Contra o terrorismo e a guerra, a necessidade de uma cultura da paz

Os fatos recentes de terrorismo e a declaração de guerra dos países ocidentais ao Estado Islâmico suscita de forma tenebrosa o fantasma da guerra moderna com grande capacidade de destruição. Nestas guerras apenas 2% dos mortos são soldados. Os demais são civis, especialmente mulheres e crianças inocentes. o que mostra o nível de barbárie a que chegamos. Os aviões militares atuais parecem figuras apocalípticas, carregadas de bombas que matam pessoas, destroem construções e danificam a natureza.
Precisamos ter presente que a cultura dominante, hoje mundializada, se estrutura ao redor da vontade de poder que se traduz por vontade de dominação da natureza, do outro, dos povos e dos mercados. Essa é a lógica dos dinossauros que criou a cultura do terrorismo, da guerra, da insegurança e do medo. Por causa do terrorismo, atualmente, os EUA e a Europa são reféns do medo. A persistirem as atuais tensões, nunca mais terão paz. Todos necessitam sentar juntos, dialogar, chegar a convergências, por mínimas que sejam, convergências nas diferenças, caso quisermos desfazer os mecanismos que geram permamentemente espírito de vindita e de atos de terror ou de guerra.
Praticamente em todos os países as festas nacionais e seus heróis são ligados a feitos de guerra e de violência. Os meios de comunicação levam ao paroxismo a magnificação de todo tipo de violência, bem simbolizado nos filmes de Schwazenegger como o “Exterminador do Futuro”. Grande parte das películas atuais abordam temas de violência a mais absurda; até o contos infantis são contaminados pela ideia de destruição e de guerra.
Nessa cultura o militar, o banqueiro e o especulador valem mais do que o poeta, o filósofo e o santo. Nos processos de socialização formal e informal, ela não cria mediações para uma cutura da paz. E sempre de novo faz suscitar a pergunta que, de forma dramática, Einstein colocou a Freud nos idos de 1932: é possivel superar ou controlar a violência? Freud, realisticamente, responde: “É impossível aos homens controlar totalmente o instinto de morte…Esfaimados pensamos no moinho que tão lentamente mói que poderíamos morrer de fome antes de receber a farinha”. Mas não se entregava à resignação. Afirmava que os processos civilizatórios, a educação, a democracia, o esporte, o respeito aos direitos humanos e o cultivo de valores éticos podem diminui-lhe a destrutividade.
 Sem detalhar a questão, tentemos aprofundar um pouco a questão da violência, um desafio para toda a inteligência. Diríamos que por detrás da violência funcionam poderosas estruturas. A primeira delas é o caos sempre presente no processo cosmogênico. Viemos de um caos originário, uma incomensurável explosão, o big bang. E a evolução é um processo que procura pôr ordem neste caos destrutivo e fazê-lo generativo na medida em que se dá o processo cosmogênico no decorrer de bilhões de anos. O próprio universo, por isso, comporta violência em todas as suas fases, embora sempre criando sistemas mais ordenados que permitem ascensões rumo a formas mais elevadas e harmônicas de organizão.
São conhecidas cerca de 15 grandes dizimações em massa, ocorridas aa Terra, há milhões de anos atrás. Na última, há cerca de 65 milhões de anos, pereceram todos os dinossauros após reinarem, soberanos, 133 milhões de anos. A expansão do universo possui também o significado de originar ordens cada vez mais complexas e, por isso também menos violentas. Possivelmente a própria inteligência nos foi dada para pormos limites à violência e conferir-lhe um sentido construtivo.
Em segundo lugar, somos herdeiros da cultura patriarcal que instaurou a dominação do homem sobre a mulher e criou as instituições do patriarcado assentadas sobre mecanismos de violência como o Estado, as classes, o projeto da tecno-ciência, os processos de produção como objetivação da natureza e sua sistemática depredação.
Em terceiro lugar, essa cultura patriarcal gestou a guerra como forma de resolução dos conflitos. Sobre esta vasta base se formou a cultura do capital, hoje globalizada; sua lógica é a competição e não a cooperação, por isso, gera guerras econômicas e políticas e com isso desigualdades, injustiças e violências.       Todas estas forças se articulam estruturalmente para consolidar a cultura da violência que nos desumaniza a todos.
A essa cultura da violência há que se opôr a cultura da paz. Hoje ela é imperativa pois há cerca de 80 focos de guerra, de maior ou menor intensidade, no mundo, a ponto de o Papa Francisco ter se referido, por várias vezes, que estamos dentro de uma terceira guerra mundial que acontece parceladamente.
É imperativa, porque as forças de destruição estão ameaçando, por todas as partes, o pacto social mínimo sem o qual regredimos a níveis de barbárie. É imperativa porque o potencial destrutivo já montado pode ameaçar toda a biosfera e impossibilitar a continuidade do projeto humano. Ou limitamos a violência e fazemos prevalecer o projeto da paz ou conheceremos, no limite, o destino dos dinossauros.
Onde buscar as inspirações para cultura da paz? Mais que imperativos voluntarísticos, é o próprio processo antroprogênico a nos fornecer indicações objetivas e seguras. A singularidade do 1% de carga genética que nos separa dos primatas superiores reside no fato de que nós, à distinção deles, somos seres sociais e cooperativos. Ao lado de estruturas de agressividade, comparecemos como seres de cuidado, principalmente da vida; temos capacidades de afetividade, com-paixão, solidariedade e amorização. Hoje é urgente que desentranhemos tais forças para conferir rumo mais benfazejo à história. Toda protelação é insensata.
O ser humano é o único ser que pode intervir nos processos da natureza e co-pilotar a marcha da evolução. Ele foi criado criador. Dispõe de recursos de re-engenharia da violência mediante processos civilizatórios de contenção e uso de racionalidade. A competitividade continua a valer mas no sentido do melhor e não de destruição do outro. Assim todos ganham e não apenas um.
 Há muito que filósofos da estatura de Martin Heidegger, resgatando uma antiga tradição que remonta aos tempos de César Augusto, vêem no cuidado a essência do ser humano. Sem cuidado ele não vive nem sobrevive. Tudo precisa de cuidado para continuar a existir. Cuidado representa uma relação amorosa para com a realidade. Onde vige cuidado de uns para com os outros desaparece o medo, origem secreta de toda violência, como analisou Freud.
A cultura da paz começa quando se cultiva a memória e o exemplo de figuras que representam o cuidado e a vivência da dimensão de generosidade que nos habita, como Francisco de Assis, Gandhi, Dom Helder Câmara, Luther King Jr, o Papa Francisco e outros. Importa fazermos as revoluções moleculares (Gatarri), começando por nós mesmos. Cada um estabelece como projeto pessoal e coletivo a paz e os sentimentos de paz. Els resulta dos valores da cooperação, do cuidado, da com-paixão e da amorosidade, vividos cotidianamente.
Fonte riquíssima de paz é o cultivo da espiritualidade como vem expressa na belíssima oração pela paz de São Francisco de Assis. As religiões, não raro, produzem guerras. As espiritualidades, paz e convivência pacífica entre os povos. Elas trabalham mais experiências fundamentais interiores de encontro com a Divindade, com o Sagrado, ou pouco importam os nomes, com uma Realidade Suprema de sentido. As doutrinas e as instituições religiosas gozam de valor secundáro, às vezes mais dificultam a experiência profunda do que a promovem.
A paz não é apenas uma meta a ser buscada mas também um caminho a ser seguido. Só um caminho de paz gera paz serena e permanente. Ao se “queres a paz prepara a guerra” devemos com determinação opor: “se queres a paz prepara a paz”.
 Leonardo Boff é teólogo, escritor e autor de A oração de S.Francisco, uma mensagem de paz para o mundo atual.

