Estamos à beira da total auto-destruição? Noam Chomsky

Republico este artigo por um sentido de urgência e mais que tudo por um imperativo ético. Podemos nos auto-destuir. Já a partir dos anos 80 do século passado venho falando e escrevendo no Brasil e pelo mundo afora sobre o trágico fato de que construimos uma máquina de morte com armas nucleares, químicas e biológicas que nos pode destruir totalmente, sem ficar ninguém para contar a história. Agora nos vem a palavra de Noam Chomsky, considerado pela revista Times o intelectual maior e  mais influente dos Estados Unidos. Ele repete o mesmo discurso com vasta informação e dados somente possíveis de lá onde vive e trabalha no MIT. Oxalá despertemos antes que o Apocalipse aconteça. Cremos – mas isso é fé – que o Deus da vida, aquele que no livro da Sabedoria se apresena como como “o apaixonado amante da vida (Sb 11, 26) não o permitirá, sabe lá por que meios que de seu desígnio que é de amor, venha utilizar. Suspeito que seja uma crise de proporções planetárias que chegue ameaçar a todos, ricos e pobres, ocidentais e orientais, de desaparecimento completo da face da Terra. Aí talvez acordaremos e optemos pela vida e não pela auto-destruição. Então, espero, haverá uma governança global, com uma cultura que ama e cuida da vida em todas as suas formas, especialmente daquelas mais penalizadas historicamente. Então será a Terra da Boa Esperança e da Alegria de todos os homens: LBoff

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O que o futuro trará? Uma postura razoável seria tentar olhar para a espécie humana de fora. Então imagine que você é um extraterrestre observador que está tentando desvendar o que acontece aqui ou, imagine que és um historiador daqui a 100 anos – assumindo que existam historiadores em 100 anos, o que não é óbvio – e você está olhando para o que acontece. Você veria algo impressionante.

Pela primeira vez na história da espécie humana, desenvolvemos claramente a capacidade de nos destruirmos. Isso é verdade desde 1945. Agora está finalmente sendo reconhecido que existem mais processos de longo-prazo como a destruição ambiental liderando na mesma direção, talvez não à destruição total, mas ao menos à destruição da capacidade de uma existência decente.

E existem outros perigos como pandemias, as quais estão relacionadas à globalização e interação. Então, existem processos em curso e instituições em vigor, como sistemas de armas nucleares, os quais podem levar à explosão ou talvez, extermínio, da existência organizada.

Como destruir o planeta sem tentar muito

A pergunta é: O que as pessoas estão fazendo a respeito? Nada disso é segredo. Está tudo perfeitamente aberto. De fato, você tem que fazer um esforço para não enxergar.

Houveram uma gama de reações. Têm aqueles que estão tentando ao máximo fazer algo em relação à essas ameaças, e outros que estão agindo para aumentá-las. Se olhar para quem são, esse historiador futurista ou extraterrestre observador veriam algo estranho. As sociedades menos desenvolvidas, incluindo povos indígenas, ou seus remanescentes, sociedades tribais e as primeiras nações do Canadá, que estão tentando mitigar ou superar essas ameaças. Não estão falando sobre guerra nuclear, mas sim desastre ambiental, e estão realmente tentando fazer algo a respeito.

De fato, ao redor do mundo – Austrália, Índia, América do Sul – existem batalhas acontecendo, às vezes guerras. Na Índia, é uma guerra enorme sobre a destruição ambiental direta, com sociedades tribais tentando resistir às operações de extração de recursos que são extremamente prejudiciais localmente, mas também em suas consequências gerais. Em sociedades onde as populações indígenas têm influência, muitos tomam uma posição forte. O mais forte dos países em relação ao aquecimento global é a Bolívia, cuja maioria é indígena e requisitos constitucionais protegem os “direitos da natureza”.

O Equador, o qual também tem uma população indígena ampla, é o único exportador de petróleo que conheço onde o governo está procurando auxílio para ajudar a manter o petróleo no solo, ao invés de produzi-lo e exportá-lo – e no solo é onde deveria estar.

O presidente Venezuelano Hugo Chávez, que morreu recentemente e foi objeto de gozação, insulto e ódio ao redor do mundo ocidental, atendeu a uma sessão da Assembléia Geral da ONU a poucos anos atrás onde ele suscitou todo tipo de ridículo ao chamar George W. Bush de demônio. Ele também concedeu um discurso que foi interessante. Claro, Venezuela é uma grande produtora de petróleo. O petróleo é praticamente todo seu PIB. Naquele discurso, ele alertou dos perigos do sobreuso dos combustíveis fóssil e sugeriu aos países produtores e consumidores que se juntassem para tentar manejar formas de diminuir o uso desses combustíveis. Isso foi bem impressionante da parte de um produtor de petróleo. Você sabe, ele era parte índio, com passado indígena. Esse aspecto de suas ações na ONU nunca foi reportado, diferentemente das coisas engraçadas que fez.

