga o preço que ele encerra.
      Claro que, mesmo sendo minoria, os extremistas devem ser combatidos e repudiados. Ninguém, em sã consciência justificaria atos terroristas. Lembro-me aqui de uma entrevista que vi na TV, quando um jornalista fez uma pergunta tosca para um pneumologista, sobre a questão do vício do cigarro e sua relação com o câncer. Perguntara o jornalista ao médico: quantos cigarros por dia não representam risco de obter um câncer para o usuário?”, ao que ele respondeu: “para mim, um já é demais”. Ou seja, prática hedionda de atentado contra a vida não se justifica nenhuma, muito menos em nome de Deus.
      Liberdade de expressão:
      Agora você me pergunta: qual é o conceito de liberdade inerente à ideologia da revista Charlie Hebdo, vítima do ataque dos extremistas islâmicos?
      O conceito de “liberdade de expressão” claramente exemplificado pelo teor de ofensa, não só aos extremistas islâmicos, como contra todos os muçulmanos, foi forjado ao longo de séculos, no ocidente, através da ascensão da burguesia. A própria Revolução Francesa foi expressão máxima disto. Quando proclamaram o famoso slogan: “liberdade, igualdade e fraternidade”, os franceses retiravam o poder dos monarcas e das elites eclesiásticas e o transferiam aos nobres burgueses e donos do capital. Os pobres, que ajudaram a realizar a revolução, foram logo esquecidos, desde o início da era napoleônica. A liberdade tornou-se um privilégio das elites para impor uma política econômica e o poder às massas oprimidas. A igualdade foi logo esvaziada pela pseudodemocracia implantada. E a fraternidade nunca passou de mero rima poético.
      A liberdade defendida pelos teóricos da burguesia significava a libertação da opressão dos reis, sobretudo, sobre assuntos econômicos. Já, Adam Smith preconizava a livre concorrência como forma de autorregulação do mercado com base na lei da oferta e da procura. Formaram-se então os estados modernos, sob a proteção da propriedade privada dos meios de produção. O próprio Estado tornou-se refém da liberdade para alguns, cumprindo papel de zelador dos direitos de alguns contra a opressão da maioria, dentro do contexto da Revolução Industrial. Com certeza, as massas trabalhadoras, ou o proletariado, logo se encarregou de fundar os sindicatos, pois, discordavam do conceito de liberdade imposto pela burguesia. Hoje a liberdade, sem desmerecer as conquistas democráticas, majoritariamente se manifesta através da ideologia neoliberal dá bases ao capitalismo, hoje globalizado, mais predador contra o meio ambiente e mais insensível às massas pobres que disputam o que resta para garantir sua sobrevivência. Aliás, o próprio conceito de liberdade foi privatizado na modernidade, como se fosse um dado da consciência individual das pessoas, que, através dela, justifica-se ações individualizadas ou individualistas a partir de um juízo particular.
      Justamente dentro desta minha última afirmativa é que entendo o conceito de liberdade de impressa defendido pela ideologia daquela revista francesa. Uma vez definido que cada um decide o que pode ou não pode fazer pela própria consciência, a ofensa recorrente nas charges contra quem quer que fosse era simplesmente entendida por seus autores como um passatempo interessante. Contra este conceito, é preciso defender que a liberdade não é patrimônio da consciência individual, mas um dado coletivo. As ações individuais afetam a coletividade de alguma forma. Portanto, toda forma de expressão que fere profundamente o outro e seus valores, representa uma opressão e não um ato de liberdade. O conceito de “liberdade de expressão” defendido pela revista Charlie Hebdo e aliados, na melhor das hipóteses, significa oportunismo artístico, senão, excesso de autossuficiência. O Papa não deixou de manifestar-se contra o excesso de liberdade da revista francesa e os riscos de zombar das demais religiões.
      (Conf. , acesso em 15/01/ 2015.
      Então você me pergunta: você está defendendo os extremistas contra os jornalistas?
      Claro que não, claro que não, claro que não. Conforme disse anteriormente, um só extremista é demais. Porém, o que ocorreu, lamentavelmente e injustamente, foi o preço pago por um conceito de liberdade equivocado, e uma tragédia quase que anunciada, desde que a revista já tinha sofrido uma represália por ocasião do incêndio da agência, em 2011.
      Como fica o ocidente daqui para frente?
      Tudo é incerto, mas é bem provável que outras represálias e ataques pelos extremistas invadirão não só a França, como também outros países ocidentais. O jornalista do Iémen, Jeremy Scahill, declarou que o Al Qaeda foi responsável pelo ataque que matou 17 pessoas em Paris e prometeu que outros atentados acontecerão para vingar Maomé. Com certeza, estão mais irritados com a recente divulgação de nova edição, que vende aos milhões, cujo conteúdo não difere substancialmente do estilo satírico, envolvendo símbolos sagrados para todos os muçulmanos. Certamente a comoção que tomou conta do ocidente, após as atrocidades inaceitáveis, torna-se mais difícil fazer uma leitura mais racional sobre o que tentei aqui elucidar. Gostaria que você tirasse suas próprias conclusões sobre os fatos. O mais importante é saber que a estratégia de enviar aviões, soldados, provocar novas matanças; nada disso banirá um mal historicamente instalado nas relações de política internacional entre o ocidente e o oriente, embora toda medida de segurança deva ser tomada nos países mais visados pelos extremistas. Eles não esquecerão tão fácil que os americanos causaram mais de 1 milhão de mortes nos últimos 10 anos no mundo islâmico. Além disso, a criação do Estado de Israel, por força econômica e política da Inglaterra e dos Estados Unidos. O esquecimento do clamor dos palestinos por uma pátria continua sendo foco de constantes conflitos no Oriente Médio. Yasser Arafat lutou por este sonho junto à OLP por várias décadas e morreu com este sonho dos palestinos cada vez mais adiado. Portanto, se não justifica, porém explica, que o ódio instalado na alma dos extremistas islâmicos tem mais motivos para cometer atentados suicidas que simplesmente o episódio da revista Charlie Hebdo.

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  112. Je ne suis pas Charlie. Foi a frase que me ocorreu imediatamente diante das charges do Charlie que tive oportunidade de ver. Não são engraçadas nem criativas. São grotescas e ofensivas. Há uma em que o profeta é retratado nu, com o traseiro para cima com uma estrela de cinco pontas no orifício anal. Extremamente agressivo e nada engraçado. Por isso concordo em parte com o texto, porque mostra o outro lado da moeda. Mas apenas em parte. Porque vejo no texto o ranço ideológico de quem ainda vê o mundo dividido entre direita e esquerda, apegado a conceitos como imperialismo, colonialismo, capitalismo e outros ismos anacrônicos. Raciocínio linear feito de rótulos. Acontece que o mundo mudou. E nós precisamos evoluir. Sei que é mais fácil para os anônimos, se desapegar de conceitos e de idéias, velhas e inúteis, para reinventar uma maneira melhor e mais verdadeira de entender o mundo e a vida. Perdoou os que estão presos à imagem pública que construíram e que não conseguem mudar em nome da coerência de idéias exigida pelo seu ego, em detrimento da busca da verdade. Aferram-se à sua verdade e não conseguem reconhecer a verdade do outro. Não se pode deixar de perceber que o mundo caminha para um impasse global. Há uma revolução em curso onde teremos um mundo irremediavelmente dividido entre fiéis e infiéis. Não há religião maior que a verdade. Hoje os que se dizem amantes de Deus, são os que promovem a divisão a segregação e a violência. Não há solução que não passe pelo respeito às diferenças, culturais étnicas e ideológicas em nome do consenso de que todos somos filhos amados do ser supremo que criou o universo e com O qual partilhamos a consciência. Somos cocriadores de tudo que se manifesta e através do amor podemos transformar tudo.

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  113. Um texto horrivel de quem nao conhece a realidade europeia… O receio jamais pode-se tornar num bloqueio a comunicacao social!!! mesmo entre mulcumanos liberais europeus: “A minha liberdade acaba onde começa a liberdade do outro”, reforçou David Munir, afirmando que estes “atos bárbaros de crueldade” não têm lugar numa Europa de tolerância: “Se não estão satisfeitos em viver num país liberal, podem emigrar e deixem-nos em paz”. David Munir é o xeque de Lisboa, lider da comunidade Mulcumana a habitar em lisboa.

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  114. É CONTRADITÓRIO, A FRANÇA DEFENDER A LIBERDADE DE EXPRESSÃO, RIDICULARIZAR A RELIGIÃO MUÇULMANA COM CHARGES DE PÉSSIMO GOSTO, COM MAOMÉ BEIJANDO UM HOMEM NA BOCA, DEITADO DE QUATRO COM UMA ESTRELAS EXPOSTA NO ÂNUS. NO MEU ENTENDER O MAIOR CULPADO PELO ATENTADO FORAM OPS PRÓPRIOS JORNALISTAS QUE PROTAGONIZARAM TAL SITUAÇÃO.NO BRASIL, FACE TODOS OS PROBLEMAS EXISTENTES COMO A DESIGUALDADE SOCIAL, PELO MENOS CULTUA-SE O RESPEITO À DIVERSAS RELIGIÕES, E QUANTO À DISCRIMINAÇÕES RACIAIS, RELIGIOSAS, PELO MENOS EXISTEM LEIS RÍGIDAS PARA PUNIR OS INFRATORES. DEIXO CLARO QUE SOU CONTRA OS ATENTADOS, MAS CUSTA A ACREDITAR QUE UM POVO ESCLARECIDO COMO O FRANCES SEJA MANIPULADO NÃO VISUALIZAR OS MAIORES CULPADOS
    PELO ATENTADO..
    O QUE DIRIA A FRANÇA SE ALGUM JORNALISTA FIZESSE UMA CHARGE DO SEU PRESIDENTE DE QUATRO COMO FIZERAM COM MAOMÉ ?
    SOU CATÓLICO E RESPEITO AS RELIGIÕES, UMBANDISTAS, ESPÍRITAS, DENTRE OUTRAS.

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    • A franca não se engana porque autoriza o dreito ao blasfemo, jà que considera que é direito de todos discordar com uma forma de divinidade.
      Charlie Hebdo fez bem pior com o presidente da Franca, até com o papa e todo mundo riu na boa ! cuidade com os julgamentos, é preciso entender bem primeiro a historia da cultura francesa.