 

 

22 comentários sobre “Contra o terrorismo e a guerra, a necessidade de uma cultura da paz

  1. Eu concordo em parte com o texto. .. mas essa distinção de gênero tem que ser ultrapassada, me irrita, creio, por se tratar do mesmo instrumento apelativo utilizado pela globo e demais mídias.

    Falar que especialmente mulheres e crianças serão mortos .. então quer dizer que matar um homem adulto é um crime menor?

    Pelos textos que leio, acho que os dois caminhos estão errados, tanto o da direita como o da esquerda. .. é lastimável pois acho mesmo que estamos no fim do antropoceno.

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  2. “A essa cultura da violência há que se opôr a cultura da paz.” Sim … mas a cultura da violência e da dominação é muito forte… Só Deus mesmo para nos ajudar.

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  3. Brilhante!!! Sinto o meu crescimento a cada leitura de seus textos. Competição e cooperação são quase que permanentes em seus ensinamentos. Aqui consegui uma estrutura melhor para dizer àqueles, que compreendem a competição como característica inseparável da natureza humana, as vezes à justificar a violência, que a afirmativa é verdadeira mas encarada sob outro ângulo. Os melhores trarão melhores e mais rápidos benefícios para todos e portanto ajudarão a evolução geral. E são melhores porque não se apropriam de suas conquistas para tirar proveito próprio ou subjugar seus irmãos. Regozijo-me ao identificar meus pensamentos na sua órbita filosófica. Os líderes citados são frequentes em minhas observações. Apesar de me alinhar bastante com o “pessimismo” de Jose Saramago sobre a humanidade, que no seu e no meu entender se traduz em realismo, sinto uma aqui uma alegria enorme ao aprender essa nova lição sobre a espiritualidade. Obrigado, o Senhor é um dos Profetas da Paz. Que os anjos te guardem.

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  4. “SER HERÓI NÃO CONSISTE EM QUEIMAR IMPÉRIOS.
    MOVE A GUERRA, ESPALHA O SANGUE HUMANO
    E DESPOVOA A TERRA, TAMBÉM, O MAU TIRANO.
    SER HERÓI CONSISTE EM VIVER JUSTO
    E TANTO PODE SER HERÓI O POBRE
    COMO O MAIOR AUGUSTO.”
    (TOMÁS ANTÔNIO GONZAGA)
    São demais os perigos e aflições desta vida. É preciso ter cuidado
    e clamor. Onde estás, ó Deus, que não respondes? O futuro a Deus
    pertence que no presente o mundo vence. Mas, a cada dia uma cruz a
    levar. Opções pela guerra e ódio aumentam as cruzes. Pelo caminho
    precisamos dar chance à paz, amor,cuidado e serviço

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  5. Republicou isso em luveredase comentado:
    A paz não é apenas uma meta a ser buscada mas também um caminho a ser seguido. Só um caminho de paz gera paz serena e permanente. Ao se “queres a paz prepara a guerra” devemos com determinação opor: “se queres a paz prepara a paz”.
    Leonardo Boff é teólogo, escritor e autor de A oração de S.Francisco, uma mensagem de paz para o mundo atual.

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  6. Hoje comemoramos o quê? Nada. Não nos alegramos de viver no meio de crueldades realizadas pelos homens. Quem retornou? Seria ele Adolf Hitler. Talvez. O que sabemos desta guerra, nada. Ainda a de vir escritor e filósofos nos relatando a barbárie lançada sobre a vida de pessoas inocentes. Lembro de Fiódor Dostoievski, com uma consciência apurada descreve no seu diário o Subsolo, a vida difícil que levara na cidade de San Petersburgo. Lamentamos por não termos nesta geração pessoas com a consciência apurada. Entristece-me a Rússia, um país de grandes escritores e filósofos não usar os exemplos por estes deixados. Janina Baumam dizia: que a coisa mais brutal da crueldade é que ela desumaniza suas vítimas antes de destruí-las. E que a luta mais árdua de todas é permanecer humano em condições desumanas. Logo percebemos que o pior será no pós-guerra.