Então, em um extremo têm-se os indígenas, sociedades tribais tentando amenizar a corrida ao desastre. No outro extremo, as sociedades mais ricas, poderosas na história da humanidade, como os EUA e o Canadá, que estão correndo em velocidade máxima para destruir o meio ambiente o mais rápido possível. Diferentemente do Equador e das sociedades indígenas ao redor do mundo, eles querem extrair cada gota de hidrocarbonetos do solo com toda velocidade possível.

Ambos partidos políticos, o presidente Obama, a mídia, e a imprensa internacional parecem estar olhando adiante com grande entusiasmo para o que eles chamam de “um século de independência energética” para os EUA. Independência energética é quase um conceito sem significado, mas botamos isso de lado. O que eles querem dizer é: teremos um século no qual maximizaremos o uso de combustíveis fóssil e contribuiremos para a destruição do planeta.

E esse é basicamente o caso em todo lugar. Admitidamente, quando se trata de desenvolvimento de energia alternativa, a Europa está fazendo alguma coisa. Enquanto isso, os EUA, o mais rico e poderoso país de toda a história do mundo, é a única nação dentre talvez 100 relevantes que não possui uma política nacional para a restrição do uso de combustíveis fóssil, e que nem ao menos mira na energia renovável. Não é por que a população não quer. Os americanos estão bem próximos da norma internacional com sua preocupação com o aquecimento global. Suas estruturas institucionais que bloqueiam a mudança. Os interesses comerciais não aceitam e são poderosos em determinar políticas, então temos um grande vão entre opinião e política em muitas questões, incluindo esta. Então, é isso que o historiador do futuro veria. Ele também pode ler os jornais científicos de hoje. Cada um que você abre tem uma predição mais horrível que a outra.

“O momento mais perigoso na história”

A outra questão é a guerra nuclear. É sabido por um bom tempo, que se tivesse que haver uma primeira tacada por uma super potência, mesmo sem retaliação, provavelmente destruiria a civilização somente por causa das consequências de um inverno-nuclear que se seguiria. Você pode ler sobre isso no Boletim de Cientistas Atômicos. É bem compreendido. Então o perigo sempre foi muito pior do que achávamos que fosse.

Acabamos de passar pelo 50o aniversário da Crise dos Mísseis Cubanos, a qual foi chamada de “o momento mais perigoso na história” pelo historiador Arthur Schlesinger, o conselheiro do presidente John F. Kennedy. E foi. Foi uma chamada bem próxima do fim, e não foi a única vez tampouco. De algumas formas, no entanto, o pior aspecto desses eventos é que a lições não foram aprendidas.

O que aconteceu na crise dos mísseis em outubro de 1962 foi petrificado para parecer que atos de coragem e reflexão eram abundantes. A verdade é que todo o episódio foi quase insano. Houve um ponto, enquanto a crise chegava em seu pico, que o Premier Soviético Nikita Khrushchev escreveu para Kennedy oferecendo resolver a questão com um anuncio publico de retirada dos mísseis russos de Cuba e dos mísseis americanos da Turquia. Na realidade, Kennedy nem sabia que os EUA possuíam mísseis na Turquia na época. Estavam sendo retirados de todo modo, porque estavam sendo substituídos por submarinos nucleares mais letais, e que eram invulneráveis.

Então essa era a proposta. Kennedy e seus conselheiros consideraram-na – e a rejeitaram. Na época, o próprio Kennedy estimava a possibilidade de uma guerra nuclear em um terço da metade. Então Kennedy estava disposto a aceitar um risco muito alto de destruição em massa afim de estabelecer o princípio de que nós – e somente nós – temos o direito de deter mísseis ofensivos além de nossas fronteiras, na realidade em qualquer lugar que quisermos, sem importar o risco aos outros – e a nós mesmos, se tudo sair do controle. Temos esse direito, mas ninguém mais o detém.

No entanto, Kennedy aceitou um acordo secreto para a retirada dos mísseis que os EUA já estavam retirando, somente se nunca fosse à publico. Khrushchev, em outras palavras, teve que retirar abertamente os mísseis russos enquanto os EUA secretamente retiraram seus obsoletos; isto é, Khrushchev teve que ser humilhado e Kennedy manteve sua pose de macho. Ele é altamente elogiado por isso: coragem e popularidade sob ameaça, e por aí vai. O horror de suas decisões não é nem mencionado – tente achar nos arquivos.

