Em busca de uma síntese integradora: os três reis magos

Na Bíblia do Novo Testamento, há duas versões do nascimento de Jesus. Uma do evangelho de Lucas que culmina com a adoração dos pastores. A outra, do evangelho de Mateus, que se concentra na adoração dos três reis magos. A lição é: judeus e não-judeus (antigamente se dizia pagãos), cada um a seu modo, tem acesso a Jesus e participam da alta significação que ele encarna. Tentemos captar o sentido dos reis magos, festa que as Igrejas celebram no dia 6 de Janeiro, hoje quase esquecida.

As Escrituras judaico-cristãs deixam claro que Deus não se revelou apenas aos judeus. Antes de surgir o povo de Israel com Abraão, revelou-se a Enoque, a Noé, a Melquisedeque, depois a Balaão e a um não judeu, o rei Ciro a quem, pela primeira vez na Bíblia, se atribui o título de Messias. E nunca deixou de se revelar aos seres humanos, de muitas formas diferentes, pois todos são seus filhos e filhas e ouvintes da Palavra. Os reis magos estão entre eles. Quem eram? Diz-se que eram astrólogos vindos provavelmente da Babilônia.

Naquele tempo astronomia e astrologia caminhavam juntas. Certo dia, estes sábios descobriram uma estranha conjunção de Júpiter com Saturno que se aproximaram de tal forma que pareciam uma única grande estrela, na constelação de Peixes. O grande astrônomo Kepler (+1630) fez cálculos astronômicos e mostrou efetivamente que no ano 6 antes de Cristo (data do nascimento de Cristo pelo calendário corrigido) ocorreu tal conjunção.

Para os sábios, este fato possuia grande signficação. Júpiter, na leitura astronômica da época, era o símbolo do Senhor do mundo. Saturno era a estrela do povo judeu. E a constelação de Peixes era o sinal do fim dos tempos. Os sábios babilônicos assim interpretaram: no povo judeu (Saturno) nascerá o Senhor do mundo (Júpiter) sinalizando o fim dos tempos (Peixes). Então se puseram a caminho para prestar-lhe homenagem.

Sempre houve na história dos povos, pessoas simples ou sábias que se puseram a caminho em busca de salvação, quer dizer, de uma totalidade integradora que superasse as rupturas da existência humana. Deus veio ao encontro desta busca entrando nos modos de ser e de pensar das respectivas pessoas.

Mas por que foram encontrar Jesus? Porque, segundo a compreensão dos evangelistas, Jesus é um princípio de ordem e de criação de uma grande síntese humana, divina e cósmica. Quando dão a ele o título de Cristo (ungido em grego) querem expressar esta convicção. Cristo não é um nome de pessoa, mas uma qualidade conferida a alguém para cumprir uma missão que, no caso, é concretizar uma síntese integradora (salvação).Jesus operou tal síntese; por isso o chamaram de Cristo. Pessoa e missão se identificaram de tal forma que Jesus Cristo se transformou num nome. Mais correto seria dizer, Jesus, o Cristo. Esta síntese é buscada e realizada em outras religiões e caminhos espirituais, embora sob outros nomes: Sabedoria, Logos, Iluminacão, Buda, Tao, Shiva etc. Estes são “ungidos e consagrados”(significado de Cristo) para serem um centro atrator e unificador de tudo o que há no céu e na terra. Mudam os nomes, mas o sentido é sempre o mesmo.

Nossa realidade, entretanto, é contraditória. É feita de elementos sim-bólicos e dia-bólicos, de verdade e de falsidade, de luz e de sombras. Como criar uma ordem superior que ultrapasse essas contradições? Sentimos a urgência de um Centro ordenador e animador de uma síntese pessoal, social e também cósmica.

Os evangelistas usaram o fenômeno astronômico do aparecimento de uma estrela para apresentar Jesus como aquele Senhor do Universo que vem sob a forma de uma frágil criança para unificar tudo. Essa Energia é divina mas não é exclusiva de Jesus. Ela se expressa sob muitas formas históricas e em muitas figuras religiosas, justas ou sábias e, no fundo, em cada pessoa. Em Jesus, o Cristo, ganhou uma concretização tal que mobilizou outras culturas com seus sábios vindos do Oriente, os Magos.

Todos os caminhos levam a Deus e Deus visita os seus em suas próprias histórias. Todos estão em busca daquela Energia unificadora que se esconde no signficado da palavra Cristo. Esse encontro com a Estrela que guiou os magos, produz hoje, como produziu ontem, alegria e sentimento de integração.

Haverá sempre uma Estrela no caminho de quem busca. Importa, pois, buscar com mente pura e sempre atenta aos sinais dos tempos como o fizeram os reis magos.

