A refundação do Brasil? O sentido oculto das manifestações de rua

        

 

         O que o povo que estava na rua no mes de junho queria, em último término, de forma consciente ou inconsciente? Para responder me apoio em três citações inspiradoras.

 

A primeira é de Darcy Ribeiro no prefácio ao meu livro O caminhar da Igreja com os oprimidos((1998):”Nós brasileiros surgimos de um empreendimento colonial que não tinha nenhum propósito de fundar um povo. Queria tão-somente gerar lucros empresariais exportáveis com pródigo desgaste de gentes”.

 

A segunda é de Luiz Gonzaga de Souza Lima na mais recente e criativa interpretação do Brasil:”A refundação do Brasil: rumo à sociedade biocentrada (São Carlos 2011):”Quando se chega ao fim, lá onde acabam os caminhos, é porque chegou a hora de inventar outros rumos; é hora de outra procura; é hora de o Brasil se Refundar; a Refundação é o caminho novo e, de todos os possíveis, é aquele que mais vale a pena, já que é próprio do ser humano não economizar sonhos e esperanças; o Brasil foi fundado como empresa. É hora de se refundar como sociedade”(contra-capa).

 

A terceira é do escritor francês  François-René de Chateaubriand (1768-1848):”Nada é mais forte do que uma ideia quando chegou o momento de sua realização”.

 

Minha impressão é que as multitudinárias manifestações de rua que se fizeram sem  siglas,sem cartazes dos movimentos e dos partidos conhecidos e sem carro de som, mas irrompendo espontaneamente, queriam dizer: estamos cansados do tipo de Brasil que temos e herdamos: corrupto, com democracia de baixa intensidade, que faz políticas ricas para os ricos e pobres para os pobres, no qual as grandes maiorias não contam e pequenos grupos extremamente opulentos controlam o poder social e político; queremos outro Brasil que esteja         à altura da consciência que desenvolvemos como cidadãos e sobre a nossa importância para o mundo, com a biodiversidade de nossa natureza, com a criatividade de nossa cultura e como maior patrimônio que temos que é o nosso povo, misturado, alegre, sincrético, tolerante e místico.

 

Efetivamente, até hoje o Brasil foi e continua sendo um apêndice do grande jogo econômico e político do mundo. Mesmo politicamente libertados, continuamos sendo reconolizados, pois as potências centrais antes colonizadoras, nos querem manter ao que sempre nos condenaram: a ser uma grande empresa neocolonial que exporta commodities, grãos, carnes, minérios como o mostra em detalhe Luiz Gonzaga de Souza Lima e o reafirmou Darcy Ribeiro citado acima. Desta forma nos impedem de realizarmos nosso projeto de nação independente e aberta ao mundo.

 

Diz com fina sensibilidade social Souza Lima:”Ainda que nunca tenha existido na realidade, há um Brasil no imaginário e no sonho do povo brasileiro. O Brasil vivido dentro de cada um é uma produção cultural. A sociedade construíu um Brasil diferente do real histórico, o tal país do futuro, soberano, livre, justo, forte mas sobretudo alegre e feliz”(p.235). Nos movimentos de rua irrompeu este sonho exuberante de Brasil.

 

Caio Prado Júnior em sua A revolução brasileira (Brasiliense 1966) profeticamente escreveu: ”O Brasil se encontra num daqueles momentos em que se impõem de pronto reformas e transformações capazes de reestruturarem a vida do país de maneira consentânea com suas neessidades mais gerais e profundas e as espirações da grande massa de sua população que, no estado atual, não são devidamente atendidas”(p. 2). Chateaubriand confirma que esta idéia acima exposta madurou e chegou ao momento de sua realização. Não seria sentido básico dos reclamos dos que estavam, aos milhares, na rua? Querem um outro Brasil.

 

Sobre que bases se fará a Refundação do Brasil? Souza Lima diz que é sobre aquilo que de mais fecundo e original temos: a cultura brasileira.”É através de nossa cultura que o povo brasileiro passará a ver suas infinitas possibilidades históricas. É como se a cultura, impulsionada por um poderoso fluxo criativo, tivesse se constituído o suficente para escapar dos constrangimentos estruturais da dependência, da subordinação e dos limites acanhados da estrutura socioeconômica e política da empresa Brasil e do Estado que ela criou só para si.   A cultura brasileira então escapa da mediocridade da condição periférica e se propõe a si mesma com pari dignidade em relação a todas as culturas, apresentando ao mundo seus conteúdos e suas valências universais”(p.127).

 

Não há espaço aqui para detalhar esta tese original. Remeto o leitor/a a este livro que está na linha dos grandes intérpretes do Brasil a exemplo de  Gilberto Freyre, de Sérgio Buarque de Hollanda, de Caio Prado Jr, de Celso Furtado e de outros. A maioria destes clássicos intérpretes, olharam para trás e tentaram mostrar como se construíu o Brasil que temos. Souza Lima olha para frente e tenta mostrar como podemos  refundar um Brasil na nova fase planetária, ecozóica, rumo ao que ele chama “uma sociedade biocentrada”.

 

Não serão estes milhares de manifestantes, os protagonistas antecipadores do ancestral e popular sonho brasileiro? Assim o queira Deus e o permita a história.

 

 

 

        

 

 

 

70 comentários sobre “A refundação do Brasil? O sentido oculto das manifestações de rua

  1. Gosto muito dos seus textos…e gostaria mais ainda de compartilhar do seu otimismo meu caro Boff…mas sabemos que essas manifestações serão usadas de maneira vil e covarde pelos partidos políticos para defender os seus interesses e planos de dominação que não incluem os pobres e os mais fracos….pelo contrário. Gostaria muito que o que você escrever no último parágrafo se realizasse. OXALá!!!