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  7. Muito bom levar a reflexão para um nível “estratosférico”… Mas, ainda num alcance limitado. Percebo que essas duas forças – Bem e Mal – que interagem no Universo são distintas. O livro do Apocalipse relata metaforicamente a guerra entre essas duas forças. O que há de mais novo sobre a questão vem de uma das áreas científicas pouco considerada… a psicologia! Estudos recentes sobre a psicopatia revolucionam tudo o que a filosofia, a sociologia etc. tentaram, durante séculos, explicar… Essas criaturas são, desde os primórdios da civilização humana, as responsáveis pelo sofrimento no mundo!

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  8. Com todo o respeito de um mero leigo diante de alguém que dedicou toda sua vida aos estudos e, que por isto mesmo, nos serve de grande referência em Teologia e no Pensamento em geral, gostaria de colocar uma pequena diferença na percepção do que se entende por Caos, ao qual o senhor se refere como princípio motor da visão cosmogônica da violência. Lendo Hesíodo e Homero, cheguei à conclusão que o conceito de Caos se aproxima muito mais da estabilidade do que do conflito, antepondo-se a este em certo sentido. No princípio, era o Caos, e num sopro de Eros surgem as primeiras forças criadoras, advindas da instabilidade que este sopro causara.
    Tomemos por exemplo moderno, uma Ditadura. As forças sociais se encontram estáticas, comprimidas por uma única força geral que as impede de reagirem mutuamente, anulando qualquer poder criador e submetendo-as a uma amálgama neutra, inerte, desprovida de vida, como uma pedra de granito. É a vibração do questionamento, da ânsia criadora e do poder contestatório do indivíduo, bem como de seus afetos, que dá início a um processo de superaquecimento e geração de energia capaz de desfazer o caos (estabilidade) em milhões de possibilidades criativas. Do atrito gerado pelos átomos individuais, surge então, o perigo da instabilidade total e incontrolável, numa expansão infinita e altamente destrutiva e isolante (o terror, de Estado ou de grupos). Seria este processo o correspondente ao Big Bang, posterior aos Caos, portanto. Tal fenômeno potencialmente geraria nada mais que infinitos microcosmos, tão inertes e afastados um do outro quanto seu corpo original caótico. Seria a reprodução do caos, não fosse a alternativa a este desfecho: a ordem e o equilíbrio. Não por outro motivo, a supremacia da figura antropomórfica de Zeus, o último da Terceira Geração titânica, portanto, um deus maduro e humano, se desponta como ordenador do Universo e mediador dos sempre conflituosos encontros das outras forças submissas a seus reinado. Zeus é criador, mas não impede o conflito nunca. Apenas alcança do alto de sua divina sabedoria, o ponto de equilíbrio entre as forças, sem com isto anulá-las jamais. Ao contrário, destes conflitos, geram-se novos seres, novos conceitos, novos pontos de equilíbrio que conduzem o Universo à Ordem.
    Ordem e estabilidade, portanto, se mostram como duas forças antagônicas, já que a segunda, ligada ao espírito do Caos, tende a extinguir a primeira, devido à sua perigosa ação criadora e equilibrante. Zeus seria, desta forma, aquele que impede a conjuração necessária para o restabelecimento do Caos e sua rematerialização.
    Nesta visão cosmogônica, portanto, os conflitos se mostram positivos, embora, a possibilidade de destruição mútua exista. A única forma plausível de se esconjurar o Caos, é a chegada de um termo comum e a aceitação da diversidade como princípio gerador do Universo. A Guerra, portanto, se mostraria como uma pulsão interior pela ressurreição do Caos, presente em cada forma constantemente em movimento e carente de transformação. A Guerra é a insurreição do antigo, da morte, do desaparecimento, contra a urgência do Novo, do ressurgimento. É o sonho de Estabilidade que ecoa a semente do poder absoluto original. O caos é a força que motiva este poder.
    Sr. Boff, posso estar errado, mas, respeitando os antigos arquétipos e reconhecendo sua eterna sabedoria, creio que a Humanidade terá que passar por isto, inevitavelmente. É o que acende meu espírito e o de muitos no mundo: a ânsia do sacrifício pessoal para se acabar com o sofrimento da novidade impedida de nascer. Eu confio. No final da Titanomaquia, aqueles que insurgem contra o Poder da Ordem representado por Zeus, são protegidos no seio da Mãe de todos: Gaia, em sua infinita maternidade, propõe-se a contê-los, proibindo a Zeus e aos deuses terminantemente o direito de aniquilação total de seus antagonistas. Por piores que este fossem. Nenhum dos deuses olímpicos se atrevera a desobedecer a Mãe de Todos. Ela mostrou quem manda.Ela reage, nivela a todos, anula a soberba e, por fim, acolhe aos derrotados. Fiquemos tranquilos. É um momento de dor, mas nada nos faltará. E tudo continuará eterno. Afinal de contas, por mais que tentem alguns despertá-lo, o Caos é incontrolável e não agrada a ninguém!
    Só uma observação, queria deixar claro que vejo tais conhecimentos de caráter poético e religioso como expressão tão digna de análise e tão repleta de historicidade e conhecimento sócio-político quanto a Filosofia acadêmica e racional. Não sou um neo-pagão, mas não desprezo aquilo que me pode ser útil.
    Meus respeitos.