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  115. NO MEU COMENTÁRIO ACIMA, DEIXEI EXPLÍCITO QUE SOU CONTRA QUALQUER DISCRIMINAÇÃO, SEJA RELIGIOSA OU DE QUALQUER NATUREZA, E DOU GRAÇAS A DEUS MORAR NUM PAÍS LIVRE COMO O BRASIL, QUE NÃO TOLERA ESSE TIPO DE SITUAÇÃO.APENAS RELATEI OS CAUSADORES DO ATENTADO NO MEU ENTENDER : A FALTA DE RESPEITO COM O SEMELHANTE, COM RELIGIÕES COMO A MUÇULMANA.GRAÇAS A DEUS QUE EM NOSSO PAÍS AS RELIGIÕES CONVIVEM EM HARMONIA, UMA RESPEITANDO A OUTRA. OS TERRORISTAS TEM QUE SER PENALIZADO COM A PENA DE MORTE. ,

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  116. Simplesmente esclarecedor, profundo,sistêmico e atual, se não, infelizmente,futurístico. Em nome da tal liberdade desenfreada de expressão, tantas expressões violadoras de direitos vem à tona sem qualquer medição de consequências. Há inúmeros outros casos gritantes de intolerâncias disseminadas tendo como suporte o direito de informar,só que a partir dos valores de quem interpreta os fatos. E o estrago já foi formado. No fundo, no mundo racional versus irracional dos envolvidos, a violência recíproca encontra seu eco de legitimidade,pois por mais absurda que seja, mas se conformam porque entendem estarem agindo corretamente. Onde estamos e onde iremos parar?

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  117. Sou pela liberdade de expressão!!. Não consigo compreender como por exemplo na Arabia Saudita, já não falando nos outros paises em redor, é proibido outras relegiões a não ser a muçulmana, já não falando na construção de edificios para os cultos rerspetivos. Ora nos paises ditos “infieis” os muçulmanos podem construir mesquitas á vontade financiadas pelos governos dos paises arabes. Aplaudi a Noruega quando rejeitou aceitar dinheiro para a construção de uma mesquita no seu pais.

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  118. Sebastiao uchoa PERMALINK
    15/01/2015 9:43
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    Simplesmente esclarecedor, profundo,sistêmico e atual, se não, infelizmente,futurístico. Em nome da tal liberdade desenfreada de expressão, tantas expressões violadoras de direitos vem à tona sem qualquer medição de consequências. Há inúmeros outros casos gritantes de intolerâncias disseminadas tendo como suporte o direito de informar,só que a partir dos valores de quem interpreta os fatos. E o estrago já foi formado. No fundo, no mundo racional versus irracional dos envolvidos, a violência recíproca encontra seu eco de legitimidade,pois por mais absurda que seja, mas se conformam porque entendem estarem agindo corretamente. Onde estamos e onde iremos parar?
    RESPOSTA

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  119. Otimo texto! Porém não precisava inserir : censura,PT e Veja , nos faz pensar imediatamente na intenção deste governo!

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  120. Eis a questão: Um mundo em guerra. Cada um defende seu ponde de vista, de acordo com suas filosofias e ideologia.

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  121. Tem atacado, e foi atacado. Ação e reação. lei da física. Atacou de sua forma e recebeu a reação da forma deles.

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  122. Fatos que são desconhecidos pelos alienados:

    Existem 2 mundos: um , o humano e o outro da natureza. No humano se criminaliza a natureza humana . Mas a natureza é intocável. É sagrada. Tem milhões de anos. Jamais mudará.

    A vontade de melhorar com as próprias mãos, a criatividade,etc, tornou-se pecado para ideologias e religiões.

    Na prática isso não funcionou no ´seculo passado e criou muito sofrimento nas populações submetidas a essa mais uma loucura com o nome de salvação.

    Já em países onde se respeita a individualidade, o direito de propriedade ocorreu o contrário. Isto se coaduna com a nossa natureza.

    Para atos anti-sociais como matar e roubar há leis. E nas democracias o debate é constante para que se melhore e evite o máximo de injustiças.
    Mas deve -se tomar cuidado para não usar a democracia para destruí-la pelo encanto com ideais.

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  123. É estranho que Boff tenha comentado sobre a conduta infame do jornal contra os muçulmanos e tenha omitido comentários acerca dos mesmos absurdos contra Deus e a Igreja.

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  124. apesar de ter pouco estudo e pouca cultura,achei ótimo tudo que li.jogo todo ano,na mega da virada e sempre dizia a todos que se eu ganhasse iria morar na frança que eu achava ser o pais mais bonito do mundo.0 sonho acabou.NAO SOU CHARLIE.

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  125. Pergunto: de onde veio essa palavra e essa ideia – “Terrorismo”?
    Elá uma terminologia que criamos para definir àquilo que julgamos atos covardes e bárbaros em nome de uma causa, correto?
    E o que são estes atos covardes e bárbaros, de onde eles vem, onde acontecem e quais são as suas características, isto é, de que modos eles atuam?
    Caros amigos, o fato que vejo, é que temos atos covardes e bárbaros de ambos lados.
    O “Terrorismo” (este é o nome inventado para este monstro que na verdade é desconhecido, que provoca o medo e temor e muitas almas humanas) acontecem tanto nas regiões do coração do Islã, como nas regiões da Europa, como vimos agora na França.
    Sim, são atos covardes e bárbaros que vemos. Acontecem de formas programadas e isoladas no ocidente e em regiões concentradas do mundo árabe, como o caso da invasão do Iraque, com milhares de vítimas, civis inocentes, que também eram fiéis ao islã.
    Esta região do mundo árabe, representava um berço histórico-arqueológico da antiga Mesopotâmia, destruído pela busca de armas química e nucleares, que nunca existiram… não sei qual foi o brinde; a morte dos civis inocentes ou a destruição dos templos históricos.
    Mas à esta covardia, à esta barbárie, não damos o nome de “Terrorismo”; talvez seja por causa da cor da pele do povo muçulmano ou sei lá… Se os americanos e europeu que atacaram o Iraque, usassem, digamos, um turbante ou então chamassem o Deus de ALA, ou o Jesus de Maomé, ai chamaríamos o que foi feito com o Iraque de “Terrorismo”… mas o nome que foi dado, foi “Libertação”.
    E lembrando, foram muitos outros atentados ao mundo árabe.
    E agora, criamos este estigma, e nos separamos… vemos a covardia, a violência, a barbárie ou “Terrorismo”, como outros preferirem.. talvez pudéssemos começar a chamar de libertação também, ou não?
    O povo Judeu ficou na terra prometida de Israel e o mundo quer calar a voz dos revoltados do Islã, certo?
    Há, esqueci… eles não tem voz, eles tem bombas.
    Ao menos não lembro de ter visto uma coluna deles na pagina do “Charlie Hebdo”
    Na minha humilde opinião, o simples fato de termos lados, já nos mostra o quanto somos bárbaros…
    Que Cristo, Maomé, Buda, etc.. nos salvem dessa demência.

    Je ne suis pas Charlie

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  126. Este texto é do Leonardo boff… Filósofo e teólogo antes de ter sido frade, primo de um frei chamado clordovis que foi pároco da igreja que eu fiz parte aki no rio de janeiro, hj ele é casado, professor e escritor… Não um religioso!

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  127. Meu comentário foi CENSURADO, excelência? Não foi aprovado pela “moderação”? BraZil: um paiZ de toloz !

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  128. existe algumas coisas na vida que aprendemos desde de cedo. umas é toda ação gera uma reação de igual proporção. 2 não se deve atirar pedra em caixa de marimbondo .
    e eles fizeram as duas coisas

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  129. A mente mente mente, Com ela o Ideal.

    A mente nos atrai com seus ideais de mundo perfeito, suas ilusões, e nos captura em seus labirintos para sermos devorados pelo seu criador, o minotauro.

    Não é para todos a compreensão da fenomenologia da mente. É preciso muita percepção. Sensibilidade. É preciso muita coragem para enfrentar o terrível poder da mente humana.

    Não confundir a mente com o mecanismo existente no cérebro de todos os animais que processa a verdade, que é a interação dos sentidos com o meio ambiente.

    O verdadeiro mundo é o da natureza e nela já estamos prontos há milhões de anos. Ao nos nos desligarmos dela, estamos desligando do seu criador, Deus.

    Criminalizar a natureza é profanar o sagrado.
    Toda criatura é do seu criador e não do seu semelhante.

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  130. ótimo texto! porém com alguma ressalva: Nós Brasileiros não podemos nem de longe poder entender o que representa de verdade para os Franceses de conviver com Muçulmanos, tendo em vista que nós mesmos do Sul, Sudeste, etc…. não gostamos mas muito discretamente quando vemos Nordestinos oriundos de várias partes desse nosso Brasil Gigante perambular sem trabalho ou fazendo suas baianices! Cansei de escutar amigos e amigas dizerem: por que não voltam para suas terras, aqui não tem mais trabalho pra tanta gente…… enfim, o que quero dizer é que: SE TIVESSEMOS ARABES MUÇULMANOS EM NOSSA TERRA BRASIS ( NÃO MENCIONANDO SÍRIOS, LIBANESES OU TURCOS) PORQUE ESSES SÃO AUTÔNOMOS!!!!! ESTARIAMOS SIM QUERENDO QUE ELES VOLTASSEM PARA SUAS TERRAS POR UM MOTIVO OU OUTRO.

    SEM MAIS, NAO DESCARACTERIZO O TEXTO MAS QUERIA LEMBRAR QUE: COLÍRIO NOS OLHOS DOS OUTROS É SEMPRE REFRESCO…

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  131. It is funny, how saying “I condemn the attacks, but”, is the new “I am not racist, but”.

    “Note que ele não está falando em atacar alguns indivíduos radicais, alguns pontos específicos da doutrina islâmica, ou o fanatismo religioso. O alvo é o Islã, por si só.”: This is very untrue, and here is a good example: one of the most famous caricatures is this one (http://www.lepoint.fr/images/2015/01/07/3044286-2057904089-jpg_2649905.jpg): On this, we see Mohamed saying “it is tough to be adored by idiots”. The title is: “Mohamed overflowed by integrists”. The title in itself shows that the target is integrists, not all muslims. And you know what? On the picture, the end of the word “integrists” is on Mohamed’s turban. Why is that? Because the cartoonists, who though that this drawing without the title could be interpreted as anti-muslims instead of anti-integrists, made it so that you could not easily cut out the title. Yes, they were precautious, becsause they were afraid that shitheads like that would accuse them of being racists.