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  2. Não acho tão “oculto” assim esse sentido. Quem tem informação sobre o levante simultâneo de tantos outros povos pelo mundo, desde a Primavera Valenciana, ao qual o Brasil FINALMENTE se reuniu em junho passado, sabe que o que todos esses povos deseja é o mesmo. Não é necessário ser profeta pra prever que haveria um levante global, na verdade era esperado e pode ser visto como uma GUERRA CIVIL MUDIAL. A primeira da História da humanidade.

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  3. Sem dúvida é um basta no Brasil que ainda está com um anacronismo em relação ao povo. Estamos certos que queremos mudanças, achamos que sabemos pra onde, mas acho que ainda estamos perdidos quanto os meios. Você acha que estamos convictos quanto ao que queremos como mudança?

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  4. Gosto muito dos seus textos…e gostaria mais ainda de compartilhar do seu otimismo meu caro Boff…mas sabemos que essas manifestações serão usadas de maneira vil e covarde pelos partidos políticos para defender os seus interesses e planos de dominação que não incluem os pobres e os mais fracos….pelo contrário. Gostaria muito que o que você escrever no último parágrafo se realizasse. OXALá!!!

    Boff quais as expectativas para a chegada do Bispo de Roma?! e essa reforma da Cúria? O que vc acha?????

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    • Segundo Marx quando a maioria quer mudar muda-se, e que se caminha em ciclos economicos de acesso as necessidades

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  5. Li, rapidamente, terei que saboreá-lo mais. Mas, dos textos seus que já li esse foi o que mais me entusiasmou: refundação do país, lindo porque eficaz. Aos 60 anos-fiz agora-volto-me com sofreguidão para o resultado e, analiso o que posso, mas,busco com rapidez a síntese, Interessantíissima as colocações dos escritores. Mas, só será verdadeira- a refundação-se funcionar em tempo hábil.Ainda não penso em netos, quero um futuro para a família presente minha e, dos outros. Tenho paixão pelos meus ,mas tenho pelos outros. Rste é o motivo , penso, porque sou feliz. Nada me é indiferente, por exemplo, a chuva, o vento, o sol tudo para mim tem um significado. Diríamos assim: tenho um lado artístico, sempre, faço , ou melhor, brinco que faço teatro, faço coreografias. Sem nenhuma técnica, não estudei para isso.Às vezes me saio mal. No período da ditadura nunca me incomodaeam, eu interpretava as músicas denunciando.Pequenas coisas, claro, num schow de Simone, cantava ela Pra Não Dizer que falei das flores fui njogada de uma arquibancada. Não houve nada demais. Na faculdade um colega negro-o único negro me aconselhou que eu falasse menos o que pensava. Era policial. Mas, segui falando e, nada aconteceu. Meu pai se preocupava, então, achamos melhor um segurança.Mais de um. Está tudo registrado.Resolvi, portanto. Os seguranças eram contratados por um advogado famoso, primo do meu pai.Tive grandes amigos Coronéis, pessoas lindas, uma delas meu sogro. Dizia-me, brincando e carinhosamente, no meu carro só entra uma revolucionária: tu, dizia ele que houve exageros no Exército, pessoas expurgadas inocentemente.Eu não sei se era , ou melhor não era revolucionária, pois daço desde pequena, em todos os lugares,na escola, trabalho, vivo assim…talvez seja atualizada apenas. Até hoje tenho esta fama: me meto em campanhas da OAB, falo em seminários se discordo.Mas, não sou uma escritora porque a música me ocupa o tempo integral- toda ela.Começo com a brasileira e depois..viajo…adoro filmes polêmicos, debates proibidos ou mal falados. Advogo causas que questionam o poder, por exemplo: os acidentes-acontecem?Uns até que sim, outros são fruto da negligência- má-educação. O escritório às vezes treme, coisas simples, do dia a dia.Do Judiciárionão tenho queixas, ao contrário. Entrava uma vez em uma audiência e, trazia um fato importante.Mas, não tinha prova, as testemunhas, uma morrera e a outra não foi encontrada. Disse, declamei a música que Maria Bethânia canta divinamente: Sonho Impossível e, conclui : resta aqui a possibilidade. O juiz olhou e, discretamente respondeu: Bethânia, não tem como Bethânia e, seguimos os trabalhos.Será que é ser revolucionária isso\? Ah! é a liberdade de expressão ela ainda engatinha.A democracia- outro tema. Só falam mal dos outros, sou contra.Precisamos analisar, mas não falar. Falar é pobre. Tenho pena dos políticos, acham que são desrespeitados. Não se acerta com desrespeito.E,, há os bons em todos os partidos. Acho que as manifestações provavelmente insconscientes podem colaborarAnalogicamente falando,.tenho uma técnica: faço o adversário contar o fato. Aí eu fecho o assunto.
    Voltando aos 60: o foco, nada me tira do foco, quando luto.Não reajo, ajo e aviso que vou agir.Mas, já falei demais em mim-pobre isso.Concluindo preciso de seguranças.Aí discordaria do sr.: guerra é guerra, o que fizerem será retribuído a mais.Sou uma pessoa que tomei todas as providências, principalmente com a família.O direito aborda e protege a legítima defesa. Eu a amplio e, acho que o Código vai caminhar nesse sentido.Preferiria ser mais livre, mas me acostumei, o pessoal( segurança) é bom, experiente, não me sinto vigiada.Gente aberta, viajada, e atenta.
    Acho, finalmente, que vamos bem,no Brasil já foi pior. Lula é o marco da mudança. Admiro-o. Votaria nele de novo, acho um gênio. E, os gênios são assim…tratados assim..O povo não sabe votar,acerta num, noutro, o povo precisa pensar no pão. Não tem tempo.Levo fé na presidenta, é técnica e polítca. Tem que dar certo, mas não penso muito nela, no governo dela, não sei nem o nome de seus ministros. Tenho a música, adoraria fazer um teatro de rua, na rua, com a rua.Com um roteiro, sei lá…gosto de festas populares, as de igreja, não acredito em quase nada, num mistério, mas o povo reza junto. Me emociona. Gosto de futebol e, a glória de todas: o Carnaval do Brasil, dançam mesmo com fome. Maravilhoso. Cristão.Dançam e homenageiam o Brasil embora este lhe tenha dado as costas.Amam simplesmente e são lindos, conhecidos em todo mundo.
    Isso vai lhe agradar: rezo pelo Brasil e,acho que Deus me ouvirá. Intuição, talvez. Um abraço, Isabel

