Una revolución en la evolución

Existe una percepción generalizada de que el ser humano de hoy es alguien que debe ser superado. Todavía no ha terminado de nacer, pero está latente dentro de los dinamismos del proceso evolutivo. Esta búsqueda del hombre y mujer nuevos tal vez sea uno de esos anhelos que jamás lograron progresar en la historia.

Dos ejemplos. El pensamiento mesopotámico produjo la epopeya de Gilgamesh (siglo VII a.C) que está muy cerca del relato bíblico de la creación y del diluvio. El héroe Gilgamesh, angustiado por el drama de la muerte, busca el árbol de la vida. Quiere encontrar a Utnapishtim que había escapado del diluvio, había sido inmortalizado, y vivía en una isla maravillosa donde no reinaba la muerte. En su camino, el dios Sol (Shamash) le apostrofa: «Gilgamesh, la vida que buscas nunca la vas a encontrar». La divina ninfa Siduri le advierte: «cuando los dioses crearon la humanidad le dieron como destino la muerte; ellos retuvieron para sí la vida eterna. Gilgamesh, harías mejor llenando el vientre y gozando la vida de día y de noche; alégrate con lo poco que tienes en tus manos».

Gilgamesh no desiste. Llega a la isla de la inmortalidad. Consigue el árbol de la vida y regresa. Al volver, la serpiente sopla con su aliento fétido el árbol de la vida y lo roba. El héroe de la epopeya muere desilusionado y va «al país donde no hay retorno, donde la comida es polvo y barro, y los reyes son despojados de sus coronas». La inmortalidad sigue siendo una búsqueda perenne.

Nuestros tupi-guaraní y apopocuva-guaraní crearon la utopía de la “tierra sin males” y la “patria de la inmortalidad”. Vivían en movilidad constante. De la costa de Pernambuco, de repente se desplazaban hacia el interior de la selva, junto a las cabeceras del río Madeira. De allí, otro grupo se ponía en marcha hasta llegar a Perú. De la frontera de Paraguay, otro grupo se dirigía a la costa atlántica, y así sucesivamente. El estudio de los mitos por los antropólogos desveló su significado. El mito de la “tierra sin males” ponía en marcha a toda la tribu. El chamán profetizaba: “va a aparecer en el mar”. Para allí marchaban esperanzados. Mediante ritos, danzas y ayunos creían volver el cuerpo ligero e ir al encuentro en las nubes de la “patria de la inmortalidad.” Desilusionados, regresaba a la selva hasta oír otro mensaje e ir en busca de la ansiada “tierra sin males”, anhelo de una esperanza imperecedera.

Los dos ejemplos expresan, en formas míticas, lo mismo que expresan los modernos en el dialecto de las ciencias. Éstos no esperan el ser nuevo del cielo, quieren gestarlo con los medios que les ofrece la manipulación genética. Seguimos buscando y no obstante, muriendo siempre, jóvenes o mayores.

El cristianismo se inscribe también dentro de esta utopía. Con la diferencia de que ya no es una utopía sino una topía, es decir, un acontecimiento bienaventurado e inaudito que irrumpió dentro de la historia. El testimonio más antiguo del paleocristianismo es este: “Christus ressurrexit vere et aparuit Simoni” (Lc 24,34): “Cristo resucitó verdaderamente y apareció a Simón”.

Entendieron la resurrección no como la reanimación de un cadáver, como el de Lázaro, que después acabó muriendo nuevamente, sino como la emergencia del ser humano nuevo, el “novíssimus Adam” (1Cor 15,45), el “novísimo Adán”, como realización plena de todas las virtualidades presentes en lo humano.

No encuentran palabras para expresar ese fenómeno inaudito. Lo denominan “cuerpo espiritual” (1Cor 15,44). Eso parece contradictorio para la filosofía dominante en la época: si es cuerpo no puede ser espíritu; si es espíritu no puede ser cuerpo. Sólo uniendo los dos conceptos, según los primeros cristianos, hacían justicia al hecho nuevo: es cuerpo pero transfigurado; es espíritu pero liberado de los límites materiales y con dimensiones cósmicas.

Dicen más: la resurrección no es simplemente un acontecimiento personal, realizado en la vida de Jesús. Es algo para todos e incluso cósmico, como aparece en las epístolas de san Pablo a los Colosenses y a los Efesios. Por eso san Pablo reafirma: “él es la anticipación de los que han muerto… Así como por Adán todos murieron, así por Cristo todos volverán a vivir” (1Cor 15,22).