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    • Muito pertinente a sua reflexão. Recordo que o caos tem dois lados:um destrutivo e outro generativo. Devemos confiar neste último pois dele nos vem novas e mais altas ordens de sentido. lboff

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  9. Prezado Leonardo, 90% das guerras hoje são motivadas por crenças religiosas. Existe um medo abissal nas mentes dos religiosos: medo de morrer, de ir para um lugar que não existe, medo de coisas que não existem fora dessas mentes insanas. Esse medo moral foi imposto a essas pessoas desde a época de Cristo. Percebo que o iluminismo trouxe um enorme progresso material, mas não foi suficiente para trazer um progresso moral livre dos arquétipos da crença que massacra e continua impondo as limitações intelectuais dais quais o povo padece. Os terroristas são exemplos claros da luta por uma crença, não importam as vidas perdidas.

    Está na hora de alertar as pessoas de que nunca existiram deuses e a espiritualidade atua como se fosse um placebo homeopático que está causando todos esses equívocos existenciais.

    Há somente uma saída para essa crise: acabar com o empacotamento homeopático da crença e tornar as pessoas livres de seus Deuses tiranos e sua moralidade falha. Sejamos cidadãos do universo – mas por favor – somente humano ou extraterreste. Que tudo seja feito para que a nossa vontade prevaleça e nunca a vontade de algo inexistente!

    O que está acontecendo neste exato momento:

    O próximo passo:

    O fim do ser humano em poucos minutos:

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  10. Sete perguntas para entender o Estado Islâmico e como ele surgiu, por “Peterson Sacconi”

    7 coisas sobre o Estado Islâmico

    1. Quem era na verdade Osama Bin Laden

    Na década de 80, ocorria no Afeganistão um evento que a história chama de Guerra Soviética x Afeganistão. Esse conflito durou aproximadamente nove anos e foi marcado por um conflito sustentado por países que na verdade estavam bem longe da fumaça da guerra.
    Com o objetivo de frustar a capacidade de vitória do exército soviético, diversos poderes do “mundo ocidental” promoveram uma série de ajudas e benefícios aos grupos insurgentes, que eram chamados Mujahidin. Irônicamente, dentre os diversos poderes ocidentais e as “ajudas” oferecidas por eles, alí estavam os Estados Unidos e a Arábia Saudita primeiramente. Os dois países alimentaram o conflito, fornecendo armas, treinamento e dinheiro, o qual vinha principalmente pela rede de tráfico de drogas que ficou conhecida como Crescente Dourado. Esse cenário é o embrião da relação EUA + Arábia Saudita + Europa versus Oriente Médio. Nesse conflito, os países mencionados anteriormente apoiavam a jihad Islâmica, a qual era derivada de doutrinas teocráticas islamistas fundamentalistas, em resumo, islâmicos radicais, dentre eles encontrava-se Osama Bin Laden, um líder espiritual jihadista que acabou por ter laços com a CIA e com governo do Paquistão, recebendo apoio para lutar contra os soviéticos por determinado tempo.
    O governo americano, através de relações com o Paquistão, Arábia Saudita, Qatar entre outros, financiou, treinou e forneceu inteligência para os radicais no Afeganistão, sendo Osama Bin Laden um dos principais atores nesse conflito. Com o tempo as forças radicais obtiveram sucesso e a União Soviética se retirou do território afegão, para posteriormente se desmantelar, entretanto, os islamistas radicais estavam bem treinados, com equipamentos e bem supridos de reserva monetária do tráfico, além de já possuírem certo nível de influência no território conquistado com suas vitórias. Os poderes ocidentais visivelmente se retiraram do cenário, mas o financiamento através do tráfico ainda persiste até hoje. Mais de 80% da economia do Afeganistão gira em torno do comércio de ópio, sendo principalmente controlada pela Arábia Saudita e EUA hoje.

    Descubra mais:
    http://www.globalresearch.ca/the-truth-behind-9-11-who-is-osama-bin-laden-2/3198

    2. O Massacre no Iraque

    Após o atentado de 11 de Setembro de 2001 às Torres Gêmeas no EUA. O governo americano invocou, através da OTAN (que possui como membros também o Reino Unido, a França, etc) o Art. 5º do Tratado de Washinton para promover uma invasão (ilegal) no Iraque no ano de 2003, isso é um fato documentado. O argumento que foi utilizado para a invasão e ocupação do Iraque foi a “probabilidade de existência” de que Saddam Hussein, suposto ditador desumano, havia um programa de Armas de Destruição em Massa (ADM), esse primeiro argumento foi provado falso ao longo dos anos e foi substituído pelo de que possivelmente eles possuíam um arsenal nuclear, o que foi provado mentira novamente nos anos seguintes. Ou seja, TODO O PRETEXTO UTILIZADO PARA INVADIR O IRAQUE, DEPOR O GOVERNO E FORÇAR UMA TROCA DE REGIME NA SOCIEDADE FOI FALSO, e isso foi admitido por DIVERSOS oficiais do exército americano e de ex agentes da CIA, bem como foi possível de ser comprovados através do vazamento de documentações sigilosas no site WIKILEAKS.