49 comentários sobre “Em busca de uma síntese integradora: os três reis magos

  1. Muito bom o texto…Só teria cuidado com a expressão todos os caminhos levam a Deus, pois o próprio Jesus disse que só ele é o caminho, e há caminhos que ao homem parecem direito, mas o fim deles é caminho de morte. Deus não se omite àqueles que o buscam, mas buscando na fonte certa, que é Seu filho, única ponte para Deus.
    Outra informação que ouvi, mas não me aprofundei, é que a bíblia não relata o número dos magos, apenas o número dos presentes, mas estima-se (diz-se) que foram 12 magos.
    No mais, parabéns pelo texto e pelas ideias de sempre. Deus abençoe.

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    • Jesus, na posição de “Cristo” proclamou: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”. Isso foi enquanto Cristo, assim como outros cristos assim o fizeram dando a mesma rota (Caminho) aos desorientados. Achei muito importante o interessante o texto pois trata de algo importante e urgente que ao meu ver é a separação de Jesus e Cristo. As pessoas comumente idolatram Jesus, fazendo deste uma personalidade, enquanto não a é, mas sim um importante mestre que alcançou a luz crística, assim como outros provindos dos outros cantos do mundo: Buda, Tao, Quetzacoatl, etc.
      Todos nós somos filhos de Deus, não apenas Jesus.

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  2. Grande Leonardo Boff! A amplitude manifesta em seus escritos, me surpreende a cada dia, e, sempre me impressiona!!! Lamentavelmente, nem todos os assim denominados “religiosos”, permitem-se tal dimensão no pensamento e na compreensão da realidade… Se houvesse um Leonardo Boff em cada esquina deste nosso tão sofrido Brasil, as coisas, seguramente, melhorariam em termos gerais… Principalmente em termos de consciência crítica (Crística?), junto ao “Zé Povin”, infeliz sem saber que o é, dominado, explorado e tão alienado aos pontos de vista dominantes, na cena da cultura brasileira contemporânea…

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  3. Me lembrei do Evangelho do Cristo Cósmico… Inspirador!!!

    “””Eu creio que o Universo é uma Evolução.
    Eu creio que a Evolução caminha em direção do Espírito.
    Eu creio que o Espírito, no ser humano, chega à sua perfeição no Pessoal.
    Eu creio que o Pessoal supremo é o Cristo-Universal.”” pag 42, ed Record.

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  4. Cada texto, cada palabra es iluminadora para poder entender la historia de la salvación. No importa sin son doce reyes magos, o son tres, lo importante es la manifestación de todos los pueblos ante el nacimiento de Cristo Jesús. Estas dos palabras unidas dan el verdadero sentido al significado del Hijo de Dios. La muerte está presente, pero es consecuencia de una entrega, pero la Vida también esta presente, ya que sin entrega no habría vida. Hay que morir para poder vivir. UN saludo.

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  5. Dalila,
    Cuidado com o fundamentalismo de pensar que somente vamos a Deus por Jesus.
    Existe tambem o Espírito Santo que chega sempre antes do missionário e antes do cristianismo e está em ação na criação e na humanidade pela via do amor, da bondade, do perdão e outrasa excelências. Foi esse Espírito que fez Jesus encarnar-se no seio de Maria.

    São João apresenta Jesus como o Verbo “que ilumina cada pessoa que vem a este mundo” não diz cada batizado, senão todos, pois todos estão sob o arco-iris da graça divina que não é negada a ninguem. Bem disse Jesus: “Se alguém vem a mim eu não o mandarei embora”(Jo 6,37).

    Precisamos ser ecumênicos e ter fé suficiente para ver a ação de Deus para além de nossas fronteiras. Deus não tem o tamanho de nossa cabeça nem de nossas igrejas. Ele não está em nenhum lugar, porque está em todos os lugares e em todas as pessoas, pois são seus filhos e filhas queridos.
    lb

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    • Sr. Leonardo,
      Interessante como o sr. sempre se manifesta com a palavra FUNDAMENTALISMO, quando alguém se posiciona de maneira diferente da sua. Então tá. Vamos lá. “Jesus disse eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim”. O que você pretende, Sr. Leonardo? Inventar outro intercessor junto do Pai? Deus é uno e trino. O Espírito Santo é o próprio Senhor. Acho bom ler o Tratado da Trindade de Sto Agostinho e aprender um pouco mais. Do jeito que tu colocas as palavras, dá a entender a outros desavisados que podemos chegar ao Pai por BUDA, CONFÚCIO, etc. Acho que o sr. está muito mais para ecologista de última hora do que teólogo. Outra coisa. Já vi várias manifestações sua sobre ecumenismo e novamente concluo que tu não sabes nada de nada disso. No seu texto o sr. se refere e sugere a criação de uma ordem superior. Isso me soa como palavras de qualquer ordem, menos de quem conhece o plano de salvação. Jesus já morreu na cruz por todos nós. Deu seu sangue livremente. “Ninguém tira a minha vida. Eu a dou livremente”. Que nova ordem quer inventar sr. Leonardo? Já não bastou o testemunho da cruz? Alias, não vejo em seus escritos, abordagens como perdão, contrição de coração, mudança de vida, etc. Vejo somente viajar na superficialidade das palavras. Ah, certo, estas são mais simples e encantam uma parcela dos que também se deixam levar pelas suas colocações supérfluas. Tenho dito.