Este es un discurso de fe y religioso, pero no deja de tener su importancia antropológica. Representa una entre tantas respuestas al enigma de la muerte, tal vez la más prometedora.

Si es así, estamos ante una revolución dentro de la evolución, como si la evolución anticipase su fin bueno en el auge de la realización de sus potencialidades escondidas. Sería una miniatura que nos muestra a qué gloria y a qué destino sumamente feliz estamos llamados.

Así vale la pena vivir y morir. En realidad, no vivimos para morir. Morimos para resucitar. Para vivir más y mejor.

A todos los que creen y a aquellos que dejan en suspenso su juicio, buenas fiestas de Pascua.

A Conferência dos Bispos do Brasil toma posição face à crise política do país

A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) sempre entendeu que a Igreja possui uma dupla missão: uma especificamente religiosa e outra eminentemente social. Na primeira, procura levar avante, nas diferentes instâncias da vida, a mensagem de Jesus, organizando-se como instituição religiosa junto com a vasta rede de comunidades eclesiais de base, círculos bíblicos, a catequese e a teologia para as diferentes idades. A missão social se realiza na medida em que se sente parte da sociedade e comprometida com os temas da justiça, dos direitos humanos, especialmente dos mais pobres, comprometida na construção de uma democraciaa aberta. Instituíu comissões que tratam das questões da terra, da reforma agrária, dos indígenas, das mulheres, da população afrodescendente, da problemática das crianças, da saúde e da educação. Neste sentido  a CNBB sempre esteve preente nesse campo social. Ajuda a formar a opinião pública e granjeou grande reputação na resistência às violências do regime militar.Publicamos aqui a recente declaração da última Assembléia  realizasda entre 15-24 de abril em Aparecida onde com palavras claras toma posição face aos distintos temas em pauta na discussão pública de nosso pais: Lboff

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Entre vós não deve ser assim” (Mc 10,43).

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, reunida em sua 53ª Assembleia Geral, em Aparecida-SP, no período de 15 a 24 de abril de 2015, avaliou, com apreensão, a realidade brasileira, marcada pela profunda e prolongada crise que ameaça as conquistas, a partir da Constituição Cidadã de 1988, e coloca em risco a ordem democrática do País. Desta avaliação nasce nossa palavra de pastores convictos de que “ninguém pode exigir de nós que releguemos a religião para a intimidade secreta das pessoas, sem qualquer influência na vida social e nacional, sem nos preocupar com a saúde das instituições da sociedade civil, sem nos pronunciar sobre os acontecimentos que interessam aos cidadãos” (EG, 183).

O momento não é de acirrar ânimos, nem de assumir posições revanchistas ou de ódio que desconsiderem a política como defesa e promoção do bem comum. Os três poderes da República, com a autonomia que lhes é própria, têm o dever irrenunciável do diálogo aberto, franco, verdadeiro, na busca de uma solução que devolva aos brasileiros a certeza de superação da crise.

A retomada de crescimento do País, uma das condições para vencer a crise, precisa ser feita sem trazer prejuízo à população, aos trabalhadores e, principalmente, aos mais pobres. Projetos, como os que são implantados na Amazônia, afrontam sua população, por não ouvi-la e por favorecer o desmatamento e a degradação do meio ambiente.

A lei que permite a terceirização do trabalho, em tramitação no Congresso Nacional, não pode, em hipótese alguma, restringir os direitos dos trabalhadores. É inadmissível que a preservação dos direitos sociais venha a ser sacrificada para justificar a superação da crise.

A corrupção, praga da sociedade e pecado grave que brada aos céus (cf. Papa Francisco – O Rosto da Misericórdia, n. 19), está presente tanto em órgãos públicos quanto em instituições da sociedade. Combatê-la, de modo eficaz, com a consequente punição de corrompidos e corruptores, é dever do Estado. É imperativo recuperar uma cultura que prima pelos valores da honestidade e da retidão. Só assim se restaurará a justiça e se plantará, novamente, no coração do povo, a esperança de novos tempos, calcados na ética.

A credibilidade política, perdida por causa da corrupção e da prática interesseira com que grande parte dos políticos exerce seu mandato, não pode ser recuperada ao preço da aprovação de leis que retiram direitos dos mais vulneráveis. Lamentamos que no Congresso se formem bancadas que reforçem o corporativismo para defender interesses de segmentos que se opõem aos direitos e conquistas sociais já adquiridos pelos mais pobres.