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  6. Importante a refundação do Brasil, pois o que sentimos é estar em pátria estrangeira. Afinal o que é nosso? Com a globalização somos universais e parece que vamos perdendo o que nos identifica. Até mesmo as reflexões acadêmicas tem um olhar de análise externa (européia) e precisamos trazer de volta as análises de Darci Ribeiro e outros, resgatando nossa identidade.

    Gostaríamos que sejamos valorizados na dignidade que as pessoas expressam, da solidariedade, do respeito ao outro e ao que é do outro. Refundar o Brasil também em pequenos gestos, como não querer enganar o outro, não aceitar de nenhuma especie os pequenos “gatos” (esquemas, furtos, malandragens, vantagens), assim como deixar claro as nossas convicções sem rodeios. Espero que, em qualquer escala ocorrer, que as atitudes de Francisco em sua passagem por aqui, nos auxilie para imprimir atitudes justas, simples e respeitosas para todas as pessoas, principalmente as autoridades, em todos os níveis.
    Boff, gostaríamos que escrevesse um pouco mais os ecos da presença de Francisco para as relações humanas.

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  7. As manifestação refletem o início da conscientização que precisamos mudar os rumos da sociedade. O que me preocupa é que a formação atual do povo brasileiro está pautada no consumismo e no individualismo e as soluções para uma vida melhor passa pela reflexão das “coisas” em que somos apegados e assumirmos o verbo ser, ao invés do ter, ser mais humano, mais generoso e cooperativo com os outros e o meio ambiente em que vivemos.

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  8. Vejo de outro modo menos otimista: um grupo de manifestantes ligados a uma esquerda emergente, que já vinha fazendo protestos em tom mais elevado (incluindo estimular à queima de canteiros de obras públicas e trazer índios do centro-oeste para protestar no Rio de Janeiro) iniciou os protestos, chamados em alguns de seus espaços virtuais como ‘revolta da tarifa’ ou ‘revolta do busão’. Foi convocado, portanto, como uma revolta e não como um movimento estritamente dentro das normas da cidadania. Houve o confronto procurado com as forças de segurança, por intermédio da prática de excessos de lado a lado. Isso deu a poplaridade que esperavam aos atos, graças à porosidade da internet, mas também jogou no colo de uma direita majoritariamente burguesa e insatisfeita com o governo, justamente por ser contra algumas de suas políticas redistributivas. Em uma espécie de terceiro turno atrasado (ou primeiro turno antecipado para 2014), notaram a oportunidade de ouro e lotaram efetivamente as ruas, proibindo os partidos que haviam realizado os primeiros atos com bandeira e tudo, agora, de portar suas bandeiras e se apropriarem destas novas manifestações, convocadas também pela internet. Grupos de militantes de partidos de direita, junto com os da esquerda emergente coligada (PSOL, PSTU e PCB) marcharam juntos, os que tentaram expor suas bandeiras as tiveram recolhidas e quebradas ou rasgadas. Os atos, longe de ser a expressão da cidadania que busca mudanças, apenas, demonstraram ser também uma tribuna de ódios diversos: contra os que venceram as eleições anteriores, contra a vinda de médicos estrangeiros para atender aos que não têm acesso à Saúde, contra os eventos desportivos marcados para ocorrer no país (direita e esquerda emergente unidíssimas nisso), contra políticos e corrupção em geral, mas sem poder apontar como mudar o sistema, contra inflação e custo de vida – mesmo que este seja um dos governos com menores índices acumulados de inflação. Vale ressaltar que todos (absolutamente todos) os atos incluíram quebra de equipamentos públicos e de propriedade privada, incêndios e bloqueios de vias públicas. Não é pelos vinte centavos: é a política. Agora, em frente à casa do governador do RJ, por ‘coincidência’ aliado político eventual do governo federal, manifestantes ligados a esses mesmos partidos emergentes vandalizam lojas e exigem que renuncie. Hostilizaram um casamento desde a igreja até a recepção, por se tratar da filha de um empresário do ramo dos transportes. Nada disso é espontâneo e bem pouco é expressão pura de cidadania, infelizmente.

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  9. Ler um texto de uma pessoa que é para mim referência como cidadão e teólogo (Leonardo Boff) me faz iniciar a semana também querendo repensar o Brasil a partir do local. Interior nordestino, cidade da mata sul Pernambucana – Palmares.
    Concordo com a explanação e ainda fico mim perguntando se também não existirá um pano de fundo por trás de uma fumaça esvoaçante? Até onde tem um grupo torcendo de QUANTO PIOR MELHOR?
    De qualquer forma, foi e será sempre importante a voz do povo nas ruas e em especial de um grupo com idade média de 25 anos, acordando por um Brasil melhor e por um povo mais consciente.