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      • Silvio,
        Vc conhece pouco minha obra que alcança mais de 80 livros. Só sobre a Trindade ecrevi três, truduzidos até para o coreano e japaonês, alem das linguas ocidentais. Estudei a fundo o De Trinitate de Santo Agostinho e não será vc que vai me mandar estudar Santo Agostinho. O De Trinitate não pode ser lido sem ler junto o comentário dele sobre o Evangelho de S. João,escrito quase no final da vida, onde ele acrescenta coisas novas, pois estabelece a natureza de Deus no amor e não “pura divinitas” e amor que é difusisvo para além do circulo trinitário, estendo-se para dentro da criação e entre todos os seres humanos. Quanto a nunca abordar temas como perdão, contrição, mudança de vida: leia pelo menos 20 livros meus sobre espiritualidade que abordam detalhadamente esses temas, especialmente, o comentário à oração de S. Francisco pela paz.

        A grandeza de Jesus não se faz diminuindo os outros, Buda, Confucio e outros. Por eles falou o Espírito e o Verbo que é anterior ao Cristo e que, segundo prologo de S. João e a cristologia cósmica de S.Paulo, está ligado ao mistério da criação. Ninguem está fora do ambito de Cristo. Ocorre que vc erradamente identifica o Cristo com Jesus, quando o Cristo é maior que Jesus, homem pobre, mediterrâneo e limitado pela encarnação. O Cristo é eterno, temporal (pela encarnação) e escatológico (o homem novo no termo da história).

        Não coloque Deus e seu Espírito em quartos aferrolhados para os quais só os cristãos tem a chave.Isso é indigno de Deus. Manejar frases contra frases, sem ver o sentido profundo e unitário da revelação é o que caracteriza o fundamentalismo. Esse não é uma doutrina, mas uma maneira de entender as doutrinas, como se elas fossem as únicas e exclusimante verdadeiras e todas as demais falsas ou insuficientes. Pensar aasim é blasfemar contra o Espírito Santo como se os seres humanos fora da esfera cristã só tivessem pensado mentiras e erros e fossem já predestinados à condenação. Se quiser pode aprofundar este tema numa livro que escrevi pela Vozes sobre o Fundamentalismo.

        Respire o ar puro da graça, ar que se dá todos, a nós, às plantas, aos animais….Como não seria dado àqueles que não tiverem o privilégio de nascer no Ocidente, dentro do espaço cristão e não pediram para nascer na China, na India e na Asia onde mora a maioria da humanidade? Eles não são os filhos e filhas abanddonados pelo Pai de infinita ternura e amor a todos eles.

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      • Sr. Leonardo,
        Tens razão quando indicas a leitura de São João em conjunto com a obra de Sto Agostinho. Nesse ponto concordamos. Leio as obras de todos os santos da Igreja, as suas eu realmente não as leio, mas conheço ao menos os prefácios. Suas obras podem até ter algum ponto de convergência, mas muito mais de divergência. Ocorre que a questão não é essa. Não se pode medir a vivência do Cristo pela qte. de obras lidas ou escritas. Senão o que seria deste miserável país que não lê?. Se mede, sim pela experiência que se faz Dele. É obvio que a graça de Deus abraça a todos. Alias, onde abundou o pecado, superabundou a graça, nos recorda S.Paulo. Portanto, a qte de 80 livros a que você se refere que escreveu não tem importância. Suas obras causaram muito mais mal na formação de muitos do que ajudou. Muito foram formados nos ventos errantes da doutrina que tentou difundir. Porque a TL não foi aceita? Verdadeiros santos da Igreja escreveram poucas obras, simples até em algumas, mas de uma profundidade e comunhão imensa. Outros pregaram com a própria vida. (alias quando mencionei dias atrás a você sobre aqueles que derramaram seu sangue, você fez que não entendeu). O ponto central de seu artigo tenta nos remeter a um novo intercessor. Vamos lá!. Admita, você diz isso em seu artigo. Daí das minhas colocações. E em suas respostas, como em todas as outras, há uma mudança de foco. Você é hábil em não ir ao ponto central quando suas colocações são indagadas. Não se trata de diminuir os outros, Sr. Leonardo. Esta é uma conclusão sua e não minhas palavras. Se trata de colocar cada um em seu devido lugar, no tempo, na história e na missão. Nem tampouco se trata de colocar o Espírito Santo preso a ferrolhos. Essas também são suas palavras, não minhas. Você não sabe que o Espírito sopra onde quer? Aqui de novo se trata de não querer inventar um outro Salvador como seu texto sugere. Parece que você tem uma tendência se justificar sempre suas colocações no âmbito fora do evangelho e busca suas referencias fora deles e fora do Cristianismo. Lembra-se de quando SPaulo foi pregar ao povo Grego e disse que iria falar do Deus Desconhecido? Pois bem, São Paulo não usou de outras referencias. Usou o próprio Senhor. Você busca Buda, Confucio, etc. Como pessoa, são amados de Deus é obvio, assim como todos os nascidos, vivos ou mortos, abortados ou não, aqui e acolá. Nem precisamos perder tempo com isso. Você também é amado de Deus, apesar de sua TL. O fato não é o amor de Deus. Esse é totalmente e absolutamente incondicional. O fato é como correspondemos a esse amor. Outro ponto de seu artigo que você também fugiu de minhas colocações anteriores é quando se refere a criação de uma nova ordem superior. Tenta colocar Cristo numa síntese de energia. Jesus é uma pessoa – de natureza humana e divina -. Tenta definir energia enquanto pessoa. Tenta definir cosmos enquanto pessoa. Ora. Sr. Leonardo, acho realmente que você dá mais para ecologista de última hora ou esotérico de plantão.