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215/2000, por exemplo, é uma afronta à luta histórica dos povos indígenas que até hoje não receberam reparação das injustiças que sofreram desde a colonização do Brasil. Se o prazo estabelecido pela Constituição de 1988 tivesse sido cumprido pelo Governo Federal, todas as terras indígenas já teriam sido reconhecidas, demarcadas e homologadas. E, assim, não estaríamos assistindo aos constantes conflitos e mortes de indígenas.

A PEC 171/1993, que propõe a redução da maioridade penal para 16 anos, já aprovada pela Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça da Câmara, também é um equívoco que precisa ser desfeito. A redução da maioridade penal não é solução para a violência que grassa no Brasil e reforça a política de encarceramento num país que já tem a quarta população carcerária do mundo. Investir em educação de qualidade e em políticas públicas para a juventude e para a família é meio eficaz para preservar os adolescentes da delinquência e da violência.

O Estatuto da Criança e do Adolescente, em vigor há 25 anos, responsabiliza o adolescente, a partir dos 12 anos, por qualquer ato contra a lei, aplicando-lhe as medidas socioeducativas. Não procede, portanto, a alegada impunidade para adolescentes infratores. Onde essas medidas são corretamente aplicadas, o índice de reincidência do adolescente infrator é muito baixo. Ao invés de aprovarem a redução da maioridade penal, os parlamentares deveriam criar mecanismos que responsabilizem os gestores por não aparelharem seu governo para a correta aplicação das medidas socioeducativas.

O Projeto de Lei 3722/2012, que altera o Estatuto do Desarmamento, é outra matéria que vai na contramão da segurança e do combate à violência. A arma dá a falsa sensação de segurança e de proteção. Não podemos cair na ilusão de que, facilitando o acesso da população à posse de armas, combateremos a violência. A indústria das armas está a serviço de um vigoroso poder econômico que não pode ser alimentado à custa da vida das pessoas. Dizer não a esse poder econômico é dever ético dos responsáveis pela preservação do Estatuto do Desarmamento.

Muitas destas e de outras matérias que incidem diretamente na vida do povo têm, entre seus caminhos de solução, uma Reforma Política que atinja as entranhas do sistema político brasileiro. Apartidária, a proposta da Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, da qual a CNBB é signatária, se coloca nessa direção.

Urge, além disso, resgatar a ética pública que diz respeito “à responsabilização do cidadão, dos grupos ou instituições da sociedade pelo bem comum” (CNBB – Doc. 50, n. 129). Para tanto, “como pastores, reafirmamos ‘Cristo, medida de nossa conduta moral’ e sentido pleno de nossa vida” (Doc. 50 da CNBB, Anexo – p. 30).

Que o povo brasileiro, neste Ano da Paz e sob a proteção de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, supere esse momento difícil e persevere no caminho da justiça e da paz.

Aparecida, 21 de abril de 2015.

Quem defende o impeachment da Presidenta Dilma Rousseff ?

O Blog do Luis Nassif – GGN – de 23/04/2015 fez uma breve seleção dos defensores do impeachment de Dilma Rouseff, oriundos de vários partidos:

1 – Aécio Neves (PSDB)

 O neto de Tancredo Neves que construiu um aeroporto de R$ 14 milhões no terreno do tio-avô já foi questionado na Justiça sobre o paradeiro de mais de R$ 4 bilhões que deveriam ter sido injetados na saúde de Minas Gerais. O caso Copasa contra o ex-governador foi engavetado, por manobras jurídicas. Destino semelhante tiveram as menções a Aécio na Lava Jato. O tucano foi citado por Alberto Youssef como beneficiário de propina paga com recursos de Furnas. Para o procurador-geral da República, isso não sustenta um inquérito. Rodrigo Janot também cuida de outro escândalo que leva a Aécio, sob a palavra-chave Liechtenstein (um principado ao lado da Suíça). Investigando caso de lavagem de dinheiro, procuradores do Rio de Janeiro chegaram a uma holding que estava em nome da mãe, irmã, ex-mulher e filha do tucano. Esse inquérito está parado desde 2010 – época em que Roberto Gurgel era o PGR.

 2- Agripino Maia (DEM)

Presidente do DEM, Agripino Maia foi dono das expressões mais sugestivas de defesa da luta contra a corrupção. “Chegou a hora de colocar o impeachment [de Dilma Rousseff]”, disse no encontro com os manifestantes anti-governo. O senador tem em seu currículo a acusação de receber R$ 1 milhão em propina, em um esquema que envolvia a inspeção de veículos no Rio Grande do Norte, entre 2008 e 2011. Coordenador da campanha presidencial de Aécio, o democrata, em 2014, teve seu caso arquivado no MPF pelo ex-procurador-geral da República Roberto Gurgel. Mas foi reaberto há sete meses por Janot, e agora está sendo investigado no Supremo Tribunal Federal (STF).