E para somar um pouco mais, poucos meses antes da crise estourar os EUA haviam mandado mísseis com ogivas nucleares para Okinawa. Eram mirados na China durante um período de grande tensão regional.

Bom, quem liga? Temos o direito de fazer o que quisermos em qualquer lugar do mundo. Essa foi uma lição daquela época, mas haviam outras por vir.

Dez anos depois disso, em 1973, o secretário de estado Henry Kissinger chamou um alerta vermelho nuclear. Era seu modo de avisar à Rússia para não interferir na constante guerra Israel-Árabes e, em particular, não interferir depois de terem informado aos israelenses que poderiam violar o cessar fogo que os EUA  e a Rússia haviam concordado. Felizmente, nada aconteceu.

Dez anos depois, o presidente em vigor era Ronald Reagan. Assim que entrou na Casa Branca, ele e seus conselheiros fizeram com que a Força Aérea começasse a entrar no espaço aéreo Russo para tentar levantar informações sobre os sistemas de alerta russos, Operação Able Archer. Essencialmente, eram ataques falsos. Os Russos estavam incertos, alguns oficiais de alta patente acreditavam que seria o primeiro passo para um ataque real. Felizmente, eles não reagiram, mesmo sendo uma chamada estreita. E continua assim.

O que pensar das crises nucleares Iraniana e Norte-Coreana

No momento, a questão nuclear está regularmente nas capas nos casos do Irã e da Coréia do Norte. Existem jeitos de lidar com esse crise contínua. Talvez não funcionasse, mas ao menos tentaria. No entanto, não estão nem sendo consideradas, nem reportadas.

Tome o caso do Irã, que é considerado no ocidente – não no mundo árabe, não na Ásia – a maior ameaça à paz mundial. É uma obsessão ocidental, e é interessante investigar as razões disso, mas deixarei isso de lado. Há um jeito de lidar com a suposta maior ameaça à paz mundial? Na realidade existem várias. Uma forma, bastante sensível, foi proposta alguns meses atrás em uma reunião dos países não alinhados em Teerã. De fato, estavam apenas reiterando uma proposta que esteve circulando por décadas, pressionada particularmente pelo Egito, e que foi aprovada pela Assembléia Geral da ONU.

A proposta é mover em direção ao estabelecimento de uma zona sem armas nucleares na região. Essa não seria a resposta para tudo, mas seria um grande passo à frente. E haviam modos de proceder. Sob o patrocínio da ONU, houve uma conferência internacional na Finlândia dezembro passado para tentar implementar planos nesta trajetória. O que aconteceu? Você não lerá sobre isso nos jornais pois não foi divulgado – somente em jornais especialistas.

No início de novembro, o Irã concordou em comparecer à reunião. Alguns dias depois Obama cancelou a reunião, dizendo que a hora não estava correta. O Parlamento Europeu divulgou uma declaração pedindo que continuasse, assim como os estados árabes. Nada resultou. Então moveremos em direção a sanções mais rígidas contra a população Iraniana – não prejudica o regime – e talvez guerra. Quem sabe o que irá acontecer?

No nordeste da Ásia, é a mesma coisa. A Coréia do Norte pode ser o país mais louco do mundo. É certamente um bom competidor para o título. Mas faz sentido tentar adivinhar o que se passa pela cabeça alheia quando estão agindo feito loucos. Por que se comportariam assim? Nos imagine na situação deles. Imagine o que significou na Guerra da Coréia anos dos 1950’s o seu país ser totalmente nivelado, tudo destruído por uma enorme super potência, a qual estava regozijando sobre o que estava fazendo. Imagine a marca que deixaria para trás.

Tenha em mente que a liderança Norte Coreana possivelmente leu os jornais públicos militares desta super potência na época explicando que, uma vez que todo o resto da Coréia do Norte foi destruído, a força aérea foi enviada para a Coréia do Norte para destruir suas represas, enormes represas que controlavam o fornecimento de água – um crime de guerra, pelo qual pessoas foram enforcadas em Nuremberg. E esses jornais oficiais falavam excitadamente sobre como foi maravilhoso ver a água se esvaindo, e os asiáticos correndo e tentando sobreviver. Os jornais exaltavam com algo que para os asiáticos fora horrores para além da imaginação. Significou a destruição de sua colheita de arroz, o que resultou em fome e morte. Quão maravilhoso! Não está na nossa memória, mas está na deles.