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      • Agora entendo realmente como eram os fariseus. Gente soberba e burocrática, cheias de regras para limitar o amor de Deus a uns poucos. Tudo devidamente repudiado pelo Cristo.
        Prezado Boff, não perca tempo com esses neo-fariseus!!

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    • alem de tomar cuidado com a expressao ‘ todos os caminhos levam a DEUS’, pois biblicamente só jesus é o caminho e nao há outro. fora disso há um desvio de fé.a ideia de que DEUS está em todos os lugares é uma idéia panteista. se a biblia é o fundamento da nossa fé, entao nao podemos crer de forma ecumenica.
      com toda admiraçao e respeito.

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      • Esdras,
        O fundamentalismo é a doença da maioria das religiões, inclusive da Igreja Católica, sob este Papa (ex-amigo) porque exclui os outros. Deus não exclui ninguém. Veja lá em Atos dos Apostolos que o Espírito desceu sobre o oficial romano, diante de Pedro, perplexo,mesmo sem ter sido batizado antes. E Pedro concluiu que Deus de fato não faz discriminação de ninguem. Se Deus não faz, dá o sol e a chuva a todos e “ama os ingratos e maus”(eu) na versão de Lucas, como nós poderemos ser mais que Deus?
        Ou fazemos paz entre as religiões e igrejas ou então não haverá paz nenhuma na humanidade, nem politica, nem qualquer outro tipo de paz.
        Mantenha a mente aberta e não aprisione Deus e Cristo em pequenos versos que são fruto da matutação cristã, escrita entre 30-50 anos após sua execução na cruz.

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      • Carissimo Leonardo, ti leggo e studio con attenzione. Non ti curar di loro ma guarda e passa diceva Dante Alighieri. Non so perchè gli ignoranti devono sempre comandare ed esprimere opinioni. Mi dispiace che una persona della sua cultura e intelligenza venga continuamente attaccato, specialmente quando spiega in maniera cosi chiara la parola di Dio, sinceramente mi fa male. Vorrei far notare a coloro che scrivono partendo da presupposti ideologici contro di te, che tu fratello non hai mai incitato nessuno alla violenza. Che le tue parole sono piene di speranza e di serenità, mentre quelle di coloro che ti attaccano sono piene di violenza e di pressapochismo. Prego per te tutti i giorni non arrenderti mai.
        Ps. Entendo bem o portugues mas tenho dificuldade para escrever moro na italia e sou professor de religiao aos mesu alunos ensino tndo comigo os teus livros um grande abraços.

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      • Gaetano,
        Grazie per le belle parole, specialmente quelle di Dante. C’è una versione italiana dei miei articoli. Se mi dice ti li manderò.
        un gran abbraccio
        lboff

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  6. Jesus, na posição de “Cristo” proclamou: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”. Isso foi enquanto Cristo, assim como outros cristos assim o fizeram dando a mesma rota (Caminho) aos desorientados. Achei muito importante o interessante o texto pois trata de algo importante e urgente que ao meu ver é a separação de Jesus e Cristo. As pessoas comumente idolatram Jesus, fazendo deste uma personalidade, enquanto não a é, mas sim um importante mestre que alcançou a luz crística, assim como outros provindos dos outros cantos do mundo: Buda, Tao, Quetzacoatl, etc.
    Todos nós somos filhos de Deus, não apenas Jesus.

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  7. Leonardo Boff !!
    bom saber tds os fundamentos que nos levam a entender o nascimento de jesus!!
    fui criada ,vendo um presepio..que esperava ansioso o menino jesus..a meia noite!!!
    acredito que os passos…iluminados …que os reis magos traçaram…permitem hoje nos deixar perplexos em sintonia com Deus!!
    jESUS nasceu,,,e vive a cada ciclo…pra mts isso é real..e pra quem vive de datas…pelo menos na noite de natal…revive esse belo e sublime momento!!
    um ano feliz!!!abençoado pra tds nós!!
    Lady dell

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  8. “Todos os caminhos levam a Deus e Deus visita os seus em suas próprias histórias.”