3- Ronaldo Caiado (DEM)

O senador Ronaldo Caiado (DEM) é associado ao bicheiro Carlinhos Cachoeira por supostamente ter recebido verba ilícita nas campanhas de 2002, 2006 e 2010. Cachoeira foi denunciado por tráfico de influência e negociava propinas para arrecadar fundos para disputas eleitorais. O bicheiro foi preso em 2012 por operação da Polícia Federal que desbaratou esquema de adulteração de máquinas caça-níquel. Caiado foi citado nesse contexto, recentemente, por Demóstenes Torres. Ele teria participado de negociação entre Cachoeira e um delegado aposentado que queria ampliar esquemas de jogo ilegal. Até familiar do democrata já foi alvo de denúncia. O pecuarista Antônio Ramos Caiado, tio de Caiado, está na lista suja do trabalho escravo.

4- Roberto Freire (PPS)

Uma das principais acusações que pesam contra o presidente nacional popular-socialista é de envolvimento com o Mensalão do DEM. A diretora comercial da empresa Uni Repro Serviços Tecnológicos, Nerci Soares Bussamra, relatou que o partido praticava chantagem e pedia propina para manter um contrato de R$ 19 milhões com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, comandada pelo deputado Augusto Carvalho. Freire teria sido beneficiado no esquema.

 5- Paulinho da Força (SD)

O presidente do Solidariedade, segundo autoridades policiais, participou de esquema de desvio de recursos do BNDES. Um inquérito foi aberto no STF para investigar o caso. Em 2014, a Polícia Federal também indiciou a sogra e outras duas pessoas ligadas ao deputado federal sob suspeita de falsificarem assinaturas para a criação do Solidariedade. Gilmar Mendes conduzirá, ainda, a apuração em torno da suposta comercialização de cartas sindicais (uma espécie de autorizações do Ministério do Trabalho para a criação de sindicatos) por Paulinho, dirigente da Força Sindical. Consta nos registros que cada carta era vendida por R$ 150 mil.

 6- Mendonça Filho (DEM)

Em fevereiro de 2014, Mendonça se envolveu em uma polêmica por querer indicar deputado acusado de duplo homicídio pelo Supremo Tribunal Federal para presidir a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. Julio Campos (DEM), ex-governador do Mato Grosso, afirmou que Mendonça teria dito que a indicação era uma “homenagem”. O deputado federal de Pernambuco já foi preso pela Justiça eleitoral sob acusação de fazer carreata no dia de votação, mas o STF decidiu que não houve crime eleitoral. Um documento da Operação Castelo de Areia citava contribuição suspeita de R$ 100 mil da Camargo Correa a Mendonça, para sua tentativa de ser prefeito do Recife. Ele admitiu que recebeu R$ 300 mil da empresa, mas alega que foram doações dentro das conformidades.

 7- Carlos Sampaio (PSDB)

O deputado mais votado da região de Campinas (SP) recebeu R$ 250 mil de uma empreiteira envolvida no esquema de corrupção da Petrobras investigado na Operação Lava Jato. Sua última campanha arrecadou, oficialmente, R$ 3 milhões. Não há comprovação sobre a lisura da doação. Sampaio, coordenador jurídico do PSDB e autor do pedido para que Aécio fosse empossado no lugar de Dilma Rousseff, teve reprovada a sua prestação de contas referente às eleições para a Assembleia de São Paulo, em 1998, e às eleições municipais de Campinas, em 2008.

 8- Luiz Penna (PV)

O presidente do PV também aparece um tanto escondido na fotografia. Irregularidades já remetidas à prestações de contas do partido incluem seu nome. Em 2006, por exemplo, boa parte dos R$ 37,8 mil gastos em passagens aéres e R$ 76,8 mil com diárias de campanhas eleitorais foram atribuídos a José Luis Penna. Na época, servidores do TSE apontaram ausência de documentos que comprovassem os gastos e uso de notas frias, indicando empresas fantasmas que teriam prestado os serviços. O corpo técnico do Tribunal sugeriu a rejeição das contas do partido de 2004, 2005 e 2006. O deputado federal respondeu a dois processos judiciais, um pelo TRE-SP, rejeitando a sua prestação de contas à eleição de 2006, e outra pelo TSE reprovando as contas do PV de 2004.