Voltemos ao presente. Há uma história recente interessante. Em 1993, Israel e Coréia do Norte se moviam em direção a um acordo no qual a Coréia do Norte pararia de enviar quaisquer mísseis ou tecnologia militar para o Oriente Médio e Israel reconheceria seu país. O presidente Clinton interveio e bloqueou. Pouco depois disso, em retaliação, a Coréia do Norte promoveu um teste de mísseis pequeno. Os EUA e a Coréia do Norte chegaram então a um acordo em 1994 que interrompeu seu trabalho nuclear e foi mais ou menos honrado pelos dois lados. Quando George W. Bush tomou posse, a Coréia do Norte tinha talvez uma arma nuclear e verificadamente não produzia mais.

Bush imediatamente lançou seu militarismo agressivo, ameaçando a Coréia do Norte – “machado do mal” e tudo isso – então a Coréia do Norte voltou a trabalhar com seu programa nuclear. Na época que Bush deixou a Casa Branca, tinham de 8 a 10 armas nucleares e um sistema de mísseis, outra grande conquista neoconservadora. No meio, outras coisas aconteceram. Em 2005, os EUA e a Coréia do Norte realmente chegaram a um acordo no qual a Coréia do Norte teria que terminar com todo seu desenvolvimento nuclear e de mísseis. Em troca, o ocidente, mas principalmente os EUA, forneceria um reator de água natural para suas necessidades medicinais e pararia com declarações agressivas. Eles então formariam um pacto de não agressão e caminhariam em direção ao conforto.

Era muito promissor, mas quase imediatamente Bush menosprezou. Retirou a oferta do reator de água natural e iniciou programas para compelir bancos a pararem de manejar qualquer transação Norte Coreana, até mesmo as legais. Os Norte Coreanos reagiram revivendo seu programa de armas nuclear. E esse é o modo que se segue.

É bem sabido. Pode-se ler na cultura americana principal. O que dizem é: é um regime bem louco, mas também segue uma política do olho por olho, dente por dente. Você faz um gesto hostil e responderemos com um gesto louco nosso. Você faz um gesto confortável e responderemos da mesma forma.

Ultimamente, por exemplo, existem exercícios militares Sul Coreanos-Americanos na península Coreana a qual, do ponto de vista do Norte, tem que parecer ameaçador. Pensaríamos que estão nos ameaçando se estivessem indo ao Canadá e mirando em nós. No curso disso, os mais avançados bombardeiros na história, Stealth B-2 e B-52, estão travando ataques de bombardeio nuclear simulados nas fronteiras da Coréia do Norte.

Isso, com certeza, reacende a chama do passado. Eles lembram daquele passado, então estão reagindo de uma forma agressiva e extrema. Bom, o que chega no ocidente derivado disso tudo é o quão loucos e horríveis os líderes Norte Coreanos são. Sim, eles são. Mas essa não é toda a história, e esse é o jeito que o mundo está indo.

Não é que não haja alternativas. As alternativas somente não estão sendo levadas em conta. Isso é perigoso. Então, se me perguntar como o mundo estará no futuro, saiba que não é uma boa imagem. A menos que as pessoas façam algo a respeito. Sempre podemos.

Tradução: Isabela Palhares

 

31 comentários sobre “Estamos à beira da total auto-destruição? Noam Chomsky

  1. Esse artigo vem ao encontro de tudo que tenho estudado. Eles estão se sentindo,e eles são bem poucos pode-se contar nos dedos, deuses, só que se esquecem que a matéria prima de que são feitos não é diferente de todo o resto da humanidade,como eles gostam de pensar. O acordo 80/20 será de na realidade 100%, não restará pedra sobre pedra. Talvez eles até sobrevivam, mas não conseguiram viver, e então, verão as duras penas, que estão se arrependendo tarde demais. O deus poder, o deus dinheiro, o deus controle, não terá mais a menor valia. Terão que lutar pela própria sobrevivência, e com o que? Todos os seus deuses se tornaram obsoletos.

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  2. Pois é infelizmente, se acontecer o exterminio da raça humana, quem sobrará para dizer
    : Leonardo Boof tinha razão