    Descubra mais:
    http://www.theguardian.com/world/2011/feb/15/defector-admits-wmd-lies-iraq-war
    https://www.rt.com/usa/242421-cia-report-iraq-revealed/
    http://mic.com/articles/101420/no-iraq-didnthave-weapons-of-mass-destruction-after-all#.LqzNfNmbz

    3. A ‘Democracia’ no Iraque

    Após quase 10 anos de ocupação americana ilegal em território iraquiano, depois que Saddam Hussein foi enforcado e o governo Iraquiano já havia sido substituído e todas as instituições governamentais moldadas conforme o entendimento Americano, o projeto do Pentágono deixou que o exército americano ficasse por mais algum tempo no Iraque para treinar o “novo exército” Iraquiano e depois deixar o país (que agora não é nada mais q um vassalo do EUA) pronto pra se defender. Enquanto isso, o ocidente em geral, encabeçado pelos EUA e pela Arábia Saudita, os quais possuem uma relação diplomática bem duradoura, como pode-se perceber através da história, começaram um método de enfraquecimento da oposição Iraquiana financiando alguns tipos específicos de Talibãs na região, para que esses se sobrepusessem à oposição moderada que existia e criasse um ambiente de caos na região. Ocorre que esses “tipos específicos de Talibãs” não eram nada menos do que Al-Qaeda e outros grupos extremistas do Islã, conforme já comprovado através de documentos vazados no WIKILEAKS e por oficiais do governo Americano, conforme pode ser confirmado nos links abaixo.
    As tropas ocidentais foram oficialmente retiradas do Iraque no ano de 2011, ano em que começou o levante do Estado Islâmico e dos terroristas como nós conhecemos hoje. O exército Iraquiano não teve capacidade técnica-militar de lidar com a crescente oposição radical, o que acarretou na perda de diversas bases e estruturas militares importantes fornecidas pelo governo americano durante a ocupação ilegal, dentre essas bases os famosos jihadistas foram capazes de absorver para seu arsenal cerca de 2.4 bilhões de dólares em construções, armas, veículos e tecnologias americanas, as quais foram deixadas no Iraque sob o pretexto de que ficaria mais caro fretar todo o equipamento de volta para os Estados Unidos do que fabricar novos equipamentos. Ou seja, além do financiamento prévio que foi feito para que certos tipos de Talibãs fossem mais equipados que outros, um tremendo erro de política internacional fez com que esse grupo de talibãs, já financiados e treinados por equipes da OTAN, pusessem as mãos em bilhões de dólares em equipamentos de guerra deixados pelos EUA no Iraque.

    http://www.veteranstoday.com/2013/08/03/its-official-us-funding-al-qaeda-and-taliban/
    http://www.henrymakow.com/the_taliban_the_enemy_you_are.html
    http://www.zerohedge.com/news/2015-05-23/secret-pentagon-report-reveals-us-created-isis-tool-overthrow-syrias-president-assad
    http://blogs.reuters.com/great-debate/2015/06/02/dude-wheres-my-humvee-iraqi-equipment-losses-to-islamic-state-are-out-of-control/
    http://www.huffingtonpost.com/2011/09/26/iraq-withdrawal-us-bases-equipment_n_975463.html

    4. O mito da Guerra ao Terrorismo

    Só com esse breve contexto já foi provado, com fartura de evidências de que NÃO EXISTE GUERRA AO TERRORISMO, os poderes ocidentais se beneficiaram por mais de 30 de anos pelo caos criado por grupos islamistas radicais, os quais eles viram potencial de desordem e desestabilização, então passaram a financiar diversos grupos seletos de terroristas que poderiam servir como insurgência ao governo atual, os quais eram, Saddam Husseim, Muammar al-Gaddafi.. agora Bashar al Assad. Os quais, TODOS FINANCIADOS pelo poderio econômico e militar ocidental, provocaram diversas rupturas no contexto social dos países islâmicos o qual resultou em estados falidos e sem capacidade de auto-regulação. Hoje a Líbia, o país mais rico e mais bem estruturado do continente Africano é uma terra de ninguém, a qual serviu diretamente no propósito de proliferação do terrorismo.

    No documento abaixo, um membro do governo americano detalha para seus superiores como o financiamento ao terrorismo foi feito nos últimos 10 anos, inclusive mencionado de que isso poderá voltar contra a “sociedade ocidental” algum dia, pedindo para que seja cancelado o programa de financiamento e treinamento de terroristas vindo da Arábia Saudita para desestabilizar o Oriente Médio.

    https://wikileaks.org/plusd/cables/09STATE131801_a.html

    5. A verdadeira guerra na Síria

    Uma das maiores calamidades que pode ser dita quando se trata desse assunto, é chamar o conflito que corre na Síria há 5 anos de “Guerra Civil”.

    Agora tratando do assunto “guerra civil” é interessante apontar a tamanha falácia que esse termo traz ao conflito que ocorre na Síria nesse exato momento. Nem se trata de ponto controverso entre estudiosos e analistas no âmbito das Relações Internacionais, o conflito na Síria NUNCA FOI uma guerra civil, trata-se de uma guerra por proxy, financiada por governos ocidentais para gerar desestabilização oriente médio. A população não se revoltou contra Bashar al Assad, assim como não era a população que havia se revoltado contra Muammar al-Gaddafi, existem documentos fidedignos e relatórios de instituições independentes que indicam que da força de oposição que luta hoje contra o governo legítimo da Síria, MAIS DE 70% NÃO SÃO NEM SÍRIOS, são em maioria compostos de uma força mercenária contratada, a sua grande maioria vinda de outros países do oriente médio (Arábia Saudita), sem legitimidade alguma para reivindicar situações políticas naquele país.
    Na “superlista”, consta que a população se revoltou contra Bashar al Assad e o mesmo optou por combater os “protestos pacíficos” com violência. Isso é mentira, é uma afirmação feita baseada em um mundo fictício inventando pela mídia ocidental, mesmo hoje com o conflito que desapropriou milhões de pessoas de seus lares e causou a morte de milhares de civis, a taxa de aprovação do presidente Bashar al assad ainda é superior a 70% da população.