 9- Flexa Ribeiro (PSDB)

O hoje senador já foi preso pela Polícia Federal em 2004, na Operação Pororoca, por fraude em licitações de grandes obras realizadas no Amapá. Foi acusado de corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, tráfico de influência, peculato, prevaricação, usurpação de função pública e inserção de dados falsos em sistema de informações.

 10- Antonio Imbassahy (PSDB)

O deputado federal tucano era prefeito de Salvador em 1999, quando contratos suspeitos foram assinados com as empresas Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Siemens, que formavam o consórcio responsável pelo metrô da capital baiana. O Ministério Público Federal investiga o superfaturamento nas obras, que gira em torno de R$ 166 milhões. Até agora, dois gestores indicados por Imbassahy à época e duas empresas foram indiciadas. O tucano é o vice-presidente da CPI da Petrobras, que investiga desvios de verbas da estatal, onde diretores da Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa também aparecem como réus. Imbassahy foi acusado pelo PT de se aproveitar do posto na CPI para pedir documentos à Petrobras e vazar para a imprensa.

 11- Beto Albuquerque (PSB)

Ex-colaborador do governo Tarso Genro (PT) no Rio Grande do Sul, Beto Albuquerque (PSB) foi envolvido na intriga que rendeu a queda do então diretor-geral do Departamento de Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) José Francisco Thormann. Thormann se antecipou a uma demissão após a imprensa local ter revelado que ele viajou à Suiça às custas de uma empresa privada subcontratada para fazer obras no Estado. Em nota de defesa, Thormann afastou suspeitas sobre o fato, e revelou que Beto Albuquerque, quando secretário de Infraestrutura do Estado, também fez viagens ao exterior bancadas por empresas que detinham contratos com o poder público. Quando a notícia surgiu, Beto já não era secretário – tinha deixado a gestão petista para reforçar a bancada do PSB na Câmara Federal.

Estes são os principais atores políticos, a maioria dos quais, metidos em questões de corrupção, o que lhe tira qualquer força moral para urgir o impedimento da Presidenta.

 A retomada da privatização da Petrobrás ou de parte dela?

Acresce ainda o fato de que o impeachment não interesssa só a alguns brasileiros. Conforme denunciou o sociólogo Adalberto Cardoso, diretor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro numa entrevista à Folha de São Paulo do dia 26/04/2015:

“Seria ingenuidade imaginar que não há interesses internacionais envolvidos nessa questão. Trata-se da segunda maior jazida do planeta. Existem interesses geopolíticos de norte-americanos, russos, venezuelanos, árabes. Só haveria mudança na Petrobras se houvesse nova eleição e o PSDB ganhasse de novo. Nesse caso, se acabaria o monopólio de exploração, as regras mudariam. O impeachment interessa às forças que querem mudanças na Petrobrás: grandes companhias de petróleo, agentes internacionais que têm a ganhar com a saída da Petrobrás da exploração de Petróleo. Parte desses agentes quer tirar Dilma”

Uma vez mais fica claro que o projeto do PSDB, caso ganhasse a eleição, seria privatizar toda, ou, grande parte da Petrobrás, obedcendo ao receituário defendido por eles do neoliberalismo e do alinhamento às lógicas do Império.

O impeachment é parte deste projeto maior já que foi rejeitado por 54 milhões de brasileiros, portanto, pela maioria dos eleitores que votaram em Dilma. Os derrotados não aceitam o rito democrático. Querem anulá-lo pelo impedimento da Presidenta. Propõem-se retomar o velho e derrotado projeto privatista que inviabilizaria, o que o PT e os partidos progressitas defendem: um projeto nacional, autônomo, soberano e benéfico às grandes maiorias do povo que ganharia meios necessários para sua educação, saúde e infra-estrutura em geral.

É importante defender nas ruas e nos debates esse projeto inaugurado sob o governo do PT que representa, reconhecidos os erros e atos de corrupção, a verdadeira revolução brasileira, feita de forma democrática e pacífica. Ela direcionou o Estado a serviço das necessidades básicas das grandes maiorias que sempre estiveram à margem e que agora constituem o novo sujeito político histórico, de base popular do Estado e não mais a oligárquica e a burguesa. Essa reviravolta é inaceitável por aqueles que consideravam o Estado como seu (patrimonialismo) e do qual construiram suas principais fortunas.