    This text also gives the impression that Charlie Hebdo was above the laws: there is a good explanation : obviously, we French, are all racists since 1850, and so is our justice system (it is funny how in the authors mind, the Dreyfus affair takes so much more place that Voltaire, Rousseau, and all the philosophers of Lights, who brought us what? OMG the freedom of speech!). So our justice system is partial… But then how can you explain that this newspaper was actually condemned at 20% of the trials it was sued? Selection bias? Probably because, despite our racism, we also hate the racist party, against who Charlie Hebdo also lost some trials? Oh, and what a surprise: the most frequently, it is the far-right wing that sued Charlie Hebdo! What a weird country we are! It seems that the people who hate our racists newspapers are the racists themselves! We French are soooo funny… Source: http://www.lemonde.fr/societe/article/2015/01/08/charlie-hebdo-22-ans-de-proces-en-tous-genres_4551824_3224.html.

    “Com uma caneta se prega o ódio que mata pessoas…” Ah! That’s a classic too nowadays! I condemn the terrorist attacks, but also, I mean, they deserved it, because they are themselves terrorists with their pens. Why not drawing something that everybody would be happy with? Like, I don’t know, a blank page maybe? Yes, that’s true. In every publication, everywhere, whatever you doodle, you should take care of never, ever hurt anybody’s feelings. Oh, by the way : I am personally hurt when women are represented in pictures, also animals, also if you draw a picture that suggest that an idea against social politics are good. Also, sad faces make me sad, so don’t draw them. They remind me of my grandma and I hated her. Oh, and also, because I cannot eat cheese, please don’t draw cheese. Just seeing it makes me super mad. And cheese is kind of a god in France, you see.

    Maybe the author does not know about it, but in France also, there are laws. I know lol, it is surprising! And believe it or not, some of these laws restrict the freedom of speech: for example there is a law against incitement to racial hatred. Many people have been charged for this and condemned. For example, when a black minister was depicted as a monkey. Weird, maybe we are racists against the arabs, but not the backs. It is well known that blacks in France are treated way better than arabs. And that none of them are muslims. But I guess the trials against Charlie Hebdo were unfair. Probably because Charlie Hebdo had powerfull allies in the political system… these same political men and women that they were constantly represented in the most disgusting positions. That is also a French thing: we love being humiliated so much we ask for more.

    “Mas é fato que o atentado poderia ter sido evitado.” Wow, it gets so much better: really, they deserved it! Maybe the author should be reminded that most of the dead from the islamic terrosrist attacks are not french racist cartoonists: they are muslims. Muslims are paying the price for that blood. The events of Paris, in term of the number of people involved, are nothing compared to what is happening In Syria, in Irak, a few months ago in Mali, or today in Nigeria. By presenting a very simple analysis, with on one side, the French racists, and on the other, the muslims, the author seems to forget that these events in Paris, are not a revolt from the muslims to some racists cartoonists. It is an attack made by the same integrism that kills thousands of muslims all over the globe: if these people wanted to defend muslims, they would act differently, don’t you think?

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  132. No Brasil todo dia se pratica a intolerância em canais de tv(RECORD principalmente) contra os cultos afros. Os religiosos desse segmento entraram na justiça para obter o direito de resposta que nunca foi concedido. E as tvs e seus pastores midiáticos continuam debochando e demonizando os orixás, os guias e pais de santo. Nós também temos nossos fundamentalistas cristãos!

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  133. as ´pessoas não abrem mão de serem radicais, de se contentarem com o que a impressa diz, isso é uma expressão de que nada é por acaso e que tudo tem uma explicação anterior ao fato, parabens pelo texto que nos permiti uma nova alusão.

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  134. Essa questão de ofensa não é tão simples. Para os muçulmanos desenhar Maomé já é ofensa. Isso já “justifica” um assassinato? Para a religião católica, houve um tempo que dizer que (escolho um entre milhares de exemplos) Maria não era virgem era ofensa que levava à morte. Isso era certo?
    É muito difícil saber qual é o limite do que ofende e quem estabelece esse limite. Se, no caso, for muçulmanos como esses terroristas, qualquer representação de Maomé pode levar ao assassinato do criador dessa representação, o que, para mim, é inaceitável. Poderia trazer outros exemplos para o que também considero que seria inaceitável, mas só quero dizer que também considero inaceitáveis algumas charges do Charlie, razão pela qual eu também não sou Charlie.

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  135. Discordo totalmente do autor do artigo.
    É muito bonito falar em respeitar à religião dos outros, que não se deve ofender ninguém. Soa inteligente, pacífico, culto, erudito até, minha opinião perto desta deve soar bruta, inelegante, até bárbara.
    Acredito piamente que liberdade de expressão significa sim liberdade para ofender.
    Minha lógica é muito simples, se liberdade de expressão não significasse liberdade para ofender, ninguém poderia dizer que os nazistas, os partidários de Stalin na URSS eram monstros depravados e desprovidos de moralidade humana.
    Ou alguém acha que os nazistas e stalinistas não se sentiriam ofendidos com um comentário como este?!
    Ideias não são pessoas, não nascem todas iguais e portanto não merecem respeito simplesmente por existirem. Ou alguém diria que pular de um avião sem paraquedas é uma boa ideia (isso para não utilizar o nazismo/comunismo como exemplo novamente)?
    O Islã não é uma raça ou uma etnia, é uma ideia. Nada para a qual se possa converter é uma raça ou uma etnia. Raça ou etnia, por definição, é algo que pessoas nascem sendo.
    Todas ideias são passíveis de chacota, sarcasmo, exame, análise e descarte caso se mostrem estúpidas.
    Outra razão que, ao meu ver, é ainda mais importante é simples: caso liberdade de expressão não signifique liberdade para ofender, quem decide o que é ofensivo? O autor do artigo? O Presidente da República? O Senado? A câmara? O Marcos Feliciano? O líder do Boko Haram?
    A quem os senhores delegariam o direito e dever de dizer o que pode e não pode ser dito porque é ofensivo?
    A única forma de censura aceitável ao meu ver é a autocensura, jamais censura vinda de fora devido à consequências, legais ou não, do que foi dito. Mesmo que essa postura permita que neonazistas possam pregar livremente seu ódio ridículo e deturpado, pois do contrário estamos dando um passo de volta à ditadura.

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    • João, o Islam é uma religião, quase do tamanho do cristianismo, mais de um bilhão de pessoas. Dentro de uns 5 anos já terá passado o cristianismo pois sua penetração na Africa é muito grande e massival
      lboff

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  136. “O verdadeiro massacre dos jornalistas do Hebdo começou agora.Especialmente por aqueles que não tiveram coragem de massacrá-los quando eles estavam vivos. Assassinam com a metralhadora dos outros.”

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  137. Primeiro, meus sinceros sentimentos pelas famílias das vítimas. A violência é a engrenagem que não nos deixa caminhar pela vida com amor e que não deixa, nós nos diferenciarmos dos animais…..eles ainda são melhores….

    Bom texto….expressa o que penso….a liberdade de expressão ou qualquer “outra liberdade” deve ir até o ponto em que você não tira a liberdade do outro, em que você não interfere com o que, para esse “outro”, é sagrado, seja seu corpo, sua família, sua roupa, sua religião…. Charge nada mais é do que uma crítica com humor…através da charge, com ironia e humor inteligente, você questiona o que há de errado na sociedade da qual você faz parte…mas se você coloca numa charge alguém sem os dedos da mão ou sem uma perna e faz uma alusão a isso, não é mais charge….é a “liberdade de expressão” de mau gosto e incorreta…então pune-se num jogo de futebol, uma pessoa que falou algo e não se pune pessoas que vendem revistas e jornais…escrevendo ALGO!!!!
    Acima, o autor, teve o cuidado de deixar claro várias vezes, que não é a favor da retaliação e da violência, mas se ele concordasse e justificasse o que aconteceu, seria execrado e condenado por apologia aos assassinatos (bem…onde está então, a liberdade de expressão?). É para isso, realmente,que deve haver CENSURA…..os pais censuram os filhos para que eles aprendam a viver “em sociedade”…. O PAÍS deveria censurar seus filhos para que eles aprendessem isso também….. e “isso” é “liberdade de censura”.

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  138. Sr. Leonardo Boff: explique como o senhor, que eh professor de etica, entre outras materias, pega um texto de um blog, troca coisas do texto, acrescenta suas ideias comunistas da decada de 1960, investe contra os americanos, contra a revista Veja que mostra a realidade dos seus queridinhos do PT e ainda inventa que o texto eh de um padre. Na minha opiniao isto chama-se falsificacao ou falsidade ideologica. Mostro abaixo o texto original para que possa ser comparado ao seu texto falsificado. Que vergonha!

    http://emtomdemimimi.blogspot.com.br/2015/01/je-ne-suis-pas-charlie.html

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    • FW. vce já está superado. A coisa foi esclarecida aqui meesmo no blog. Não falsiquei nada, repassei o que recebi. Vejo que vc se alinha à revista Veja, a coisa mais desmoralizada e anti-etica que existe na imprensa deste pais.
      Lamento.
      lboff

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  139. É com muito respeito e muito prazer também que me dirijo a uma pessoa que sempre admirei, especialmente quando eu era católico, o senhor Leonardo Boff.
    Caro senhor, concordo completamente com um único ponto, a que a mídia é manipuladora e que na maioria dos casos se mostra aleijada contemplando um único lado da história. E em casos como esse se torna um banquete para ela se esbaldar em um só lado, pois o outro não tem a menor relevância diante de tamanha violência praticado por esses religiosos. É que com certeza nenhum daqueles jornalistas foi ao encontro dos seus rivais armados até os dentes, o que talvez quiça justificaria um revide à altura.
    Quanto ao Islã ou qualquer outro dogma que tiver como lei, “Quem falar mal do meu Deus pagará com a vida!”, deverá ser caçada e banida do nosso convívio. Não é possível que se tolere atitudes com essas em nome da crença!