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  10. Creio que um grande número de manifestantes ainda queira fazer do Brasil uma cópia dos EUA, desejando que as empresas atuem sem qualquer tipo de controle e olhando o cuidar dos pobres como prática a ser exterminada.

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  11. O filha da puta do Boff não passa de um comunista canalha sempre corroborando os PeTralhas e reclamando das elites até que o projeto comunista seja instalado

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    • José Alberto,
      Seria bom vc frequentar alguma escola de boas maneiras ou de democracia para aprender a conviver com as diferenças e melhorar a sua linguagem que é muito suja. Nem deveria frequentar esse blog. Vc não é obrigado a me seguir nem a me ler. Fique no seu mundozinho fechado e possivelmente fascita.
      lboff

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      • Pobre alma….ofender o Leonardo Boff é típico dos fascistas! Deus tenha piedade dessa alma! Não se esqueça Leonardo Boff…te amamos!

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      • Leonardo, parabéns pela resposta dada ao José Alberto, nota-se claramente que trata-se de um alienado social e cultural (facista). Você sempre foi, e é querido por todos, e continuará sendo !

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      • Boff, meu amigo.
        Tenho lido seus artigos e comentários dos que seguem você neste blog e estou pasmo de como há indivíduos com o corpo no século XXI, mas a cabeça e a mentalidade estão lá no “esgoto” do “subúrbio” da era medieval. É o caso desse rapaz, o José Alberto, que sequer se dá ao prestígio de maneirar seu vocabulário. Parece que há, visivelmente, uma expressão patológica de ódio na fala dessa alma vivente. Além disso, é de uma ignorância fora de sério. Pois ele não entende nada de comunismo. Além do comunismo ser uma ideologia historicamente ultrapassada, jamais se encaixaria na cultura social do povo brasileiro. Engraçado! José Alberto é tão cego que nem consegue enxergar a gravidade dessa democracia corrupta e silenciosamente ditatorial que atormenta a vida do cidadão brasileiro. A isso, sim, ele deveria empregar todo o seu ódio e seu vocabulário pejorativo e emporcalhado. Pelo amor de Deus! Como é que um ser humano (humano? será?) tem a pérfida índole de tratar uma pessoa desse jeito?! Principalmente uma autoridade intelectual como você, que tem contribuído com o universo não só teológico, mas também com o filosófico e o sociológico. Estou surpreso como no nosso país ainda têm indivíduos com esse tipo de mentalidade. Meus Deus!

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      • O Povo foi tão distraído pelos chefes Guias dessa ordem colonial que hoje eles nem se percebem dominados marionetemente a refutarem o que mais lhes importam: a construção da uma identidade própria de uma Nação.

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    • José Alberto, faço minhas as palavras de Leonardo Boff. Se discorda de suas idéias, não aja de forma canalha e baixa. Procure estabelecer (se for possível) um diálogo honesto.

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      • Leonardo Boff é um filho da puta canalha mesmo!! Obrigado José Alberto pela sua colocação!! Temos que dar o nome que cada um merece… Comunista, anticatólico, Ignorante e Pseudo-Intelectual… Não irá parar de falar enquanto não ver o socialismo ateu reinando nesse país…

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      • João Ricardo
        Vc cometeu um pequeno engano. Ao invés de sujar meu blog com seus impropérios vc esqueceu de jogá-los no seu lixo que é o lugar justo que lhe cabe. Vc não precisa me seguir e ler. E por favor, não polua os meios de comunicação com uma linguagem sem qualquer qualificação.Vc precisa frequentar alguma escola de cidadania e de boas maneiras para aprender a conviver com os diferentes de vc.E se for católica seria bom fazer uma boa confissão de seus pecados: de calúnia, difamação e violência verbal.
        lboff

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      • João Ricardo
        Qual socialismo que fala? O fim do capitalismo inviabilizou o socialismo real como ex-União Soviética, China e Cuba. A luta de classes entre patrões e proletários não existe mais. Você parece que é um da esquerda perplexa? Procurando trabalhadores que substitua
        o operariado já morto e sepultado?.
        Sei não, cara. Vc precisa ler mais e aprender com o grande mito vivo do Brasil – O Teólogo Leonado Boff.
        E digo mais: Nós estamos perdendo muito tempo com vocês, insipientes. Vai procurar tua turma !!!
        odeciomendesrocha philosopher

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  12. Caro Leonardo Boff, infelizmente acredito que o que está por trás dessas manifestações é uma verdadeira manipulação da massa brasileira. Essas manifestações não surgiram do nada. Por mais que a mídia reforce a ideia de que são as redes sociais quem organiza, sem cara e identidade as passeatas, não acredito que realmente o seja. Tem alguém, com uma vil intenção, sacudindo os jovens, assim como foi os caras pintadas, (lembra?) para essas manifestações. Não estou querendo ser pessimista, mas acho que na verdade o “gigante continua dormindo”.
    Entretanto, gostei muito de seu texto.

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  13. Acho que todos leram individualmente o Movimento. Este não se comprometeu com nada. Foi mais uma catarse que se deu a partir de um estopim insólito. Estamos sendo românticos e ingênuos. Quantos milhões nós somos? Quantos milhões se manifestaram? Enquanto isso as pesquisas mostram que políticos foram favorecidos, principalmente após a derrocada da oposição que não é mais representativa de ninguém. Portanto os que se mantém fieis ao status quo garantem, em número, o regresso daqueles que, nas ruas e nas redes sociais, são execrados pela população (apesar de numerosa, não representativa). O Brasil não acordou. Talvez tenha se virado na cama.