    Leia mais:
    http://www.globalresearch.ca/syria-who-is-behind-the-protest-movement-fabricatingapretext-foraus-nato-humanitarian-intervention/24591

    6. A “violência” encenada

    A tal superlista lista o famoso John Jihadista, um suposto líder extremista responsável pela execução de reféns do Estado Islâmico. Esse nome é uma piada, tudo sobre esse indivíduo soa como piada, os vídeos feitos com esse cidadão, de suposta autoria do Estado Islâmico são todos completamente fora de contexto com os vídeos verdadeiros filmados pelos extremistas. 30 minutos vendo os vídeos verdadeiros no LiveLeak são suficientes para tirar suas próprias conclusões, sendo que nesse meio tempo diversas corporações e especialistas em edição de vídeo e direção de filmagem já se posicionaram sobre a falsidade dos vídeos. Erros de iluminação, roupas excessivamente limpas, cenário incomum (provavelmente gerado por telão verde, segundo especialistas) são alguns dos pontos controversos, sem contar com a qualidade indiscutível do vídeo, quem sabe os terroristas estão recebendo até GoPro em financiamento.

    Não estou aqui para discutir as atrocidades promovidas pelo verdadeiro grupo terrorista Estado Islâmico, apenas para mostrar a discrepância nas informações levadas adiante pela mídia corporativa, com o intuito de gerar uma síndrome do pânico generalizada na sociedade global, enquanto escondem seus verdadeiros objetivos. A Guerra por proxy financiada pelos países do ocidente, encabeçada pelos Estados Unidos e Arábia Saudita, França, Inglaterra, Turquia, etc. já tirou mais de 400mil vidas, a maioria civis, enquanto o presidente Barack Obama discursa sobre os esforços para ajudar a Síria, na verdade estão sendo desembolsados milhões de dólares americanos armando grupos terroristas que hoje atuam no Libano, Libia e que estão a todo vapor para derrubar o governo legítimo da Síria, enquanto a França fornece coordenadas para bombardeio de hospitais e escolas, e por fim acabam culpando o exército Sírio, como você pôde ver na midia mainstream ao longo dos anos.

    veja por você mesmo:
    http://www.globalresearch.ca/isis-beheadings-of-journalists-cia-admitted-to-staging-fake-jihadist-videos-in-2010/5399345
    http://www.infowars.com/corporate-media-covers-staged-isis-beheading-video/

    7. Pergunte Mais

    Já parou pra perceber que os Russos, os Chineses, as pessoas do Irã e de outros países que nunca abaixaram a cabeça para a Nova Ordem Mundial são sempre taxados de perigosos e uma constante ameaça na nossa mídia?
    Já parou pra perceber que mesmo possuindo, segundo informações do próprio governo americano, o melhor e mais bem equipado poderio militar do mundo, há mais de 10 anos lutam contra o terrorismo e com o terrorismo nunca acabaram? A única coisa que conseguiram acabar foi com a legitimidade de diversos governos que não aceitaram ser fantoches!
    Já parou pra perceber que a OTAN é a maquina de guerra que possui o maior número de mortes de população civil no globo? Incluindo até ataques de drones em festas de casamento e aniversários, bombardeio em hospitais e escolas, fornecimento de armas para grupos extremistas no oriente médio.

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  11. Sete perguntas para entender o Estado Islâmico e como ele surgiu por Peterson Sacconi

    7 coisas que sobre o Estado Islâmico

    1. Quem era na verdade Osama Bin Laden

    Na década de 80, ocorria no Afeganistão um evento que a história chama de Guerra Soviética x Afeganistão. Esse conflito durou aproximadamente nove anos e foi marcado por um conflito sustentado por países que na verdade estavam bem longe da fumaça da guerra.
    Com o objetivo de frustar a capacidade de vitória do exército soviético, diversos poderes do “mundo ocidental” promoveram uma série de ajudas e benefícios aos grupos insurgentes, que eram chamados Mujahidin. Irônicamente, dentre os diversos poderes ocidentais e as “ajudas” oferecidas por eles, alí estavam os Estados Unidos e a Arábia Saudita primeiramente. Os dois países alimentaram o conflito, fornecendo armas, treinamento e dinheiro, o qual vinha principalmente pela rede de tráfico de drogas que ficou conhecida como Crescente Dourado. Esse cenário é o embrião da relação EUA + Arábia Saudita + Europa versus Oriente Médio. Nesse conflito, os países mencionados anteriormente apoiavam a jihad Islâmica, a qual era derivada de doutrinas teocráticas islamistas fundamentalistas, em resumo, islâmicos radicais, dentre eles encontrava-se Osama Bin Laden, um líder espiritual jihadista que acabou por ter laços com a CIA e com governo do Paquistão, recebendo apoio para lutar contra os soviéticos por determinado tempo.
    O governo americano, através de relações com o Paquistão, Arábia Saudita, Qatar entre outros, financiou, treinou e forneceu inteligência para os radicais no Afeganistão, sendo Osama Bin Laden um dos principais atores nesse conflito. Com o tempo as forças radicais obtiveram sucesso e a União Soviética se retirou do território afegão, para posteriormente se desmantelar, entretanto, os islamistas radicais estavam bem treinados, com equipamentos e bem supridos de reserva monetária do tráfico, além de já possuírem certo nível de influência no território conquistado com suas vitórias. Os poderes ocidentais visivelmente se retiraram do cenário, mas o financiamento através do tráfico ainda persiste até hoje. Mais de 80% da economia do Afeganistão gira em torno do comércio de ópio, sendo principalmente controlada pela Arábia Saudita e EUA hoje.