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  3. Belas reflexões histórico-políticas do mestre dos mestres Leonardo Boff e do mestre Noam Chomsky. Longe de querer me comparar a tais mestres, mas como sou cético em relação ao “projeto homem”, quero fazer outro tipo de reflexão, mais fatalista, porém não menos real. Sempre pergunto: Por que as pessoas acreditam que tenha uma data, um dia específico, para o mundo (terra) acabar? Indubitavelmente o mundo vai acabar. Pois, tudo o que está no tempo e no espaço perecerá, que popularmente se diz: “tudo o que teve começo terá fim”. Penso que tal crença vem do mito judaico-cristão da criação, o mito do Gênese. Pelo Gênese Deus criou o mundo pelas palavras mágicas “fiat lux” e, magicamente, também criou o homem e a mulher para que dominassem tudo que está no mundo. Penso que, a partir desse mito, as pessoas associam que, se o mundo e o homem foram criados em um dia, na verdade 6, esse mesmo mundo terá seu fim em apenas um dia. Porém, os cientistas afirmam que o homo arcaico evoluiu entre 400.000 e 250.000 anos atrás. Há duas hipóteses sobre o aparecimento do homo sapiens na terra. A dominante é a “Hipótese da origem única”, na qual o homo sapiens teria surgido na África e migrou para os diversos continentes entre 50-100 mil anos atrás. A outra é a “Hipótese multirregional” cujo argumento é que o homo sapiens evoluiu a partir das espécies existentes nas diversas regiões geograficamente separadas. Mas, há uma concordância entre os cientistas das duas hipóteses: O homo sapiens teria aparecido há 40.000 anos. Então, digo que, se o mundo acabasse em apenas um dia, seria muito bom e prazeroso para o homem. Pois, todo o sofrimento resumir-se-ia em apenas um dia. Mas, parece que não foi assim que ocorreu o seu aparecimento e, infelizmente, não será assim o seu desaparecimento. Seu desaparecimento será de forma lenta e gradual e levarão outros 40.000 anos de muita dor e sofrimento. A luta dos mestres Boff e Chomsky é no sentido de diminuir tal dor e sofrimento antes do fim.

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    • Vc tá mais por fora que arco de barril, meu caro. Como vc prefere acreditar em cientistas, seres finitos, a acreditar no Deus invisível em que não há sombra de variação? O Gênesis não é mito. Os dados arqueológicos mostram, que como está narrado a criação e depois a destruição da raça humana (dilúvio) no livro do Gênesis, de fato isso aconteceu. A única salva guarda (esperança) da raça humana, nossa única porta de escape de nós mesmos é sem duvida a Palavra de Deus. Cientistas são homens que tentam destruir essa Palavra. São homens apaixonados por uma notícia bombástica. Querem ser gurus do tempo e espaço, porém não têm certeza que atravessarão aquela porta. Deus é nossa âncora. Em Deus está a nossa força. Caim, Ninrode, estavam errados. Mas muitos ainda querem segui-los.

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      • Samuel, vc deveria respeitar mais a Deus e não se entregar facilmente ao fetichismo de textos biblicos. O mesmo Deus que inspirou a Biblia inspirou tambem a inteligencia humana. É blasfemar contra o Espírito Santo pensar que aqueles que não pertencem ao rebanho só pensam e dizem mentiras.

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  4. Frei Leonardo Boff moro em uma cidade muito pequena,o que o Senhor nos aconselha fazer para melhorar o meio ambiente, aqui ainda tem muitas arvores,vivemos do café,fora o café tem só o comercio que é pequeno,aqui não tem fabrica de nada, e eu penso que é justo a falta de fabricas que o lugar é muito pobre,varias pessoas daqui vão para as cidades maiores em busca de emprego,o que podemos fazer?

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    • Maria Selma
      Creio que vc vive num lugar privilegiado. Viver no Rio é um purgatório de calor e o trânsito muito engarrafado que estressa terrivelmente as pessoas. O que vc deve fazer? Conservar a riqueza que já possui. Mas não existe só a ecologia ambiental, existe tambem a mental: cultivar valores de bondade,pensamentos positivos face às pessoas, apesar de seus defeitos, alimentar uma vida espiritual, abrindo-se para Deus. Essa energia que vc gera não é material,mas é uma forte energia humana. Segundo a física quânatica, tudo de bom que vc fizer, não fica restrito a voce mas corre o mundo, fortificando quem está fraco, animando quem está desesperando e reforçando a onda do bem que, ao se acumular mais e mais, vai forçar uma grande virada no mundo, um tsunami da luz e do bem. Precisamos crer nisso e esperar que por ai vai o futuro da humanidade. Embora vivendo num lugar pequeno, sua energia pode ser grande e com efeitos seguros.
      Continue se preocupando positivamente pela vida que é sempre mais forte que a morte. Lboff

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  5. Respeito e admiro L.Boff, mas esta tradução deixou alguns pontos incompreensíveis, além de muitos problemas de concordância. Não quero desestimular a tradutora, mas seria muito bom rever o texto .

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  6. Querida tradutora, é uma pena que você não tenha tido o cuidado necessário para fazer essa tradução, pois o texto é de máxima urgência e o autor, sabe-se, escreve corretíssimo em inglês, e o texto em português não faz jus ao texto fonte.

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  7. Infelizmente, a tradutora também não respeitou a língua portuguesa… verdadeiramente uma pena, pois o artigo parece muito bom, mas está ilegível na tradução acima.