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  14. …Talvez por cultura, tal como a maioria dos brasileiro de minha geração, nunca fui muito “ligado” a leitura de livros não “didáticos”. Sempre achei que sociólogos, teólogos e filósofos; só escreviam para eles mesmos; nunca consegui ir além das “orelhas” e introduções de seus livros. Tive uma cultura paterna que me ensinou “ler as pessoas”. Meu pai era semi-analfabeto e autodidata, mas discernia o espírito humano muito bem. Hoje tento cultivar isso em mim… é muito difícil e ao mesmo tempo “gostoso” praticar a “leitura do ser em outrem”. Difícil por que temos que aprender a ser sábios. Diria que: é um estudo o qual você guarda sempre para si mesmo. Talvez, isto não tenha nada haver com o que esse texto incita… conheci milhares de pessoas por este Brasil afora. Sempre achei fascinante a nossa diversidade cultural e a grande miscigenação que existe entranhada em nossas veias… temos uma cultura própria que nos identifica mundo afora e um poder Divino em sermos alegres, e até mesmo indiscretos na maioria das vezes. Somos uma mistura de raças e ao mesmo tempo somos originais nisto… Falamos português? Não, falamos o pt-br… Sim, temos uma linguagem que é só nossa e ao mesmo tempo multilíngue. Temos uma ortografia horrível, mas somos originalmente brasileiros…
    O que quero dizer aqui é: “estamos aprendendo a ser livres”, e o grande feito que está gerando tudo isto chama-se TI, tecnologia da INFORMAÇÃO, esse é o grande “carro chefe”, que tem permitido que pessoas como eu que ama “ler pessoas” possa estar aqui, escrevendo, com uma gramática horrível no blog do Boff e digo mais:
    Sim temos muito que ensinar ao mundo sobre uma cultura “tupiniquim” que sabe muito mais… e vai muito mais, além do que a cultura de dominar e saquear a economia alheia. Somos Brasil, aquele que Deus escolheu quando dizem que Ele é Brasileiro. Uma nação multi e ao mesmo tempo única. Linda e agora com a internet: integrada… uma nação que sempre, durante todos os seus “hoje” não olha muito para o ontem, e sempre será o futuro.
    Que Deus nos ilumine… e que possamos “ler pessoas”, para podermos amar ainda mais os seus corações.

    Abraços

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  15. Excelente o seu artigo Leonardo Boff. Sou um atento leitor e grande admirador de sua obra e trajetória. Mas fico preocupado com a cobertura dada pela grande mídia. A reincidência da falta de vontade em fazer uma análise mais aprofundada me parece péssimo para construirmos um consciência política mais consistente nos movimentos que possa nos fazer avançar em algumas conquistas mais estruturais, visando a construção de um outra alternativa de sociedade.

    A “grande” mídia insiste em tentar pautar as reivindicações, colocando claros limites, procurando instrumentalizá-la. Fala-se com insistência preocupante que os excessos cometidos na última manifestação no Leblon, em frente à casa do
    governador Sérgio Cabral, no Rio, foi uma “enorme violação do Estado democrático de direito”. Estado democrático de direito? Para quem? Longe de fazer a apologia de qualquer tipo de violência gratuita. Mas me questiono se a violência dos “vândalos” no Leblon é realmente uma “enorme” violação do Estado de Direito conforme foi alardeado pela imprensa. Engraçado, a imensa maioria da cobertura dada pela “grande” mídia às manifestações fala em vandalismo. Mas não se questiona o porquê dos alvos dos “vândalos” serem, em sua esmagadora maioria, os símbolos de um capitalismo neoliberal: lojas, bancos etc… ou os símbolos do poder institucional decadente que o representa e serve. Não seria essa recorrência de alvos bem precisos o sintoma superficial de questões mais profundas? Não ouvimos falar de escolas, hospitais, bibliotecas ou museus depredados. A imprensa foca nos corruptos mas, interessadamente, não nos corruptores ligados aos grandes interesses econômicos que financiam campanhas. O foco é colocado apenas nos sintomas mais superficiais, deixando as razões mais sistêmicas de lado.

    Também fica em minha cabeça uma provocação, feita há poucos dias pelo Francisco Bosco, e que ajuda a relativizar certos consensos:

    “A PM pergunta: ‘Quem está tentando saquear lojas está reivindicando um país melhor?’ No contexto político presente, sim, está. Passar ao real é o último recurso para transformar uma realidade que se especializou em frustrar todos os demais recursos (“política”, nas democracias contemporâneas, virou isso). Assim como, nessas condições, a política depende do real para realizar-se, por outro lado a ú…nica atitude que pode tirar as pessoas das ruas e acabar com essas passagens ao real é uma atitude efetiva, vinda do Estado, na realidade. Ou seja: ações, não apenas discursivas, mas concretas, por meio das quais o Estado reconheça sua responsabilidade pela revolta popular e comece a fazer política verdadeira, servindo à população. Mas, em vez disso, temos um governador a quem falta qualquer senso de realidade e uma polícia que sabe apenas passar ao real. Pois bem, não vai ser no registro do real que tudo isso será resolvido, mas no registro da realidade. E os manifestantes, mesmo aqueles que passam ao real (os “vândalos”) na verdade não querem isso, não querem falar a “linguagem” da PM. Esse é apenas o último recurso que resta quando os recursos da realidade são todos falseados. Portanto, respondendo novamente à pergunta da PM, quem está tentando saquear lojas está, precisamente, reivindicando um país melhor. E eles nos representam. São os únicos que realmente nos representam.”