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  140. LE MONDE DES LIVRES | 14.01.2015

    Tu as choisi de participer à la grande manifestation contre les attentats terroristes. Je suis heureux pour toi que tu aies pu être présente dans les rangs de tous ceux qui marchaient contre le crime et contre la violence aveugle des fanatiques. J’aurais aimé être avec toi, mais j’étais loin, et pour tout dire je me sens un peu vieux pour participer à un mouvement où il y a tant de monde. Tu es revenue enthousiasmée par la sincérité et la détermination des manifestants, beaucoup de jeunes et des moins ­jeunes, certains familiers de Charlie Hebdo, d’autres qui ne le connaissaient que par ouï-dire, tous indignés par la lâcheté des attentats. Tu as été touchée par la présence très digne, en tête de cortège, des familles des victimes. Emue d’apercevoir en passant un petit enfant d’origine africaine qui regardait du haut d’un balcon dont la rambarde était plus haute que lui. Je crois en effet que cela a été un moment fort dans l’histoire du peuple français tout entier, que certains ­intellectuels désabusés voudraient croire frileux et pessimiste, condamné à la soumission et à l’apathie. Je pense que cette journée aura fait reculer le spectre de la discorde qui menace notre société plurielle. Il ­fallait du courage pour marcher désarmés dans les rues de Paris et d’ailleurs, car si parfaite soit l’organisation des forces de police, le risque d’un attentat était bien réel. Tes parents ont tremblé pour toi, mais c’est toi qui avais raison de braver le danger. Et puis il y a toujours quelque chose de miraculeux dans un tel moment, qui réunit tant de gens divers, venus de tous les coins du monde, peut-être justement dans le regard de cet enfant que tu as vu à son balcon, pas plus haut que la rambarde, et qui s’en souviendra toute sa vie.

    Cela s’est passé, tu en as été témoin.

    Maintenant il importe de ne pas oublier. Il importe – et cela revient aux gens de ta génération, car la nôtre n’a pas su, ou n’a pas pu, empêcher les crimes racistes et les dérives sectaires – d’agir pour que le monde dans lequel tu vas continuer à vivre soit meilleur que le nôtre. C’est une entreprise très difficile, presque insurmontable. C’est une entreprise de partage et d’échange. J’entends dire qu’il s’agit d’une guerre. Sans doute, l’esprit du mal est présent partout, et il suffit d’un peu de vent pour qu’il se propage et consume tout autour de lui. Mais c’est une autre guerre dont il sera question, tu le comprends : une guerre contre l’injustice, contre l’abandon de certains jeunes, contre l’oubli tactique dans lequel on tient une partie de la population (en France, mais aussi dans le monde), en ne partageant pas avec elle les bienfaits de la culture et les chances de la réussite sociale. Trois assassins, nés et grandis en France, ont horrifié le monde par la barbarie de leur crime. Mais ils ne sont pas des barbares. Ils sont tels qu’on peut en croiser tous les jours, à chaque instant, au lycée, dans le métro, dans la vie quotidienne. A un certain point de leur vie, ils ont basculé dans la délinquance, parce qu’ils ont eu de mauvaises fréquentations, parce qu’ils ont été mis en échec à l’école, parce que la vie autour d’eux ne leur offrait rien qu’un monde fermé où ils n’avaient pas leur place, croyaient-ils. A un certain point, ils n’ont plus été maîtres de leur destin. Le premier souffle de vengeance qui passe les a embrasés, et ils ont pris pour de la religion ce qui n’était que de l’aliénation. C’est cette descente aux enfers qu’il faut arrêter, sinon cette marche collective ne sera qu’un moment, ne changera rien. Rien ne se fera sans la participation de tous. Il faut briser les ghettos, ouvrir les portes, donner à chaque habitant de ce pays sa chance, entendre sa voix, apprendre de lui autant qu’il apprend des autres. Il faut cesser de laisser se construire une étrangeté à l’intérieur de la nation. Il faut remédier à la misère des esprits pour guérir la maladie qui ronge les bases de notre société démocratique.

    Je pense que c’est ce sentiment qui a dû te frapper, quand tu marchais au milieu de cette immense foule. ­Pendant cet instant miraculeux, les barrières des classes et des origines, les différences des croyances, les murs séparant les êtres n’existaient plus. Il n’y avait qu’un seul peuple de France, multiple et unique, divers et battant d’un même cœur. J’espère que, de ce jour, tous ceux, toutes ­celles qui étaient avec toi continueront de marcher dans leur tête, dans leur esprit, et qu’après eux leurs enfants et leurs petits-enfants continueront cette marche.

    Ce texte a été ecrit par JMG Le Clézio, Prix Nobel de littérature. Il a été publié dans le Monde.fr le 14/01/2014, puis ans le supplément du Monde des LIvres du 16/01/2014 qui accompagne le quotidien tous les vendredi. Afin que mes élèves puissent avoir accès à ce texte et considérant que ce texte devait être lu par tous et non par un nombre privilégié de lecteurs, j’ai fait le choix de le publier dans mon blog.

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  141. todo radicalismo é cruel, arrogante e intolerante… é arrogante, pois acredita deter todo o conhecimento necessário sobre o assunto, Cruel, por não permitir expansão de novas ideias construidas pelo diálogo e intolerante, pois a chama da revolta está constantemente acesa no coração para atacar e destruir qualquer outra verdade antagônica…mesmo que não seja externado ao mundo ficando limitado ao próprio universo mental, a maldade já foi instalada em uma essência que inviabilisa em tal indivíduo qualquer possibilidade de construção de um ser humano melhor.

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  142. acho piada a tanto clap clap.

    gostavam vocês que qd ofendessem alguém c palavras levassem um tiro na cara?acho que nao, mas nao vos conheço………..

    talvez se fosse um vosso familiar, mudassem de opinião.

    fundamentalismo so tem um destino. sanita.

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  143. […] Os protestos que tomam conta de boa parte do mundo ocasionado pela Intolerância (para suavizar o termo) do jornalismo de Charlie Hebdo não vão parar por aí. Muitas pessoas ainda vão morrer. O discurso oficial do referido jornal é de que o trabalho é fruto da “Liberdade de Expressão” e os que são contra as charges são os censuradores. Falando em censura reproduzo parte do belo texto que comungo com o mesmo pensamento e pode ser acessado (https://leonardoboff.wordpress.com/2015/01/10/eu-nao-sou-charlie-je-ne-suis-pas-charlie/) […]

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  144. Excelente o discurso sobre a islanofobia.
    Lamentável a alusão à revista Veja ainda mais passadas as eleições e a carestia que o PT e seus coligados bailarinas impuseram à população brasileira

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    • Guido, esse blog não é uma farsa. Ninguem pode me obrigar a ler e comentar 500 comentáarios. Não passo o dia na internet, tenho que trabalhar como todo mundo. Finalmente vc não tem nenhuma obrigação de me ler ou de me seguir.
      lboff

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  145. Caro L. Boff. Admiro bastante algumas de suas posições. Porém ainda não entendi o porquê de você não mencionar o nome de quem escreveu o texto que você compartilhou. E, pior ainda, não entendi o porquê das alterações – inserindo o tema do mensalão, STF, revista Veja, temas que não estão presentes no texto original. Aliás, na verdade nem entendi: QUEM fez as alterações no texto? Você mesmo? Não sei, não, mas tem algo aí no meio que me cheira a desonestidade intelectual. Com todo o respeito. Ass. Walter.

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  146. Debochar da fé das pessoas é o mesmo que debochar de deficientes físicos. Debochar de irracionais/bitolados é mesmo que debochar de deficientes mentais.
    Apelar para esse deboche para ser engraçado e conseguir sucesso é falta de criatividade e muito mau gosto.

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  147. “Nenhum ato ou forma de violência merece aplauso, seja qual for sua origem ou o interesse de defesa, mesmo que esteja ligado a interesses políticos, religiosos ou econômicos, principalmente se se fundamentarem em qualquer espécie pseudo-moralista, tendo em vista que a sociedade deve existir como bem comum, considerando que a vida em sua complexidade social, merece respeito, amparo amplo, irrestrito e fortemente institucional em sua trajetória.” Professor Eunapio Ramos.

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    • Eunápio, seria bom vc dizer isso a Israel que com seus bombardeios sobre os palestimos assassina centenas de crianças inocentes. Vá dizer sua bela mensagem aos USA e aos europeus que invadiram e mataram mais de um milhão de pessoas no Iraque e no Afeganistão e obrigaram a mais de 3 milhões irem par o exílio por meros intereses geopolíticos e por causa do petróleo. A vida humana é a mesma para todos. No mesmo dia que assassiram 12 pessoas no atentado dem Paris, grupos na Nigéria assassianram tres mil pessoas. Ninguem fala deles, porque são considerados desimportantes, e contudo são humanos como nós, nossos irmãos e irmãs. Eu também sou pela paz e tenho me empenhado muito nisso a ponto de, sem mérito, ter ganho o premio Nobel alternativo da Paz pelo parlamento sueco em 2001. Isso não me diz nada, apenas mostra que há gente que acolhe com outros olhos meu discurso.
      lboff

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      • Provavelmente não passará, mas preciso deixar o seguinte comentario:

        1 – ninguem fala do grupo MULÇUMANO que matou as pessoas na nigeria? ( mesmo grupo que sequestrou garotas por ESTUDAREM) Faltou especificar. E isso tem explicação: um ataque terrorista em um territorio que não esta em guerra civil chama mais atenção.

        2 – Seus argumentos contra os EUA e “europeus” (aqui pode generalizar?) são completamente fora de contexto. Embora eu, pessoalmente, seja favoravel a invasão do iraque, por motivos que ja postei, e provavelmente foram ignorados e não publicados, Voce sabe o que a frança em si fez na epoca? Foi contra, criticou, e desafiou a OTAN.

        3 – Se voce realmente considerasse importante as vidas perdidas em ambos os eventos, talvez fosse mais coerente parar com sua defesa eloquente da ditadura de opinião que é a religião, em muitas de suas formas. A liberdade de expressão é a mais forte ferramenta para mudar a situação, se não formos cogitar intervenção externa.

        4 – Voce fez sua pesquisa, antes de escrever este amontoado de desinformação? Alguns fatos:

        4.1 – O jornal criticava MUITO o judaismo. A acusação de imparcialidade pela demissão relacionada a anti semitismo não é valida. Quase todas as edições tem rabinos retratados.

        4.2 O jornal é um assiduo defensor de Gaza, e provavelmente fez muito mais do que o Sr. jamais fará em favor da região. Eles faziam charges sempre, criticando ataques e bombardeios a gaza, e retratando israel de forma negativa, mostrando que os ataques são completamente crueis e desproporcionais.

        4.3 O jornal é critico assiduo da Frente Nacional, uma organização politica de extrema direita, com ligações ao neo nazismo europeu, e preconceito com imigrantes.