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  8. escrevo este comentário porque sinto a mesma preocupação,com relação a situação da falta de consciência do homem com a natureza,a lei do consumo do mais forte R$.

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  9. Olha, sem querer ser um ponto fora da curva, discordo um pouco da estrutura de raciocínio apresentada. No início o autor cita iniciativas de proteção ambiental e nomina Hugo Chaves e a Bolivia, sob a 3a gestão de Evo Morales
    O que estas administrações tem de bom? Desconheço.
    A Venezuela está literalmente relegada a um estágio de inanicao permanente. A revolução bolivariana liquidou qq iniciativa privada de produção. Lá falta TUDO para uma vida minimamente saudável. Agora cim a queda no preço do petróleo então o modelo cai na dura realidade. … desespero e muito sofrimento.
    A Bolivia estimula a produção de cocaina e de seus derivados sen qq pudor. A Bolivia estimula a destruição das famikias no mundo inteiro. A cocaina boliviana junto com o GLP são seu modo de sobrevivência e que se exploda o resto do mundo.
    Constituição boliviana ? Esqueçam.
    Sobre o futuro da humanidade concordo com a necessidade premente de um giro noa negócios e na forma capitalista de acumular. Nisto SFAssis foi luminar… Agora não é apenas os EUA que são responsávei, diversos países não citados tem cukpa e grande no atual modelo de uso da tecnologia e de enfrentamentos.
    Na verdade não é o mal contra o bem que coordena a dinámica e sim o meu interesse contra o teu interesse.
    Enfim assunto amplo demais para ser discutido en breves comentarios.
    Falta muito amor e fraternidade nesta equação.

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  10. Dificilmente a humanidade se extinguirá, isto sim as forças da luz não permitirão. Poderá sobrar poucos mas será o suficiente para renovar as coisas.

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  11. A QUARTA GUERRA MUNDIAL
    O Sub-Comandante Marcos, zapatista, Chiapas – México, escreveu um livro muito interessante: “A Revolução Invencível”, quando ele nos diz que já estamos na quarta guerra mundial – a terceira foi a guerra-fria -, onde a bomba-maior é a bomba-financeira.
    Jan Baudrillard, diz que o grande perigo nuclear está no empobrecimento iminente das nações: “As nações ficarão tão pobres e, por falta de manutenção, as usinas e arsenais nucleares, explodirão em seus territórios de origem, como aconteceu com a Chernobyl.na Rússia”, ou talvez em Fukushima, no Japão.
    Irak já é uma nação nuclear, por isso o recuo dos “States”.
    Saiu uma notícia que o Presidente da Coréia do Norte está querendo um diálogo com a Coréia do Sul (?).
    Não dá mais tempo – estamos à beira de um Waterloo econômico-financeiro. Esta será a última batalha de sobrevida do capitalismo. Depois desse episódio, a mundialização retornará a sua fase mais bárbara e primitiva da humanidade, caso não se faça alguma coisa para impedir isso.
    Não podemos ficar num discurso de vinte anos atrás.
    Teremos que abolir de vez e pelas raízes o Mercado Financeiro Mundial, porque ele está servindo de âncora falsa para a sobrevida do capitalismo já morto.
    O capitalismo está como as unhas do morto, cresce, mas sem nenhuma importância(Robert Kurtz).
    Acabou-se o dinheiro da produção, mas ela continua firma. Firme apenas como excrescência. A excrescência aumenta até mais (Jan Baudrillard).
    Noam Chomsky sempre desprezou a revolução eletrônica, como algo que é o pivô de toda transformaçao pela qual passa o planeta Terra.
    Em um de sus livros ele diz que a automação sempre existiu. Atualmente ela é usada para amedrontar os operários. Não discute ou não entende que o trabalho abstrato morreu: que a produção perdeu seu valor: e o dinheiro, como sua manifestação, também perdeu o seu valor. Com isto o capitalismo morreu juntamento com sua modernização – que é o socialismo real.
    O discurso de Noam Chomsky é de um norte-americanista suspeito.