    É recorrente a violação dos direitos humanos nas favelas e periferias. Não, lá não são coisas que são quebradas, são pessoas que somem arbitrariamente, são agredidas desumanamente e mortas sumariamente. Mas a cobertura feita pela imprensa não mostra o mesmo nível de indignação e a mesma decisão em apurar os responsáveis. Fica outra pergunta no ar: onde o Estado de Direito – na prática, ficção jurídica que tem endereço certo para funcionar- é mais violado? No Leblon e Ipanema? Ou nas favelas? Termino com um livro de Noam Chomsky na cabeça, “O lucro ou as pessoas”, e um poema de Drummond:

    Os Inocentes do Leblon

    Os inocentes do Leblon
    não viram o navio entrar.
    Trouxe bailarinas?
    trouxe imigrantes?
    trouxe um grama de rádio?
    Os inocentes, definitivamente inocentes, tudo ignoram,
    mas a areia é quente, e há um óleo suave
    que eles passam nas costas, e esquecem.

    As questões são mais complexas, reconheço. Como disse antes, não se trata de fazer apologia de uma violência gratuita. Mas também não se trata de comprar a leitura interessada da mídia. É preciso ir além do aparente e se perguntar: será realmente, absolutamente gratuita? Qualquer leitura sociológica minimamente mais profunda consegue ler essa recorrência de alvos bem específicos como sintomas de uma insatisfação difusa, porém, direcionada. Faço minhas as palavras do vereador Renato Cinco do PSOL: “Na Globo foram 25 minutos falando das vidraças quebradas no Leblon e 2 minutos falando do morador que desapareceu na Rocinha. Segundo os moradores, o sumiço é de responsabilidade de policiais da UPP.” Mais um sintoma muito preocupante. Não, não se trata de “esquerdismo radical” como já estigmatizaram na imprensa. Se trata do mínimo de honestidade intelectual.

    Abraço de um leitor e admirador de sua obra interessado numa interlocução sincera.

    Fabrício

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    • Oi BOFF muito profícuo o que repetes de Souza Lima, mas está faltando tua participação popular, se é que as redes sociais funcionam para o bem, para dizer a esse público que vai as ruas que escreva isso que repetes nos cartazes porque como os MANIFESTANTES que agasalham os criminosos chamados eufemisticamente de vândalos não dizem a que vieram para as ruas, cabe a cada um interpretar e aí não dá em nada positivo tais manifestações só ficam depredações !!!!

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  16. Ainda da refundação-
    Que seja ampla, geral e irrestrita em consonância com a nossa Lei Maior- a Constituição Brasileira, tão pouco conhecida ainda por seu povo. A começar pelo linguajar, e, remete para lá ´para cá aos artigos e, o pior, passou muitos anos sem regulamentação. Pesquisei em Faoro, ele explicava: em outros países há um prazo de 3 meses para a regulamentação, caso não haja, automaticamente passa a vigorar.No Brasil não se etrniza a falta de regulamentação. Fiz um parecer nesse sentido a um grande empresário, Secretário da Indústria e Comércio, que leu, gostou e, bateu na mesa: Não está um pouco esquerdizante? Quero a verdade, analise bem, mas é um bom jurista. Eu não gostava de empresários, mudei de idéia era brilhante, fez horrores pelo Rio Grande do Sul, chegava às 6.00 hs da manhã e, saía ao anoitecer- Gilberto Mossmann. Me ensinou a escrever, dizia à assessoria: quando eu perguntar ALGO QUERO UM SIM OU Não enrolem, digam que não sabem, assim que pude acrescentar ao meu currículo a experiência de uma mente empresarial.A suposta esquerda , burra, rejeita-os.Conclusão: adiós crescimento e desenvolvimento do país. Oe empregadinhos públicos( políticos) despolitizados pensam no salário até levam junto os manipuláveis funcionários públicos. Competentes mas é o caso…a velha desdentada.E brasileiro tem dentes?
    Mas á refundação: do todo para o particular, a refundação dos presídios. Meu encontro com os presídios: no terceiro anos de faculdade fomos visita-los encaminhados pelo prof.Dr. Altayr Wenzon, grande criminalista, finíssimo. Lá chegando ainda havia galerias, eles gritavam: Dr. Wenzon, meu amigo, o prof.,com sua elgência ia até els e, perguntava:” como vais, Antônio, e, assim, todos gritavam pra ele, e se ouvia: Dr.Wsnzon é o João 23, 45…Ficamos perplexos. Meu prof. foi 2 vezes Superintendente dos Presídios.Perguntei-lhe como pode tudo isso. Ele, drlicadamente disse: procuro ouvi-los, só isso, nunca tive um motim. Este é o Presídio Central de Porto Alegre.
    Outro encontro: estava hospedada em um hotel, o melhor da cidade, com meu namorado, lindo, um poeta, cirurgião e, meu namorado. Então, fui brincar de teatro no Hotel era lindo, quadros espetaculares procuro por ele e lhe digo: vem, a mesa está linda( do café) ele , estático, não tirava os olhos do jornal, o sacudi, ele, sem falar, mostrou o jornal: motim nos presídios e,disse: são tratados como animais. Passou a fome dele. Eu, advogadérrima: vou lá, ele, prontamente: há pessoas competentes fazendo, querida e, mudamos de assunto.
    Que a refundação abranja as áreas que dêem e não dêem votos.
    Por último, um juiz daqui Dr. BURZUSKA ( ALGO ASSIM) OS DEFENDE. cONTOU QUE ELES ADORAM OFERECER PIPOCA E CAFÉ AOS SEUS VISITANTES.aGORA, TALVEz, SÓ a madre Calcutá porque escorre fezes pelas paredes, navega-se em fezes e urina. Há tuberculose, aids, os homossexuais estavam sendo mortos, criou-se a ala dos homessexuais. Que horror separar pessoas pelas suas opções sexuais. Há ainda risco de incêndio. Se isso acontecer será acidente?
    Refundar,,,muito humano, parabéns! Um abraço, Isabel