    Concordo em gênero, número e grau! Quando o ser humano compreender isso de verdade, vivenciaremos em plenitude o ” Reino” de que tanto nos falou o divino mestre.

    Paz e bem ! Abraços

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  9. Fantástico, Boff!!! O fundamentalismo quer privatizar Deus, o Caminho ou a Salvação. Isso é profundamente mesquinho. Certa vez, eu ouvir da sua própria boca: “Deus está solto”. Será que eu poderia acrescentar que Deus, Jesus e o Espírito Santo são bens públicos? Rigorosamente públicos!!

    Esse Blog, essas palavras, você e muitas outras pessoas recarregam minhas energias e me enchem de fé e esperança, mas, confesso, é muito difícil interagir com pessoas fundamentalistas. Eu as evito ao máximo e persigo, com todas as minhas forças, o fundamentalismo que reside dentro de mim.

    Um forte abraço.

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    • Tenho um imenso medo daquelas pessoas que já se consideram salvas porque acreditam que conhecem qual é o “único” caminho, na concepção delas, e, o que é extremamente complicado: argumentando que fundamentam-se na Bíblia! Fazem-me lembrar exatamente aqueles para os quais, naquela ocasião, foram ditas as palavras: “Pai, perdoai, porque eles não sabem o que fazem”…

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      • Concordo, Romero. Essa mesquinhez “religiosa”, que na verdade é apenas uma expressão farisaica, se pronuncia, mais ou menos, da seguinte forma:

        Eu tenho Deus, você não.
        Eu sou filho de Deus, você não.
        Eu estou salvo, você não.
        Eu recebi revelação de Deus, você não.
        Eu tenho intimidade com Deus, você não.
        Eu tenho experiência com Deus, você não.

        Isso é apenas uma forma de querer privatizar Algo que é público. E pior ainda, é uma forma mesquinha de querer propor um apartheid ou alguma forma de superioridade espiritual, pois há sempre quem busque alguma forma de se sentir superior aos outros.

        Portanto, Deus é público e está presente em todos nós, não importa se tomamos consciência disso ou não, ele está conosco. E ninguém se atreva a negar Cristo ao seu próximo. Não adianta tentar impor uma forma burocrática de interpretar as escrituras sagradas, de tal forma que exclua e segregue os outros. Porque Cristo é inclusão, jamais exclusão. Os homens, estes sim, querem excluir.

        Por fim, essa eugênia espiritual calcada na ignorância é feia, mesquinha e desumana.

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      • concordo com romero e carlos eduardo entao nao somos poucos aqueles que tem uma cabeòa que pensa livremente obrigado pelo comentario.

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  10. LBoff,

    O Cristianismo é a religião do outro, né?!Acho que temos que ver a manifestação divina nos irmãos, e guardar e meditar estes mistérios no coração, como Maria fazia, por exemplo. E quem não é conta nós, é a nosso favor, já dizia o Mestre. Um abraço fraterno e uma pergunta:
    Em Qual evangelho apócrifo nos temos a informação dos nomes e números de reis magos?
    Cordialmente, seu irmão menor,
    Thiago

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  11. Lindo texto! Como Astróloga, o compartilhei em homenagem aos que se dedicam a essa bela leitura dos sinais dos tempos…

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  12. Leonardo,
    Agradeço pelo texto.
    Nunca li a bíblia, e digo isso sem nenhum orgulho, muito pelo contrário…
    Penso que pela minha criação, e pelas muitas manifestações religiosas que tenho visto, aprendi a codificar que “escrituras sagradas são códigos perigosos pois são sempre passíveis de inúmeras interpretações, deixando os “ignorantes”, como eu, sempre sujeitos a todo tipo de manipulação “em nome do Deus”, sempre, e mais ainda do “Deus Verdadeiro”, aquele que “Quem quer que seja” prega.
    Aprendi portanto a enraizar-me mais em minha vivência das coisas (misto de realidade objetiva e subjetiva). Assim, fez sentido para mim, a busca por processos psicoterapeuticos de auto conhecimento que me propiciassem maior consciência de mim, do meu corpo, da minha mente, das minhas emoções, do meu funcionamento psíquico, dos significados e significantes, das experiências transpessoais, dos fenômenos da existência em geral, etc…
    Leonardo, teu texto coloca os dizeres do evangelho, o significado de “Jesus” e de “Cristo”, dentro de uma perspectiva muito aberta, muito amplamente inclusiva das diferentes tradições – o que é geralmente intolerável para as estruturas de poder das igrejas!!! (quanto mais fundamentalistas mais intolerantes!!!). Em tuas palavras, consigo encontrar ressonância, um chão conceitual/teológico para minha experiência interna de “Jesus”.
    Abraço