Mas esperamos que o povo tenha a lucidez suficiente e o sentido da nacionalidade para impedir esse regresso ao passado.

Leonardo Boff, teólogo, filósofo e escritor, co-redator da Carta da Terra

A revolution within evolution

A general perception exists that the human being of today must be superceded. Creation of the human being of today is not yet finished, but is latent in the dynamism of the process of evolution. This search for the new man and the new woman is perhaps one of those longings that never was achieved throughout history.

Two examples. The Mesopotamian thinking produced the Gilgamesh Epic of the VII Century, BC, that is very close to the Biblical narrative of the creation and the flood. The hero, Gilgamesh, distraught over the drama of death, seeks the tree of life. He wants to find Utnapishtim, who had escaped the flood, had been made immortal, and lived on a marvelous island where death did not rule. On his way, Shamash, the Sun god, counseled him: «Gilgamesh, you will never find the life you seek». The divine nymph Siduri warns him: «when the gods created humans they included death as their destiny; the gods kept eternal life for themselves. You would do better, Gilgamesh, by filling your stomach and enjoying life, day and night; be happy with what little is within your grasp».

Gilgamesh does not desist. He arrives at the island of immortality, grasps the tree of life and returns. On his way back, the serpent blows its evil breath on the tree of life, and steals it. The hero of the epic dies disillusioned, and goes «to the land of no return, where one eats dust and mud, and the kings are dispossessed of their crowns». Immortality continues to be a perennial search.

Our Tupi-Guarani and Apopocuva-Guarani envisioned the utopia of the “Earth without Evil” and the “Motherland of Immortality”. Those two nations lived in constant motion. From the coast of Pernambuco, they suddenly would move towards the interior of the jungle, near the headwaters of the Madeira river. From there, another group would go to Peru. From the border of Paraguay, another group would go to the Atlantic coast, and so on. The studies of myths by anthropologists revealed their meaning. The myth of the “Earth without Evil” inspired a whole nation into motion. The shaman would prophesy: “It will appear in the sea”. There they would march, filled with hope. Through rites, dances and fasts they believed in making their bodies light so as to go to the encounter with the “Motherland of Immortality” in the clouds. Disillusioned, they would return to the jungle until they heard another message, and move on, in search of the desired “Earth without Evil,” yearning for a never ending hope.

These two example express, in mythical form, the same concept that the moderns express in the language of science. They do not wait for the new being from heaven, they want to create it through genetic manipulation. We continue searching, and in spite of that, we always die, sooner or later.

Christianity also subscribes to this utopia, with the difference that for Christianity, it is no longer a utopia, but a topia, that is, a blessed and unprecedented event that occurred in history. The oldest testimony of paleo-Christianity is this: “Christus ressurrexit vere et aparuit Simoni” (Luke 24,34): “Christ is risen indeed, and hath appeared to Simon”.

They understood the resurrection not as the reanimation of a corpse, such as Lazarus, who after all ended up dying again, but as the emergence of the new human being, “novissimus Adam” (1Corinthians 15,45), the “newest Adam”, as a full realization of all the potentialities present in the human being.

They did not find words adequate to express that unprecedented phenomenon. They called it “spiritual body” (1Corinthians 15,44). That appears to contradict the prevailing philosophy of the times: if it is a body, it cannot be spirit; if it is spirit, it cannot be body. Only by uniting the two concepts, according to the early Christians, could they do justice to the new reality: it is body but transfigured; it is spirit, but liberated from the material limits and with cosmic dimensions.

They say more: the resurrection is not simply a personal event that occurred in the life of Jesus of Nazareth. It is something for everyone, including the cosmic, as it appears in the epistles of Saint Paul to the Colossians and to the Ephesians. This is why Saint Paul reaffirms: “He is the hope of those who have died… As all died for Adam, so for Christ, all will come to life again” (1Corinthians 15,22).

This is a discourse of faith and religion, but it also has anthropological importance. It represents one of the many answers to the enigma of death, perhaps the most promising one.

If it is so, we are facing a revolution within evolution. It is as if evolution anticipated its positive ending, in the zenith of the realization of its hidden potentialities. It would be a model that would show us the glory and the extremely wonderful destiny to which we are called.

Thus it is worth living and dying. In reality, we do not live to die. We die to resurrect. To live more and better.

To all who believe, and to those who suspend judgement, have a good and happy Easter.

Free translation from the Spanish sent by
Melina Alfaro, alfaro_melina@yahoo.com.ar,
done at REFUGIO DEL RIO GRANDE, Texas, EE.UU.