    odécio mendes rocha

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  12. Odeciomendesrocha Mendes Rocha PERMALINK
    16/01/2015 10:10
    AQUECIMENTO GLOBAL
    Existem muitos exageros a respeito do aquecimento em que o nosso planeta Terra está a passar nestas últimas décadas. Está certo que nos últimos duzentos anos o capitalismo, juntamente com o socialismo real, poluíram o nosso planeta de forma alarmante. Porém, teremos que nos perguntar: Qual o paradigma da Ciência está prognosticando esses resultados? O antigo paradigma da Ciência – o newtoniano/cartesiano – chegou ao seu fim. Ele não tem mais nenhuma autoridade para dizer o que é certo
    e o que é errado, pois não tem a verdade como certeza, e sim a probabilidade, como nos afirma o prêmio Nobel Ilya Prigogine, em seu livro O Fim das Certezas, Unesp, 1996.
    As verdades do antigo paradigma da Ciência, ao se tornarem obsoletas, migraram para a Política. Este grande problema está gerando impasses entre os centistas.O aquecimento global ao sem tornar um problema político, provocou distorções em torno de um diagnóstico preciso ao falar de meio ambiente.
    Os cientistas que pregam o Apocalipse, são charlatões, levando paranóia à população. Não podemos afirmar que daqui a tantos anos surgirão catástrofe. Não sabemos, é apenas uma probabilidade. Poderá ser hoje, ou nunca acontecer tais cataclismos.
    Na Idade Média, por volta do ano 800 a 1.200 d. C., houve um cataclimo global pior que o atual.O que tem de diferente no fenômeno da Idade Média para o atual, é que este tem a mais
    um agravante: o aquecimento antropogênico. Ou seja: o aquecimento causado pelo poluição do homem nos quatro cantos do planeta. Além das acomodações de placas tectônicas,
    que poderãm causar tsunamis em raros casos, o aquecimento antropogênico é mais um acrescimo na problemática ambiental atual.
    Já passamos por isso, dizem os céticos. Não podemos subestimar
    e não podemos nos apavorar. Para que isto se torne possível, teremos que solucionar com maior urgência o problema social, junto com o problema ecológico.
    25 Março 2010
    odecio mendes rocha

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  13. Odeciomendesrocha Mendes Rocha
    27 de janeiro às 21:03 · Twitter ·
    ‘Temos de construir uma economia na qual o bem das pessoas, e não o dinheiro, seja o centro’. – Carta Maior http://t.co/FEUqjTEHfK

    ‘Temos de construir uma economia na qual o bem das pessoas, e não o dinheiro, seja o centro’.
    Em entrevista, Papa fala sobre pobreza, economia e justiça social: ‘os mercados e as especulações financeiras não podem gozar de autonomia absoluta’
    CARTAMAIOR.COM.BR

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  14. […] e a civilização.  Neste aspecto, Leonardo Boff faz uma reflexão interessante no seu artigo “Estamos à beira da total auto-destruição?”   As consequências de tanta gente vivendo nesta lógica no mundo atual são as mais diversas: […]

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  15. AS GRANDES TRIBULAÇÕES PLANETÁRIAS

    VIVA JESUS!