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  13. Eu não sou ecumênica. Estou longe disto. Passei por muitas religiões para preencher o vazio de minha alma. Busquei muito, durante toda a minha vida. Até que encontrei Jesus, mesmo assim com grandes dificuldades, pois havia trevas, constituídas de homens que pervertiam seus ensinamentos em favor deles próprios, para extorquir do povo sedento da boa palavra, a palavra da Verdade. Por isso, concordo com Jesus quando Ele diz: – Ninguém vem ao Pai, senão por mim. Desta forma, iniciei minha busca pelo enchimento com o Espírito Santo e desenvolvi um íntimo contato com Jesus. Lancei sobre ele todas as minhas angústias e encontrei paz em meu coração. Esta paz, o mundo não conhece, apenas aqueles que se dispõe a ter intimidade com Ele. Desenvolvi a fé, a firme certeza de fatos que se esperam. Recebi virtude para enfrentar todas as dificuldades da vida, sabendo que o próprio Jesus está à frente de minhas batalhas, pois sou filha de Deus, mediante a confissão de Seu Nome. Hoje busco no Espírito Santo, o Consolador, Conselheiro que Jesus nos deixou, o conhecimento da Palavra, a perseverança, o domínio próprio, a piedade, a fraternidade e o amor. Não é facil para um ser humano alcançar essas coisas, mas Deus registra nosso esforço. Desta forma, não vejo qualquer importância em cultuar ou festejar os reis magos, seja lá quantos forem, pois a simbologia deles é de que Jesus veio para os judeus e não judeus, assim como também a mais alta ciência da época se curvarva diante do Cristo, mesmo ainda menino, pobre, nascido em condições precárias e mesmo assim feito Rei.
    Obrigada pela oportunidade
    Solange

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  14. Leonardo,

    querido irmão, obrigada mais uma vez por compartilhar! Ótima reflexão. Entendo o temor de Dalila e tenho que confessar que não é nada confortável mexer com nossas bases estabelecidas… Entender que Deus não tem o tamanho de nossa cabeça é fantástico, mas o que fazer com a fé que recebemos em: “Ninguém vem ao Pai senão por mim.” Jo. 14.6?
    Não podemos limitar Deus e excluir pessoas, o nosso Deus é mairo do que pensamos e entendemos… é possível equilíbrio neste cristianismo?
    Entendo e creio que o fundamento do cristão é o amor! E o amor fala por si só… Mas se Jesus o Cristo não for o centro de todas as coisas, que cristianismo viveríamos?
    Queria mais… podes aprofundar um pouco mais??

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  15. Bom dia Leonardo

    Adorei o texto e estou socializando-o com vários amigos.
    Gostaria de entender um pouco com o Sr, qual é o Mistério que existe com o numero 3.
    Pois várias vezes ouço: santissima trindade, tres reis magos, etc
    Grato mais uma vez pelas Palavras

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  16. O medo cristão é de outro Cristo que não Jesus, porque sempre nos será um “anti-Cristo”.

    O medo é de sentir-se sem chão, se quem veneramos já não é absoluto e inteiro como resposta, mas está diluído, partido e repartido entre todos, mas não é pão, é mandioca em um lugar, em outro é carne de macaco, em outro é erva, como o reconheceríamos?

    E mais porque daí ser cristão? Se o pão, já não é pão.

    Que vantagens teria?

    Infelizmente é essa a economia do cristão.

    Penso de modo simples:

    Não sou cristão, sou um discípulo de Jesus.

    Já fui cristão até minhas entranhas.(Sei que ainda o sou por estar inserido no Ocidente, socialmente sei que sou filho dessa cultura).

    Agora como convicção interior, sou apenas um discípulo, aprendendo a ser filho na casa do Pai.

    Me pareço muito com filho mais velho, na sua falsa perfeição e sua perfeita perdição.

    Diria que, o filho mais velho aceitou o convite de entrar na festa e está aprendendo a amar o Pai por é muito amado por Ele, e esse amor me constrange.

    O processo em mim se dá da seguinte maneira:

    Primeira infância: “Estou tão feliz de ser amado! Que Ele pode amar quem Ele quiser! mesmo que eu não goste de quem Ele ama”.

    Segunda infância: “Estou começando a gostar dos que Ele gosta!”

    Terceira infância:”Que vontade de disser a todos para ‘porque Ele me ama eu não posso explicar, mas Ele também quer você saiba disso!'”.

    Quarta infância:”PAI continua amando todo mundo, isso maravilhoso PAI, como eu gosto quando você continua amando quem eu não suporto, me ensina a ser como tu ÉS!”

    Quinta infância:”Não me ofende ser reunido na mesma mesa povos vindos de todo canto da Terra, me alegro com Eles no amor que juntos recebemos”.

    Sexta infância:”Não me importa o seus meios para alcançar quem quer que seja, estou aprendendo a chamar de irmão todo aquele que te conhece, porque Deus é amor e quem ama conhece a Deus, quem não ama não o conhece”.