        Agora, será que sua reclamação em relação ao jornal não é focada demais na critica a religião, algo que lhe atinge pessoalmente?

        Eu realmente gostaria de entender a ligação entre critica e satira a RELIGIÂO, e critica e satira a individuos, “raças”… QUal a diferença entre criticar religiões, e qualquer outra ideologia?

        Pessoalmente, não suporto religioes. Seu livro sagrado me ofende a cada 10 ou 20 paginas de leitura. Parece que sou condenado a fogo eterno, por negar uma fabula. Claro, teologos sabem bem dançar ao redor de interpretações… Mas um deus competente não faria uma obra tão ambigua. Eu não quero banir sua biblia, ou qualquer livro sagrado. Serei o primeiro a ir as ruas defender seu direito a religião. Mesmo me ofendendo com ela. Isso se chama respeito. Não a atitude de censura que certas pessoas tomam, achando que são as unicas que podem ter uma opinião sobre certos assuntos, e querem a impor em outros. Eu respeito a liberdade de expressão, e a defenderei, mesmo que voce me ofenda.

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      • Para atingir os seus objetivos, questionáveis dada a sua posição política, o senhor aplaude terroristas, mesmo com a justificativa de que o ataque ao Jornal não foi um atentado nas mesmas proporções de outros. Por favor, meu senhor, é preocupante uma pessoa inteligente ter que justificar algo que não é justificável. O senhor faz isso para justificar o fato de ter apoiado a roubalheira?

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      • Amaurih, vc tem que voltar para a escola para aprender a ler. Onde se diz que eu aplaudo terroristas? Discuta com suas fantasias e não comigo mesmo.
        lboff

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      • O professor Eunápio comentou: “nenhuma forma de violência merece aplauso”, se por ideologia alguém minimiza e desqualifica qualquer violência posso entender, na minha “fantasia”, de que se esteja aplaudindo…

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      • Prezado Leonardo Boff,
        Gostaria de entender por qual motivo vocês marxistas (eu tb já fui petista até o ano passado, mas agora nunca mais), quando vão se referir à morte de diversas pessoas, sempre usam como exemplo os EUA e Israel? Não ouço vocês criticarem o massacre sistemático de monges tibetanos pela China (talvez pelo fato da China ter regime de partido único que é o sonho do PT?) também não ouço vcs criticarem o regime de Cuba (talvez porque Cuba extermine os opositores em nome do povo?), e o regime de Stalin, um dos maiores carniceiros da história ( mas acho que para defender o marxismo é justificável, não é?). Ora, pelo texto acima, obviamente está nas entrelinhas, se é “justificável” o ataque ao jornal por conta de uma caricatura de Maomé, seguindo esse raciocínio, também poderia ser justificável o massacre de palestinos quando Israel é atacado por foguetes lançados pelo Hammas, não seria?
        Ora, Israel não é vítima nessa história, mas é obvio que seu posicionamento é ideológico. Sei que você nunca admitiria isso, até porque marxistas e muçulmanos tem várias coisas em comum e uma delas é a taqiyya. A taqiyya é a grande arma do Islã para enganar os ocidentais, o Islã permite (vejam, não estou falando que os muçulmanos mentem, até porque a mentira existe em qualquer religião, o que estou dizendo é que o Islã autoriza o muçulmano a mentir para proteger a religião. Então eu pergunto: será que não estamos sendo enganados pelos muçulmanos? É algo para se pensar.

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      • Isso é muito complexo… só voltar ao caso da África, onde os americanos não fizeram qualquer intervenção… poderia me dizer então se, por não ter tido ação dos EUA na África, estas milhares de pessoas deixaram de morrer?

        Vou fizer o que presenciei… com a não entrada dos americanos, a África sofreu com a entrada dos cubanos financiados pela URSS, que na época ainda tinham recursos.

        Não preciso dizer qual foi o resultado dos comunistas na África, entregando armas nas mãos de tribos canibais e etc… fotos tenho aos montes dos comunistas pendurando cabeças, pernas e braços de tribos opositores em árvores.

        Hoje, muitos destes países dominados por comunistas na época, são dominadas por ‘generais’, mais ricos que qualquer capitalista, infringindo pobreza extrema ao resto de suas populações.

        Enquanto não tivermos a percepção que o horror humano não está em determinada doutrina ou tipo de economia, mas sim num fanatismo baseado num plano de poder… continuaremos presenciando babrbaries humanas como estas e como a que tivemos 100, 200 ou 1000 anos atrás

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    • Concordo com o senhor professor Eunápio, só que o senhor tem que entender os objetivos e interesses ideológicos por detrás da postura do senhor Leonardo, ele tem que defender sua própria condição de ter apoiado, e de ser colaborador do partido dominante.Nem que para isso tenha que fazer a propaganda pró terrorismo. Nada que surpreenda haja vista a origem da presidente que defende.

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      • Claro, condena, e culpa o mundo ocidental, a direita, o liberalismo, as políticas do ocidente.

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      • Gente vestindo camisa de partido político representa o maior terrorismo que pode assombrar um povo.

        A futebolização da política é um assombro ideológico, que, quando extremado, chega a encontrar argumentos e justificativas para atentados terroristas.

        É assim desde a época das cruzadas, do Mussoline, nos Nazistas, dos Salazaristas, dos petistas… e por aí vai, tudo começa muito bem, com um assistencialismo, diminuição das desigualdades… mas começa uma ‘crise mundial’ e termina com bancas rotas, com 100% da população na miséria, onde tudo se resume a um imenso abuso de poder, onde a ideia errada não é exatamente errada, é apenas diferente daquela dominante e populista.

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  148. Dolorido saber que numa sociedade, onde os homens se valem de ultra-tecnologias, continuem praticando barbáries como se estivessem vivendo a pré-medievalidade histórica. Por outro lado, a intolerância gerada por toda série e espécie de despotismo impedindo as massas de terem de fato uma educação seja sistemática ou assistemática de real valor e qualidade, e isso sucede quando os mal informados e também porque não os mal formados, por não conseguirem entender de forma explícita o que é o processo histórico da alienação humana, se envolvem e se permitem domesticasr em comportamentos muitas vezes bizarros do que entendem por educação, e assim submissos aos pseudos preceitos de todas as ordens, vão atentando contra a vida de tudo e de todos.Resumindo, depois de ler todos os comentários anteriores aos meus, e ficar estarrecido com algumas posições, acabo por preocupar-me ainda mais e mais ao deparar-me com o caminho cruel que trilha essa nossa tão dilapidada “humanidade”.Enfim, só resta-me mesmo acrescentar o que já é tão sabido por todos que possuam de fato consciência social e coletiva: “Nenhum ato ou forma de violência merece aplauso, seja qual for sua origem ou o interesse de defesa, mesmo que esteja ligado a interesses políticos, religiosos ou econômicos, principalmente se se fundamentarem em qualquer espécie pseudo-moralista, tendo em vista que a sociedade deve existir como bem comum, considerando que a vida em sua complexidade social, merece respeito, amparo amplo, irrestrito e fortemente institucional em sua trajetória.” Professor Eunapio Ramos.

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    • Compartilho 100% com sua visão sobre o assunto, mas percebo que, no senso comum, o que vem prevalecendo é o discurso de ódio mesmo…. uma pena. Bem vindos de volta à idade média, se é que algum dia chegamos a deixá-la.

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      • O que estamos assistindo é uns pensando que nada é ofensa e os outros se achando ofendidos por tudo.

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  149. A questão crucial é: quem ganha é quem perde com esse atentado.
    Ingenuidade pensar que os fundamentalistas islâmicos apenas reagiram e deram o troco a provocações. A quem interessou o atentado, isso é relevante, do ponto de vista político, social e humano.

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  150. Se os malditos terroristas não têm senso de humor, que vão para seus países africanos de origem (ou da origem de suas famílias), porque a França tem sim TODO o direito de satirizar toda e qualquer religião patética e seus rituais e dogmas inúteis. Je suis Charlie!!!!!! Religião é atraso de vida! Muçulmanos que não se sentirem confortáveis na França, devem se retirar rumo a países atrasados do mundo árabe. O Monty Phython sempre satirizou religiões e nem por isso algum imbecil chegou matando o grupo. LIBERDADE é essencial!!!!!!!!!

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    • Ahhhh, você é teólogo, né? Então se doeu todo com as sátiras…assim como o Papa. Entendi sua posição agora…ela é bem parcial!

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      • Sr. Leonardo Boff, o livro sagrado do cristianismo me condena a sofrimento ETERNO. Diz que o meu “pecado” é o unico imperdoavel (negar o “Espirito santo”). Seu livro sagrado também é lotado de genocidio; Incentivo a escravidão e ao preconceito.

        Eu, como ateu, não quero banir o seu livro sagrado, Não quero banir seu direito de professar fé. Por que diabos voces acham que esta OK proibir satiras direcionadas a religião? Tudo tem limite, sim. Mas parece que eu, o Charlie Hedbo, e os cartunistas tem uma certa coerencia que lhe falta.

        O posicionamento dos ateus em geral, e de alguns religiosos com mente aberta: “Lutarei pelo seu direito de expressar religião, seja qual for. Lutarei pelo seu direito de criticar religião, seja qual for. Lutarei pelo seu direito de satirizar religião, seja qual for.”.

        A biblia, muito mais que qualquer cartoon da revista atacada, esbarra, e em certos pontos passa o limite que deve DE FATO existir na liberdade de expressão, que é o discurso direto de odio e incitação a violencia/descriminação. E mesmo assim, eu seria o primeiro a levantar a bandeira da liberdade de expressão, se alguem tentasse lhe tirar sua biblia, ou seu direito de professar sua religião.

        Ve a coerencia no posicionamento? Gostaria de saber onde esta a sua coerencia, agora. Quer dizer então que religião pode, mas os criticos a religião não?

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      • Não vejo nenhum problema com as charges, é claro que elas são ofensivas , principalmente se vistas fora seu contexto.

        Esqueçam essa baboseira histérica, de “sou charlie” ou “não sou charlie”.

        Pelo fato de ter amigos e familiares que professam uma ou outra religião, faço um apelo, a religiosos, não religiosos, ateus e agnósticos, que vejam bem o contexto das coisas antes de lançarem críticas. Ignorância afeta a todos, religiosos e não religiosos. O fato de não ter religião é uma escolha pessoal, não me acho superior a todos, não me tomo como medida de todas as coisas. Como um amigo meu me lembrou a pouco tempo: “falta as pessoas se colocarem no lugar de outras pessoas”.