    Descubra mais:
    http://www.globalresearch.ca/the-truth-behind-9-11-who-is-osama-bin-laden-2/3198

    2. O Massacre no Iraque

    Após o atentado de 11 de Setembro de 2001 às Torres Gêmeas no EUA. O governo americano invocou, através da OTAN (que possui como membros também o Reino Unido, a França, etc) o Art. 5º do Tratado de Washinton para promover uma invasão (ilegal) no Iraque no ano de 2003, isso é um fato documentado. O argumento que foi utilizado para a invasão e ocupação do Iraque foi a “probabilidade de existência” de que Saddam Hussein, suposto ditador desumano, havia um programa de Armas de Destruição em Massa (ADM), esse primeiro argumento foi provado falso ao longo dos anos e foi substituído pelo de que possivelmente eles possuíam um arsenal nuclear, o que foi provado mentira novamente nos anos seguintes. Ou seja, TODO O PRETEXTO UTILIZADO PARA INVADIR O IRAQUE, DEPOR O GOVERNO E FORÇAR UMA TROCA DE REGIME NA SOCIEDADE FOI FALSO, e isso foi admitido por DIVERSOS oficiais do exército americano e de ex agentes da CIA, bem como foi possível de ser comprovados através do vazamento de documentações sigilosas no site WIKILEAKS.

    Descubra mais:
    http://www.theguardian.com/world/2011/feb/15/defector-admits-wmd-lies-iraq-war
    https://www.rt.com/usa/242421-cia-report-iraq-revealed/
    http://mic.com/articles/101420/no-iraq-didnthave-weapons-of-mass-destruction-after-all#.LqzNfNmbz

    3. A ‘Democracia’ no Iraque

    Após quase 10 anos de ocupação americana ilegal em território iraquiano, depois que Saddam Hussein foi enforcado e o governo Iraquiano já havia sido substituído e todas as instituições governamentais moldadas conforme o entendimento Americano, o projeto do Pentágono deixou que o exército americano ficasse por mais algum tempo no Iraque para treinar o “novo exército” Iraquiano e depois deixar o país (que agora não é nada mais q um vassalo do EUA) pronto pra se defender. Enquanto isso, o ocidente em geral, encabeçado pelos EUA e pela Arábia Saudita, os quais possuem uma relação diplomática bem duradoura, como pode-se perceber através da história, começaram um método de enfraquecimento da oposição Iraquiana financiando alguns tipos específicos de Talibãs na região, para que esses se sobrepusessem à oposição moderada que existia e criasse um ambiente de caos na região. Ocorre que esses “tipos específicos de Talibãs” não eram nada menos do que Al-Qaeda e outros grupos extremistas do Islã, conforme já comprovado através de documentos vazados no WIKILEAKS e por oficiais do governo Americano, conforme pode ser confirmado nos links abaixo.
    As tropas ocidentais foram oficialmente retiradas do Iraque no ano de 2011, ano em que começou o levante do Estado Islâmico e dos terroristas como nós conhecemos hoje. O exército Iraquiano não teve capacidade técnica-militar de lidar com a crescente oposição radical, o que acarretou na perda de diversas bases e estruturas militares importantes fornecidas pelo governo americano durante a ocupação ilegal, dentre essas bases os famosos jihadistas foram capazes de absorver para seu arsenal cerca de 2.4 bilhões de dólares em construções, armas, veículos e tecnologias americanas, as quais foram deixadas no Iraque sob o pretexto de que ficaria mais caro fretar todo o equipamento de volta para os Estados Unidos do que fabricar novos equipamentos. Ou seja, além do financiamento prévio que foi feito para que certos tipos de Talibãs fossem mais equipados que outros, um tremendo erro de política internacional fez com que esse grupo de talibãs, já financiados e treinados por equipes da OTAN, pusessem as mãos em bilhões de dólares em equipamentos de guerra deixados pelos EUA no Iraque.

    http://www.veteranstoday.com/2013/08/03/its-official-us-funding-al-qaeda-and-taliban/
    http://www.henrymakow.com/the_taliban_the_enemy_you_are.html
    http://www.zerohedge.com/news/2015-05-23/secret-pentagon-report-reveals-us-created-isis-tool-overthrow-syrias-president-assad
    http://blogs.reuters.com/great-debate/2015/06/02/dude-wheres-my-humvee-iraqi-equipment-losses-to-islamic-state-are-out-of-control/
    http://www.huffingtonpost.com/2011/09/26/iraq-withdrawal-us-bases-equipment_n_975463.html

    4. O mito da Guerra ao Terrorismo

    Só com esse breve contexto já foi provado, com fartura de evidências de que NÃO EXISTE GUERRA AO TERRORISMO, os poderes ocidentais se beneficiaram por mais de 30 de anos pelo caos criado por grupos islamistas radicais, os quais eles viram potencial de desordem e desestabilização, então passaram a financiar diversos grupos seletos de terroristas que poderiam servir como insurgência ao governo atual, os quais eram, Saddam Husseim, Muammar al-Gaddafi.. agora Bashar al Assad. Os quais, TODOS FINANCIADOS pelo poderio econômico e militar ocidental, provocaram diversas rupturas no contexto social dos países islâmicos o qual resultou em estados falidos e sem capacidade de auto-regulação. Hoje a Líbia, o país mais rico e mais bem estruturado do continente Africano é uma terra de ninguém, a qual serviu diretamente no propósito de proliferação do terrorismo.

    No documento abaixo, um membro do governo americano detalha para seus superiores como o financiamento ao terrorismo foi feito nos últimos 10 anos, inclusive mencionado de que isso poderá voltar contra a “sociedade ocidental” algum dia, pedindo para que seja cancelado o programa de financiamento e treinamento de terroristas vindo da Arábia Saudita para desestabilizar o Oriente Médio.

    https://wikileaks.org/plusd/cables/09STATE131801_a.html

    5. A verdadeira guerra na Síria

    Uma das maiores calamidades que pode ser dita quando se trata desse assunto, é chamar o conflito que corre na Síria há 5 anos de “Guerra Civil”.