    Sétima infância:”Mesmo vivendo limitado por minha compreensão, pré-conceitos e cultura, espero encontrar junto ao Eterno, todos quanto Ele amou, e nos alegrarmos por ter recebido tanta generosidade”.

    Estou no Caminho, sei que a muito para entender, mas estou certo que único dogma que existe é o AMOR.

    Paz, bem e descanso no AMOR.

    Sergião.

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  17. “Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é vinda a hora do seu juízo. E adorai Aquele que fez o céu a terra o mar e as fontes das águas” Apoc. 14:7

    Como será esse juízo???
    Quem será o juíz? E o advogado de defesa… e o promotor???

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  18. Boff.O testo é estupendo,mais sua capacidade de lidar com as críticas,
    e não se melindrar é ainda maior!!
    Nesse ano,nós da Umbanda cultuamos todos os orixás,mais Obaluae será o mais cultuado.
    Acredito que os orixas são as facetas de um Deus uno.
    Que nosso obaluae te abençoe Boff.
    Saravá

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  19. Muito obrigada, Leonardo Boff.
    Desde os meus 14 anos, em todas as minha crises existências, espirituais, institucionais, seus escritos tem me auxiliado muito na busca do Deus que “não é do tamanho das nossas cabeças e igrejas”. Amei seu texto! depois de aprender sobre os reis magos na infância protestante nunca mais pensei ou questionei o assunto… dias antes do natal meditei um pouco sobre eles e pensei sobre o fato de serem chamado de magos, na igreja ninguém nunca se aprofundou sobre o fato de serem ligados a astrologia, conhecimento tão valorizado no oriente. fiquei instigada a ler uma nova perspectiva sobre o tema mas a idéia acabou se perdendo nas ondas da minha mente. senti-me agraciada por ter encontrado esse seu texto em momento tão oportuno!
    muito obrigada, sempre!

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  20. Penso que tudo se resume na perspectiva da vida eterna. Quem crê na ressurreição da carne, não tem outra alternativa a não ser aceitar Jesus como o único mediador entre Deus e os homens. Aceitar Jesus, significa aceitar o Jesus da Bíblia, isto no caso de quem tem acesso a ela de forma livre e desejada. Aceitar os Jesus em outros nomes, Buda, etc., remete para a decisão de Deus, que é quem vai julgar vivos e mortos. Agora, é absolutamente inadmissivel não aceitar que todas as religiões, salvo excrecências odiosas,são “do bem”, no sentido da edificação do homem e da promoção da vida. Outra questão que me vem sempre à mente, é o perigo de se querer dizer ou tentar enchergar mais do que o texto bíblico, na verdade, quer dizer. E finalmente, ha que se considerar que em nenhum lugar da Bíblia, ha alusão de que a mensagem de Deus acabou. Deus continua falando atraves de pessoas, e cada um, livremente, pode e deve encontrar-se com ele, do seu jeito e da forma como ele entende Deus. E se é para se chegar ao Deus da Bíblia, aí sim, não ha outro caminho, a não ser Jesus Cristo, o Messias do Éden, reafirmado na serpente de bronze de Moisés, e consumado na cruz e ressurreição.

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  21. Na minha humilde compreensão do Novo Testamento, também percebo que Jesus, falando de si mesmo, e seus apóstolos, falando do Mestre, salientavam a sua unicidade na História da Humanidade, como o Caminho que nos conduz ao Pai, mediante sua morte na cruz. É claro que não podemos amarrar a revelação de Deus, que se manifesta de diversas maneiras a diferentes povos, como ocorreu com os reis magos, com Melquisedeque ou com os gregos em relação ao altar dedicado ao “Deus desconhecido”. Mas, se consideramos a Bíblia como nossa regra de fé, vemos que não há como equiparar Jesus a outras figuras emblemáticas tanto no Judaísmo como em outras religiões. Ele, segundo ele próprio, é o único capaz de nos revelar integralmente o Pai. Todos os sábios e profetas, tanto judeus como de outras tradições religiosas, morreram (apesar de toda a Verdade que potencialmente carregavam), mas Jesus foi o único que ressuscitou, justamente porque foi o único sem pecado, o único que já se encontrava no seio do Pai, e que, portanto, é capaz de nos aproximar intimamente dele . Nosso afastamento em relação a Deus é abissal, graças à nossa natureza essencialmente pecaminosa, e Jesus é o único capaz de subvertê-la em nova natureza, espiritual, como ele mesmo nos promete. O sacrifício na cruz foi o gesto gratuito de amor, que se entrega plenamente, que se rebaixa a nossa condição.