        Esse atentado, me perdoem, diz respeito aos Franceses. Eles que resolvam, o Brasil tem MUITOS problemas que merecem discussão. Mas virou uma modinha chata no Brasil: “eu sou charlie” ; “eu não sou charlie”. Histeria…

        Eu deveria estar escrevendo minha qualificação, e estou mais de um mes atrasado neste post, porém tenho que dizer: Liberdade de expressão, respeito e discernimento não faz mal a ninguém.

        Já falei demais de um assunto que pouco me importa. Nunca fui a França, meus pêsames pros que sofreram o atentado e pros familiares das vitimas.

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  151. Lamentável é que esse diagnóstico, a grande massa alienada pela mídia da CONSICIENCIA FRAGMENTADA jamais fará!, enquanto isso o Mundo multipolar e seus interesses difusos e confusos, atende de maneira recorrente a profundas injustiças sociais.

    Je suis également pas charlie

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  152. Acho lamentável que publique algo assim em seu blog e, muito pior, que sequer reflita sobre o que este lastimável padre Piber escreve: incitação ao ódio, à violência e à intolerância. Além de mostrar-se completamente ignorante da situação política da França. Lamentável!

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  153. CONTINUO A SER CHARLIE! Como católico se desrespeitassem algo que para mim é importante, teria os meios judiciais para contestar por difamação qualquer injúria. Não iria colocar uma bomba em casa do autor da notícia, nem faria um atentado terrorista! Nem me passaria uma coisa dessas pela cabeça. E é esta enorme diferença que existe e que é preciso entender!
    ADC

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    • só pra terminar, um post do psol sobre o ocorrido:

      por Juliano Medeiros – 08/01/2015
      Charlie Hebdo, Veja e a força das palavras

      “O que há em comum entre Charlie Hebdo e Veja? A pergunta, claro, é apenas uma provocação. Só uma jornalista mal-intencionada como Raquel Sherazade poderia ver grandes semelhanças entre as publicações. A história das duas revistas, sua relação com os problemas de cada país e suas opções editoriais não poderiam, em tese, dar margem para um questionamento dessa natureza. Por se tratar de uma revista satírica, Charlie Hebdo seria muito melhor comparada com o clássico O Pasquim, editado entre 1969 e 1991, e que teve o humor como arma contra o autoritarismo. De lá saíram ícones do jornalismo satírico, como Henfil, Ziraldo e Millôr. Da mesma forma, apesar das controvérsias envolvendo a linha editorial do semanário francês, Charlie Hebdo não pode ser considerada uma publicação conservadora, muito diferente do carro-chefe da Editora Abril, hoje porta-voz das posições mais retrógradas presentes na sociedade brasileira.

      O que, então, permitiria comparar Charlie Hebdo à famigerada revista da família Civita? A resposta está menos nas publicações em si, mas no efeito que produzem em quem as lê.

      A revista Veja surgiu em 1968. Como a maioria das publicações da época, foi alvo do controle por parte do Governo Militar durante vários anos. Em fevereiro de 1974, ao desrespeitar a censura e publicar matéria alusiva à indicação de Dom Hélder Câmara ao prêmio Nobel da Paz, Veja passou a ser alvo da perseguição sistemática do regime. Nos dois anos em que Veja esteve sob tutela, foram vetadas mais de 10 mil linhas, 44 fotos e vinte ilustrações. Isso, evidentemente, aumentou a “combatividade” do jornalismo de Veja, que se tornou uma referência editorial na defesa da democracia.

      Charlie Hebdo surgiu na mesma época de Veja. O grupo original que criou a revista tinha suas origens no movimento político-cultural de 1968 e, por décadas, vinculou-se abertamente às causas progressistas na França. Nos últimos anos, sob a direção de Stéphane Charbonnier, o semanário investiu pesado contra o islamismo. Isso lhe rendeu severas críticas à esquerda e à direita, centenas de ameaças, além de um atentado à sede do jornal, em novembro de 2011, após a publicação de uma charge satírica contra o profeta Maomé.

      Quase meio século depois de seu surgimento, Veja tornou-se a representação do que há de pior no jornalismo, estimulando o ódio, a intolerância, o preconceito e as mais retrógradas visões de mundo. Seus ataques à esquerda e suas propostas, porém, seguem tendo ampla repercussão entre seus leitores, a maioria deles vinculada a uma classe média que, no processo de redemocratização dos anos 80, engrossava as fileiras progressistas e democráticas. Veja e a classe média no Brasil tornaram-se mais conservadoras com o passar do tempo. Hoje a revista dos Civita tornou-se um poderoso instrumento contra os avanços democráticos de que necessita o país, incitando abertamente o preconceito contra pobres, nordestinos, negros, índios, sem-terra e a esquerda em geral.

      Charlie Hebdo, por sua vez, não se converteu numa revista conservadora. Mas ao escolher como inimigas centrais as religiões, fez uma aposta arriscada. E não me refiro ao risco de uma tragédia como a que vitimou 12 de seus colaboradores, mas ao risco de ver seu anticlericalismo usado pelo extrema-direita contra árabes ou praticantes da fé islâmica em geral. Evidentemente, o fato de Charlie Hebdo não ser uma publicação comprometida com posições reacionárias – muito pelo contrário! – é uma grande diferença em relação à Veja. Mas assim como o semanário dos Civita, a proposta editorial degradante de Charlie Hebdo em relação ao Islã foi largamente utilizada para estimular o preconceito e a intolerância. A questão a se pensar, portanto, é a que causas a revista francesa estava, objetivamente, servindo.

      Devemos lembrar que, diferente do Brasil, a França tornou-se o epicentro da problemática envolvendo a massiva imigração árabe na Europa. As políticas implementadas pelos governos conservadores de Jacques Chirac e Nicolas Sarkozy contra essas comunidades – cujo principal ilustração é a proibição do uso do véu islâmico nas escolas públicas francesas – foram objeto da crítica e do repúdio de todos os democratas do mundo. A extrema-direita, profundamente xenofóbica, alimenta-se do anti-islamismo de publicações como Charlie Hebdo para crescer entre os setores médios que repudiam a esquerda. Ao mesmo tempo, o fundamentalismo islâmico arregimenta seguidores em sua cruzada contra os infiéis aproveitando-se das manifestações de intolerância, recorrentes na França. E, embora inimiga do fascismo e do fundamentalismo, a revista parecia não levar isso em conta ao desferir seus ataques contra a fé islâmica. O atentado, portanto, é uma vitória do fundamentalismo, mas também da extrema-direita francesa, inimigos declarados de Charlie Hebdo.

      Não são irrelevantes os sentimentos que as publicações de Veja ou Charlie Hebdo produzem. Deliberadamente ou não, elas alimentam forças e valores imprevisíveis. Isso, é claro, não pode servir de justificativa para atos como os que vitimaram jornalistas e outros franceses na manhã deste 7 de janeiro, muito menos como estímulo para que sejam perpetradas ações violentas contra o semanário brasileiro. Mas deve contribuir para que a solidariedade com as vítimas do atentado e nossa defesa da liberdade de imprensa não obstruam nossa capacidade de criticar aquilo que, para os que buscam construir uma sociedade fundada nos valores da solidariedade e da compreensão do outro, se converte em obstáculo. ”

      Acho esse texto bem mais sensato que o do El Rafo Saldanha.

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      • Mais um texto do psol:

        por Gilberto Maringoni – 09/01/2015
        Um ataque à imprensa e aos muçulmanos*

        “O terrível, injustificável e indefensável atentado contra a redação do Charlie Hebdo não pode ser visto apenas como a ação de muçulmanos alucinados que, contrariados com alguns cartuns, resolveram mostrar suas insatisfações através de rajadas de AKs-47.

        A teia de processos e acontecimentos que desembocou no sangrento episódio possui profundas raízes na cena política francesa.

        A direita propaga, há décadas, a existência de uma suposta “questão muçulmana” a ser resolvida com a proibição da difusão de usos e costumes religiosos em território francês. O combustível essencial é a repulsa aos povos árabes e estrangeiros pobres, potencializado por um nacionalismo conservador. Estariam em perigo a cultura e o modo de vida de uma hipotética “França profunda”. Tais tendências tendem a se acentuar em contextos de crise econômica.

        Nacionalismo conservador
        Nacionalismo no contexto europeu – que já viveu os traumas do nazismo e do fascismo – não tem o mesmo significado que em países da periferia. Nesses últimos, o termo muitas vezes pode envolver oposição à dominação externa. Na França, o incentivo ao preconceito vem colecionando não apenas agressivos debates públicos, mas pilhas de processos na Justiça.

        Os feios, sujos e malvados a serem combatidos não são mais os judeus, os comunistas ou o que vagamente se conhecia por “orientais”. O alvo desses tempos são genericamente árabes e muçulmanos de todos os matizes, os novos bárbaros. A propaganda antimuçulmana na França é uma forma de racismo.

        Num país de pouco mais de 60 milhões de habitantes – em sua maioria católicos –, a comunidade muçulmana alcança 10% da população. É a segunda religião em número de fiéis. Não se trata de algo abstrato, mas o resultado de uma imigração potencializada pela vinda de enorme contingente das ex-colônias em busca de vida melhor. São os casos de Argélia, Marrocos, Tunísia e Djibouti, entre outros.

        Nessas antigas possessões, os muçulmanos representam mais de 95% da população total. Tais países foram invadidos e explorados ao longo de séculos pela metrópole. Seus processos de independência, na onda de descolonização do segundo pós-Guerra, foram dramáticos e sangrentos.

        Disputa maior
        Embora seja inaceitável qualquer restrição à liberdade de expressão e opinião, é forçoso reconhecer que os cartuns e textos do Charlie Hebdo, com seus ataques a Maomé, estavam inseridos em uma disputa maior. Embutiam também boa dose de intolerância, mesmo que não tenha sido essa a intenção de seus autores.

        Mesmo assim, o atentado deve ser condenado sem mediações. Há outras formas de se externar discordâncias.

        Foram assassinados, entre outros, Wolinski, Charb e Tignous, ex-chargistas dol’Humanité, jornal do Partido Comunista Francês. Wolinski – nascido na Tunísia – influenciou gerações de cartunistas pelo mundo, com um traço quase caligráfico e desbocadas sátiras de política, sexo e comportamento.