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  17. Meu caro professor. O senhor é sempre muito utópico.
    Só que ainda não é o tempo de profundas transformações neste Brasil de políticos corporativistas e que não praticam política e sim um jogo de interesses em nome do povo. E exatamente estes homens não mudarão o Brasil e não deixarão neste momento que o Brasil seja transformado. Por outro lado, as manifestções são justas e mais do que justas. Só que nossos manifestantes estão marchando somente com os pés. Essa é não é uma revolução. Na verdade, não vejo ninguém disposto a mudar as estruturas do nosso País. As manifestações querem apenas vários “vinte centavos” que os políticos e seus amigos neoliberais deixaram de ser ofertados à população. Mas, bastam migalhas e o povo vai pra suas casas e apartamentos e a vida contiinua. O Brasil só vai ser transformado quando ouver uma revolução pensada, planejada e objetivada com a mente e o corpo inteiro. Quem sabe um dia possamos ver este momento acontecendo. Mas, ainda vai demorar muito. Infelizmente.

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  18. Dilatai a fraternidade cristã, e chegareis das afeições individuais às solidariedades coletivas, da família à nação, da nação à humanidade. (Rui Barbosa)

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  19. O que esse ser bruto, um tal de jose alberto está fazendo aqui? Vai estudar cara, educar-se primeiro para depois saber discordar com educação. Entrou aqui para quê ? Lave bem a boca ao se referir ao Grande Leonardo Boff.
    Valeu Leonardo, vc como sempre é maravilhoso, tem a palavra certa no momento exato!!! Parabéns! Cátia.

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  20. Mérito das manifestações: tirar o país do marasmo político e do paroquialismo da nossa política. Nunca se viu o congresso aprovar e rejeitar leis em tempo tão curto. Os poderes da república devem estar queimando as pestanas para encontrar respostas á grita das ruas, mas sem tocar nos privilégios e nos acordos tácitos que tem equilibrado o pacto republicano nos últimos anos.
    Quanto a uma refundação da república tenho minhas dúvidas. O movimento passe-livre tinha foco e tocou no problema premente da mobilidade urbana, mas não enxergo um rumo definido nas manifestações posteriores. Sair gritando “abaixo a corrupção”, abaixo o governo”, “abaixo a impunidade” é muito genérico e não parece levar a resultados concretos. Existe a percepção difusa de que o modelo político atual não vai bem, mas o processo, ao menos nas mídias eletrônicas, está sendo capitaneado por grupos fascistas interessados em fazer adeptos e ganhar a simpatia popular às suas idéias. Preparam manifestações maciças para o próximo 7 de setembro, mas as pautas ainda são desconhecidas. Terão o mérito de manter acesa a chama das manifestações, mas podem também conduzir a radicalizações e desdobramentos de consequências imprevisíveis..
    Os grupos encastelados no poder, as aligarquias alimentadas com as benesses públicas e os segmentos da sociedade mais beneficiados com o modelo atual não aceitarão passivamente nenhuma redução de seus privilégios. Basta ver a grita da classe médica à simples menção de trazer médicos estrangeiros para atender as áreas mais carentes da população, onde estes mesmos médicos se recusam a atuar, ou á determinação de médicos de escolas federais de medicina realizarem dois anos de atendimento nos locais mais esquecidos do Brasil.
    Os poderes judiciário e legislativo aceitarão de bom grado o fim de seus privilégios seculares? Duvido muito. Na queda de braço que se seguirá quem obterá êxito: as elites oligárquicas ou a população, que infelizmente não sabe distinguir muito bem quem é quem no espectro político?
    Oxalá o Brasil consiga uma refundação pacífica e consensual do modelo atual.

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  21. O problema do Brasil é o brasileiro, que so quer levar vantagem em tudo. E sao de todos os niveis socias, desde o mais miseravel ate o mais rico, sao todos iguais: so querem levar vantagem, so pensam em usar o “maldito jeitinho brasileiro” para tudo. Brasileiro é, em sua maioria, um povo preguiçoso e sem cultura e gostam de ser assim. Nao adianta nada mudar os politicos e colocar no poder politicos honestos (que no Brasil nao existe), mas supondo que existissem, se eles assumissem o poder a acabassem com a boa vida das bolsas familia, bolsa Crack, e outras bolsas eleitoreiras, se colocassem maioridade penal a partir de 14 anos por exemplo (eu acho que tinha que ser a partir de 7 anos), o povo ia reclamar, nao iam querer perder os beneficios das bolsas e nem iam querem ver os filhinhos marginais presos. Ou seja, pra resumir: O Brasil nao tem conserto, nao tem jeito para esse Pais. Quem nasceu para merda jamais vai chegar a ser Rei algum dia. O Gigante despertou? Sim, despertou, deu uma mijada e voltou a dormir..! Tudo volta a ser como sempre foi e como sempre sera: uma grande merda. O mal do Brasil é o povo brasileiro! Um povo que nao hesita em levar vantagem em tudo, em tirar proveito de tudo e de todos. Infelizmente a maioria dos brasileiros é assim. Nao todos, mas a grande maioria é assim.