    Agora tratando do assunto “guerra civil” é interessante apontar a tamanha falácia que esse termo traz ao conflito que ocorre na Síria nesse exato momento. Nem se trata de ponto controverso entre estudiosos e analistas no âmbito das Relações Internacionais, o conflito na Síria NUNCA FOI uma guerra civil, trata-se de uma guerra por proxy, financiada por governos ocidentais para gerar desestabilização oriente médio. A população não se revoltou contra Bashar al Assad, assim como não era a população que havia se revoltado contra Muammar al-Gaddafi, existem documentos fidedignos e relatórios de instituições independentes que indicam que da força de oposição que luta hoje contra o governo legítimo da Síria, MAIS DE 70% NÃO SÃO NEM SÍRIOS, são em maioria compostos de uma força mercenária contratada, a sua grande maioria vinda de outros países do oriente médio (Arábia Saudita), sem legitimidade alguma para reivindicar situações políticas naquele país.
    Na “superlista”, consta que a população se revoltou contra Bashar al Assad e o mesmo optou por combater os “protestos pacíficos” com violência. Isso é mentira, é uma afirmação feita baseada em um mundo fictício inventando pela mídia ocidental, mesmo hoje com o conflito que desapropriou milhões de pessoas de seus lares e causou a morte de milhares de civis, a taxa de aprovação do presidente Bashar al assad ainda é superior a 70% da população.

    Leia mais:
    http://www.globalresearch.ca/syria-who-is-behind-the-protest-movement-fabricatingapretext-foraus-nato-humanitarian-intervention/24591

    6. A “violência” encenada

    A tal superlista lista o famoso John Jihadista, um suposto líder extremista responsável pela execução de reféns do Estado Islâmico. Esse nome é uma piada, tudo sobre esse indivíduo soa como piada, os vídeos feitos com esse cidadão, de suposta autoria do Estado Islâmico são todos completamente fora de contexto com os vídeos verdadeiros filmados pelos extremistas. 30 minutos vendo os vídeos verdadeiros no LiveLeak são suficientes para tirar suas próprias conclusões, sendo que nesse meio tempo diversas corporações e especialistas em edição de vídeo e direção de filmagem já se posicionaram sobre a falsidade dos vídeos. Erros de iluminação, roupas excessivamente limpas, cenário incomum (provavelmente gerado por telão verde, segundo especialistas) são alguns dos pontos controversos, sem contar com a qualidade indiscutível do vídeo, quem sabe os terroristas estão recebendo até GoPro em financiamento.

    Não estou aqui para discutir as atrocidades promovidas pelo verdadeiro grupo terrorista Estado Islâmico, apenas para mostrar a discrepância nas informações levadas adiante pela mídia corporativa, com o intuito de gerar uma síndrome do pânico generalizada na sociedade global, enquanto escondem seus verdadeiros objetivos. A Guerra por proxy financiada pelos países do ocidente, encabeçada pelos Estados Unidos e Arábia Saudita, França, Inglaterra, Turquia, etc. já tirou mais de 400mil vidas, a maioria civis, enquanto o presidente Barack Obama discursa sobre os esforços para ajudar a Síria, na verdade estão sendo desembolsados milhões de dólares americanos armando grupos terroristas que hoje atuam no Libano, Libia e que estão a todo vapor para derrubar o governo legítimo da Síria, enquanto a França fornece coordenadas para bombardeio de hospitais e escolas, e por fim acabam culpando o exército Sírio, como você pôde ver na midia mainstream ao longo dos anos.

    veja por você mesmo:
    http://www.globalresearch.ca/isis-beheadings-of-journalists-cia-admitted-to-staging-fake-jihadist-videos-in-2010/5399345
    http://www.infowars.com/corporate-media-covers-staged-isis-beheading-video/

    7. Pergunte Mais

    Já parou pra perceber que os Russos, os Chineses, as pessoas do Irã e de outros países que nunca abaixaram a cabeça para a Nova Ordem Mundial são sempre taxados de perigosos e uma constante ameaça na nossa mídia?
    Já parou pra perceber que mesmo possuindo, segundo informações do próprio governo americano, o melhor e mais bem equipado poderio militar do mundo, há mais de 10 anos lutam contra o terrorismo e com o terrorismo nunca acabaram? A única coisa que conseguiram acabar foi com a legitimidade de diversos governos que não aceitaram ser fantoches!
    Já parou pra perceber que a OTAN é a maquina de guerra que possui o maior número de mortes de população civil no globo? Incluindo até ataques de drones em festas de casamento e aniversários, bombardeio em hospitais e escolas, fornecimento de armas para grupos extremistas no oriente médio.

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    • Excelentes e bem fundadas suas poderações. Merecem divulgação maior em outros meios. Parabens para colocar ordem no emaranhando dos grupos e dos interesses no Oriente Medico. Parabéns.lbof

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  12. Infelizmente, é assim que caminha a humanidade, sempre no fio da navalha! Quando será que conseguiremos consolidar a cultura da Paz? Perseveremos! Não será para o nosso tempo!

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  13. Caro irmão Leonardo, mais uma vez obrigada por essa reflexçao tão pertinente, que nos conforta e nos ajuda a nos recolocar no caminho da paz. Tenho seguido – e reproduzido no meu blog vaniserezende.com.br – a sábia produção de textos e as análises que tens feito de muitos temas que parecem querer nos atormentar. Tuas reflexões nos leva a reforçar a Esperança e a vontade de viver, e viver bem. Obrigada, especialmente pela contínua defesa da MÃE TERRA e por teu testemunho desse jeito corajoso e inteligente de se colocar como cristão no mundo de hoje..

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    • Vanise, obrigado por seu apoio e compreensão de minhas mensagens,porque não poucos se mostram contra. É democrático mas a verdade sempre tem a última palavra. Ela é maior. lbof

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  14. “Todos necessitam sentar juntos, dialogar, chegar a convergências”?? Ta bom, isso só existe quando grupos dominantes tem objetivos. As massas são manipuladas.

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