        A estupidez dos assassinos municiará de argumentos os apóstolos do preconceito e da xenofobia, aqueles que veem no estrangeiro a matriz dos males da França.

        O atentado não foi apenas contra o Charlie Hebdo. Foi também foi contra toda a população muçulmana do planeta.

        *Artigo publicado originalmente no blog da Boitempo.

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      • Muitas palavras, muitas teorias conspiratórias… mas tentando enxugar as coisas que vc escreveu, me parece que então as mortes foram justas, certo? Pois falaram mal do Deus dos muçulmanos, é isto mesmo?

        Seguindo este mesmo raciocínio, então, se a França invadir redutos muçulmanos, e realizar matanças no mesmo estilo, então também estará valendo, certo?

        Pois talvez na França, a liberdade de expressão, seja através de críticas ou sátiras de péssimo gosto seja mais importante do que um Deus, então, já que atacaram uma coisa tão importante, agora os franceses receberam o direito de matar muçulmanos, seria isto mesmo?

        Sabe, vejo aqui muito resgate histórico, muita retórica, muita coisa realmente até bem escrita, mas tudo muito vago… sem conclusão.

        Parece que existe medo de escrever, logo de uma vez, que a maioria acredita que a pena de morte é justa para quem fizer críticas a uma ideologia ou religião.

        Sempre achei que o fato básico é que os muçulmanos ficaram chateados demais com as publicações do tal jornal, e realmente foram coisas pesadas demais, e então usaram suas armas para reparar a situação derramando sangue.

        É isto que estamos discutindo? Depois de tanta retórica fica difícil até saber o que está sendo discutido.

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      • Quem será que tem as posições mais retrógradas? Os ideologistas da “esquerda” ou os demais?

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      • Seria bom se qualquer um, seja de direita ou de esquerda, tivesse a decencia de entender direito o contexto. O jornal nao era anti mulçumano, ele era anti teismo. Criticava todas as RELIGIÔES, mas não atacava as pessoas como grupo étinico ou religioso. Criticavam o judaismo, mas não os judeus. Criticavam o islamismo, mas não os mulçumanos. Eles criticavam costumes estupidos de todas as culturas. Alem disso, o jornal atacava sempre as politicas de israel em relação a palestina, defendendo o povo oprimido da região. O jornal também atacava diretamente e de forma individual, pessoal, os lideres da Frente Nacional, o grupo conservador racista que tem forte influencia politica.
        A culpa desse atentado é diretamente do islã, como religião. Assim como as abominações feitas pelo cristianismo são responsabilidade do cristianismo. Os livros sagrados aprovam o terrorismo, assim como aprovam queima de hereges, submissão feminina….

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  154. Acho que está na hora de pessoas que escrevem na internet de parar de nos fazer de idiota quando o assunto é o islã. Uma reigião cujo livro sagrado (Corão ou Alcorão) foi escrito em uma península arábica tribal e cujo profeta (Mohammed) se casou com uma menina de 6 anos e consumou o casamento quando ela tinha 9 anos (é só confirmar nos textos sagrados do Islã), pelo menos na minha opinião, é incompatível com o ocidente. Já vi vídeos com gravações de imãs dizendo abertamente para os muçulmanos não se misturarem com os dhimmis, que é o termo pejorativo que os muçulmanos usam quando se referem a nós não muçulmanos. Eles tentam fazer amizades com não muçulmanos somente para converte-los e se não conseguem imediatamente se afastam. Acho que o autor do texto não conhece a fundo a realidade muçulmana. Nenhum pai muçulmano deixa sua filha ter amizade com não muçulmanas, seja francesa, alemã, inglesa (isso explica em boa parte porque os jovens muçulmanos se sentem alienados) pois para um pai muçulmano a educação ocidental é atrasada e se uma filha muçulmana tiver um relacionamento antes do casamento, pode acabar em tragédia. Portanto, essa justificativa de que os muçulmanos são discriminados é discurso de quem não conhece os pilares do Islã, até porque, inumeros imigrantes que vivem na europa não se sentem discriminados, pois fazem um esforço para se adaptar. O problema do Islã é que ele é 99% ultra ortodoxo, portanto, tudo é regido pelo Islã, desde o momento que se levanta até a hora de dormir e, como o alcorão é um livro que não pode ser seguido literalmente (vejam que absurdo, um livro que para não gerar violência tem que ser interpretado diferente do que está escrito) Peguem como exemplo os judeus ultra ortodoxos, que são um estorvo para Israel e vivem em confronto com a sociedade israelense. Eles não querem se misturar pois tudo que eles fazem é regido pela religião. O mesmo ocorre com o Islã. Os padres não ficam incutindo na cabeça dos fiéis para não se misturarem com os não católicos, mas os imãs fazem isso sempre, pois eles sabem que em um pais islâmico (com Sharia) se o fiel se afastar ou se converter a outra religião ele será condenado à morte por apostasia, mas em um país ocidental eles correm riscos de perder fiéis. O Islã só existe hoje graças a pena de morte para apostasia no Oriente médio. Veja, essa frase não é minha, é de um clérigo muçulmano do Egito à tv libanesa. Entendam por favor: o Islã não é simplesmente uma religião, ele tem regras até de como um pais deve ser governado, por isso os países islâmicos são incompatíveis com a democracia.

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    • Fabio, vc é mesmo tão burro quanto demonstra nesse seu textículo demonstrativo de sua total ignorância sobre qualquer coisa que fuja do raio de seu umbigo ou só andou fumando alguma coisa estragada? Saiba que a Torá foi escrita num deserto, os Evangelhos em condições de precariedade total e o passado (e em muitos casos o presente) de facções do Cristianismo e Judaísmo são deploráveis quanto ao trato de assuntos comportamentais.
      poupe-nos d sua falsa cultura de capa de almanaque Sadol e vá se informar. Só para terminar: Jesus, sua mãe Maria e João Batista são reverenciados como profetas e figuras santas na religião islamita. bem diferente do que se faz em ishra-hell, onde Jesus é pintado como um gay que tinha se amasiado com João Batista e Maria era uma prostituta.
      É graças a seres como vc que qualquer dia o ser humano voltará às cavernas. O problema não é ser ignorante. O problema é ser um estúpido posando de sabichão.

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      • Se ele é tão estúpido, diga o porquê. Ataques pessoais não engrandecem a discussão. Os erros mais grosseiros q vc encontrou são sobre a origem dos livros? Isso não desmerece o comentário dele.
        E será que Jesus queria ser reverenciado como uma figura santa? Ou queria que as pessoas seguissem seus ensinamentos? Creio que uma sociedade machista e autoritária não segue os preceitos de Jesus.

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  155. “É preciso que o Islã esteja tão banalizado quanto o catolicismo”. “É preciso” porque? Para que? > A resposta é simples: PORQUE ELES SÃO JUDEUS. Confira esta informação. A tática é a de sempre, banal e simples: dividir para conquistar.

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    • Existe uma linha tenue entre a desonestidade e a ignorância. Os cartunistas criticavam o judaísmo tanto quanto outras religiões. Para eles, todas eram igualmente venenosas e prejudiciais.
      E eles DEFENDIAM A PALESTINA, criticando Israel. Alem disso, criticavam veementemente a extrema direita francesa, humilhando seus mais notorios representantes. Pesquisar um pouco antes de regurgitar besteira e espalhar ignorância pode ser util.

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      • Eu bem que gostaria de ver uns dois exemplos disso, isto é, crítica explícita a Israel e defesa da Palestina.

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      • Segue uma imagem com alguns cartoons retratando a palestina e israel. http://4.bp.blogspot.com/-AODOnj8RqvA/VK7gr1qtWpI/AAAAAAAAmhs/0OIa_jrhSvY/s1600/hebdo%2Bjew.png

        E agora um dos cartoons criticando a maior representante da extrema direita francesa, e por consequencia criticando os xenofobicos: http://p9.storage.canalblog.com/93/41/177230/64101408.jpg

        E indico a pesquisa dos cartoons sobre o islã. Voce verá que enquanto os cartoons do islã criticam o profeta, e os fundamentalistas mulçumanos, as criticas a extrema direita francesa e a israel foram muito mais diretas. Eles atacavam religiões como um todo, de forma homogenea. E quando viam uma injustica. criticavam ela.

        Essa batalha ideologica da esquerda, que ama atacar a direita antes mesmo da direita se pronunciar esta encobrindo um problema fatal: o como o fundamentalismo se espalha pelo mundo, como é SIM causado pela religião, e como não tem nada a ver com as vitimas coitadas de xenofobia e preconceito.
        Enquanto isso, quem mais sofre são os arabes, ja que no ocidente estamos muito ocupados em batalhas ideologicas para ajudar o suficiente pessoas que são vitimas de GENOCIDIO, de limpeza étnica. E nossa falta de ação se da pelas picuinhas de dois posicionamentos ideologicos nojentos, acompanhado de uma dose de relativismo ético/moral enjoativo.

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  156. E SE NÃO FOI O ISLA E NENHUMA OUTRA INSTITUIÇÃO LIGADA A RELIGIÃO QUE REALIZOU O ATO DE TERRORISMO E SIM “OUTRAS ORGANIZAÇÕES”???

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    • Não é saudavel viver na base dos “e se” quando não se tem evidencias para respaldar nada. Sabemos muito bem até onde a religião leva as pessoas, os atentados não são surpresa. Ja vimos malucos se jogando com avioes inteiros para defender suas ideias religiosas e politicas. Ja vemos eles se matando entre si, por diferenças no livro que consideram ou não sagrado. Matar alguns cartoonistas não é grande coisa para essa gente, nenhuma surpresa ai. Se tivessemos motivos para achar estranho, o “e se” poderia entrar com um papel interessante na procura pelos fatos.

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  157. Lboff trazendo opiniões de grande sensatez. Melhor seria, no sobredito texto “je ne charlie pas” que o autor trouxesse à lúmen como lidar com a intolerância do EStado Islã.

    Digo isso porque, há dados, alguns países, como a Dinamarca, que para receber os cidadãos adoradores de Maomé impõe um verdadeiro “check-list” para tanto.

    Afinal, até onde vimos e ouvimos, esse Estado não dialoga. Não se trata de “fundamentalismo”apenas, mas de crença absoluta de que o que pregam é a única verdade, sendo qualquer ato desviante dessa crença, condenada de maneiras bárbaras.