    Boa-noite! queridos irmãos.
    “Hoje quem causa os cataclismos somos nós e não a natureza, estamos vivendo a maior crise ambiental da história da humanidade.” – André Trigueiro
    Com a partida de Jesus da Terra, acelera-se a decadência do Império Romano, começando longo período de guerras, de perseguições e morte dos discípulos, porque muitos algozes acreditavam prestar inestimável serviço ao Império apontando supostos hereges e matando os portadores da Boa Nova.
    Estes instantes dolorosos assinalariam a renovação planetária. As calamidades que adviriam, provocadas pela maldade dos homens, são tantas, que se não houver a intervenção da Providência Divina, nada mais será respeitado na Terra. Porém a Providência é vigilante e no momento oportuno colocará um fim à loucura dos homens. Antes de chegar esse momento de transição, a violência, a sensualidade, os escândalos e a corrupção atingirão níveis jamais pensados, enquanto as enfermidades degenerativas, os vícios, os desvarios sexuais clamarão por paz, pelo retorno da moral.Os flagelos como inundações, epidemias, secas levam à dor e ao sofrimento grande parte das populações, porque o egoísmo, traduzido no privilégio das minorias, impede que recursos avançados da ciência sejam aplicados de forma a eliminar ou diminuir seus danosos e dolorosos efeitos. Entretanto, à medida que a ciência vai progredindo, o homem os vai dominando, isto é, pela pesquisa das causas, pode prevenir-se. No entanto, há flagelos como temperaturas altíssimas ou muito baixas que o homem ainda não pode controlar, mas, por sua negligência, poderá agravá-los.
    Observamos que as guerras fraticidas sucedem-se em todos os tempos, semeando a orfandade e a viuvez, a dor e a desolação, tudo atentado contra o preceito cristão devido ao egoísmo, à posse, à vaidade, à ganância dos homens, ocasionando pestes, fome, terremotos em diversos lugares, porém, para que a humanidade progrida, não são necessárias as guerras, pois a evolução se processa sem provocar abalos e sem produzir ruínas. Entretanto, como os homens não querem obedecer à Lei de Progresso, acabam se apegando demais às instituições e às ideias do passado, produzindo atritos, degenerando-se em conflitos de onde advém o caráter penoso das transições.
    Vemos nações armando-se de todos os meios possíveis e inimagináveis, gerando engenhos mortíferos e terríveis e dificilmente pode-se prever as consequências de uma guerra nuclear que abalará o mundo, conforme prognosticado no Apocalipse, capítulo oito, versículos sete a doze, segundo o apóstolo João, ocasionando a destruição de apreciável parcela da humanidade.
    Às vezes, é necessário que o mal chegue ao excesso para se tornar compreensível a necessidade do bem e das reformas. A civilização organizada para a guerra e vivendo para a guerra há de cair inevitavelmente, mas o futuro nascerá dos seus escombros para um novo ciclo da humanidade, sem os extremismos antirracionais.
    O Livro dos Espíritos nas questões 735 e 743 afirma claramente que “Entre os flagelos produzidos exclusivamente pelo homem sobreleva a guerra e esta desaparecerá da face da Terra quando a humanidade compreender a justiça e praticar a Lei de Deus, podendo entender que, quando a destruição excede os limites da necessidade, se torna uma violação da Lei Divina”. Gandhi também nos lembra que “A Terra pode oferecer o suficiente para satisfazer as necessidades de todos os homens, mas não a ganância de todos os homens”. E Dalai Lama judiciosamente elucida que “A destruição da natureza resulta da ignorância, da cobiça e ausência de respeito para com os seres vivos do planeta. Muitos habitantes da Terra: animais, plantas, insetos e até mesmo micro-organismos que já são raros ou estão em perigo podem tornar-se desconhecidos das futuras gerações. Temos a capacidade, a responsabilidade e precisamos agir antes que seja tarde”.
    O Mestre afirmou que ocorreria a multiplicação da iniquidade a tal ponto que enfraqueceria a fé de muitos. Na realidade, a violência e a iniquidade reinaram e reinam em todas as épocas da humanidade. Para o Espiritismo tudo isto está relacionado com as vidas sucessivas, explicado na Lei da Reencarnação. Segundo Mateus, é apenas o começo (Mateus,13:40-43.)
    Vemos fenômenos sísmicos aterradores sacudirem o orbe com frequência, despertando a solidariedade de outras nações. Enquanto armas ditas inteligentes ceifam milhares de vidas a serviço da guerra, em revoluções intermináveis, outras tantas buscam a paz, ajudando as vítimas dos desvarios humanos. São esses paradoxos da vida em sociedade que a grande transição tem lugar no planeta, para que haja a transformação.
    Percebemos que as tragédias naturais como tsunamis e terremotos têm como objetivo acelerar a evolução da humanidade; constatamos que é preciso que tudo seja destruído a fim de que possa renovar-se, ou seja, não é Lei de Destruição, mas sim de transformação.
    Quando a humanidade estiver madura para subir um degrau, pode-se dizer que são chegados os tempos marcados por Deus, como pode-se dizer também que eles chegam para a maturação dos frutos e sua colheita.
    Vivemos atualmente uma época de transformação denominada Período de Transição, que nos apresenta aceleradas transformações na estrutura geológica e atmosférica do planeta, assim como convulsões sociais e morais, e acelerado desenvolvimento tecnológico e científico.
    As tempestades passarão e o céu reaparecerá em sua limpidez. A obra divina se expandirá em um novo surto. A fé renascerá nas almas e novamente se irradiará, mais fulgurante sobre o mundo regenerado, o pensamento de Jesus. Não nos restam dúvidas de que são condições portadoras de inquietude. Todavia, a Terra não deverá transformar-se por meio de um cataclismo que aniquile de súbito uma geração. A atual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das coisas.
    O Evangelho do Mestre ainda encontrará, por algum tempo, a resistência das trevas. A má-fé, a ignorância, o império da força conspirarão contra o Evangelho, mas o tempo virá em que sua ascendência será reconhecida. Nos dias de flagelo e de provações coletivas, é para a sua luz eterna que a humanidade se voltará tomada de esperança. Então, novamente, se ouvirão as palavras benditas do Sermão da Montanha e, através das planícies, dos montes, dos vales, o homem conhecerá o caminho, a verdade e a vida.
    Mahatma Gandhi afirmou: “O Sermão da Montanha é o resumo do Cristianismo”, destacando: “sejamos nós a mudança que queremos ver no mundo”.
    Bibliografia:KARDEC, Allan – A Gênese – 28ª edição – Rio de Janeiro – RJ – Editora FEB – 1985 – capítulos: 17, itens 10, 15 e 47; capítulo 18, itens 1, 8, 9, 10, 20, 27 e 28.
    Temy Mary Faccio Simionato
    Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/outros-temas/as-grandes-tribulacoes-planetarias/#ixzz4wLBr8tK3

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