    Agora, reduzir a importância das figuras centrais de outras religiões não significa anular o conteúdo revelado que carregam, mas, sim, colocá-lo em sua devida importância teológica. Basta ver um aspecto simples: ou a reencarnação existe ou não existe, e, então, sofremos diretamente o juízo de Deus. Não há como compatibilizar uma visão teológica com a outra. Outro exemplo simples: você mencionou Buda como um possível caminho para Deus, mas o Budismo teravada explicitamente nega a existência de Deus, e as outras versões se prestam a adorar um Absoluto Impessoal (como também faz o Jainismo hindu), claramente rompendo com uma abordagem teísta, sempre presente no discurso de Jesus. É impossível harmonizar esta visão de mundo com a primeira. Se todas as religiões carregassem em si mesmas o conteúdo revelado por Deus de forma pura e perfeita, não haveria razão para que Jesus exortasse seus discípulos a ir pelo mundo pregando sua mensagem de Vida e esperança, mas poderíamos simplesmente celebrar com os outros povos a revelação de mais um entre muitos Cristos.

    Sei que você, Leonardo Boff, já sabe disto tudo que estou falando, pois é um grande erudito, e já foi padre. Só gostaria de também deixar aqui a minha experiência pessoal com relação a diferentes religiões. Fui criado no Espiritismo kardecista, e não encontrei a Deus, muito pelo contrário… Busquei outra referência, a vertente Gaudiya Vaisnava do Hinduísmo (mais popularmente conhecida como “Hare Krishna”), e me afundei ainda mais na lama… Só encontrei realmente a minha libertação espiritual em Cristo Jesus. Pela minha experiência, nem todos os caminhos nos conduzem a Deus, senão a Graça de Jesus.

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  22. Belíssimo texto professor Leonardo, fiquei impressionado com os comentários não sabia que as pessoas tinham tanta dificuldade de entender que Deus e Cristo são eternos e universais e que abraçam a todos pelo amor e a bondade, realmente o fundamentalismo é um problema que merece ser combatido, achar que só existe um caminho para a salvação, um caminho para se viver, uma fé para professor é no mínimo perigoso

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  23. Irmão Leonardo Boff, quero apenas agradecer de coração, esse presente que é seu texto, ou melhor, mais um texto maravilhoso!!!
    Somos sempre sedentos de palavras que nos reconfortem e nos tragam perspectias novas, quando lançamos olhares novos e não nos aprisionamos em pré-conceitos…

    Meu melhor abraço e que a energia do universo, adentre nossos corações e guarde você, na mão de Deus!!!

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  24. Longe de toda a discussão desenfreada dos argumentos expostos. Penso como bem venho aprendendo no cotidiano da vida é a ex-periencia de Deus que nos chega a todo tempo no invisível do visível! Boff, desde os meus tempos de seminário redentorista, apesar da imaturidade pela minha idade naquela ocasião, seus dizeres, ações, muito me inspiram com entusiasmo ( no sentido da raiz dessa palavra) a procurar Deus!
    Grande abraço!

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  25. Há um só caminho. Estreito e difícil mas perfeito que leva a Deus. Há um só mediador que é Jesus o Salvador. Há uma só Palavra de Deus que é a bíblia e um só espírito que unifica em Deus pelo batismo e pela graça manifesta na ressurreição de Cristo.

    Ao buscar no conhecimento do mundo as respostas, com certeza tereis o engano. Mas antes buscai o entendimento da Palavra de Deus pois, não é pelas estrelas ou pelos homens que Deus fala, mas pelo seu espírito que aqui foi deixado pela e para salvação em Cristo.

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    • Emanuel,
      Deus não fala so pelas Escrituras mas tambem por sua criação e pela inteligência que nos deu. Separar isto é não aceitar os designios de Deus e cair no fundamentalismo que reduz a revelação e acaba rejeitando todos os demais seres, tambem filhos e filhas de Deus, da graça divina. O primeiro livro da revelação, isso toda a tradição crista o ensina e Lutero sempre o repete, é o livro da criação. Porque desaprendemos a le-lo nos deu as Escrituras não para anular p anterior mas para que volte a ser lido. Os dois livros tem o mesmo Deus como autor e assim devem ser acolhidos.
      abraços
      lboff

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  26. Frei Leonardo Boff, cultivei uma breve amizade com o padre Emerson, de quem li a obra sobre o processo que silenciou sua voz nos meios eclesiásticos. Lamento que a edição do livro mereceu reparos, os quais remeti ao autor. Neste sentido, face a admiração pela estatura da sua erudição e, ademais, pelo conjunto da sua vasta obra literária, tenho alimentado o interesse em escrever sua biografia, eu que escrevi sobre a vida e trajetória do maior ídolo do basquete brasileiro de todos os tempos (Wlamir Marques, o Diabo Loiro, editora Panda Books, São Paulo), em que pese reconhecer que esse interesse é vão, o que não me impede de admirá-lo.
    Finalmente, acho que nos contexto dos temas vistos aqui, gostaria de conhecer sua análise sobre uma frase crítica de Sigmund Freud em “Moisés e o monoteísmo”: “Na história das religiões sempre houve povos que escolheram um deus para adorar, mas o único caso de um Deus que escolhe seu povo para lutar e protegê-lo dos inimigos é o povo judeu”, sendo ele mesmo um deles.

    Aceite meu afetuoso abraço.

    Auri Malveira

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