    Assim, adentrar na Cultura Islâmica é verdadeira arte, com todas as formalidades que esse EStado impõe, mas o inverso não é verdadeiro.

    É tranquilo, inclusive, visualizar uma assunção de nova crença partindo de um católico em direção ao protestantismo, mas como fica quando nessa equação temos o elemento islâmico? Há diálogo?

    Resumindo, gostaria de uma explicação de como enxergar essas intempéries, e como lidar com essa crença, pois, de todas, até hoje, é a mais temida!!!

    abraço e…

    valeu!
    Emmanuel

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  158. Nada justifica mortes por conta de quadrinhos. O fanatismo dos terroristas é abominável! Je suis Charlie.

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    • É muito mais fácil não ser charlie… se um Deus precisa mandar que pessoas na terra honrem seus nomes com sangue, então eu digo… porcaria de Deuses, não valem um ovo.

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      • Amaurih, vc parece que não sabe ler. Em lugar nenhum defendi os que causaram os assassinatos. Mas precisamos entender por que as pessoas são levadas a tais atos insanos, para tirar as condições de que não se repitam.
        lboff

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      • Senhor, apesar de não ser tão simples, de envolver variáveis que possam justificar o seu modo de ver o fato, para a maioria dos leitores o que fica é a dicotomia que quis fazer, até entendo sua preocupação, mas no contexto, não ser “Charlie Hebdo” é ser tolerante a ataques assassinos. Simples assim, por mais ideológica que seja a discussão, dedução normal sobre quem é tolerante para com a corrupção e todas as suas consequências por questões ideológicas desde que os recursos advindos sirva para a manutenção do seu lado ideológico no poder.

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      • É graças a pessoas como vc, Amaurih, que tão escrachadamente postam calhordices non sense como o seu comentário acima que podemos identificar fascistas de longe pelo que realmente são: idiotas, toscos, de raciocínio tacanho e com a maior de todas as características facilmente detectável até pelo mais simplório dos mortais: a falta de inteligência e conhecimento que são maquiados pela arguta safadeza de um jogo de palavras mais elaboradas cujo real sentido desconhecem e nas quais se perdem ao querer tecer sua teia mentirosa.
        Não. Não há como ser Charlie Hebdo porque Charlie Hebdo escolheu um dos lados por razões puramente mercantilistas – o de ishra-hell, o lado dos genocidas travestidos de vítimas da humanidade e com os quais, pelo seu baixo nível retórico e prática mentirosa demonstrados aqui, deve se identificar plenamente.
        Charlie Hebdo, se for para analisar pelo viés ideológico, só atacava a Igreja e o Islã. Quando o assunto era o Judaísmo os ataques se resumiam a charges bobinhas sobre algum rabino ultra ortodoxo como se isto lá fosse motivo de ridicularização pública. Os membros da Igreja e do Islã eram contínua e longamente atacados como tarados, loucos e suas divindades ridicularizadas no mais chulo que o humorismo de baixa qualidade pode oferecer. Quando fizeram uma charge sobre o filho de Sarkózy, que se casou com uma judia pretensamente dando o golpe do baú, foram processados e levaram um cala-boca judicial que só não fechou suas portas porque fizeram um acordo com a comunidade judia em troca de dinheiro e de seu silêncio “humorístico”. Semanas após o ataque de Janeiro o Charlie Hebdo foi vendido a um grupo judeu ligado à mídia e sua circulação de 5000 exemplares multiplicou-se várias vezes aproveitando a onda de comoção gerada pelo atentado à sua sede.
        Se olharmos para o caso Charlie Hebdo pelo viés democrático, político, social, estético e até mesmo histórico veremos que sua prática era chula, extrapolada, incitadora de animosidades, sensacionalista. Manda o bom senso que não se extrapole NUNCA os limites da boa convivência em um grupo social principalmente se nele existem características sócio-culturais multifacetadas como é o caso da sociedade Francesa e da Parisiense, em especial. Era exatamente por isto que o Charlie Hebdo estava quase falindo depois de trocar de nome algumas vezes porque os Franceses, famosos por sua cultura e refinamento, não queriam saber desse tipo de publicação que recorre ao grotesco como forma de chamar a atenção. Eles não respeitaram esses limites. Eles não respeitaram a História debochando contínua e repetidamente dos povos que foram colonizados pela França jogando sal em feridas que nunca chegaram a cicatrizar completamente. Eles envergonharam a classe artística, principalmente o teatro de humor, celebérrimo na França desde a idade Média com suas troupes de Commédie dell”Art.
        Humor é o refinamento do senso crítico. Há de se ter muito bom senso e um ótimo senso de análise crítica para fazer humor e só indivíduos dotados da mesma perspicácia e inteligência serão capazes de entendê-lo. Fora disso, parafraseando os textos sagrados, não há salvação. É só apelação grotesca chegando às raias da bizarrice disfarçada de pretensões artísticas sendo encoberta por um conceito distorcido de liberdade de expressão.

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      • Eu não chego a defender uma revista, o que eu defendo, e vejo que vocês não, é o direito da livre expressão, o que não significa que eu concorde com o que a revista coloca, mas não concordo e vocês pelo que escrevem, pelos seus motivos, concordam, é que por qualquer ideologia se invada uma redação e se mate as pessoas que ali trabalham. Quanto maior a inteligência dos que argumentam, maior é a distorção para que seus argumentos pareçam os verdadeiros. Eu sinto muito pela inteligência e pelo uso que vocês estão fazendo das suas.

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  159. Porcaria de religião…uma coisa que deveria nos elevar, nos trazer mais amor, mais alegria é sempre motivo para guerras… realmente hoje prefiro ateus, pois provocam muito menos guerras.

    Se a porcaria de um Deus, lá de onde estiver, exigir que seu nome seja sagrado na terra, a custa de sangue… então que este Deus desapareça, pois está mais pra diabo do que pra deus.

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  160. […] O primeiro deles ganhou notoriedade por ter sido publicado no blog do Leonardo Boff, que inicialmente foi creditado a ele, mas cuja autoria não consegui rastrear. Mas menos que o o autor, o que merece destaque são os seus argumentos. O autor do texto diz se solidarizar com as vítimas e ser veementemente contra os atentados, MAS as charges seriam intolerantes e preconceituosas para com os seguidores do islamismo, uma população muito significativa na França, usando e abusando do conceito de “islamofobia”. O autor tenta dar alguns exemplos medíocres, comparando o sistema judicial francês com o brasileiro e o Charlie Hebdo com a Veja, dizendo que, se o jornal tivesse sido condenado em processos anteriores por difamação, o atentado não teria acontecido. […]

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  161. Mesmo com os erros de digitação (dois “pessoas” e “caos”), assino embaixo da afirmativa do padre teólogo e historiador sobre o uso de “dois pesos e duas medidas” no julgamento de casos de corrupção envolvendo tucanos e petistas: o tucano Eduardo Azeredo, ex-governador de Minas, pegou 20 anos e 10 meses por desviar R$ 3,5 milhões para o caixa 2 da sua frustrada tentativa de se reeleger. Os petistas condenados como cabeças do mensalão (Zé Dirceu, Genoíno, Delúbio et caterva) foram, todos, condenados a cerca de sete anos cada (se passasse de oito, dava prisão fechada). O crime? Desviar R$ 170 milhões para subornar deputados corruptos. Como pegaram menos de oito anos, já estão, quase todos, cumprindo suas penas… em casa! “Quase” todos porque o Genoíno, que pegou só quatro anos, já foi até indultado – não deve mais nada pra Justiça. E o Zé Dirceu só não está também no conforto do recesso do lar porque “dobrou a meta” e voltou para o xilindró por envolvimento em outro crime ainda maior: o Juiz Sérgio Moro (esse merece o Juiz com J maiúsculo) encontrou as digitais dele também nos cofres da Petrobras arrombados no escândalo do mensalão…

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  162. Quando uma pessoa me diz “não sou alcoólatra” penso logo que há algo nessa assertiva. Leonardo Boff sempre esteve ao lado daqueles que tomam atitudes exacerbadas. Seus posicionamentos ou até atos, sempre foram raiando a natureza pletora.Lamento, pois uma mente brilhante não deveria ser tão cáustica. Posso até compreender se sua infância tiver sido tormentosa, mas o eclesianismo lhe deveria ter dado um pouco de doçura. Aprendeu, de certo, com Che – é preciso ser duro, sem jamais perder a ternura. Deveria ter aprendido com Che: você pode até espesinhar uma rosa, mas a primavera virá. A propósito ele não seguia o que preconizava. Ia falar sobre um santo, mas o senhor diz que a igreja mente, que é falsa.

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  163. Não são os esquerdistas que dizem que a culpa nunca é da vítima? um desenho publicado num jornal local é respondido com boicotes, mortes, depredação e protestos por milhões de ‘moderados’ mundo afora, sem nenhuma razoabilidade, sem nenhuma humanidade. Aff, mas o que esperar de quem venera Che, Stalin e outros ícones totalitários?

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  165. Eu não concordo com o texto. Se a Alemanha tivesse sua auto-estima mais elevada, não teria permitido o nazismo. O texto sugere ser consensual com coisas erradas. O islã nunca foi pacifista, ele permite a violência, a escravidão e a morte em nome do islã. Era contra isso que a Charlie Hebdo luta, uma luta solitária, desigual. Charlie Hebbo jamais instigou “pogrom” algum ou incentivou o ódio como dizem. Ela debocha das mentiras ditas como verdades. A revista sabe que pessoas morrem por causa das mentiras e arriscou-se em denunciá-las. E ela usa a única arma que tem e faz bem. Ela quer libertar homens, mulheres e crianças do jugo cruel que é a ideologia islâmica, um pensamento arcaico, retrógrado e perigoso como o nazismo. Coitada da Europa. Vinte anos de totalitarismo recente e ainda temos gente como o sr. A. Piber. Se dependessem de pensamentos assim, os EEUU não perderiam 5 milhões de almas em sua maior guerra. Em compensação, Barak Obama e Rihanna (que também pensa como o senhor padre) ainda teriam grilhões nos pulsos e pescoço.

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    • Não seja inocente.A Charbie Hebdo tratou Alá e Maomé de forma inaceitável para qualquer muçulmano. O que fez com a Trindade dos cristãos com figuras masculinas fazendo sexo é vergonhoso e ofensivo. Não defendo a violência física dos atentados mas também não aceito a violência simbolica dos caricaturias. lboff

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