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  22. Odeciomendesrocha Mendes Rocha compartilhou um link.
    há 19 minutos
    venha e confira
    odeciomendesrocha philosopher

    POR UMA NOVA CIVILIZAÇÃO
    secure.avaaz.org
    A nossa atual civilização (um tipo de humanidade e seus valores) chegou ao seu fim: capitalismo, marxismo tradicional, Modernidade etc. Tudo isto está em seu estertor. Não iremos esperar que isto desmorone sozinho. Teremos que empurrar para acontecer. A partir dos movimentos sociais de ruas apolític…
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  23. Refundar. é a palavra exata para descrever o que o nosso povo nas ruas deseja; refundar a Republica, sobre estruturas novas, que ao invés de enxergar o homem como apenas instrumento de lucro, o veja com respeito,conferindo a dignidade que merece. Refundar o Brasil nos parâmetros que o povo das ruas deseja e merece, implica em Igualdade, Imparcialidade, enfim, Justiça. Sei que é muito difícil mudar as coisas de uma hora para outra. Não esperemos Perfeição no tecer desse Ideal. Precisamos aproveitar a hora que nas ruas fizemos. O “Start” já está acontecendo. Vamos concretizar o Sonho.

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  24. Oi Leonardo,
    Não sei se voce já escreveu algo sobre os “pucos vândalos” que cometem barbaridades e violências paralelo aos protestos pacíficos… Gostaria de ver a sua leitura sobre os fatos. Obrigada por Tudo, pelo seu simples existir… Abraços

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  25. Prezado Boff,

    Bom artigo, entretanto vale lembrar o óbvio:

    “Não se faz um omelete sem quebrar os ovos”.

    O povo quer (acho que sempre quis) que o país mude, mas o sistema que está aí (não só o econômico, o político, o midiático, o religioso, etc) não deixa o caldo entornar.

    Não somos o país do futuro. Somos o país do ‘quase’.

    Deus nos abençoe!

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  26. Professor Leonardo. Acompanho sempre seus trabalhos e já nos encontramos em BH no congresso da Soter em 2011.Gostaria muito de marcar um bate papo com o senhor. Tenho desenvolvido um projeto acadêmico e um pessoal sobre a espiritualidade do MST. Faço parte do CEBI. Estou disposto a encontrá-lo aqui em São Paulo ou até mesmo em Petrópolis. Seria algo rápido e já enviei e-mails para todos seus contatos.
    Grande Abraço!

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  27. Análise muito coerente, verdadeira. Entretanto, penso que esses grupos dominantes, que agem aqui dentro como lá fora, de maneira política e principalmente econômica tem uma capacidade enorme de se articularem para impedir a verdadeira libertação brasileira. Mas, por mais que a esperança seja umpouco cética, nossa luta não será em vão. Quem sabe ainda somos o começo…

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  28. na minha paroquia o padre e da teologia da libertação a favor dos pobres estou a dez anos na paroquia e nunca vi ele ajudar um só pobre na faculdade unisal vejo varios teologos da libertação chegar de carro importado e o pobre jogado na rua queremos que o governo ajude os pobre e de fato tem que ajudar mas não podemos delegar ao governo a missão de amar as pessoas e fazer a caridade que cabe a cada um fazer quem conhece um teologo da libertação que esta na rua ajudando os pobres que acolhe eles em algum lugar me fala que eu não conheço nenhum e este protesto te muita coisa por traz a dilma esta feliz da vida por que quem ta por traz desse protesto não só o povo querendo mudança é só o site do padre paulo ricardo ou jonarlista olavo de carvalho pra ver.

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  29. Estou achando muito interessante a observação do Souza Lima, de que o Brasil foi fundado como empresa, só um pensador de muita astúcia e criatividade para forjar uma frase tão verdadeira como esta, o que justifica perfeitamente a ideia de se Refundar o Brasil, já estou fazendo o meu pedido, aguardando com muita expectativa meu exemplar, na esperança de que que ele aponte um rumo para este feito.

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  30. O Movimento Passe Livre que iniciou as manifestações, já existe desde o Governo ERUNDINA em SP e espalhou-se para as grandes cidades. O agregamento de gente que ocorreu, foi em grande parte dos que ouviram por anos os meios de comunicação na criminalização da política e dos políticos, fazem pra favorecer os “mercados”, que comandam a economia e despejam dinheiro na mídia pra induzir os consumidores, Inclusive de política.

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  31. Miséria – é fácil acabar com ela.
    Conviver com as denúncias de miséria absoluta, aceitar a corrupção como inevitável, assistir pessoas doentes sofrendo, e sermos governados por pessoas sumamente competentes, quando se trata de defender seus interesses, era o quadro do Brasil, antes de ser despertado pelos movimentos sociais.
    Agora, precisamos construir o Nosso Brasil sem miséria e isso é muito simples: Programa de Erradicação da Miséria Leia no blog http://nossobrasilja.blogspot.com.br/

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  32. Geração após geração, mudam-se os rostos, os partidos e os discursos, mas as práticas continuam as mesmas. Ocorre que agora o povo levantou-se para protestar.. É verdade que é um protesto, como se diz na Bíblia, “com gemidos inexprimíveis”, mas concordo com você que é o clamor de um povo que está cansado de tanta corrupção, impunidade, falta de planejamento. Pode até ser que os políticos tentem novamente enganar o povo com medidas paliativas, buscando apenas mais uma reeleição. Pode até ser que o povo seja enganado, mas se isso acontecer, as causas do descontentamento permanecerão. E se o povo mais para a frente voltar às ruas, não será de forma tão pacífica. Que o governo e os políticos acordem, e façam o que precisa ser feito e o povo espera há mais de 500 anos.

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  33. Eu queria saber o que, você pensa sobre a forma que os policiais enfrentarão a Manifestação, como lutar pelos meu direito se somos mau tratados pelos policiais.

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  34. Eu defendo os policiai mas como lutar pelos meus direito se, Eu tenho que trabalhar, para sustentar minha família, O policial nos protege e nos ajuda a caminhar com mais segurança, Leonado Boff me ajude a responder estas pergunta sobre os policiais.

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